Pra Inglês Ver S02E01

Um conto erótico de MattTaylor
Categoria: Homossexual
Contém 1331 palavras
Data: 19/03/2017 04:54:42
Última revisão: 19/03/2017 23:17:59

Oie gente... Eu sei, tinha prometido a continuação em setembro de 2015, mas desde lá algumas coisas aconteceram comigo, problemas na familia e na faculdade e eu não consegui continuar a história. Mas agora estou de volta para contar um pouco mais...

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O voo de volta para Londres foi tranquilo, e, como de costume, eu dormi a viagem inteira. Quando finalmente acordei, ou seja, fui acordado pela minha mãe, já tínhamos aterrissado. Do lado de fora, o ar deliciosamente gélido do Janeiro britânico parecia dizer "bem vindo de volta".

Já totalmente desembarcados, meu pai chamou um taxi, que nos levou de volta a nosso apartamento. Percorremos as ruas londrinas habituais até a nossa casa. Eu sei que parece meio idiota, mas gosto de, depois de voltar de uma viagem, observar o que mudou. Um hábito meio bobo, já que Londres é uma cidade muito antiga, muito clássica, e poucas coisas mudam assim tão rapidamente.

Quando chegamos ao nosso endereço, meu pai pagou o taxi, e nós subimos as escadas, carregando aquele monte de malas até o 5 andar. O nosso prédio é um prédio antigo, portanto não tem elevador. Ainda bem que era metade da manhã de uma quarta-feira, e tinham poucas pessoas no prédio, porque com a barulheira que nós fizemos para levar tudo aquilo para cima, teríamos sido mais xingados que jogador de time de futebol depois de perder a final.

Abrimos a porta do 5c, nosso apartamento, e colocamos tudo lá dentro. Era estranho voltar pra casa depois de quase um mês, mas era bom. Antes de sairmos, minha mãe tinha coberto todos os moveis com plastico ou lençóis, pra evitar a sujeira. Não que muita coisa fosse acontecer no mês que passamos no Brasil, mas ela era um pouco maníaca com isso. Assim, ajudamos ela a descobrir tudo, limpando tudo o que fosse visível, e um pouco do que não fosse também.

As próximas semanas foram extemamente calmas, e passaram tão rápido quanto uma corrida com o Usain Bolt. Logo era o primeiro dia de aula, daquilo que seria o ultimo ano meu no ensino médio. Estava feliz que aquilo iria acabar, mas ao mesmo tempo nervoso com o que estava por vir. Muita coisa iria mudar dali para frente.

Acordei cedo naquele primeiro dia, algo que não é de meu feitio. Geralmente enrolo até o ultimo segundo possível para levantar. Mas já que estava acordado, fui tomar um banho. A água quente escorria pelo meu corpo, me fazendo lembrar avidamente das semanas que passei com Gabriel. Sentia saudade dele. Do jeito carinhoso, alegre, colorido. Da forma como ele transava. Ele era maravilhoso. Nos últimos dias as memórias que tinha dele bastavam para bater deliciosas punhetas, mas sentia muita falta do membro dele me penetrando enquanto sussurrava em meu ouvido.

Perdido em meus pensamentos, não percebi que meu dedo já pressionava meu cu, enquanto a outra mão massageava meu pau. Esse era o unico jeito que eu tinha de me divertir ultimamente. Gozei alguns minutos depois. Chupei meus dedos, para limpar os restos de porra, e acabei meu banho. Saí do box, me vesti e me olhei no espelho. Inacreditavelmente, um pouco daquela porra estava no canto da minha boca. As palavras de Gabriel imediatamente ressonaram na minha mente: "Tira a porra da boca pra falar". Dei um leve sorriso, me lembrando do som doce de suas palavras enquanto limpava minha boca.

Fui até a cozinha, onde minha mãe já estava preparando o café da manhã.

- Bom dia, mãe - disse, me sentando na cadeira.

- Bom dia, filho - ela respondeu, enquanto trazia as torradas para a mesa - Achei que tinha decido pelo ralo... - comentou, debochando o fato do meu banho demorado. Apenas dei um soriso de canto de boca, em resposta.

- Bom dia, querida! - meu pai cumprimenta, entrando na cozinha, ainda de pijamas. - Bom dia, Matt. Acordou cedo hoje? O que aconteceu? Caiu da cama?

- Bom dia pra você também, pai - respondi, com um leve tom de sarcasmo.

Meu pai trabalhava só a tarde, e as vezes a noite, por isso não se preocupava em trocar de roupa pro café da manhã. Já minha mãe trabalhava o dia todo, portanto já estava toda arrumada. Minha irmã ainda não tinha acordado, mas ela geralmente não tomava café, comia um lanche que a minha mãe fazia na hora do recreio.

Após comermos e nos arrumarmos, estávamos prontos para ir. Eu estava usando o uniforme do colégio, uma calça social azul (bem) escuro, uma camisa de botão azul claro e uma gravata vermelha. Além disso, eu ainda usava um sobretudo preto de gola alta.

- Ah, quase me esqueci - disse minha mãe, quando chegamos em frente à escola. Abriu sua bolsa e tirou um estojo de óculos - Não esquece de usar! Lembra do que a médica disse! -Ela me lembrou.

- Sim, sim, claro - respondi, saindo do carro. Abri o estojo. Era um óculos de armação fina, preta ou cinza escuro, não sei dizer. Coloquei os óculos e guardei a caixinha no bolso do sobretudo.

A escola estava toda decorada para a recepção dos alunos. Faixas pendiam do teto, e cartazes decoravam as paredes. Fui direto para o meu armário, onde pude aliviar o peso da minha mochila. Enquanto abastecia o armário com meus livros, ouvi o som de alguém brigando com a fechadura de seu próprio armário. Olhei pro lado e lá estava Luke, meu melhor amigo.

- Você não aprende mesmo, né? - Disse pra ele. - Não adianta só por o segredo. Tem que empurrar a porta pra trás para conseguir abrir. E esmurrar a fechadura não adianta.

- Tinha que ser o sabichão. - ele respondeu, conseguindo abrir seu armário. - E aí, como foi o Brasil? Conheceu algum gato? - perguntou. Luke é uma das unicas pessoas que sabe sobre a minha sexualidade, e é a unica com quem eu me sinto confortável para falar abertamente sobre isso.

- Na verdade sim. Mas isso é assunto para outro momento. E as suas férias, como foram?

Ele não disse nada, então imaginei que não tinham sido muito agradáveis. Luke tinha uma família complicada. Seu pai o tinha abandonado quando ele era bebê. A sua mãe é paraplégica, e não pode trabalhar por conta disso. Ela recebe um auxilio, mas a principal fonte de renda da casa é o irmão mais velho de Luke, Nathan. Eles moram em um pequeno apartamento de dois quartos na periferia da cidade. Nathan trabalha para sustentar a família, mas tem um problema sério com álcool e com mulheres. Varias vezes Nathan trouxe garotas para casa, obrigando Luke a dormir na sala ou em outro lugar, já que o seu quarto fica tomado pelo cheiro de bebida e cigarro, além das outras atividades de seu irmão. Luke já me contou que mais de uma vez o irmão transou na sua cama, e que ele já encontrou camisinhas usadas no meio dos lençóis.

Quando acabou de arrumar suas coisas no armário, Luke finalmente me olhou nos olhos.

- Olha quem entrou pro time dos cegos!- ele disse. Seus óculos de armação redonda tinham sido trocados. Agora pareciam mais grossos que no ano passado.

- Bom, tava na hora já. Resolvi te fazer companhia! - falei, rindo da piada dele.

Apesar de estar parecendo muito, nós não somos nerds. Na verdade somos, mas não daquele tipo que é rejeitado por todo mundo e sofre bullying. Somos um grupo diferente, é verdade, mas em geral nos enturmamos bem. Os cabelos ruivos de Luke já renderam para ele algumas ficadas, e até uma namoradinha.

O sinal para o início das aulas tocou, e ouvimos a voz do diretor pelos auto falantes:

- Atenção alunos, dirijam-se ao auditório. Atenção alunos, dirijam-se ao auditório.

- O que será que ele quer? -Luke perguntou para o ar

- Sei lá, deve estar querendo recepcionar os alunos e ler aquele livro gigante de regras. Vamos lá.

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