Os Primos (Capítulo 11)

Um conto erótico de RafaelQS
Categoria: Homossexual
Contém 2589 palavras
Data: 20/03/2017 01:03:06

“A vida é mesmo coisa muito frágil” Recordo de uma vez ter escutado uma música que dizia exatamente essas palavras. Num instante tudo o que vivi esvaia-se, memórias e lembranças morreriam comigo, sem ter a oportunidade de me despedir de alguém. Nu, coberto com o próprio sangue, e tão covardemente assassinado sem conseguir ao menos gritar por socorro...

Contudo, um milagre aconteceu. O ar voltou para os meus pulmões, forte como um golpe. Tive um acesso de tosse, minha cabeça girava e doía. Com a visão turva, olhei para Leandro. Ele cobria o rosto com as mãos, chorando muito.

Tonto, corri até a calça jeans jogada no chão, lá estaria a chave, o canivete, minha liberdade. Ele foi mais ágil, antes que eu pudesse localizar os objetos, recebi um soco forte na cabeça, o qual fez meu rosto quicar no chão. Permaneci deitado, resignado, enquanto ele subia em meu corpo, exibindo a lâmina.

- Me diz o que eu faço com você, Johnny. Eu quero acabar com a tua vida, mas não tenho coragem, sabe por quê? Eu te amo. Eu sempre tive medo de assumir isso pra você, e principalmente pra mim. Você acha que é fácil? Meu paizinho, o mesmo infeliz que espancava minha mãe, quando eu era criança dizia que eu me tornaria uma mariquinha. Ele estava certo. – Suas lágrimas pingavam em cima de mim. – Ele me espancava toda vez que eu o desobedecia e adorava queimar minha pele com o cigarro. Uma noite, enquanto eu dormia no meu quarto, ele veio deitar comigo. Estranhei a atitude pois ele nunca foi uma pessoa carinhosa. Já me preparava para levar uma surra ou sofrer alguma tortura. – Leandro chorava muito. – Ele tapou a minha boca com a sua mão gigante e disse que uma boa vadia precisava ser educada por um macho, e meteu o caralho com toda a força dentro de mim. Foi a primeira vez na vida que quis morrer. Nenhuma outra coisa me doeu tanto quanto aquilo. Graças a Deus aquele velho imundo bebia pra cacete e foi achado morto no meio da rua. Espero que esteja queimando no inferno agora.

- Você quer ser igual a ele? – Questionei.

- Eu sou. Olha pra mim, o monstro desprezível que ele criou. De onde você acha que eu herdei essa libido erótico? Ele me obrigava a ver revistas de mulheres peladas e pedia para eu me masturbar na frente dele. Repetia milhares de vezes que um bom macho deveria ter várias mulheres, foder, cair fora. E nunca, jamais, se comportar como uma marica.

Leandro sentou-se no chão e chorou feito uma criança.

- Eu me rendo, eu sou gay, uma bicha desgraçada. E eu amo você, como nunca amei ninguém na vida. Tanto que eu não suporto a dor de te ver com outra pessoa.

-Não cometa os mesmos erros do seu pai. Ele provavelmente foi educado de forma errada e transmitiu isso para você. – Interferi.

- Meu amor por você é a coisa mais pura que já senti em toda minha vida. Infelizmente nasci para ser podre, marginal, fora da lei.

Colocou-se de pé e puxou meus cabelos até que eu fizesse o mesmo.

-Vamos embora daqui. Preciso te levar a um lugar. Lembrando que não pouparei a tua vida se você chamar a atenção. Posso estar chorando mas continuo no controle.

Com o corpo dolorido, vesti minhas roupas. O espelho no teto revelava uma feição que eu desconhecia. Um rosto inchado, sangue embaixo do nariz, olhos vermelhos. Entrei no carro e saímos imediatamente, sem suspeitas.

-Nós vamos para o lugar onde eu fui criado. É perto daqui, nas imediações do aeroporto. Ao contrário de você, nasci na periferia. Não era nenhuma favela extremamente pobre, mas a gente sempre ouvia falar de traficantes, drogas, violência. Os meus amigos me obrigavam a cheirar cocaína, assim como traficar também. Eram os mesmos que me batiam quando eu não conseguia vender os lances. Você deve estar pensando na sua cabecinha de ovo “Então por que não escolheu outros amigos?” Se eu não embarcasse naquela turma, nunca teria respeito, portanto seria motivo de chacota pro resto da vida. Esse foi o tempo que queria fugir de mim, da família, dos amigos, de toda merda desse mundo.

Leandro dirigiu por volta de quinze minutos até parar o carro. Me encontrava jogado no chão, como ele havia orientado. A porta traseira se abriu e fui puxado para fora, com o canivete no pescoço. Minha desgraça se completou quando descobri que estava no meio do nada. Um lugar deserto, rodeado por mato, e à nossa frente um grande e profundo barranco. As coisas pareciam mais assustadoras pelo fato de a noite ter chegado e a única luz que tínhamos era a da lua e dos faróis do carro.

-Costumava vir aqui, no meio do nada, e pensar. Esse abismo me ajudava a refletir sobre eu mesmo. O silêncio, calma… escutava ele falar comigo. Muitas vezes era o único instante do dia para ser feliz, sem cobranças, apenas paz. Depois que o velho morreu, a vida ficou fácil. Mamãe trabalhava, eu ficava em casa assistindo TV, o lugar onde eu morava enfim parecia um lar. Então abandonei as minhas atividades no tráfico. Sou muito sortudo por isso. Muitas pessoas não conseguem sair dele jamais e incontáveis vezes morrem devido a isso.

Fui carregado até à beira do barranco. Desde o motel, sentia vontade de urinar, quando Leandro ameaçou jogar-me do precipício, todo o líquido desceu instantaneamente. Uma grande quantidade de urina escorreu pelas minhas pernas, mesmo assim ele não notou minha fraqueza.

- Acho que é o maior trauma da sua vida, não é mesmo florzinha? – Debocha. – Não sei se está vendo, mas uma queda aqui significa grandes danos. Em pensar que poderíamos estar numa boa, nos divertindo na cama, como sempre foi. Você é o culpado! Ou melhor, o teu namoradinho idiota. Tudo isso é por ele.

Em uma linha tênue entre o descontrole e a insanidade, Leandro chorou. Chorava alto e soltava berros contínuos, como quem sente dor intensa. Abraçou-me forte, talvez teria sentido a humidade do xixi, mas isso não o fez recuar. Era um abraço esmagador, aplicado com grande intensidade, roubando meu ar.

- Leandro, por favor, me leve para casa. – Decidi aproveitar seu instante de fraqueza emocional. -Eu invento qualquer coisa para os meus pais, digo que fui assaltado e levei uma surra. Prometo não te denunciar. Estou decidido a te dar uma segunda chance. – Blefei.

Avaliou a minha proposta, aturdido. A resposta veio com um soco na minha cara que me deixou desnorteado alguns segundos.

- Não seja ridículo. Pensa que eu sou burro? Acha mesmo que vou deixar você livre?

- Talvez seja melhor que você me solte e deixe eu voltar. Uma pena por crime de assassinato é maior que agressão. A primeira pessoa que irão desconfiar depois do meu sumiço será você. E não pode se esconder a vida toda, uma hora vão te pegar.

- Cala boca, estúpido. – Um tapa na minha boca, que escorria sangue desde o último golpe. -Não irão me encontrar. Eu vou desaparecer. Sou sobrevivente do tráfico, acha mesmo que isso foi a pior coisa que fiz? Bater em um infante como você?

- Por favor, se realmente me ama. – Implorei. -Me deixe viver. Eu te peço o mínimo: minha vida.

Seus olhos inebriados pela loucura conectaram-se aos meus. Abaixou o canivete e segurou minha cintura.

- E me diz como eu fico ao ver você voltar para o Cauã?

- Nada sério poderá rolar entre nós dois. O pai dele não aceitaria, moverá céus e terras para nos separar, eu sei como Sérgio é determinado quando quer algo. – Essas palavras saíram da minha boca rapidamente, enquanto eu me dava conta que era uma realidade. -Tudo o que estou vivendo com ele é passageiro.

Pela primeira vez eu sentia que estava convencendo-o.

- Verdade. Aquele estúpido do Sérgio deve obrigar a cria a se comportar igual ele, ser macho, ter um império para mandar...

Ele riu por breves instantes até a animação cessar.

- Não acredito em você John, está mentindo! Quer que eu o libere, por isso está dizendo essas coisas.

Segurei as mãos grandes de Leandro.

- Eu entendo seu sofrimento. – Beijei-o na boca.

O único recurso que poderia utilizar era conquista-lo sentimentalmente. Amolecer o coração louco e descontrolado daquele ser. Uma conclusão que poderia tomar daquele dia é que ao mesmo tempo em que acumulava uma podridão espiritual, Leandro tinha muitas dores e emoções estragadas dentro de si e essas mágoas tornavam-no amargo.

O beijo foi demorado. Deixei que curasse toda a carência que poderia existir dentro do interior obscuro. Doía ter de me submeter aquilo, mas não existia escapatória, lutava pela minha vida. Minutos passaram, e as mãos fortes me libertaram, deixando-me livre. Andou lentamente, quase se arrastando para o carro. Chegando próximo ao capô, me encarou. Um sorriso curto, simples, mas emocionado. Duas lágrimas rolaram rosto abaixo. Por volta de um minuto, ficou imóvel. Tentei decifrar o que passava em sua cabeça, mas não via nada. Fez um gesto de “Adeus” e entrou no veículo. Finalmente eu estava livre do tormento, apesar de muito machucado. Comemorei internamente enquanto observava as manobras desajeitadas do gol preto. Partiu deixando-me sozinho. Agora minha missão seria buscar uma forma de chegar em casa. Lamentando meu estado físico, o nariz possivelmente quebrado, dores na cabeça, no rosto, e a calça molhada de urina, comecei a andar.

Outra coisa aconteceu. Ao longe, notei o carro indo no horizonte, contudo, em um rápido arranque, fez uma curva e retornou em minha direção, acelerando para valer. Mais uma vez acreditei que meu fim havia chegado, porém o que veio em seguida me surpreendeu ainda mais. Leandro desviou de mim e o automóvel voou para dentro do barranco, chocando-se com o solo, causando um forte estrondo. Era a cena mais impressionante que presenciei em toda a minha vida.

Corri com toda a energia que tinha, o mais rápido possível. Deveria fazer algo, chamar uma ambulância, gritar por socorro, ser notado. Por um tempo, tudo o que vi era matagal. Tinha medo de cair em algum buraco ou ser confrontado por algum bicho perigoso. Minhas pernas tropeçaram umas nas outras e cai no chão, duas vezes seguidas, tamanho era o desespero em concluir aquele labirinto que meu corpo me auto sabotava.

Exausto, sem conseguir correr mais, andei o que acredito ter sido equivalente a dez minutos. A mata foi deixada para trás, agora estava em um campo deserto, porém uma luz no final da trilha parecia ser minha salvação. Esforçando-me para dar o melhor de mim e alcançar o ponto rapidamente, voltei a correr, ofegante como quem dá os últimos suspiros.

Um bar com aproximadamente cinco pessoas revelava-se. Comemorei internamente a oportunidade de gritar por socorro. Desejava poder telefonar aos meus pais e pedir que alguém ajudasse Leandro, ainda que ele não merecesse minha preocupação, se eu não agisse rapidamente, morreria, se isso já não tivesse ocorrido instantaneamente.

Todos perceberam meu desespero antes que eu chegasse ao estabelecimento. Olhares curiosos se voltaram a mim, e com razão, meu estado era deplorável: O rosto coberto de suor, nariz arrebentado, cabelos para o ar.

- Tem um acidente no barranco. Alguém pode me ajudar?

Os três homens e duas mulheres se entreolharam, perguntando-se como proceder diante da minha euforia. Um deles tomou a iniciativa de levantar e perguntar em qual local a tragédia teria acontecido. Tentei explicar-lhe a direção correta seguindo o caminho que tinha acabado de trilhar. Ele prontificou-se a averiguar o acontecido. Enquanto isso, uma das moças pegou o celular e ligou para a o serviço de resgate. Existia um telefone público ao lado do balcão. Digitei o clássico 9090 e o número do telefone da minha casa. Mamãe atendeu no primeiro toque. Chorei desde as primeiras palavras e ela entrou em choque. Pediu que eu desse o endereço do local, perguntei a uma das pessoas e por fim disse a ela.

Uma senhora de aproximadamente cinquenta anos levou-me para as dependências que ficavam atrás do balcão. Pediu-me que lavasse o rosto para limpar o ferimento. Em seguida trouxe alguns cubos de gelo enrolados em um pano para que colocasse em volta. A mulher me observava choramingar. Não tinha a capacidade de esquecer detalhes do ocorrido, certamente ficaria na minha cabeça por muito tempo.

Vinte minutos depois a ambulância parou no estabelecimento para pedir informações e foi orientada por um dos rapazes. Desconfiava que até aquele ponto Leandro já estivesse morto. Não lamentaria sua morte, mas levando em consideração as condições psicológicas que presenciei nas últimas horas, permitia-me ter certa piedade devido a mente atribulada e insana em que meu primo se perdeu.

Papai e mamãe chegaram minutos depois. Antes de mais nada, me cobriram com um abraço e buscaram entender o que havia se passado aquela tarde. Ao dizer a palavra “Leandro” ferveram de raiva.

- Ele está pior que eu. Não sei se sobreviverá.

...

Decidi ir para a casa, ainda que insistissem em me levar a um hospital. As feridas físicas secariam, as emocionais viveriam para sempre comigo. Depois de tomar um banho quente, onde até mesmo a água do chuveiro machucava ao entrar em contato com meu corpo, fui ao meu quarto pôr a cabeça no travesseiro e repousar. Papai e mamãe iniciaram um interrogatório com a finalidade de averiguar o que tinha ocorrido comigo.

Deveria encarar a realidade, minha hora tinha chegado. Meus pais mereciam minha sinceridade acima de tudo e todos. Contei cada detalhe do que houve entre Leandro e eu, preservando os detalhes sórdidos da história, mas relatando nosso envolvimento emocional e físico. Indissociavelmente isso implicava em contar-lhes sobre minha orientação sexual.

Não era o tipo de coisa que me orgulhava em dizer. Durante anos estive preso a ele por sexo, envolvido apenas pelo desejo carnal. Uma história complicada, e estendia-se até o meu sequestro, a agressão, o episódio do abismo. Meus pais choraram junto comigo. Eu tentei entender se era comoção ou tristeza pelas minhas atitudes, porém o abraço de mamãe confortou-me.

- Independente do que houver, você continuará a ser nosso único e amado filho.

Papai sorriu e abraçou-me.

- Eu te amo. E não existe nada neste mundo capaz de diminuir isso.

A aceitação foi a melhor coisa que me aconteceu aquele dia. Tinha tirado um peso enorme de cima de mim. Sentia-me amado e especial.

Permitiram que eu descansasse alegando que já teria sofrido traumas demais por um dia. Marisa alertou que marcaria com o psicólogo para eu ter algum tipo de suporte emocional, concordei, afinal de contas precisava lidar melhor com as minhas emoções dali em diante.

...

Fiquei acordado por volta de duas horas antes de adormecer, levantei cedo no dia seguinte, bem melhor. Decidi não ir à escola, porém fiz questão de tomar o café da manhã com meus pais. Eles demonstravam amor, carinho e atenção ao lidar comigo, o que fez-me sentir agraciado.

Antes de saírem para trabalhar, recebemos um telefonema de titia Helena. Foi uma ligação curta, o rosto de mamãe permaneceu sério todo o instante, ao final, já sabia sobre o que elas tinham conversado.

-Ela ligou para avisar que Leandro faleceu ontem à noite. – Anunciou.

...

Agradeço aos leitores que vierem a dedicar um tempo para realizar a leitura, e gosto de receber críticas de toda natureza (me refiro as construtivas), então, não deixe de comentar o texto, isso é muito importante para mim.

Também disponibilizei o texto no Wattpad, que proporciona uma leitura mais confortável, não deixarei o link pois o site Casa dos Contos Eróticos pode o censurar. Busquem por "Os Primos (Romance Gay)".

Obrigado a todos!

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Comentários

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Nossa tadinho, apesar de tudo que ele fez não merecia esse final

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Nossa que triste.. Apesar de tudo que o Leandro fez ele não merecia esse final

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Muito bom o sua história, vc mas demora muito para dar continuidade ao conto

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ESTONTEANTE. SEM PALAVRAS. NUNCA LI NADA IGUAL. E TEM MUITO A ACONTECER AINDA.

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Pessoal, muito obrigado pelo Feedback, vocês me motivam muito a continuar escrevendo. Estou vivendo um período muito interessante no que diz respeito a minha produção escrita. Sempre tive vontade de compartilhar minhas histórias mas nunca as concluía. Em breve Os Primos ganhará algumas novidades e prometo que a história se tornará mais interessante. Até lá trabalharei para manter uma frequência de postagens. Abraços!

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Olá Kinha26!

Digitando "Os Primos (Romance Gay)" facilmente o conto pode ser encontrado no Wattpad. Se mesmo assim não aparecer, busque por "Os Primos (Romance Gay)" no google e clique no primeiro resultado.

Grato!

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Tadinho do leandro mais vou concorda com kenSw o Leandro Deu uma grande prova de amor .... mais creio q o o amor ainda não vai ser vivido tem MT coisa pra rolar

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AGORA LIVRE PRA VIVER SEU AMOR. MAS AINDA TEM SÉRGIO PELA FRENTE. LEANDRO NADA TEM DE BOM. PAGOU DA FORMA ERRADA TB. FOI COVARDE ATÉ NISSO. DEVERIA TER ENFRENTADO A JUSTIÇA DE CABEÇA ERGUIDA MAS PREFERIU O FIM MAIS FÁCIL.

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Olá boa tarde Adorando seu conto Como está seu perfil no wattpad Pois procuro esse conto e não encontro lá

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Mesmo sendo o vilão, por enquanto, o Leandro deu pra gente a maior prova de amor dessa história. Ta que o cara era um doente, mas ele preferiu morrer a ficar sem o amor. O cara cresceu sofrendo muito na mão do pai e por diversas situações propostas pela vida, quem sabe um grande amor não o consertaria. Fiquei muito triste por ele ter morrido e de forma tão trágica, alias, as maiores histórias de amor terminam em tragedia, uma pena. Mas essa é uma grande história, Parabéns, to amando!

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Ele contou que foi estuprado? e o Luan? Onde tava esse tempo todo, desconfio que estava transando com Diana! Isso ainda vai ser problema!

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Cara esse teu conto é foda,nao sei se aguento até próximo domingo mds

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