A história impossível de nós dois. (Capítulo 34)

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 1357 palavras
Data: 15/02/2017 23:44:43

Continuando...

Eu tinha poucas informações do TH,nem seu nome verdadeiro eu conhecia,então como poderia acha-lo em uma cidade daquele tamanho?

Sem falar que ele poderia nem estar aqui e sim em uma das cidades ao lado,o que só piorava as coisas,pois já seria muito difícil acha-lo em uma cidade média como a minha,junto com as outras então,era impossível.

Frustrado,me sentei no colchão e apanhei o livro,onde coloquei o pedaço de fotografia de volta na capa.A única solução que me aparecia era esperar uma nova visita sua e rezar para que não demorasse muito.

Um barulho interrompeu meus pensamentos e eu larguei o livro e me levantei.Noel estava encostado a parede e com a mão sobre as costelas,respirava com dificuldade.

-Tá tudo bem?-Perguntei,me aproximando dele.

-Não...eu...eu estou...com...muita dor!-Ele respondeu,de olhos fechados.

-Posso fazer algumau coisa?-Perguntei preocupado.

-Chama a sua mãe!-Ele respondeu.

-Mais eu nem sei onde ela tá!-Disse agoniado.

-Ela disse...disse que...ia ver...Inês!-Ele disse,com a mão na maçaneta da porta.

Exitei em fazer o que ele havia pedido,pois temia o que poderia acontecer deixando ele sozinho naquele estado,mais acabei decidindo que o melhor seria chamar a minha mãe e sai correndo até a rua.Inês era uma prostituta que morava uma rua depois da minha,e após chegar em sua casa bati várias vezes,até que ela saiu e informou que minha mãe tinha descido com umas amigas até o bar da catapora.Preocupado com o Noel desci a rua apressado e entrei no beco a esquerda,subi a rua seguinte,dobrei e desci a próxima rua direto e então vi o bar logo na esquina e fui até lá,encontrando minha mãe em uma rodinha de homens e mulheres.

-O que é peste?-Ela perguntou ao me ver,o copo de cerveja a meio caminho da boca.

-O Noel tá passando mal.-Respondi,após algum tempo tentando controlar a respiração.

Minha mãe largou o copo em cima da mesa e chamou a atenção de um cara branco que estava sentado ao lado dela.Depois de falar rapidamente,os dois se levantaram e eu os acompanhei até um Fiat uno branco,onde entramos e ele deu partida.Logo paramos em frente a minha casa,onde descemos e entramo.Noel tinha voltado ao quarto e estava deitado.

-Tu tomou os remédios direito?-Minha mãe perguntou deixando eu e o cara branco na entrada e indo até ele.

-Sim,e até dormi um pouco,mais essa dor surgiu do nada e só está piorando.-Noel respondeu lentamente em um fio de voz.

-Vamo pra o hospital...Trouxe um amigo e ele nós deixa lá.-Minha mãe disse o puxando pelo braço e ajudando a se sentar.

Noel ficou em pé e a passos lentos ele e minha mãe saíram do quarto.Os acompanhei até o carro,onde Noel se apoiou na porta e se virou para me encarar.

-Não saia de casa antes que sua mãe chegue e cuidado para quem abre a porta,Lúcio.-Ele disse,entrando no carro logo em seguida.

Observei o carro desaparecer na esquina e voltei para dentro de casa,onde me sentei no sofá.A preocupação que sentia com a saúde do Noel,varreu da minha mente a necessidade de encontrar e TH e passei os próximos minutos,desejando que ele ficasse bem.

O tempo se passou e para o meu alívio,minha mãe entrou pela porta e veio até o outro sofá,aonde se sentou em silêncio.

-Como o Noel tá?-Perguntei angustiado após perceber que ela não diria uma palavra.

-Tá bem...o médico passou uns exames e uns remédios e ele já tá bem.-Ela respondeu no seu tom frio de sempre.

-E porque tu não ficou com ele?-Perguntei.

-Porque o idiota botou na cabeça que não era seguro te deixar só e me encheu o saco até que decidi vim...Até parece que tu é um bebê de colo!-Ela,respondeu sarcástica.

-E ele vem pra casa ainda hoje?-Perguntei me sentindo mais tranquilo.

-Vêm...o amigo que levou a gente,ficou lá pra trazer ele quando o médico liberasse.-Ela respondeu.

-E bom saber que o Noel tá bem!-Disse.

-Sabe,no caminho Noel falou umas paradas sobre morrer,umas bobagens igual ao teu pai.-Minha mãe disse pensativa.

-O que tem meu pai?-Perguntei surpreso.

-Ah,um mês antes de morrer ele veio lá onde a gente morava e disse que podia sentir o perigo em volta dele,só não sabia aonde.Disse também que sentia que a hora dele estava próxima e ele precisava saber como tu e um rapaz que ele considerava como parente,iam ficar seguros...Um monte de bobagem.Teu pai tava ficando velho e imbecil!-Ela respondeu em tôm ácido.

-Não era bobagem mãe...Ele morreu um mês depois.-Disse chocado com a resposta dela.

-Ah,isso não era novidade né Lúcio?...Teu pai não era nenhum santo e com o tanto de gente que queria a cabeça dele,era o que ia acabar acontecendo uma hora ou outra.-Ela rebateu com frieza.

-Tu podia ser um pouco mais sensível!-Disse sentindo uma raiva nascer,pelo modo como ela falava da morte do meu pai.

-Sou sincera,digo mesmo...Lúcio seu pai,não valia o prato que comia e era da pior espécie e quer saber mais?...Demoraram até demais pra dar um fim naquele miserável.-Ela disse,sua voz carregada de rancor.

Meus punhos se fecharam e a raiva pecorreu o meu corpo,fazendo com que uma nova vontade surgisse em mim,a de fazer ela engolir o que dizia.Respirei fundo e lembrei a mim mesmo que ela era a minha mãe e que mesmo que fizesse o que pretendia,não ia adiantar em nada,pois ela sempre foi aquela estátua de cimento,sem sentimento algum por ninguém.

Em silêncio,dei meia volta e sai em direção ao meu quarto,onde apanhei a tolha e fui até o banheiro.Um longo banho de água fria,ajudou a diminuir a raiva e quando voltei ao quarto,me sentia bastante alegre.Vesti uma cueca cinza,calça jeans preta e uma camisa azul claro e levei algum tempo tentando deixar meu cabelo com uma aparência de arrumado.Passei um perfume e sai até a sala,onde me coloquei em frente ao espelho e passei a me observar e tentar ajeitar o que pudesse.

Uma batida firme na porta e depois de uma careta,caminhei até lá e a abri,dando de cara com Maia.Desarrumada e chorando bastante,ela entrou e se sentou no braço do sofá.

-O que aconteceu?-Perguntei preocupado.

-Uma tragédia,Lúcio!...Meu irmão e o André...Eles foram esfaqueados dentro do presídio e foram muito mal pra o hospital.-Ela respondeu,o som do choro dobrando de volume.

Senti como se levasse uma bofetada dela e dei alguns passos para trás.Andre e Betão feridos?Isso não podia ser verdade,afinal eles eram muleques criados na rua e sabiam se defender.

Mais eles não estavam na rua e sim em uma cela com vários outros homens e a ficha começou a cair e grossas lágrimas escorreram pelo meu rosto.

Será que não bastava o Noel ter passado mal,tinha que receber a notícia de que meus amigos estavam morrendo?

Continua...

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Olá gente!

Bem,estão noticiando que o mundo acaba amanhã,então se isso acontecer,este é o nosso último capítulo kkkkkkkkk

Martines o que seria do ser humano sem algumas teorias malucas kkkkk e tu vai me deixar na curiosidade,pois eu também vou te deixar experimentar dela.kkkkk

Missy prometo tentar estar aqui todos os dias e quanto a Lúcio ser rico,veremos.

Atheno Lúcio e Noel é algo paternal.Ele e um pai que perdeu um filho e Lúcio é um filho que perdeu um pai,então os dois acabam se completando nessa parte.

VALTERSÓ,impact,Ru/Ruanito,Elizalva.c.s e Regi1069 obrigada por acompanharem,pelos comentários e pelas notas.

Valeu a todos e até a próxima!

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Comentários

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A história está ficando cada vez mais tensa, muito boa leitura!

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O noel me parece ser um cara do bem apesar de ter tido uma vida errada e parece que veio pra acrescentar na vida do Lucio que está merecendo algo de bom.😘😘😘😘😘

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Menino me emocionei com Noel, tô gostando dele.... Espero que ele dê ao Lúcio o que ele procura, amor paterno, e não sumo não. ... Coloco o FBI atrás de tu kkkk

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O Lúcio tem q aceitar q o pai não prestava.

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MUITO A CONTA GOTAS LUCIO COMEÇA A PERCEBER AS COISAS. POR QUE NOEL FICOU COM MEDO DE QUE LÚCIO FICASSE SOZINHO EM CASA? POR QUE O RECEIO DE QUEM CHEGASSE LÁ? POR ONDE ANDA TH? POR ONDE ANDA EDUARDO?

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