Retângulo amoroso:o raio que caiu duas vezes no mesmo lugar - parte um

Um conto erótico de Astrogildo Kabeça
Categoria: Heterossexual
Contém 2646 palavras
Data: 20/02/2017 12:26:39
Última revisão: 20/02/2017 12:41:53

Fernanda estava radiante. Vibrando muito, ligou para Aurélio, seu noivo, para informar que conseguira a vaga de estágio na administração de um grande shopping. Aos 21 anos, estava no quinto semestre de Administração e iria trabalhar no turno vespertino. Ela foi acertar suas atividades no shopping e se encontrou com Aurélio no mesmo para dar um passeio. Tudo a partir dali se desenrolaria na maior paz, mas eis que Aurélio avista alguém e seu semblante se altera. Esse alguém também vê Aurélio. Ele vem na direção do casal. Encontro inevitável.

- O que você faz aqui, cara???? – Assim falou Aurélio, sem nem mesmo dizer um “oi, tudo bem” antes, o que queria dizer que ele não gostou do que viu.

- Er…oi, Aurélio.

O sujeito em questão se chamava Davi, um colega de faculdade de Aurélio que largou os estudos para morar em Moçambique junto ao padrasto que trabalhava numa multinacional. Os dois passaram a ter uma conversa bem fria.

- Você não estava na África???

- Sim, mas as coisas não saíram muito bem por lá. Retornei e abri uma lojinha de variedades aqui no shopping, vendo de tudo...

Fernanda notava que os dois estavam nervosos e percebeu que haviam rusgas de um passado que ela não conhecia. Havia algo tenso ali, pois Aurélio sequer apresentou ela.

- Você está com uma loja neste shopping???

- Sim, estou.... Tenho um cartão, se precisar de qualquer produto... Também instalo ar-condicionado, trabalhei com isso em Moçambique...

- Ok, ok... Boa sorte, Vamos, Fernanda

E saiu puxando a noiva, enquanto Davi ficou parado notando o casal se distanciar.

- Fernanda, você deve ter percebido que o encontro foi meio estranho. Só digo uma coisa: aquele cara não é de confiança. Ele fez uma sacanagem comigo, mas é fato passado. O que importa é que você vai trabalhar no mesmo lugar que ele e não precisa ser deselegante com ele, apenas o cumprimente e não dê muito papo.

Fernanda sabia que algo havia rolado, mas achou por bem não saber do que se tratava.

Um dia Fernanda passou em frente a uma loja e avistou uma caneca que lhe chamou atenção. Ficou admirando a peça quando um rapaz veio atende-la.

- É uma caneca muito bonita mesmo.

Fernanda então viu que o rapaz era Davi. Deu-se conta que era aquela a tal lojinha dele.

- Muito bonita mesmo!

- Ei, agora estou lembrando de você. Estava com o Aurélio naquele dia!

- Sim, sou noiva dele.

E começaram a conversar, até que Fernanda resolveu comprar a caneca.

Dias depois, Fernanda estava em uma rede social, quando recebeu uma solicitação de amizade de Davi. Ficou reticente e não aceitou. Mas visitando a página dele, viu que ele apenas fazia propaganda dos produtos que vendia. E aí resolveu aceitar. Havia uma amiga em comum entre eles. Logo Davi chamou no reservado e disse que só havia enviado o convite para ela ajudar a fazer uma propaganda do negócio dele. E assim foi. Ela conversou com a amiga em comum que revelou ter tido uns encontros com ele.

- Ele é um amor de pessoa, Fe! – Contava a amiga. – Foram alguns encontros, mas foi o suficiente pra eu ficar gamadinha, ele tem pegada, é lindo, gostoso, um tesão!!! Foi quando ele voltou da África. Como ele estava concentrado em montar a lojinha, a gente acabou se afastando aos poucos...

Fernanda passou a visitar a loja, pois lá havia de tudo. Castiçais, relógio de parede, esses utensílios de casa. Davi era bem-educado, atendia vários clientes de uma vez, e era bem atencioso com todos. Um dia, ela estava tomando café com Aurélio e conversavam sobre o estágio dela, quando Aurélio elogiou a caneca. Ela então pensou, pensou, pensou e resolveu falar a verdade.

- Olha, amor, eu comprei na lojinha de Davi. Eu vi essa caneca e adorei e nem sabia que era a loja dele. Só vi quando ele veio me atender.

Aurélio tremeu na base. Soltou uma respiração longa e falou.

- Olha, Fe, eu não posso evitar que você compre coisas lá, mas esse cara é perigoso. Ele se mostra gente boa, mas é um crápula! Eu bem sei disso. É coisa do passado, não vem ao caso agora. Mas se puder evitar, evite.

- Mas, amor, o que houve? Não sei de nada e comprar lá não é nada demais. A loja tem muita coisa útil.... Se eu não souber o que aconteceu, não posso avaliar nada.

- Outro dia eu conto.... Foi uma coisa ruim. É passado, mas.... Ah, faça o que quiser.

E saiu da cozinha meio zangado.

Um dia papeando com a amiga que havia ficado com Davi, sem querer a amiga soltou uma pista do que poderia ter acontecido.

- Olha, Fe, uma vez Davi disse que um dos motivos dele ter saído do Brasil foi que um colega dele de faculdade, Alberto, Aécio, um nome assim, flagrou ele com a namorada dele! Deu o maior rolo, foi a maior confusão. Davi não retornou mais pra faculdade.

Fernanda então descobriu o motivo. Sacou que o nome que a amiga não lembrava era muito próximo do nome de seu noivo. Fernanda ficou em dúvidas em falar com seu noivo ou não que sabia agora do que se tratava. Em uma ocasião, finalmente Aurélio contou, depois que conversavam sobre relacionamentos anteriores de ambos. Aurélio contou que namorou uma colega que ele flagrou em uma festa da faculdade com outro. Mas ele não mencionou que o cara foi Davi. O silêncio que se fez depois bastou para que Fernanda captasse quem havia sido o colega.

- Isso é passado, amor, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

Aurélio percebeu que ela sabia de quem se tratava. Uma hora ela saberia.

O tempo passava e Fernanda passou a encontrar Davi no horário de almoço. Passaram a conversar, mas sem sinais de que desenvolveriam uma amizade, apenas encontros não marcados em um mesmo ambiente cotidiano. Ela não precisava comentar nada com Aurélio, e esse não encanou mais com nada. Davi até instalou um ar-condicionado na casa da tia de Aurélio. O passado precisa ficar pra trás.

Porém, com o tempo, Fernanda passou a perceber que Davi nunca havia olhado para ela com olhares gulosos, nunca fez uma piadinha, nunca elogiou sua beleza. Ele sempre conversava sobre tudo, menos relacionamentos afetivos, namoros ou coisas do tipo. Era bem-humorado e conhecia quase o shopping inteiro. Fernanda foi se dando conta que admirava o caráter dele e não conseguia enxergar um cara que transou com a namorada de um colega. Não combinava aquele jeito despojado de total desinteresse pela próxima com o de algum garanhão que seduz a namorada do outro. Ele deu carona a ela várias vezes e nunca insinuou nada, nunca olhou pra suas pernas ou decote. Ela foi ficando bastante curiosa desse contraste. Até que um dia ela resolveu ouvir a versão dele. O que havia acontecido naquela festa sob a explicação de Davi. Sem rodeios, ele contou.

- Estávamos todos bebendo e dançando, interagindo com todos, como uma típica festa de universitários. Mas a Débora – namorada de Aurélio na época – estava me dando umas olhadas a tempos, mas nunca comentei com Aurélio, não éramos grandes amigos assim pra eu chamar-lhe atenção. Nesse dia, eu fui ao banheiro e ela me chamou num canto, dizendo porque eu era tão lindo e gostoso assim e porque eu não correspondia, ou mandava ela se fuder, que era namorada do colega e não daria chance. Ela se incomodava que eu não estava com ninguém na época e eu estava mexendo com a cabeça dela, vê se pode! Ela então disse que naquele dia eu não escaparia, que colocaria o namoro em risco, mas que naquele dia ela daria pra mim de qualquer jeito! Nem tentei argumentar, só ri alto, ela se aproximou e só sei que nos agarramos, ela era uma moreninha linda eu estava lá com ela e de repente aparece o Aurélio. Foi o maior tumulto, ele partiu pra cima de mim, me xingou, me chamou de sacana e Débora pedindo calma, até que ele se mandou irado e eu fui pra casa. Eu não cheguei a penetrar ela, estávamos praticamente nus. Mas eu jamais dei em cima dela, ela que se incomodou com meu jeito. E foi isso. Como Aurélio iria acreditar nisso? Eu também entenderia como ele. Mas foi ela quem deu em cima.

Contada a situação, Fernanda se levantou de supetão e saiu quase correndo. Davi não entendeu e foi atrás. Alcançando ela, ele perguntou o porquê dela ter corrido assim. Fernanda então falou sem parar.

- Não sabe? Cara, larga de ser tonto! Eu entendo tudo o que essa Débora fez. Você é lindo, gostosão, mexe realmente com a fantasia da mulherada! Mas você sempre se fazendo de bom moço, sempre atento, carinhoso... Porra, isso deixa a mulher sem chão! Você deveria me bolinar, olhar indiscretamente, me cantar na cara dura, fazer uma gracinha, me chamar pra sair. Essa atitude inesperada me faria afastar de você, dizer pra mim mesma que você é um nojento, um aproveitador e jamais voltaria a olhar pra sua cara! Diria a Aurélio que você é um babaca mesmo, diríamos horrores sobre você e isso seria o suficiente pra eu frisar no meu relacionamento. Deixaria aquele estágio de merda e não retornaria tão cedo pra visitar esse shopping! Mas não! Você sempre gentil, ignorando o fato de que nos tornamos frágeis frente a homens lindos, com ótimo potencial de namoro, nos deixando perturbadas! Por isso, pensava em você o tempo inteiro, pois a Camila – nossa amiga em comum – disse que você é um verdadeiro animal na cama e que seu jeito legal e caridoso deixava ela ainda mais louca, pois você não tomava nenhuma atitude ruim para que ela pudesse avaliar seu caráter e assim ela ficou praticamente viciada em você!

Davi ficou surpreso por isso. As mulheres se incomodavam do desperdício de um cara como ele não ser namorador, e assim começam a despertar curiosidades e supostos interesses em sua personalidade. Se ele fosse meio cafajeste, todas se armariam para não serem surpreendidas. Mas era assim que ele conquistava as mulheres: seu jeitão de bom samaritano cativavam elas até caírem na sua cama. Mas isso atingia inclusive mulheres comprometidas. Davi então se transformou.

- Se é isso que você quer, Fernanda, vai conhecer meu outro lado. Mas tem que ser agora!

Ele puxou Fernanda até sua loja. Estava fechada para o horário de almoço. Colocou uma placa de “fechado” e partiu pra cima dela. Fernanda já sentia tesão por ele e os dois passaram se beijar com intensidade. Estavam na parte de cima, onde ficava o estoque das mercadorias. Davi então tirou um pau enorme e grosso, arrancou a blusa e o sutiã com fúria e passou a ralar os seios fartos dela. Roçava com velocidade, Fernanda segurava os peitões e olhava pra ele com cara de vadia. Logo ele estava chupando sua bucetinha e ela maravilhada em ser sua vitima. Finalmente ela conhecia um Davi que não se mostrava diariamente. Era um macho a possuir ela e não um cara boa pinta que agia como um amigo homossexual. Depois de gozar na boca do garanhão. Fernanda se levantou para beija-lo.

- Era esse homem que eu queria conhecer. Mostra o gostosão que você é, seu porra!

- Então venha aqui e me chupa, tesuda! Quer ser minha puta? Vai ter que ser mais do que isso, cadela!

Fernanda se ajoelhou e passou a mamar a grossa pica de Davi. Estavam num sofá velho, utilizado para sonecas pós-refeição.

- Chupa assim, vadia, isso! Você ficou louca porque o corno de seu namorado valentão não deve ter essa vara pra lhe deixar gamada nele.

Fernanda ouvia aquilo e chupava mais ainda, de fazer barulho. E se beijavam de língua no ar e ela voltava a mamar e lamber aquela vara grossa. Ele estapeava a bunda dela. Fernanda estava louca de tesão, pois ela também guardava esse lado putona que ali se manifestava com um cara lindo e que provocava desejos ocultos nas mulheres que ele conhecia.

Deitarem de ladinho e lá estava Davi socando na bucetinha de Fernanda que só reagia grunhindo de tesão pedindo pra ele meter forte. E Davi não perdoava: apertava os peitos de Fernanda, mordia sua orelha, pescoço e enfiava cacete adentro. Depois de maneira abrupta, colocou ela de quatro, ficou em pé e mandou ver. Fernanda uivava na pica.

- Ohhhhhhhhhhhhhh, issoooooooooooooooo.....mete!Mete, ordinário! Deixa de ser bom moço e arromba essa piranha!

- Puta sem vergonha!! Vadia do caralho! Vou destroçar você toda, sua vagabunda! Tá pensando que eu não meto não? Você vai sair daqui toda arrebentada, cadela!

E socava e segurava os cabelos dela estalando sua virilha na bunda, os dois gritando e gemendo em uma sinfonia de pura depravação.

- Vou comer seu cu, piranha! Comigo o serviço é completo e se disser não, eu estupro seu rabo sem dó!

- Duvido que você saiba comer um cu, seu viadinho de merda!

A provocação valeu um tapa na cara de Fernanda que fez ela gozar. Davi carregou ela, sentou no sofá e foi mirando a vara no cu de Fernanda. Essa estava toda suada e ofegante, esperando a penetração. Estava tão feliz de conhecer ali o ogro que passou a desejar que o mínimo que ela se preocuparia era o estrago que aquele colosso faria. Aos poucos a vara foi entrando e Fernanda chorando a cada centímetro que entrava. Minutos depois os 19 centímetros de Davi avançavam em ritmo forte. Fernanda passou a cavalgar sentindo o cu se esfolar, mas ela não tava nem aí. As lágrimas rolavam, mas seu rosto era de felicidade.

Davi colocou ela ajoelhada para mais uma sessão de boquete. Fernanda se esbaldava em chupar o pintão com gosto de seu reto. A foda corria naquela tarde, naquele ambiente escuro e mofado, Fernanda cavalgando de frente pra Davi, subindo e descendo, os dois lambuzados de suor. Se atracavam em linguadas, socadas de buceta, Fernanda montando seu cavalo, uma sacanagem de primeira. Cansada, Fernanda se deitou de lado, mas Davi provava que se sua vida social era de uma moral ilibada, sua vida sexual era de um terrorista incansável. Lá estava ele socando Fernanda que só fazia respirar forte e revirar os olhos como se estivesse tendo uma convulsão. As metidas agora eram com muitos beijos. Ele não precisava provar mais nada. Colocou ela de quatro e enfiou no cú de novo. Ela mostrava seinais de exaustão, sua mão não suportava mais, ela se dobrava e deixava o rabo ainda mais exposto para o furioso Davi que dilacerava seu anel.

- Vem cá, puta, cavalga mais uma vez minha vara! Criança que quer brincar, não reclama de cansaço!

Logo Fernanda cavalgava, mais para saciar seu garanhão do que curtir a continuidade daquela foda. Davi levantava mais o quadril pra socar do que ela se movimentava. Sentindo que ela não contribuiria mais, ele deitou ela de papai-mamãe e meteu no cu mais uma vez. Fernanda se impressionava com o vigor físico e sexual de Davi. Olhava pra ele admirada. Era o que ela queria: conhecer o lado animal de um cara que ela encontrava para almoçar e que contava piadinhas ou falava da situação da economia ou de como a cidade anda violenta. Já sentia o cu dormente de tanta pica que levava.

- Se ajoelha, puta, que só gozo na boquinha!

Fernanda obedeceu, se ajoelhou submissa, colocou o linguão pra fora enquanto ele batia uma punheta rápida uns nove jatos em direção a ela. Nove! Tudo era farto naquele cara. Com a cara toda lambuzada de esperma misturado com suor, ela limpou e mamou o cacete dele até amolecer. Com uma cara de putinha satisfeita daquelas.

Naquele dia Fernanda foi pra casa e só falou com Aurélio a noite. Foi dormir toda arrebentada e ouvindo a frase final de Davi quando acabaram a foda. “Toda vez que eu lhe ver agora, vou comer você aqui mesmo”.

(continua)

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Comentários

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Excelente! Li toda saga de Retangulo amoroso e fiquei ardida de tanto dedilhar-me. Realmente estes contos poderia constar em qualquer site de literatura, mesmo não erótica, pelo desenrolar e ricos personagens. Meus relatos tendem a uma pseudo realidade e sem rodeios para entregar um erotismo cru e requintado. Talvez essa seja a razão pelos meus personagens serem logo esquecidos. Parabéns

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Deixei a primeira parte por último, sem problemas você "arma" bem seus contos.

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Gostei muito do conto e também das deliciosas pitadas de ironia. Você é bom nisso, a começar do título "Retângulo Amoroso". Espero poder ler um pentágono, hexágono, octógono e sei lá quantos polígonos mais - todos amorosos. Maravilha seu texto. Nota DEZ!!!

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