Carente, manipuladora e perigosa: diz que me ama - Cap. IV

Um conto erótico de jornalista77
Categoria: Heterossexual
Contém 2720 palavras
Data: 08/03/2017 22:01:37

O exame de ultrassom do bebê de Raquel significou muito mais do que, simplesmente, saber que ela esperava um menino. A partir daquele dia, em que ela e Valéria ouviram o coração do bebê juntas e viram a carinha dele, a relação das duas mudou significativamente. Valéria se deu conta de que estava apaixonada por Raquel e pela criança. As duas passaram a viver aquele romance, intensamente, e Raquel começou, gradativamente, a assumir o controle da relação. Sabendo exatamente o que deveria fazer, foi manipulando as coisas para ter Valéria pra ela, sempre que quisesse, e para afastá-la, cada vez mais, de Simone. Uma tarde, Valéria estava no escritório e Raquel foi visitá-la. – Oi, amor, surpresa – disse ela, sorrindo, ao entrar na sala da advogada. – Raquel, o que você está fazendo aqui, menina? Aconteceu alguma coisa? – espantou-se Valéria, se levantando. Raquel a abraçou e a beijou, colocando sua língua inteira na boca da amante. O que era susto e curiosidade virou tesão e Valéria se entregou ao delicioso beijo com Raquel.

Sentaram-se no sofá, abraçadas e sem parar de se beijar. – Eu vim te contar uma novidade. Comecei a produzir leite. Nosso bebê já tem o que comer. Quer experimentar? – perguntou, abaixando uma alça da blusa e colocando o seio pra fora. – Raquel, aqui não. Alguém pode entrar – falou Valéria. – Não quer experimentar meu leite? Só um pouquinho. Por favor – pediu Raquel, com aquele jeitinho que ela sabia que Valéria não resistiria. Valéria não resistiu mesmo e começou a sugar o peito dela, cheio de leite. O líquido passou a jorrar com fartura e Raquel se acomodou no sofá para deitar Valéria no seu colo e amamentá-la. – Isso, minha nenê, mama na mamãe. Mama bem gostoso – murmurou, acariciando seus cabelos. Valéria perdeu a noção do tempo enquanto mamava em Raquel. Depois de secar um peito, passou a mamar o outro, ela mesma abaixando a outra alça do vestido. Secando o segundo, Raquel puxou sua cabeça e a beijou. – Vou querer treinar com você todos os dias. Quero ser especialista em amamentar – disse ela. Valéria sorriu e a beijou novamente. Nesse momento, ouvem uma batida na porta. Raquel se recompõe e Valéria, depois do susto, manda a pessoa entrar. Andréa pede licença e adentra a sala, carregando alguns papéis para a chefe assinar. Andréa e Raquel se olham.

Valéria recebe os papéis e volta a sua mesa. – Bom dia. Acho que ainda não nos conhecemos. Sou Andréa, a assistente particular da Valéria – disse, estendendo a mão. – Sou Raquel. Sobrinha da Simone. Eu moro com a Valéria – respondeu ao cumprimento. – E esse bebezinho, como se chama? – perguntou, acariciando a barriga de Raquel. – Ele ainda não nasceu – falou a garota, antipática. Valéria olhou pra ela, sentindo a fisgada. Andréa também sentiu e logo tirou a mão e se virou para a chefe. Recebeu de volta os documentos e deixou a sala. Raquel se levantou e foi até Valéria. – Foi meio ríspida com ela, não acha? – perguntou. Raquel enlaçou sua cintura e beijou seu pescoço. – Não gosto de gente falsa e não gostei dela. Me leva pro teu apartamento? Queria conhecê-lo? – pediu. – Agora, Raquel? Eu preciso trabalhar – ponderou Valéria. – Por favor. Você só pensa em trabalhar, trabalhar, trabalhar. Além disso, daqui até nós chegarmos, meus seios vão ter enchido de novo e vou poder te amamentar outra vez, dentre outras coisas. Vamos? – sussurrou baixinho no ouvido dela.

Valéria concordou, extramente excitada, e saíram. Passaram por Andréa, se despediram e Raquel fez questão de pegar a mão de Valéria na frente dela. Chegaram ao apartamento. Era um pouco menor do que o de Simone, dois quartos, sala e uma cozinha anexa. – Adorei. Você podia ter me trazido aqui antes – disse. – Eu não sabia que você tinha interesse em conhecê-lo – explicou Valéria. – Eu tenho interesse em conhecer e saber tudo sobre a mulher que eu amo. Tudo – afirmou Raquel. – Você já trouxe muitas mulheres aqui? Vou sentir o fedor de muitas vadias no seu quarto? – perguntou a provocativa loirinha. – Claro que não, querida. Nem a Simone veio aqui – respondeu Valéria. Antes que ela falasse mais alguma coisa, Raquel a interrompeu, pedindo um copo d’água, pois estava com muito calor. Valéria foi à cozinha, dando as costas pra ela. Pegou a água e, ao se virar, viu Raquel completamente nua no meio da sala. Ficou estática, segurando o copo e de boca aberta. – Eu disse que tava com calor. Tá uma quentura, um fogo – falou Raquel, esfregando as mãos pelo corpo, sensualmente, deixando Valéria de boca seca e com a calcinha ensopada. Raquel se sentou no sofá, abriu bem as pernas e dedilhou seu grelinho que estava muito duro. Valéria pôs o copo na pedra da cozinha, se aproximou, com os olhos vidrados na boceta de Raquel, se ajoelhou e começou a chupá-la. Caiu de boca e língua na xoxota peludinha de Raquel e a fez gozar deliciosamente.

As duas ficaram o dia todo no apartamento de Valéria e só voltaram pra casa no começo da noite, contra a vontade de Raquel, que queria passar a noite. Simone estranhou a demora delas e perguntou onde estavam. – A tia Valéria foi me mostrar o apartamento dela. É lindo. Você num acha, tia Simone? – perguntou. – Não sei, Raquel. Nunca fui lá – respondeu. A pergunta proposital da garota causou um mal estar entre Simone e Valéria. – Por que você levou a Raquel no seu apartamento? Você nunca leva ninguém lá. Nem eu conheço seu santuário – comentou Simone. – Ela pediu pra ir conhecê-lo e não achei nada de mais. E não tem nada de santuário. Eu apenas sou reservada, você sabe disso. E, além do mais, eu já teria vendido ou alugado se você aceitasse minha ideia de nós morarmos juntas – falou Valéria. – Nós já conversamos sobre isso, Valéria. Não vamos voltar a esse assunto, né? Eu to exausta e quero dormir – disse Simone, virando de lado e dormindo. Raquel tampou a boca pra não ouvirem sua risada e foi correndo pro quarto.

Simone foi trabalhar ainda chateada com Valéria. Volta e meia e ela trazia o assunto de morarem juntas à tona novamente. Raquel saiu do quarto ao ouvir a tia deixar o apartamento. Abraçou Valéria por trás, beijando seu pescoço e dando bom dia. - Raquel, pra que você perguntou à Simone o que ela achava do meu apartamento? Eu disse que ela não conhecia - ralhou Valéria. – Eu me esqueci. Desculpa - respondeu a garota. - Pois é. Por causa do seu esquecimento, nós brigamos. Mais cuidado, Raquel - falou. - Ei, já me desculpei. Vocês brigam e a culpa é minha? Não é justo - Raquel começou a chorar e foi pro quarto.

Valéria se arrependeu e foi atrás dela. Raquel estava deitada, de costas, e Valéria se deitou por trás. A abraçou e beijou seu pescoço. – Perdão, coelhinha. Não devia ter falado daquele jeito. A culpa não é sua - disse ela, virando Raquel de frente e enxugando suas lágrimas. Beijou seus lábios e acariciou seu rosto. - Diz que me ama - pediu Raquel. – Eu te amo, minha buchudinha linda - falou Valéria. Sorriram e começaram a se beijar carinhosamente. Valéria tirou a roupa de Raquel e encheu seu corpo de beijos. Mamou seus seios, beijou sua barriga, suas coxas e se colocou entre suas pernas. Chupou sua boceta até fazer Raquel gozar bastante. Deitou-se ao seu lado e ficaram abraçadas. Valéria se levantou e foi ao banheiro, tomar um banho. Raquel a seguiu e ficou observando-a no chuveiro. – Que foi? - perguntou Valéria, sorrindo. - Nada. Adoro olhar pra você. A água escorrendo pelo teu corpo. Me dá ciúmes, sabia? Só eu gosto de tocar tua pele - disse Raquel. Valéria saiu do box e a beijou. - Bobinha. Ciúmes da água? Essa é nova - falou. - Eu te amo e, quando a gente ama, sente ciúmes. Você não me ama também? - perguntou Raquel. – Claro que sim. Você virou minha cabeça - respondeu. Começaram a se beijar carinhosamente, abraçadas no meio do banheiro.

Com muito custo, e só depois de prometer à Raquel que voltaria cedo, Valéria conseguiu sair pro trabalho. Raquel ficou sozinha e foi ao computador. Valéria tinha sugerido que ela comprasse alguma coisa do enxoval do bebê e colocasse no seu cartão. Assim, ela encomendou um berço e roupinhas. Após o almoço, ligou para Valéria. – Você ainda vai demorar? – perguntou. – Eu tenho uma reunião e depois eu vou, querida - respondeu. - Não demora. Meu seio tá cheio e tá doendo um pouco - queixou-se. Valéria prometeu que não demoraria. Terminada a reunião, juntou suas coisas e foi saindo. – Você já vai, Valéria? Você tem saído cedo todos os dias - comentou Andréa. – E vou de novo hoje, Andréa - respondeu. No caminho, passou em uma loja e comprou uma caixa de chocolate suíço pra Raquel. Chegou em casa e foi recebida por ela com um abraço e um beijo delicioso. Foram para o quarto, se despiram e Raquel passou a chupar Valéria até ela gozar. A advogada quis retribuir, mas Raquel preferiu que ela mamasse.

Estavam nuas na cama de Raquel, essa comendo o chocolate e Valéria mamando. De repente, ouvem barulho de passos na sala. - Raquel, sou eu. Cheguei mais cedo hoje. Vi o carro da Valéria lá embaixo. Ela já chegou? – perguntou Simone. Valéria se assustou e quis se levantar, mas Raquel não deixou. – Continua mamando. Tá tão gostoso - pediu, baixinho. – Titia, ela chegou, mas disse que ia no mercadinho e voltava logo - respondeu. Valéria olhou pra ela com ar de interrogação e Raquel deu seu sorrisinho de menina sapeca, colocando o dedinho nos lábios em sinal de silêncio. Segurou seu rosto e enfiou a língua em sua boca. Simone disse que iria tomar um banho, porém as duas não ouviram, pois estavam trocando um ardente beijo.

Após alguns minutos, pararam de se beijar. – Você é doida - disse Valéria. – Que nada. Vou enrolar a titia e você sai de casa e volta depois. Simples - explicou seu plano. Raquel foi ao quarto da tia para que Valéria pudesse sair de casa. Uns cinco minutos depois, ela retornou. – Oi, amor. Já chegou? – perguntou na maior cara de pau. - Já sim. Meu editor me telefonou e disse que marcou uma sessão de autógrafos do meu livro em São Paulo e Rio e também entrevista na televisão. Vou ter de viajar amanhã - contou. Raquel engasgou com o chocolate que comia e teve de morder a língua para não gritar de felicidade. – Você vai amanhã? Vai ficar quanto tempo? – perguntou Valéria. – Não sei. Uma semana, eu acho. Algum problema você e a Raquel ficarem aqui sozinhas? – perguntou Simone. – Claro que não, titia querida. A gente entende, né, Val? Vamos sentir saudades, mas é por uma boa causa - apressou-se em responder Raquel e saiu do quarto, pois já não conseguia mais disfarçar a alegria. – Essa semana vai ser boa pra gente também, Valéria. Um pouco de distância causa saudade e saudade é bom - disse Simone. Naquela noite, transaram sem que Raquel inventasse nada para impedir. Ela teria uma semana pela frente com Valéria só pra ela.

Simone viajou na manhã seguinte e Valéria foi deixá-la no aeroporto. Se despediu e, na volta, resolveu ir pra casa ao invés do escritório. Chegou e chamou por Raquel, que respondeu do quarto da tia. Valéria foi até lá e a viu deitada na cama, nua, brincando com um dos vibradores. – O que você está fazendo aqui? Por que não está no seu quarto? – perguntou. – Esse é meu quarto agora. Na verdade, o nosso. Vem, amor, vamos estrear nossa nova cama. Já troquei o lençol e as fronhas dos travesseiros para não ter o cheiro da outra. Aqui, só quero que você sinta o meu cheiro e de mais ninguém – disse Raquel. Valéria se deitou na cama com ela e a beijou. – Deixa de bobagem. Para com essa ciumeira, buchudinha. Quantas vezes vou precisar te dizer que eu te amo? Você precisa acreditar em mim – respondeu Valéria. – Eu acredito, mas tenho medo de você se cansar de mim – falou Raquel com carinha triste. – Eu não vou me cansar de você. Além disso, se vamos falar em medo de perder alguém, eu tenho mais motivos de ter medo do que você. Se esqueceu de que você é casada com aquele imbecil? Quando ele voltar, te leva embora e eu fico como? – perguntou. – Aquele idiota não vai me levar pra lugar nenhum. Não fala dele que me dá nojo só de pensar – respondeu Raquel.

As duas transaram e estavam relaxando na cama quando o celular de Raquel tocou. Era seu marido e ela o ignorou. – Você não vai atendê-lo? – perguntou Valéria. – Não. Ele já me ligou umas dez vezes, mas não tenho nada pra falar com ele – respondeu. – Raquel, ele é seu marido. Deve estar querendo saber como está o filho dele? – argumentou Valéria. – Quem disse que o Marcelinho é filho dele? – respondeu a garota. Valéria se sentou na cama e a encarou interrogativamente. – Você acha mesmo que eu deixaria aquela besta me engravidar? Jamais. Eu tinha vontade de vomitar sempre que ele me beijava ou me comia. Eu jamais daria um filho a ele – falou. – E de quem é essa criança, então? – perguntou Valéria. – Nossa, amor – respondeu, sorrindo. – Sério, Raquel. Quem engravidou você? – insistiu na pergunta. – Meu Batista. O único homem que eu amei de verdade – respondeu. – Batista? Quem é esse cara? Onde ele tá? – perguntou. – Tiraram ele de mim. Não quero falar disso que me dá vontade de chorar – disse ela, virando-se de lado e começando a chupar o polegar. Valéria ficou sem saber o que dizer, apenas olhando pra ela. Menos de cinco minutos depois, Raquel se sentou na cama. – Vamos tomar sorvete? – convidou como se nada tivesse acontecido.

Foram a uma sorveteria e a tristeza aparente de Raquel desapareceu como que por encanto. Ela voltou a ser a menina alegre e sapeca de antes. – Amor, eu estava pensando. Podemos passar essa semana no teu apartamento? Podemos fingir que é nossa casa – propôs. – Podemos, mas meu apartamento não é tão confortável quanto o da Simone. O dela é maior, mais bem localizado – disse Valéria. – Mas, não quero que você fique pensando nela o tempo todo. Quero um lugar só nosso. E, sendo menor, é até melhor porque ficamos nos esbarrando sempre – brincou. – Tudo bem. Se você quer ir, vamos sim – concordou Valéria. – Oba. Faço minhas malas, rapidinho, e já podemos dormir lá esta noite. Eu prometo que vou ser a melhor esposa que você pode sonhar. E nós vamos ser as melhores mamães pro nosso Marcelinho. Eu nunca tive mãe que prestasse, mas sei ser. Você vai ver – disse Raquel, beijando Valéria. – Você nunca teve mãe? Você me falou do seu pai, aquele da foto no seu quarto – lembrou Valéria. – Sim, aquele é meu paizinho. Mas, minha mãe era uma vagabunda ordinária que eu odiava. Podemos pedir mais um sorvete com cobertura de chocolate? – pediu.

Valéria achou estranha aquela reação de Raquel em relação a sua mãe e resolveu insistir no assunto. – Amor, me fala uma coisa. Onde está sua mãe? – perguntou. – Cozinhando no inferno. Perturbando o cão – respondeu, rindo. – Ela morreu? Como? – insistiu. – Mataram ela. Sufocada. Ficou verdinha – disse, simulando um enforcamento, com a língua de fora e os olhos revirados. – Ai, Raquel, coisa horrível. Meu Deus. E por que você tem tanta raiva dela? – indagou. – Porque ela não prestava. Morria de ciúmes do meu paizinho comigo. Ele chegava do trabalho, super cansadinho, e vinha me dar um abraço, um beijo. Ia tomar banho e me convidava pra ir com ele. Era tão bom. E também adorava dormir comigo, na minha cama, bem abraçadinho. A bruxa ficava morrendo de ciúmes, mas ela merecia – falou. Valéria ficou curiosa sobre esse relato. – Quantos anos você tinha quando fazia essas coisas com ele? – perguntou. – Eu cheguei na casa deles com treze e fiquei até os vinte, quando tiraram ele de mim – respondeu. – Chegou na casa deles? Você é adotada? – perguntou Valéria. Raquel respondeu que sim com a cabeça e a boca toda melada de sorvete. Valéria limpou e perguntou dos pais biológicos dela. – Sei lá. Me abandonaram no orfanato quando era pequena e sumiram. Sei deles não – respondeu. Muitas coisas começaram a fazer sentido para Valéria. A carência de Raquel, sua necessidade de atenção, amor era típica de crianças órfãs. Mas, a história do pai continuava em sua cabeça.

P.S. A história de Raquel começa a ser desvendada. O que vocês acham? Comentem e acessem https://mentelasciva.wordpress.com

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Comentários

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A história vai ficando interessante, mas as cenas entre Raquel e Valeria já saturaram. Vai ficar nelas duas até quando? Com tantos personagens só elas trepam?

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Realmente a Raquel é manipuladora, E está com a Valéria nas Mãos.

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Coitada da Valéria, se meteu com uma atração fatal. Raquel vai aprontar! haha

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