O Meu Amor Pelo Fogo cap.7

Um conto erótico de Reed
Categoria: Homossexual
Contém 2728 palavras
Data: 24/04/2017 03:23:10

Nossa vocês tão com uma vontade de saber oque acontece nessa história hein? Nem eu me empolgo tanto assim kkkkkkkkk. Dei uma sumida pra tratar de alguns assuntos particulares, mas estou de volta. Sem falar muito vamos voltar pra história logo.

Acordei um dia depois do que aconteceu ontem, eu estava ainda sem acreditar, achei que era um sonho, mas, felizmente não era. Não quis levantar da cama naquele dia só que o despertador me acordou. Tentei buscar forças pra sair da cama, mas elas eram inexistentes. O dia estava completamente cinza. Em dias assim, eu não gosto de levantar da cama de jeito nenhum. E, resolvi dormir mais cinco minutos que no final, se transformaram em meia hora.

Quando olhei de novo pro relógio me assustei, eram sete da manhã, eu estava atrasada, me arrumei nas pressas. Cheguei extremamente atrasada na escola, passei pela secretaria, sem que me vissem e quando avistei o lance de escadas que dava pro primeiro andar também estavam completamente vazios. Olhei tudo ao meu redor chequei que não tinha ninguém, e em passos largos fui em direção às escadas, quando eu estava bem perto pude ouvir uma voz que parecia ter vindo do além:

- Onde é que a senhorita acha que vai? Está atrasada e atrasados só entram depois da segunda aula.

Olhei pra trás, com um semblante de derrota no rosto, não tinha desculpas, eu havia sido pega em flagrante. Quando virei para ver de quem era aquela voz, era Douglas, o monitor. E com ele vinham mais cinco alunos do terceiro ano, provavelmente, atrasados ou matando aula.

Naquela escola, se você chegasse atrasado, tinha de escrever um texto de cinco páginas explicando motivos para não se chegar atrasado. E você tinha que escrever isso enquanto rolava as duas primeiras aulas. E se você não conseguisse fazer tudo, era suspenso por três dias.

Eu já derrotada, fui andando em direção para me juntar aos outros capturados pelo Douglas. Fui imaginando a dor no pulso que eu ia sentir após escrever um monte de palavras. E foi quando eu ouvi uma outra voz também masculina:

- Pode deixar Douglas, ela tá comigo.

Quando vi, era o Augusto mostrando um papel com alguma coisa que permitia a entrada, não sei oque tinha escrito ali, mas aquilo havia me salvado.

- Ah tá autorizado, então podem subir. – Douglas falou enquanto olhava o que tinha escrito no papel.

Suspirei aliviada, não ia ter mais que escrever uma monografia de cinco páginas.

Enquanto eu subia as escadas com o Augusto, ele não falou absolutamente nada, ele estava completamente sério, não falei com ele também, achei que ele estivesse irritado. Quando ele chegou na porta da sala dele, antes que ele entrasse falei:

- Augusto... – Ele parou e me olhou, e depois de alguns segundos em silêncio eu continuei. – Obrigada.

- Vai pra sua sala, é melhor, e não se atrase mais. Ele me respondeu com um tom de voz ríspido.

Naquele dia, tirei a conclusão de que o Augusto era uma pessoa extremamente influente. E essa influência vinha do histórico de poderes políticos da família dele, que é uma das mais famosas e tradicionais da minha cidade.

Fui correndo pra minha sala e peguei a metade da aula, mas consegui assistir e não perder muito mais coisa que eu tinha perdido pelas minhas faltas.

Como eu estava impaciente, e querendo ficar sozinha, no intervalo fui pro meu lugar de sempre no meio das árvores onde eu me acostumei a ficar. Enquanto eu lia meu livro, lembrei-me do dia que a Alice me achou ali, e foi só pensar no diabo que ele apareceu.

- Olha só quem reapareceu, sabia que ia te encontrar aqui. – Ela falou com um sorriso no rosto.

- E você não foi me visitar quando eu estava doente. – Respondi já alterada.

- Nossa, que irritação é essa, tá de TPM é? - Ela me perguntou.

Ela se aproximou, e começou a me beijar eu retribuí, e foi ficando mais intenso. Ela colocou uma mão entre as minhas pernas, eu tirei e disse:

- Para, aqui não.

- Eu não ia fazer nada.

- Ah tá, duvido.

- Ei, já tá na hora de parar de fugir, a gente evoluir pra algo mais sério hein? - Ela falou isso bem aleatoriamente enquanto levantava gentilmente o meu rosto pra que eu pudesse olhar nos olhos dela.

- Ah Alice, ainda é muito cedo pra isso, eu nem parei pra pensar nessas coisas se você quer saber. – Eu respondi já completamente impaciente e incomodada com aquela pergunta aleatória.

- Já eu penso nisso muitas vezes, e eu acho que já é hora de ter algo mais sério.

- Pra você.

- Pra nós. – Ela rebateu.

- Eu já disse que não, ainda não pensei sobre isso, e você tem um problema sério em não me deixar respirar. Sempre que eu estou só você vem e me consome.

- Você tá com medo...

Minha paciência já estava esgotando, não resisti, por impulso saí dali deixando ela lá sozinha, enquanto eu ia embora ela falava em voz alta:

- Eu sabia! Eu sabia! Você tem medo, você tem medo de aceitar quem você é. Tem que parar com isso! Se aceita logo de uma vez! Você tem que se aceitar!

À medida que eu ia me afastando, ela aumentava o tom de voz, mas me afastei o suficiente pra não ouvir ela, enquanto eu passava pelo pátio principal, vi a Jade com o namorado dela conversando, ao ver aquela cena pensei:

“Por que ela ainda tá com esse babaca? Eu achei que ela ia terminar com ele.”

Passei por eles e fui pra biblioteca, onde eu teria certeza de que ninguém poderia me achar, e lá fiquei até a quarta aula chegar. Quando saí, vi algumas meninas da minha sala indo em direção ao ginásio principal, era educação física, pra piorar minha situação ainda mais. Aquele definitivamente não era um bom dia.

Sem repulsa, me vesti pra ir aquela aula maldita. Quando cheguei ao ginásio principal fiquei surpreendida, aquele ginásio ela muito maior que o de treinos. Tinha o dobro do tamanho do ginásio de treinos. A quadra era gigante com inúmeras arquibancadas ao redor.

Com colunas de concreto que seguravam o telhado metálico, nele tinha algumas bandeiras hasteadas que ostentavam os títulos da escola e nelas tinham os respectivos anos que datavam aquelas conquistas. Aquilo era completamente inspirado nos colégios dos Estados unidos.

Quando vi aquilo tudo pessoalmente, me senti menor do que eu já era. Alguns caras da sala do Augusto jogavam futsal. E perto das linhas laterais da quadra, onde tinham alguns bancos onde eles estavam sentados, o Fernando conversava com alguns caras e entre eles era o rapaz que estava com ele na festa. Não sei se foi a minha presença, mas vi todos se retirarem deixando o Fernando sozinho. Aproveitei, e fui me sentar ao lado dele.

- Olha só quem reapareceu. – Ele falou aparentando estar animado ao me ver.

- É ninguém pode sumir pra sempre. – Respondi e continuei a falar. - Fernando... Antes que eu pudesse completar a frase o sinal tocou, e o professor do primeiro ano apitou pra que a aula acabasse e o Fernando se levantou pra ir embora.

- Sim? – Ele falou antes de se virar pra ir embora.

- Posso falar com você, depois da aula?

Enquanto eu falava isso, aquele rapaz apareceu de novo, o Fernando parecia ter ficado desconfortável.

- Deixa eu te apresentar, esse aqui é o Vinícius, meu amigo. - Quando ele falou amigo, ele olhou nos olhos do rapaz, que retribuiu o olhar.

Vinícius era de estatura mediana, mas com um porte físico um pouco atlético, assim como o do Fernando. Possuía cabelos negros que batiam no pescoço, e olhos azuis quase que acinzentados. As feições dele me fez lembrar o Paul McCartney quando jovem, e assim como Paul, ele era extremamente cortês:

- Prazer, sou Vinícius. - Ele falou, o tom de voz dele era de quem aparentava estar sempre calmo.

- Gabriela, prazer. – Eu falei completamente hipnotizada com a cortesia daquele rapaz.

Ele apertou a minha mão com uma leveza que nem a senti tocar a minha mão ele fez isso e foi embora deixando eu e o Fernando a sós.

- Então, tenho que ir... – Enquanto ele falava, apareceu a professora de educação física;

Quando parei pra observar a professora de educação física, não era a mesma que tinha sido nas últimas vezes, essa era a treinadora da equipe feminina de polo aquático. Curiosamente, ela era extremamente parecida com a treinadora Beiste da série Glee. Ela entrou na quadra com duas bolas de handebol na mão dizendo:

- Hoje será queimado, oito contra oito, vocês começarão a jogar assim que eu apitar.

Posicionei-me pra jogar, enquanto eu fazia isso, percebi que tinha uma movimentação esquisita nas arquibancadas, entraram algumas pessoas da sala da Jade, ela não estava mas o namorado dela sim. Ele se sentou entre as duas colunas de concreto perto de uma das barras bem de perto da quadra, e ele começou a me encarar fixamente, enquanto ele fazia isso eu pensava:

“Que ótimo, não basta eu ter que jogar esse jogo que eu detesto, e pra piorar esse imbecil vai me encarar até eu fazer

alguma besteira pra poder rir da minha cara, ele sabe de alguma coisa... Dessa vez tenho certeza.”

E o jogo começou num ritmo rápido, e pude ver algumas meninas atirando violentamente e rapidamente bolas umas nas outras, aquele frenesi começou a me deixar nervosa. Fiquei tentando desviar daquelas boladas para que não me acertassem, foi quando numa investida, uma menina jogou a bola querendo me queimar e eu coloquei as mãos na frente do meu rosto e fechei os olhos, quando abri os olhos de novo, a bola estava nas minhas mãos.

-Joga a bola, acerta alguém! – Uma menina aleatória gritou.

Eu não sabia oque fazer, olhava elas gritando pra jogar a bola. E eu já irritada joguei a bola com toda força que eu tinha. Quando joguei a bola, ela foi com uma violência atravessando a quadra e terminou batendo no “L” das traves da barra.

Na minha memória, a imagem que eu guardo dessa cena, é de tudo em câmera lenta, e a bola batendo na trave, e com o impacto ela foi decolando bem alto,tudo isso enquanto tocava a música tema daquele filme “2001 Uma Odisseia Espacial”. Após bater na trave, a bola foi em direção a uma das colunas de concreto que com o impacto começou a ir em direção ao solo.

Todo mundo inclusive eu, acompanhava atentamente a bola descendo como um meteoro e, quando olhei pra arquibancada, vi algumas meninas fazerem sinal de repúdio com a cabeça, outras colocavam a mão no rosto com os esbugalhados. E adivinhem em quem a bola foi bater ? Exatamente, bateu bem na cara do namorado da Jade.

A bola bateu tão forte no rosto dele que eu vi, ainda em câmera lenta, o rosto dele sendo jogado com força total pra esquerda, e ele fazendo uma careta como se tivesse levado soco numa luta de boxe.

Enquanto tudo acontecia, começou a chover forte. A chuva fez o telhado do ginásio tilintar e fazer com que o metal expelisse um barulho quase que ensurdecedor. E no meio daquele barulho, todos que estavam ali, começaram a rir e a debochar da cara do Alberto.

Eram gargalhadas estridentes, eu notei que ele estava completamente envergonhando com aquilo tudo. E pra aumentar ainda mais meu nervosismo, ele me fitou com uma expressão de ódio que me amedrontou completamente. A única reação que ele teve foi se levantar e sair dali como se nada tivesse acontecido.

A professora se levantou irritada e começou a reclamar:

- Silêncio! Alguém por obséquio devolva a bola para que possa começar o jogo.

E eu, já vermelha de vergonha, corri pro banheiro, e já no banheiro, eu me olhava no espelho eu pensava:

“Como foi que eu fiz isso? Agora é que ele vai ficar irritado de uma vez! Como eu consegui fazer isso, como?!”

Fiquei ali no banheiro até as aulas acabarem, não assisti nem a última aula. Não consegui ter coragem pra sair, eu estava completamente perplexa com oque eu havia feito. Se Deus não tivesse me dado aquela força, com certeza o Diabo havia me dado.

Do banheiro pude ouvir o sinal bater, fui andando rapidamente para que não me vissem, peguei minha bolsa e fui em direção a sala do Fernando, não vi ninguém lá. Olhei o horário atrás da porta da sala dele e vi que a última aula era de educação física, sem hesitar fui em direção ao ginásio principal, e ele estava lá fazendo alguns arremessos na tabela de basquete.

- Se continuar assim, você vai parar na NBA. – Eu falei em tom de ironia.

- Nem jogo tão bem assim. - Ele respondeu.

- Posso conversar com você?

A chuva havia diminuído um pouco, mas ainda caía lá fora. E ele arremessou a bola mais uma vez e me disse:

- Por que você veio me procurar e não o Augusto?

- É que, o Augusto não iria entender oque eu quero falar.

- Ué Achei que vocês fossem amigos, mas fala aí oque foi? – Ele disse enquanto fintava a bola com agilidade.

- Aquele cara... – Vinícius, vocês dois... – Eu disse aquilo travando, com medo da reação dele.

- Nós dois? – Ele ficou olhando bem nos meus olhos.

- Vocês dois... Vocês dois estão juntos?

Ele arremessou mais uma vez a bola,e abaixou a cabeça, enquanto ele ria aparentando estar nervoso.

- Vamos supor que sim, não é nada sério. Mas, posso saber a razão de você querer saber isso?

- É que desde aquela festa, eu desconfiava que vocês estivessem juntos...

- Você é uma pessoa muito observadora. Só que isso é mentira... –Ele falou dando um sorrisinho. - Não é só curiosidade, é alguma outra coisa... Fala, pode falar juro que não vou zoar ou contar pra alguém.

Ele conseguiu me colocar contra a parede, eu não tinha outra escolha a não ser falar a verdade.

- Recentemente, fiquei com uma menina naquele dia da festa que rolou toda a confusão e tal, e ela agora quer ter algo mais sério comigo, só que eu acho que é cedo demais e eu não tenho certeza do que eu gosto exatamente.

- Mas olha só, não é por eu ficar com rapazes, que eu seja gay, entende, até porque eu também gosto das meninas.

- Então você é bissexual? – Eu disse.

- Gabi, não ponha rótulos, as pessoas não são produtos. E sobre isso que você falou, pra saber do que você realmente gosta você tem que sentir alguma coisa, não uma coisa qualquer, mas sim uma coisa forte. Uma coisa que faça seu coração bater bem forte.

Enquanto ele dizia isso, me lembrei da Jade, lembrei dela sorrindo, da voz dela, e da experiência que nós duas havíamos tido.

- Por acaso, eu poderia saber quem é essa pessoa que você ficou? – Ele me indagou.

- Alice. – Respondi.

- A Alice? – Ele falou completamente surpreso. – A Alice é meio complicado...

- Por que?

- Ela é muito possessiva.

- Eu percebi. – Falei enquanto lembrava de hoje mais cedo.

- E tem mais, essa possessão dela é somada com um certo grau de autismo.

- Autismo? - Perguntei dando risada.

- Não autismo no sentindo pejorativo, mas no sentido patológico da palavra.

- Ah sim, entendi. Como é que você sabe disso?

- Namorei com ela no ano passado.

- Ah agora entendi.

- Olha só, eu se fosse você falaria com o Augusto também, não adianta fugir dele, ele uma hora ou outra vai acabar descobrindo, você sabe que ele vai não me pergunte como, mas ele vai.

- Vou falar sim. – Eu respondi.

- Não vá mentir pra mim Gab’s. – Ele falou imitando a voz do Augusto.

- Você imita ele direitinho.

- Anos de observação. – Ele continuou a falar. – Mas aí, é da Alice que você gosta?

- Não, é de outra pessoa, é outra pessoa bem mais especial. – Eu respondi.

- Vocês já ficaram?

- Sim.

- E por que vocês não ficam juntas?

- Não sei... – Respondi lembrando da Jade com o namorado dela

- Eu acho. – Ele falou enquanto arremessava a bola de novo. – É que você tem medo.

- Medo, medo do que? – Eu perguntei.

- Aí é que tá, você tem medo do que?

É isso, vou parar por aqui. Esse conto ficou bem longo e foi beeeem parado. Mas acho que deu pra compensar a minha ausência. Já que ficou bem grande dividi ele em dois, de novo. Peço desculpas pelo meu sumiço, foi inevitável. Espero que tenham gostado. Até a próxima!

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Comentários

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Boa tarde leitoras e leitores vou envadir o espaço da colega aqui pra falar que quem quiser entrar no grupo da cdc (so aceitamos moças)por favor entre em contato comigo ja vamos pra dois anos em junho e tenho certeza que iram gosta beijos e me desculpe invadir o espaço da nossa escritora

Obs...temos 6 escritoras presente e esperamos mais meninas

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Muito bom gostei msm foi a primera vez que leio o seu e nao me arrependi parabéns

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Maravilhosa sua historia eu sempre que leio um capitulo fico ansiosa pelo próximo chego a ver um filme na minha mente adoroo continue e não demore por favor kkk

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