Complicado part.02

Um conto erótico de Gossip Boy
Categoria: Homossexual
Contém 1680 palavras
Data: 02/04/2017 00:04:49

[...] Renan – Ei, a Aline vai la pra boate comigo hoje, você deveria ir com a gente.

Renan é barman de quinta a domingo na boate mais frequentada da cidade.

Eu – Ela vai ficar fazendo o que se você vai ta trabalhando?

Renan -Uma galera da turma dela vai tambem.

Eu – Tô ligado, mas não sei se vou não.

Renan – Bora Juan, vai que você conhece um cara bacana lá.

Eu – Numa balada? Acho dificil.

Renan – Vai que você descola pelo menos uma transa.

Eu – Não tô interessado só em transa.

Renan – Trancado dentro de casa você não vai conhecer ninguem. Você vai e pronto!

Eu – Mas e minhas coisas?

Renan – Quando acabar aqui, te levo em casa, você deixa suas coisas e nós vamos de la. Beleza?

Eu – Vou pensar...

Renan – Escroto. Eu vou lá na cantina, quer alguma coisa?

Eu – Não, não. Valeu.

Ele sai da classe.

Fico pensando no que ele diz e faz sentido. Não vou conhecer ninguem dentro de casa. Por outro lado, me sinto solitario, as vezes, mas não estou desesperado pra arrumar um namorado.

Bem, é sexta, não vou fazer nada amanha... É, eu vou. Mal não vai fazer...

PT.02

Quando ele volta, digo que decidir ir com eles e logo a aula começa. Após o termino, ele me leva ate em casa, guardo minha mochila, troco de roupa e vamos até a boate.

Não tava a fim de dançar, então fico conversando com Renan la no bar mesmo.

Renan – Ninguem interessante?

Eu – Alguns, mas não tô a fim de chegar em ninguem. Eu quero é um emprego cara!

Renan – Nada ainda?

Eu – Eu fiz umas entrevistas aí, mas até agora nada.

Renan – Cara, tu já pensou em dividir tua casa com alguém? Dividir as despesas?

Eu – Não, na verdade nunca pensei nisso.

Renan – Pois é, é uma opção. Tua casa é grande, tem outro quarto vago. Vai ser uma boa pra ti arrumar alguem pra dividir as contas.

Eu – Huuum... Mas sei não... Não conheço ninguem que esteja procurando dividir uma casa e não quero colocar um estranho lá em casa. Tem alguem de confiança pra indicar?

Renan – Nem tenho, mas posso procurar.

Eu – Por favor, nenhum maluco. Só recomenda se for alguem de confiança.

Renan – Claro Juan, tu acha que eu mandaria alguem problematico pra morar contigo?

Eu – Acho bom mesmo.

Ele tava numa correria só, fazendo os drinks pro pessoal.

Renan – Velho, aqui ta foda hoje! O outro barman ta com doente, não veio. Só sobrou pra mim e pra ele.

Diz apontando pro outro barman.

- E parece que todo mundo resolveu vim pra cá hoje.

Disse o outro cara.

Eu – Bom pro dono da boate, né?

Renan – É, pra ele é ótimo, mas quem se fode é nós.

Eu – Querem ajuda aí?

Renan – Relaxa aí cara.

- “Relaxa ai” nada! Deixa o cara ajudar Renan.

Renan – Deixar ele trabalhar de graça, é?

- Não, ele pode substituir o Anderson e o Vicente paga ele. Ele tá atras de um barman pra ficar no lugar no Yago enquanto ele ta doente.

Renan – Tá a fim? Mas tem que ficar hoje e amanha.

Eu – Claro, to precisando de grana mesmo.

Renan – Então fechou, chega aqui!

Passo pro outro lado do balcão e começo o trabalho.

Tudo ocorreu de forma tranquila, exceto por um cara que quis criar problema.

- Eu que decido a hora de parar!

Grita o rapaz.

Quando chegamos a boate ele já estava la. Já são quase 5:00 e ele ainda bebendo. Não dançava, dispensava todos que iam falar com ele, só ficava bebendo com um misto de raiva e sofrimento no rosto.

Eu – Já ta bom cara, tu já bebeu demais. Antes de eu chegar tu já estava aqui bebendo.

- Eu preciso que você me sirva uma bebida e cuide da sua vida. Apenas isso, pode ser?

Eu – Não velho, vai pra tua casa!

- É a saidera, eu juro!

Ele diz rindo.

- Aqui fera.

Diz o outro barman entregando o drink a ele.

Eu – Serio que você vai deixar ele beber mais?

- Ele ta pagando e ele é adulto. Se ele quiser beber, ele pode.

- Aprende com ele!

Diz levantando o copo.

Renan – Que foi Juan?

Eu – O cara tá ali quase caindo de bebado.

Renan – Ah, conheço a figura.

Eu – Conhece?

Renan – Ele ta aqui todo fim de semana, já tem um mes. Não fala com ninguém, só bebe. Deve tar afogando as magoas.

Fico o observando de longe.

Pelo menos cumpriu o que disse, após aquele copo ele foi embora.

Já estava amanhecendo quando Renan me liberou. Ele disse que me levaria em casa, caso eu quisesse esperar por ele, que demoraria mais um pouco, mas eu tava a fim de chegar logo em casa.

Decido pegar um taxi. A boate não era tão longe de casa, não iria sair caro.

Vou caminhando ate o ponto de taxi quando vejo aquele mesmo rapaz do bar, vomitando no meio da rua.

Eu – Ta bem cara?

Digo me aproximando.

- Tô. Só tô um pouco, um pouco...

E vomita novamente.

- Enjoado.

Ele mal tava se aguentando em pé.

Eu – Vem, se apoia em mim. Vou te colocar dentro de um taxi e te despachar pra casa.

- Não, não. Eu tô de carro.

Eu – Tu acha que eu vou deixar tu ir pra casa dirigindo nesse estado. Vai ser um perigo pra ti e pros outros.

- Então toma, dirigi você.

Diz me entregando a chave do carro e fazendo cara de enjoo de novo.

Eu – Onde tá teu carro?

Ele aponta o carro e vamos caminhando ate ele. Na realidade, vou o arrastando até seu carro.

O coloco no lugar do carona e ponho o cinto de segurança nele. Foi só o tempo de dar a volta no carro e entrar no lugar do motorista, que quando entro noto que o cara tinha adormecido.

Porra! Onde que eu deixo esse cara agora? Decido levar ele pra casa, quando ele acordar vai pra casa por conta própria.

Já na minha casa, com muita dificuldade, porque ele é enorme, consigo levar ele ate meu quarto. O deito de bruços, caso ele volte a vomitar não se engasgar. O deixo lá e vou tomar banho.

Depois do banho, como alguma coisa e vou ver tv na sala. Resolvo dormir no sofa mesmo e deixar ele ficar na minha cama.

No dia seguinte ainda acordo antes que ele. Estou tomando café quando ele aparece.

- Ow, o que foi que aconteceu?

Ele diz confuso.

Eu – Você bebeu demais, tava passando mal na rua. Disse pra eu te levar em casa, mas apagou antes de me dizer onde mora, então te trouxe aqui pra casa.

- Nós dois... A gente não...

Eu – Não! Cara, eu nunca tiraria proveito de um cara no estado em que você estava. Relaxa.

Ele permanece serio o tempo todo.

- Tô indo nessa.

Eu – Você não quer tomar um café antes de ir?

- Não. Tô de boa.

Eu – Ok.

Não insisto.

Vou abrir o portão pra ele tirar o carro. E ele vai embora sem nem ao menos agradecer ou dizer seu nome.

Mal educado do caralho. Deve ser mais um filhinho de papai problematico.

Depois que ele se vai, vou ao meu quarto dormir. Tinha dormido muito mal no sofá, minhas costas estavam acabadas.

Quando acordo já é de tarde, então vou por as roupas pra lavar e fazer a faxina. Enquanto limpo meu quarto encontro um cartão de credito no chão do meu quarto.

Ricardo M. Tavares.

Deve ser daquele cara, Ricardo.

Sempre adorei esse nome, acho muito bonito. Combina com ele. Mesmo com o cabelo desarrumado e a barba grande, a beleza dele é algo que não tem como não notar. Pena que não possa dizer o mesmo da educação.

Como Renan disse que ele tá la todo fim de semana, deve estar por lá hoje também. A noite o devolvo.

Depois de tudo feito, fico de bobeira esperando dar a hora de ir a boate novamente, já que subtituiria o cara doente de novo.

Fico conversando com o Renan e conto o que aconteceu.

Renan – Já tá assim? Mal conhece o cara e já leva pra dormir na tua casa?

Diz rindo.

Eu – Não palhaço, só tava ajudando um cara que precisava de ajuda.

Renan – Sei... Vocês fariam um casal até bonito.

Diz rindo navamente.

Eu – Vai pra porra Renan!

Renan – Vocês conversaram o que?

Eu – Não conversamos, é o que eu te disse, ele dormiu aqui e assim que acordou foi embora. Nem agradeçeu, nem nada. Só descobri o nome por que por acaso ele esqueceu o cartão de credito aqui.

Renan – Que cara doido.

Eu – Não acho que ele seja doido, mas deve ter algum problema...

Renan – Hiiiiii... Já ta defendendo. Apaixonou mesmo, hein?

Eu – Foi, foi isso mesmo, me apaixonei por um cara que deixou minha cama fedendo a cachaça e que eu só vi uma vez.

Digo ironico.

Renan – Paixão a primeira vista, nunca ouviu falar?

Ele gargalhava pelo telefone.

Eu – Ele é engraçado, ele.

Digo ironico.

Renan – Ei vou ter que desligar aqui, vou la na casa da Aline agora. Te vejo mais tarde.

Eu – Ok, manda um beijo pra Aline.

Desligo.

Fico jogando até que dar a hora de ir a boate.

Continua.

Continuem votando e comentando!

Suara: Fico feliz que tenha gostado e espero que continue acompanhado os dois contos. Fiz outro perfil só pra deixar mais organizado mesmo. Eu acho feio no perfil, tipo “Complicado part.02” e em seguida “Amando O Cara Errado 43”, porque eu já tinha feito isso de escrever dois contos ao mesmo tempo, e isso me incomoda no perfil. Ou seja, eu sou muito fresco.

A idéia original era reescrever cada um dos meus contos, por mais historias neles, terminar os inacabados e por cada um em um perfil especifico, mas se eu apagar um conto, a CDC não deixa eu publicá-lo novamente.

Grande abraço.

Irish: Que bom que gostou, continuarei. Sim, ele fictício.

Abração.

Atheno: Ao decorrer dos capítulos vou os descrevendo. Fico feliz que tenha gostado! Abraço!

Ru/Ruanito: Que bom que gostou queridão. Abraço.

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Comentários

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Interessante. Vc já gosta de escrever histórias com esses caras mal educados né kkkk. Amo seus contos.

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Obrigado pela resposta Gossip Boy. Desculpa, mas acho que eu fiz a mesma pergunta no outro conto, então não precisa responder por lá tb... Estou adorando esse conto e ansiosa pelo próximo capítulo. Já prevejo romance entre Ricardo e Juan. Bjs.

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