O Meu Amor Pelo Fogo cap.4

Um conto erótico de Reed
Categoria: Homossexual
Contém 2070 palavras
Data: 12/04/2017 03:59:19

Olha só eu de novo mesmo dia, é tô evoluindo Kkkkk. Esse capítulo ficou muito grande, e pra compensar a minha ausência, resolvi colocar dois no mesmo dia. Vou tentar escrever o máximo que eu posso e aumentar a frequência das postagens, demorar pra escrever tá pesando na minha consciência, por incrível que pareça. Não vou enrolar mais, vamos voltar pra história logo.

Depois da Alice ter ido embora, eu ainda no banheiro, fiquei ali sentada por um tempo. Fiquei pensando no jeito que ela ficava quando ficava excitada, eu não sei se ela fica assim o tempo todo, mas eu tava começando a achar que era.

Em uma das minhas aulas, eu não tive paciência pra assistir. Fiquei lá em baixo, quando eu cheguei perto do ginásio vi a Alice de novo, ela estava conversando alguma coisa com o Augusto, achei aquilo um tanto quanto suspeito. Sem hesitar fui lá falar com eles, quando cheguei perto ela veio na minha direção e me falou:

- Nossa Gabriela, você tá pálida, oque aconteceu? - Ela disse isso com um sorriso malicioso no rosto e com um tom de voz ácido. Até parece que você foi tocada por alguma coisa. Depois disso ela foi embora.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa pro Augusto ele foi mais rápido e me perguntou completamente desconfiado:

- Do que ela tá falando? Tocada por quem? - Ele ficou me encarando com aqueles olhos azuis, me deixando nervosa.

- Não sei, deve ter sido alguma coisa da cabeça dela, sei lá, a Alice tá esquisita.

- Se bem que... Você tá meio pálida tá se sentindo bem?

- Tô... Tô meio esquisita... Falei isso e senti minha cabeça girar, minha vista foi escurecendo e eu fui ficando sem forças.

- Gab’s ? Gab’s? Tá passando mal, oque foi? – Ele disse, completamente assustado. E eu caí nos braços dele e apaguei.

Acordei com uma luz branca no rosto, com a visão turva, com um cheiro forte de hospital me inundando. Esse cheiro me fez voltar novamente a realidade, e eu levantei um pouco assustada daquela maca e vi a Alice estava sentada me olhando.

- Dormiu bem, bela adormecida? - Ela falou em tom de sarcasmo.

- Oque você tá fazendo aqui, primeiro de tudo, quem me trouxe aqui?

- Calma princesa da Disney, quem te trouxe foi o Augusto, ele tá na recepção da enfermaria, disse ele que foi no banheiro.

- Ah tá, menos mal. – Falei em um tom de alivio.

- Sabia que você é tão lindinha dormindo? – Disse ela, rindo.

– Você não para de ser sarcástica nem quando eu tô apagada né?

- Hahahaha, nunca, aliás quem mandou você mexer com a meretriz, você provocou e bebeu do meu veneno. Ela deu ênfase na palavra meretiz.

Puxei a cortina que tinha ali no leito onde eu estava e disse:

- Sua louca, além do Augusto quase ter ficado sabendo do que rolou entre a gente, quer que todo mundo da escola saiba também?

- Faz parte da minha essência, tanto faz se depender de mim. - Ela falou sorrindo.

Após ela dizer isso, a cortina se abriu. E atrás dela estavam o Augusto e uma enfermeira toda de branco, e ela com uma prancheta na mão começou a me perguntar:

- Muito bem, como a senhorita se sente, a cabeça dói? Sente alguma coisa de estranho ou está se sentido melhor?

- Não, estou me sentindo melhor.

E a Alice, ainda não satisfeita em me provocar indagou a enfermeira:

- Sem ser inconveniente, mas, oque aconteceu com ela pra ela ter desmaiado?

- Bom, a pressão dela caiu, isso aconteceu por não ter se alimentado e ter praticado alguma atividade que exige esforço físico. - Ela começou a anotar algumas coisas na prancheta dela. – Teve aula de Educação Física antes do recreio?

- Tive sim. – Eu falei enquanto olhava pra cara de sínica da Alice, a minha vontade era de sufocar ela com o travesseiro da maca.

- Por isso desmaiou, sobrecarga de esforço físico, mas isso não vai deixar nenhum tipo de sequelas.

- É, eu não ia querer te ver sequelada, Gabi. – Ela me falou com uma expressão de malícia.

“Vadia! Ela gosta de me provocar, sabe que não pode ficar mandando essas indiretas pra mim, ah como eu queria fazer ela agonizar, sufocando ela com esse travesseiro.”

Eu pensei isso com um ódio, minha vontade era falar isso alto, só que era melhor evitar ...

Enquanto eu pensava nisso, reparei que o augusto olhava pra nós duas ao mesmo tempo, como quem assistia a uma partida de tênis. Ele nada falou, apenas colocou a mão no rosto e ficou nos encarando extremamente desconfiado.

- Já que você não sente nada, pode ir. – Disse a enfermeira enquanto anotava rapidamente alguma coisa na prancheta.

Saímos da enfermaria, e pra quebrar o silêncio o Augusto falou em tom de irônia:

- É Gab’s, ao menos você não vai ficar sequelada.

Pra não deixar o Augusto no vácuo, eu respondi meio sem graça:

- É, ainda bem, foi só um susto. – Falei isso enquanto bombardeava a Alice com meu olhar.

Essa meretriz asiática se alimentava de provocações. E eu já estava no limite da minha paciência.

Quando saímos dali, o Augusto foi correndo atrasado pra aula dele, e quando fiquei a sós com a Alice eu joguei a real, já sem paciência:

- De novo você fazendo isso, é melhor parar, antes que as coisas piorem pra você.

- Oh, que coisa linda tá ficando vermelhinha, vai fazer oque, Desmaiar nos meus braços? - Pra mim seria uma coisa linda de se ver.

- PARA! – Falei aquilo alto demais, algumas pessoas ali ficaram nos observando desconfiadas.

- Fala mais alto, por favor, já que não só eu que quero que todos fiquem sabendo.

- Alice que infantil essa sua atitude, não tem porque fazer isso comigo.

- Ora, só estou agindo como uma meretriz. – Ela falou dando uma de sonsa

- Para de bancar a inocente, você faz isso porque gosta de me provocar.

- Brincadeira, Juro que paro de fazer isso. Desculpa tá, é que é engraçado te ver irritadinha com esse teu jeito tímido.

Depois dessas provocações, fui assistir à última aula que já estava quase acabando. Quando eu estava saindo da escola, a Alice literalmente pulou do meu lado me dizendo:

- Vai pra casa agora?

- É oque aparenta, não? - Eu disse com um tom de voz bem seco.

- Nossa, que frieza, eu já te pedi desculpas, se quiser eu peço de novo.

- Olha só, foi mal tá, não quis ser rude, mas porque você quer saber se eu vou pra casa?

- Vou dar uma passada casa da Jade agora, ela pediu pra eu passar lá, pra levar pra ela uns trabalhos que ela não pegou hoje já que ela teve que sair mais cedo.

- Ah sim entendi, bom eu vou com você, mas vê se lá você não fica com esses joguinhos infantis ou eu juro que te bato.

- Calma, eu já disse que não faço mais, que estresse hein? – Ela disse isso rindo da minha cara.

Seguimos andando até a casa da Jade, eram algumas quadras de onde ficava a escola, a medida que íamos andando o tempo começava a ficar mais cinza, mostrando sinais de que ia cair uma chuva pesada.

Chegamos em um condomínio fechado, com muros altos, parecia uma fortaleza. A casa dela era entre diversas alamedas, com várias casas de diferentes estilos, uma aparentando ser uma mais cara que a outra.

Estávamos agora diante de dois enormes portões da casa, A Alice ligou pra Jade, pedindo pra entrar na casa dela, e aqueles enormes portões de aço e de cor branco cor de gelo se abriram.

Me surpreendi quando observei a entrada da casa tinha dois gramados paralelos com uma espécie de trilha que dava pra entrada da casa. Os gramados decorados por uma com jazidas de diversos tipos de plantas de diversas cores.

Fomos recebidas pela própria Jade, ela estava com o cabelo solto, meio bagunçado, mas, bonita como sempre. Ela veio nos cumprimentar com uma singela cortesia.

- Olha só quem veio acompanhada da Alice, e aí como é que vai Gabriela? Ela parecia estar feliz em me ver.

- É, eu vou bem. – Eu falei bem tímida, sem manter contato visual.

- Nossa, Jade, parece que você não dormiu que cara é essa? – Alice falou espantada.

- Não dormi direito não, e não vou dormir nem tão cedo, depois do que aconteceu hoje de manhã. Essa confusão, e o Alberto quase indo preso, isso me assombrou fortemente.

- Imagino. Mas então, mudando de assunto, trouxe aqui oque você perdeu hoje, eu consegui pegar com um pessoal da tua sala. – Alice falou e jogou pra ela uma dúzia de papéis.

- Tudo isso? – Jade falou com aqueles olhos verdes bem abertos.

- Nossa, tem mais quadros aqui nessa parede. Quando eu vim aqui da última vez não tinha esses, quem é que pinta ainda? Alice perguntou.

Na parede daquela sala tinham cerca de sete pinturas emolduradas, algumas lembravam os quadros do Romero Britto, só que numa atmosfera meio “Dark” outros eu não sei com que se pareciam.

- Ele que pinta sim. - Jade respondeu aquilo nervosa, parecia estar escondendo alguma coisa.

- Jade, posso usar o banheiro? – Eu disse.

- Claro, no fim do corredor a direita. – Ela respondeu com um sorriso no rosto.

Fui ao banheiro, observando tudo que tinha ao redor, era uma bonita casa, tinha chão de madeira. Vi alguns subordinados a família da Jade entrando e saindo. Não demorei muito, afinal não queria deixar ela esperando.

Quando voltei, me assustei, Alice não estava mais lá.

- Cadê a Alice? - Perguntei.

- Ela recebeu uma ligação, disse que era urgente, saiu correndo igual uma louca e nos deixou aqui. Ela me respondeu aparentando estar um pouco aflita.

- Ah sim... - Respondi timidamente.

Ficamos ali por alguns segundos em silêncio, que mais pareceram horas. Aquilo era extremamente constrangedor.

- Então... -Seu pai que pinta esses quadros meio góticos? Eu disse aquilo pra quebrar o silêncio.

- Na verdade não. Sou eu quem os faço, só que não quero que saibam disso, não quero que as pessoas vejam, isso é uma coisa bem pessoal.

- Ah sim, bem que desconfiei pelo jeito que você falou, também sou dessas que esconde meus gostos. Mas os quadros são bem bonitos.

- Tem mais no meu quarto, se você quiser ver a gente pode ir lá.

- Claro, porque não. – Falei isso e o meu coração começou a bater mais rápido.

Quando chegamos lá fiquei surpresa, o quarto dela não era o quarto de uma garota comum. Não tinha aquelas cores fortes na parede, ou aqueles murais com um monte de fotos. Mas era grande, tinha um guarda roupa e um closet. Neles caberiam um quarto de uma casa de tamanho mediano.

Ela mostrou uma parede inteirinha só de quadros parecidos com aqueles que ela tinha me mostrado lá em baixo. Nem dei bola de início, fiquei mexendo na coleção de vinil que ela tinha, ali tinha desde Beatles até algumas coisas menos conhecidas tipo T.Rex e Velvet Underground.

- Nossa, que gosto musical peculiar, você e o Augusto iam se dar bem por causa desses vinis. – Eu falei enquanto puxava um disco seguido de outro.

- Outra coisa que poucas pessoas sabem é do meu gosto musical, eu nunca deixo ninguém mexer neles. - Ela respondeu sorrindo. – Mas então, sobre as outras pinturas, esses quadros eu valorizo mais que aqueles que estão lá em baixo.

Me aproximei deles e fiquei de perto os observando atentamente.

- Esse tipo de pintura é pra se ver de longe, e não assim bem de perto. – Ela falou rindo da minha cara.

- Eu não entendo nada de arte. – Falei rindo. – Mas, eu acho que deu a minha hora, tenho que ir.

E aquele tempo fechado que eu havia visto lá fora piorou, e eu ouvi um trovão rugir no céu.

- Pelo visto, parece que vai dar para ver esse quadro de longe. - Ela falou.

Fui para onde ela estava, fiquei encarando aquelas pinturas, fiquei assim por alguns segundos. E percebi que ela me olhava, dessa vez, não me senti incomodada, tive uma reação oposta, retribuí com outro olhar. E nisso, nós duas nos beijamos profundamente, e lá fora, começava agora a chover forte...

Continua!

Ok, esses dois capítulos ficaram muito grandes, esse capítulo é aquele no qual quem lê pensa “Finalmente!” Kkkkk. Confesso, demorou um pouco pra acontecer eu sei, agora a história começa de verdade. Uma outra coisa que eu tenho pra dizer aqui, é que eu voltei a usar o Skype, então se alguém quiser eu posso passar o meu.

Até a próxima, bjs!

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Volta logo mesmo ansiosa pela continuação otima historia

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