"Irresistivelmente Cretino" 3

Um conto erótico de Bennett Ryan
Categoria: Homossexual
Contém 2954 palavras
Data: 19/04/2017 23:31:14

Daniel

Eu tinha grandes planos para hoje à noite: fazer um jantar, comer com Bennett, finalmente decidir qual apartamento alugar em Nova York, discutir o que levar de sua casa e de meu apartamento, descobrir como arranjar tempo para empacotar tudo. Ah, e passar as oito horas restantes redescobrindo cada centímetro do corpo do meu cretino irresistível. Duas vezes. Mas esse era o itinerário antes de ele entrar pela porta de sua casa e me encontrar cozinhando. Antes de jogar o casaco e as chaves no sofá e praticamente correr pela sala. Antes de me agarrar por trás e chupar a pele debaixo da minha orelha como se não me visse há semanas. Então, nem é preciso dizer que meu planejamento foi reduzido dramaticamente. Um: jantar. Dois: tirar as roupas.

Mesmo assim, Bennett parecia inclinado a pular passos.

– Nós não vamos conseguir comer nesse ritmo! – eu disse, deixando minha cabeça cair para trás enquanto ele beijava meu pescoço.

Senti sua respiração quente em minha pele e a faca que eu segurava caiu na pia.

– E…? – ele sussurrou, pressionando seu quadril na minha bunda antes de me girar para me encarar. O armário estava duro nas minhas costas. Bennett estava duro na minha frente. Ele se agigantou sobre mim e passou os lábios em meu pescoço.

– E… – eu murmurei. – Comida nem é tão importante assim.

Ele riu suavemente, deslizando as mãos pelas laterais do meu corpo até chegar aos quadris.

– Exatamente. Meu Deus, parece que faz semanas que não toco em você.

– Foi hoje à tarde – eu o corrigi, me afastando apenas o suficiente para olhar em seus olhos. – Foi nesta tarde, lembra? Quando eu chupei você no seu escritório?

– Ah, sim. Acho que lembro de algo desse tipo. Mas minha mente está um borrão só. Quem sabe você não refresca minha memória? Língua… pau…

– Que jeito de falar, Ryan! Sua mãe sabe que você tem a boca tão suja assim?

Ele soltou uma risada.

– Pelo jeito como ela olhou para nós dois depois de transarmos no guarda-volumes do casamento do meu primo, eu diria que sim.

– Fazia duas semanas que eu não te via! – eu disse, sentindo meu rosto esquentar. – Não fique tão convencido, seu bundão.

– Sou o seu bundão – ele disse, beijando demoradamente meus lábios. – Não finja que você não gosta – isso eu não podia negar.

Ultimamente Bennett passou a maior parte do tempo fora de Chicago, mas ele era todo meu. Ele nunca deixou nenhuma dúvida sobre isso.

– E por falar em bundas… – ele esticou o braço e apertou forte o meu traseiro – você nem imagina o que vou fazer com a sua hoje à noite…

Comecei a responder – para discutir ou dizer algo espertinho –, mas não consegui pensar em nada.

– Meu Deus. Você ficou sem palavras! – ele disse, os olhos arregalados com a surpresa. – Se eu soubesse que bastava isso para ter um pouco de paz e sossego, eu teria falado há tempos.

– Eu… humm… – abri e fechei a boca algumas vezes, mas nada saiu. Isso era novidade. Quando a campainha do forno tocou, me forcei a dar um passo para o lado, ainda um pouco abalado. Tirei o pão do forno e escorri a água do macarrão, sentindo Bennett se mover atrás de mim novamente. Ele enganchou o queixo em meu ombro e envolveu minha cintura com os braços.

– Você tem um cheiro muito bom – ele disse. Sua boca voltou a trabalhar em meu pescoço, enquanto suas mãos começaram uma lenta descida até a minha bunda. Fiquei mais do que animado para deixá-lo continuar. Mas, em vez disso, fiz um gesto mostrando a tábua de corte.

– Você pode terminar a salada para mim, por favor?

Ele grunhiu e me soltou, resmungando alguma coisa enquanto começava a trabalhar do outro lado do balcão. Uma nuvem de vapor com cheiro de alho subiu da tigela quando despejei o macarrão e o molho juntos, tentando limpar minha mente. Como de costume, isso era impossível quando ele estava por perto. Havia algo em Bennett Ryan que parecia aspirar todo o ar ao meu redor. Fui pego de surpresa pela força com que me apaixonei por ele, e ultimamente sentia muita saudade quando não estávamos juntos. Às vezes, sozinho em meu quarto vazio, eu falava em voz alta: “Como foi o seu dia?” “Meu novo assistente é hilário.” Ou: “Meu apartamento sempre foi silencioso assim?”. Em outros dias, depois de vestir sua camiseta de dormir por tanto tempo que seu cheiro já sumira, eu saía e ia até a sua casa. Eu me sentava na grande poltrona com vista para o lago e ficava imaginando o que ele estaria fazendo. Imaginava se era possível ele sentir por mim pelo menos uma fração da saudade que eu sentia por ele. Deus! Eu nunca entendi esses homens que agiam desse jeito quando os namorados viajavam. Até então, eu achava que era apenas uma ótima oportunidade para uma boa noite de sono e umas horas de tranquilidade. De algum jeito, Bennett conseguiu se infiltrar em todas as partes da minha vida. Ele ainda era o homem teimoso e obcecado de sempre, e eu adorava o fato de não ter mudado só porque estávamos juntos. Ele me tratava como um igual e, apesar de eu saber que ele me amava mais do que qualquer coisa, ele nunca me dava qualquer folga. Por isso, eu o amava ainda mais. Levei os pratos para a mesa e olhei para trás por cima do ombro. Bennett ainda estava resmungando enquanto fatiava os tomates.

– Você ainda está reclamando? – eu perguntei.

– É claro! – ele trouxe a salada e deu um tapa na minha bunda antes de puxar a cadeira para que eu sentasse... cretino cavalheiro.

Ele nos serviu o vinho e sentou na minha frente. Ficou me olhando enquanto eu tomava um gole; olhou para meus lábios e subiu para meu rosto. Um doce sorriso surgiu no canto de sua boca, mas então ele pareceu voltar a se concentrar, como se estivesse lembrando de algo.

– Faz tempo que eu queria perguntar: como vai o Sam?

Sam Dillon tinha se formado no mesmo MBA que eu, mas saiu da RMG para trabalhar em outra empresa. Ele era um dos meus melhores amigos, e Bennett lhe ofereceu o cargo de Diretor de Finanças na nova filial, mas ele recusou, pois não queria deixar sua vida e sua família em Chicago. Ele não o culpou, é claro, mas o grande dia se aproximava e ainda não tínhamos achado ninguém para o cargo, e eu sabia que ele estava começando a se preocupar. Eu dei de ombros, lembrando da conversa que tivemos mais cedo. O babaca do noivo do Sam foi fotografado beijando outro cara, e agora parecia que ele finalmente enxergava algo que todos já sabiam: Andy era um traidor idiota.

– Ele está bem, eu acho. Andy continua dizendo que foi uma armação. O nome do outro cara ainda aparece nos jornais toda semana. Você conhece o Sam. Ele não vai mostrar para o mundo o que está sentindo, mas eu sei que está completamente devastado por causa disso.

Ele concordou.

– Você acha que ele finalmente vai por um fim nisso? Finalmente vai parar de aceitar as desculpas dele?

– Quem sabe? Eles estão juntos desde que ele tinha vinte e um anos. Se não o deixou até agora, talvez nunca deixe.

– Eu queria ter seguido minha intuição e dado um soco na cara dele no evento da Smith House no mês passado. Que babaca estúpido.

– Tentei convencer o Sam a se mudar para Nova York, mas… ele é tão teimoso!

– Teimoso? Eu não consigo acreditar que vocês são tão amigos… – ele disse, irônico.

Joguei um tomate nele.

A conversa do jantar foi toda sobre o trabalho, sobre arrumar os novos escritórios e todas as peças que ainda precisavam se encaixar para isso dar certo. Começamos a discutir se a família dele deveria voltar para Nova York antes da abertura da filial, e eu perguntei:

– Quando seu pai voltou para Chicago?

Esperei um momento, mas quando Bennett não respondeu, olhei para ele e fiquei surpreso ao vê-lo mexendo sua comida de um lado para o outro no prato.

– Está tudo bem aí, Ryan?

Alguns segundos de silêncio se passaram antes de ele responder:

– Sinto falta de ter você trabalhando para mim.

Senti meus olhos se arregalarem.

– O quê?

– Eu sei. Também não faz nenhum sentido para mim. Nós éramos péssimos um para o outro e a situação era impossível – caramba, isso era um grande eufemismo. O fato de termos trabalhado no mesmo escritório por dez meses, sem que um banho de sangue acontecesse, ainda me causava surpresa. – Mas… – ele continuou, me encarando do outro lado da mesa – Eu via você todos os dias. Era algo previsível. Consistente. Eu te provocava e você me provocava. Foi o período mais divertido que eu já tive no trabalho. E eu subestimei a importância daquilo.

Baixei minha taça de vinho na mesa e olhei em seus olhos, sentindo uma esmagadora onda de afeição por aquele homem.

– Isso… faz sentido – eu disse, buscando as palavras certas. – Acho que também não percebi a importância de te ver todos os dias. Mesmo querendo envenenar você em vinte e sete ocasiões diferentes.

– Idem – ele respondeu, com um sorrisinho. – E às vezes eu me sinto culpado pelas minhas fantasias de te jogar pela janela. Mas eu certamente planejo compensar tudo isso hoje – ele pegou sua taça e tomou um longo gole.

– É mesmo?

– Com certeza. Eu tenho uma lista.

Levantei a sobrancelha em um questionamento silencioso.

– Bom, primeiro vou tirar sua calça – ele se inclinou para olhar debaixo da mesa. – Eu deveria te xingar por usar essa cueca vermelha só para me torturar, mas nós dois sabemos que eu gosto desse tipo de coisa.

Fiquei olhando enquanto ele se endireitava e se recostava na cadeira, colocando as mãos atrás da cabeça. O peso de sua atenção fez minha pele se arrepiar. Qualquer outra cara ficaria intimidado – eu ainda me lembrava do tempo em que isso acontecia também comigo –, mas agora tudo que senti foi adrenalina, uma excitação que partiu do meu peito e chegou ao meu estômago, quente e pesada.

– E essa camiseta – ele continuou, com os olhos em meu peito agora. – Eu quero rasgar e amarrar você com ela.

Cruzei minhas pernas e engoli em seco.

Ele imitou meu movimento, com um sorriso vagarosamente se erguendo nos cantos de sua boca.

– Depois, talvez eu deite você em cima da mesa – ele se apoiou na mesa, testando com seu peso. – Vou colocar suas pernas nos meus ombros e te chupar até você implorar pelo meu pau.

Tentei não mostrar reação, tentei fugir de seu olhar. Mas não consegui. Limpei a garganta e senti minha boca seca.

– Você poderia ter feito isso na noite passada – eu disse, provocando-o.

– Não. Ontem estávamos cansados e eu só queria sentir você gozar. Hoje, quero ir devagar, tirar sua roupa, beijar cada lugar do seu corpo… e te foder. E olhar você me fodendo.

Por acaso está ficando quente por aqui?

– Você está muito confiante, não é? – eu perguntei.

– Com toda a certeza.

– E o que faz você pensar que eu também não tenho uma lista? – fiquei de pé, ignorei a sobremesa e andei até ficar de frente para ele. Seu pau já estava duro e apertado contra a calça justa.

Ele seguiu meu olhar e sorriu de volta, as pupilas tão negras e dilatadas que quase apagavam o castanho ao redor. Eu queria rasgar minhas roupas e sentir o calor de seu olhar em minha pele. Queria acordar de manhã exausto, cheio de marcas e ainda com a lembrança do seu pau socado na minha bunda. Como ele conseguia, apenas com um olhar e algumas palavras safadas, fazer eu me sentir assim? Bennett virou sua cadeira e eu me posicionei entre suas pernas, estendendo o braço para arrumar seu cabelo – aquele eterno cabelo de quem acabou de transar. As suaves mechas deslizaram entre meus dedos e eu inclinei sua cabeça para trás, trazendo seus olhos para os meus. Senti tanta saudade, eu queria dizer. Fique. Não vá para longe de mim. Eu te amo. As palavras ficaram presas em minha garganta e apenas um “oi” conseguiu escapar. Bennett pendeu a cabeça para o lado, aumentando seu sorriso enquanto olhava para mim.

– Oi – suas mãos quentes agarraram minha cintura e me puxaram para perto. Ele riu com minha palavra solitária, e eu sabia que ele entendia minha mente como se fosse um livro aberto, enxergando cada pensamento tão claramente como se estivesse escrito na minha testa com tinta. Não é que eu me sentisse desconfortável dizendo “eu te amo”, é só que tudo era tão novo! Eu nunca disse isso a ninguém, e às vezes me sentia assustado, como se fosse preciso abrir meu peito e entregar meu coração. Sua mão subiu e pousou em meu peito, o polegar acariciando meu mamilo.

– Não consigo parar de pensar no que tem debaixo dessa camisa – ele disse.

Eu ofeguei e senti minha temperatura subir debaixo do leve tecido da camisa. Ele abriu um botão, depois outro, até a camisa se abrir e seus olhos se moverem para o meio do meu coração. Ele gemeu com aprovação.

– Essa camisa e nova ?

– E cara. Não estrague – adverti.

Ele não conteve seu sorriso convencido.

– Eu nunca faria isso.

– Falou o homem que comprou uma camisa de quatrocentos dólares e usou para me amarrar na cama, Bennett.

Ele riu e tirou minha camisa pelos ombros, me desembrulhando devagar, como se fosse um presente. Longos dedos se moveram até a cintura da minha calça e o som do zíper preencheu a sala. Ele fez como prometido, descendo lentamente pelas minhas pernas até os pés, deixando apenas com o minha cueca. O ar-condicionado ligou automaticamente e um som grave se espalhou pelo apartamento, trazendo uma lufada de ar gelado que envolveu minha pele. Bennett me puxou para o seu colo, com minhas pernas envolvendo seu corpo. O tecido áspero de sua calça raspou contra a nudez de minhas coxas e minha bunda. Eu deveria me sentir vulnerável desse jeito – eu com tão pouca roupa, ele todo vestido –, mas eu apreciei o momento. Parecia muito com nossa primeira noite juntos em sua casa, depois da minha apresentação, depois que admitimos não querer mais ficar separados e ele me deixou amarrá-lo para que eu tivesse coragem de ouvir o quanto eu o machuquei. E então percebi que essa posição era intencional. E suspeitei que ele também estava pensando sobre aquela noite. Seus olhos brilharam com tanta vontade, tanta adoração, que eu não pude evitar uma sensação de poder, como se não houvesse um pedido meu que aquele homem não atenderia. Levei as mãos até os botões de sua camisa, querendo vê-lo nu por cima de mim, atrás de mim – em todas as posições. Eu queria sentir seu sabor, marcar sua pele com arranhões e depois percorrer as marcas com meus dedos, lábios e dentes. Eu queria deitá-lo na mesa e transar com ele até que qualquer pensamento sobre sair daquela sala fosse apenas uma memória distante.

Em algum lugar da casa, um celular tocou. Nós congelamos e ficamos em silêncio, apenas esperando, desejando que fosse só um engano e que a chamada parasse rapidamente. Mas aquele toque agudo – um som que já era muito familiar – voltou a preencher o espaço. Trabalho. Era o toque da emergência. E não uma emergência comum – era uma emergência de verdade. Bennett praguejou, pousando a testa em meu peito. Meu coração batia acelerado e minha respiração parecia rápida e alta demais.

– Merda, desculpa – ele disse quando o toque continuou. – Eu preciso…

– Eu sei – fiquei de pé, usando o encosto da cadeira para apoiar minhas pernas bambas. Bennett esfregou as mãos no rosto antes de se levantar, cruzar a sala e pegar seu celular no bolso do casaco que estava em cima do sofá.

– Alô – ele disse, e então ficou apenas escutando. Eu abaixei para apanhar e vestir minha camisa, encontrei minha calça e a coloquei sem fechar o zíper. Levei a louça até a cozinha enquanto ele falava. Eu estava tentando dar privacidade a ele, mas comecei a ficar preocupado ao ouvir sua voz ficar cada vez mais alta.

– O que você quer dizer com “eles não sabem onde está”? – ele gritou. Encostei na porta e fiquei observando enquanto ele andava de um lado para o outro em frente à ampla parede repleta de janelas.

– A reunião é amanhã e alguém perdeu o arquivo principal? Não tem mais ninguém para cuidar disso? – uma pausa se seguiu e eu podia jurar que vi a pressão sanguínea dele subir. – Você está brincando? – outra pausa. Bennett fechou os olhos com força e respirou fundo. – Certo. Estarei aí em vinte minutos. Quando desligou o celular, ele parou por um momento antes de olhar para mim.

– Tudo bem – eu disse.

– Não, não está.

Ele estava certo. Não estava tudo bem. Aquilo era uma droga.

– Não tem mais ninguém que possa cuidar disso?

– Quem? Não posso confiar algo tão importante àqueles idiotas incompetentes. A conta da Timbk2 vai ser lançada amanhã e a equipe de marketing não consegue achar o arquivo com as especificações financeiras – ele parou e balançou a cabeça, depois pegou o casaco. – Deus, precisamos de alguém em Nova York que saiba o que fazer. Desculpa, Dan.

Bennett sabia o quanto nós dois precisávamos daquela noite, mas ele também tinha um trabalho para cuidar. Eu sabia disso melhor do que ninguém.

– Vá – eu disse, encurtando a distância entre nós. – Vou estar aqui quando você terminar – entreguei-lhe as chaves e fiquei na ponta dos pés para beijá-lo.

– Na minha cama?

Concordei.

– Vista minha camiseta.

– Só sua camiseta.

– Eu te amo.

Eu sorri.

– Eu sei. Agora vá salvar o mundo meu super herói.

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Comentários

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É bom cria essa expectativa entre eles pq depois ele podem Caim na rotina

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ME PARECE QUE ESSES DOIS AINDA NÃO TIVERAM A TÃO ESPERADO NOITE SOZINHOS. ISSO É RUIM. DESGASTANTE.

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esse conto tá show demais volta logo^^

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