Carnaval com as amigas - Parte 3 (FINAL)

Um conto erótico de Lari
Categoria:
Contém 1179 palavras
Data: 15/04/2017 04:59:28
Assuntos: crossdresser

Eram Rodrigo e Caio, irmão e primo de Desi, que haviam adentrado ao recinto. O primeiro trajando uma bela fantasia de pirata; o segundo, pasmem, de Aladdin.

As meninas ficaram todas sem saber muito o que fazer, assim como eu, congelado com aquela situação.

- Ué, que caras são essas? Falei alguma coisa errada?

Todas elas olhavam pra mim, meio sem saber o que fazer com aquela situação, se falavam a verdade ou deixavam acontecer, como se eu fosse apenas mais uma amiga. E foi com essa ideia que Carol tomou rédea da situação:

- SIM! Estamos todas prontíssimas para abalar no Carnaval, meninos!!!

- Agora sim!!! - bradou Caio, com os braços para o alto.

Então Rodrigo olhou na minha direção, sorriu timidamente e perguntou:

- E essa Princesa? Eu por acaso conheço?

Silêncio novamente. Eu congelado, sem reação.

- Essa... essa é a Larissa, prima da Carol. Mas essa noite ela não é Larissa, mas Yasmine, nossa Princesa do Oriente. - falou Desi, titubeante.

- Prazer, Yasmine... - falou Caio, em tom de reverência...

- Prazer... - disse eu, com a voz trêmula e demasiadamente feminina.

- Eu sou o Caio. Esse é meu primo, Rodrigo.

- Prazer igualmente, Rodrigo.

- Rodrigo não: esta noite eu sou... Aladdin. E o prazer é todo meu, Yasmine - disse Rodrigo, galanteador, reverenciando e beijando minha mão.

Notei que as meninas se olharam e esboçaram um riso coletivo, mas se contiveram e mantiveram o teatro:

- Princesas! O Baile nos chama! À festa, meninas!!!

- UHUUUUL!!!, bradaram todos em alto e bom som (menos eu, apavorado com tudo aquilo que estava acontecendo).

O salão do clube era a duas quadras da casa da Desi, assim sendo fomos todos caminhando e conversando no caminho. Entre goles de caipirinha e risadas, aos poucos fui me soltando e percebendo que aquela situação não era assim tão apavorante, afinal eu era apenas uma das meninas e realmente estava claro que ninguém perceberia meu disfarce.

Entramos no salão (além de pagar meia na entrada, ainda recebi cantada do porteiro) e logo estávamos dançando e pulando ao som das marchinhas. Não tardou muito para que eu percebesse o quanto o Carnaval pode ser um evento desagradável para uma mulher: todo homem que passava por perto dava um jeito de dar uma encochada em mim, assim como aquelas desagradáveis puxadas de cabelo ou mesmo cochichos vulgares ao pé do ouvido com palavras como 'nossa...' ou 'que delícia você é...'. Dado momento, Carol chegou perto de mim e perguntou o que eu estava achando do Carnaval como mulher e eu disse que estava ultrajado com aquele comportamento machista comigo e ela gargalhou e disse 'quem disse que é fácil ser mulher, amiga?!', pegou minha mão e começou a me girar pelo salão.

Dado momento, cansei e fui me sentar em uma cadeira que finalmente apareceu vaga, no canto do salão. Estava meio tonto com a bebida e aquilo tudo que acontecia à minha volta, quando ouvi baixinho no ouvido:

- Mas já está cansada, minha princesa?

Era Rodrigo, ou Aladdin, que veio se sentar ao meu lado.

- Um pouco... acho que bebi um pouco demais.

- É, acontece com as melhores mulheres...

Começamos então a conversar. Rodrigo era divertido e logo a conversa se tornou bastante agradável. Após alguns minutos de conversa, notei que sua mão estava sobre minha coxa. Achei aquilo estranho, afinal nunca tinha tido um homem com a mão sobre minha coxa, mas, era Carnaval, eu estava no papel de mulher, então tentei agir naturalmente como se aquilo não fosse nada demais. Mais algum tempo, ele segurou uma de minhas mãos e entrelaçou seus dedos com os meus. Olhei para nossas mãos entrelaçadas, atônito e então olhei para ele, que riu e veio com seu rosto na direção do meu. Não tive muito tempo para pensar ou reagir, apenas senti o toque de seus lábios nos meus, num leve selinho. Então ele se afastou um pouco e ficou me encarando a poucos centímetros de mim. Não tive nenhuma reação àquilo tudo. Então, como se minha inércia fosse um sinal de aprovação, ele novamente se aproximou e novamente me beijou, dessa vez sendo mais do que um selinho. Não sei se foi a bebida, não sei se a fantasia, só sei que não consegui opor resistência ao beijo e logo estávamos nos beijando. No começo um beijo macio e suave, logo ficando mais e mais forte. Eu realmente não sabia o que pensar, não sabia o que fazer, só sei que naquele momento me deixei entregar e o beijei apaixonadamente.

Após alguns minutos daquele beijo, ficamos nos olhando alguns segundos, rindo. Quando olhei para o lado, vi Carol, atônita, mal contendo o riso. Arregalei os olhos para ela e ela, rindo, se aproximou e disse:

- Detesto atrapalhar o casal, mas... vamos ao banheiro, amiga?

- C-claro... vamos sim. - disse eu, aparvalhado.

Chegando lá, achei que ela falar algo ou então ela ficou esperando que eu falasse, porém ficamos algum bom tempo em silêncio, até que ela finalmente falou:

- Renato... eu não sabia que você era...

- Mas eu não sou, Carol!!! Não sei o que houve!

- Olha... não é dizer nada, mas... beijar outro cara não é o mais comum para um heterossexual...

- Eu sei! Eu sei, óbvio... mas foi a bebida, é essa fantasia... sei lá, tudo muito confuso.

- Enfim, queria te dizer que, haja o que houver, sabe que podes contar comigo.

- Claro... eu sei. Mas eu não sou, acredite.

- Bom... sei lá. Hoje é Carnaval... tudo tem uma primeira vez...

- Pois é...

- Bom, seja como for, vamos dar uma ajeitada nesse batom que tá tooodo borrado, miga!

- hahahahaha... claro. Me empresta?

- Claro. Tô só com esse meu vermelho. Não combina muito com tua fantasia, mas... deixa que eu passo pra ti.

Carol então retocou meu batom com um vermelho fortíssimo, bem diferente do dourado original de minha fantasia.

- Bom, vamos lá! De volta à festa! Bóra, Yayá?

- Sim, amiga!!! - disse eu, já mais à vontade com a personagem.

Voltamos e Rodrigo permanecia no local.

- Nossa... achei que minha princesa não voltaria nunca!

- Ela demorou porque queria experimentar outro batom pra ficar ainda mais linda pro Príncipe dela! - disse Carol, rindo.

Fiz uma cara de 'te mato' pra ela, ao que Rodrigo retrucou:

- Nossa! E conseguiu: ficou ainda mais linda.

Fomos para a pista então e seguimos dançando. Dançamos juntos várias marchinhas (Carol decerto falou do beijo para as outras meninas, pois todas ficavam nos cuidando e rindo), e, já que estava na personagem, seguimos nos abraçando e beijando durante o baile todo.

Ao final da festa, voltamos para casa da Desi.

- Dorme aqui em casa hoje, Princesa. - falou Rodrigo com voz de pidão segurando minhas mãos.

- Não posso... preciso voltar para meu castelo - disse, rindo.

Carol então me puxou pela mão e fomos. Pude reparar Rodrigo me olhando enquanto íamos e, ao longe, me abanou, fazendo gesto de coração quando já estávamos quase dobrando a esquina.

- Parece que você já arranjou um namorado, amiga - disse Carol.

- Não. Apenas uma noite de Carnaval, amiga. Não quero saber de namoro em pleno Carnaval!

Rimos alto.

E então esta foi minha noite de princesa que jamais esquecerei.

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Comentários

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Nossa que conto maravilhoso adorei.

Faz pouco tempo que comecei a ler contos de feminização é estou adorando muito

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Pessoal, muitíssimo obrigada pelos elogios. Fiz meu conto mais ou menos da forma como gosto, bom saber que mais gente aprecia desse jeito. Tentarei, na medida do possível, fazer outros. Quanto à brevidade, tentarei torná-los um pouco mais demorados, pois sei bem como é esse gostinho de quero mais quando achamos um conto que caia no nosso gosto.

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