Thithi et moi, amis à jamais! Capitulo 178

Um conto erótico de Thiago Guimet
Categoria: Homossexual
Contém 2186 palavras
Data: 12/02/2017 20:13:33

Já no carro a caminho do restau, Pi disse:

- Eu tô meio preocupado com o Dudu, primo.

- O que foi?

- Ele anda bem pra baixo.

- Isso não é culpa minha, viu?!

- Tens tua parcela de culpa, mas não é só tu que ta deixando ele triste. O pai dele tá bem doente.

- Sério? Ele não me falou nada...

- Ele não falou para mim também, eu descobri ontem, sem querer.

- O que ele tem?

- Não sei, só sei que ele está bem doente.

- Mas que cabeçudo, por que ele não falou nada?

- Não sei!

- Deixa, eu vou conversar com ele.

- Não vai falar que eu sei e que eu te contei.

- Claro que não! Deixa comigo.

- Mas olha, essa tua ida para a França tá mexendo bastante com ele. – Pi disse meio triste

- Ai, primo, eu sei... Mas o que eu posso fazer?

- Quer mesmo que eu responda?

- Não, senhor! – Eu sorri

Nós chegamos no restau, cumprimentamos todos que já estavam lá e começamos a nos organizar para iniciar mais um dia de curso intensivo.

- Pessoal, para todo mundo! – Eu falei de repente no meio do salão onde estava ocorrendo minha aula

- O que foi, chefe?

- A Aninha tá chegando atrasada – eu disse quando a Ana ia sentando discretamente no lugar dela - quando alguém chega atrasado na minha aula tem que pagar uma prenda. O que vocês sugerem?

- Ela tem que dançar na boca da garrafa! – Alguém gritou

- Ótima ideia! – Mais alguém gritou

- Todos votam sim? – eu perguntei

- SIIIIIIM! – eles gritaram rindo

- Aninha, é contigo!

- Mas chefe... – ela se fazia de tímida, mas ela era a mais bagunceira de todos – eu tenho vergonha. – Todos quase caíram de tanto rir

- Pega a garrafa galera! – Alguém gritou

Miguel, outro auxiliar de cozinha, saiu correndo e pegou uma garrafa vazia e já deixou posicionada.

- Toca um som aí alguém! – Miguel gritou

Alguém procurou uma música e colocou no celular mesmo. Eles colocaram justamente a música correspondente a prenda, colocaram “É o Tchan”. A sacana da Aninha dançou muito bem.

- E então? Posso entrar agora?

- Agora, sim! – Eu disse rindo

- Eu nunca vou chegar atrasado nesse curso! – eu ouvi alguém falar rindo, eu tinha passado meu recado.

Após esse momento de descontração nós voltamos a aula. As aulas voavam, quando eu dei por mim já era final do dia e como minha equipe não era responsável pelo jantar daquele dia, eu fui me despedindo de todos.

- Ah, chefe, não vale! O senhor fez a maior farra ontem aqui que a gente ficou sabendo – A Ana disse, ela era da equipe do Pi – E hoje o senhor vai embora cedo?

- Tenho que cuidar da minha filhota! E vocês são responsabilidade do Pierre.

- Mas ele não canta e nem dança...

- Se entendam com ele! – Eu sorri e me despedi dela

Fui para a garagem, entrem no carro e voei para casa.

- Papa, Papa, Papa, Papa!!! – Sophie veio correndo quando abri a porta de casa

- Oi, filha! – Eu a peguei no colo – Tu estavas com saudade do Papa?

- Tava!

- O que vocês aprontaram, hoje?

- Eu tomei banho de pixina.

- Foi? Teu pai te levou pra piscina?

- Foi! E a gente comeu sovete.

- Foi mesmo? E deixaram pra mim?

- Eu deixei!

- Ah, então, vamos lá tomar sorvete. O que mais vocês fizeram?

- A gente dançou Caipsu.

- Nossa, mas vocês fizeram uma festa. Até Calypso vocês dançaram, que dia legal, né?!

- É!

- Cadê teu pai?

- Tá na cozinha.

- Vamos lá com ele!

Nós fomos até a cozinha e o Thi estava cozinhando alguma coisa.

- Oi! – Eu dei um beijo no rosto dele, o que resultou em um grande susto

- Ai, assim tu me matas do coração. - Sophie caiu na gargalhada da reação do pai – Oi! – ele me beijou depois de ter se acalmado

- O que é isso que tu estás fazendo?

- Nosso jantar

- Nossa, tá cheiroso pra caramba.

- Não é só tu quem sabe cozinhar, chefe.

- Bobo! Eu vou tomar banho e já desço.

- Ah, aproveita e dá banho nessa mocinha que tá me enrolando há um tempão.

- Vamos tomar banho com o papai?

- Ah, não, papa!

- Creeeeeedo, queres ficar fedida? Ai credo – eu cheirei o bracinho dela – tá azeda! Huuuuum... tá fedida, fedida...

- Não tô, não. Eu sou xelosa!

- Ah, não é não, tá fedida. Minha filha não pode ser fedia!

- Eu num to fedida, papa! – Ela disse fazendo bico pra mim

- Vem tomar banho com o Papa?

- Nããããão!

- Ah, então o ratinho vem te cheirar mais tarde.

- Nããããããããããããão!

- Ah, então, vem tomar banho com o Papa!

- Ah, não, Papa!

- Eu vou pra banheira!

- Ah, eu vou, então!

Ela adorava tomar banho na banheira, na piscina, no rio, no mar. No entanto, quando se falava em uma ducha, ela saia correndo. Quando ela era bebê ela só dormia se tomasse banho, agora, corria da ducha. Nós tomamos nosso banho, nos arrumamos, nos perfumamos e descemos para jantar. Quando chegamos na sala de jantar, Thi já tinha deixado tudo arrumado.

- Nossa, temos visitas especiais hoje?

- Não! Por que?

- Tá tudo tão lindo, cheiroso e deve estar muito gostoso.

- É para vocês, ora. Me deu vontade de fazer uma coisinha especial para a minha família, posso?

- Claro que pode, amor! – Eu o abracei – Se quiser fazer mais vezes eu também agradeço, viu?

- Mas é muito abusado, viu? Vamos comer?

- Huuuuuum... tô com fome!

- Tu vives com fome, Sophie! – Ele disse rindo

Nós nos sentamos a mesa e, como sempre, comemos conversando e brincando. Eu adorava aqueles momentos em família.

#####

- É o seguinte pessoal, hoje finalizamos a segunda etapa do nosso curso. Na segunda feira daremos início a terceira e última etapa do curso, e essa etapa será comandada pelo chefe Nelson. Obrigado por essas semanas, pessoal. Vocês foram 10!

Aquele era meu dia de comandar o restaurante, então, me despedi dos que iriam para casa e já fui dando as coordenadas para os que iriam trabalhar comigo. Aquela noite foi noite de casa cheia, não parei um segundo. Quando eu cheguei em casa, peguei Thi dormindo com a Sophie na nossa cama, eu não quis acordá-los, então, eu dormi no quarto da Sophie.

Fui acordado muito cedo naquele sábado, Sophie foi até o quarto dela e me acordou da maneira mais carinhosa possível. Primeiro, ela se jogou em cima de mim. Depois, ela me deu um tapa no peito. Terceiro, ela gritou: ACOOOOOOOOOOOOOODA PAAAAAAAPAAAAAA!!!

- Ai, filha!

- Acoda, acoda!

- O que foi? Quanta animação logo cedo, meu Deus!

- AMOR, JÁ ACORDOU? – Thi gritou lá de baixo

- JÁ!

- DESCE AQUI RÁPIDO, ENTÃO!

Eu me levantei com muito custo e fui até ele com a Sophie no colo.

- O que foi?

- Ela te acordou?

- Acordou!

- Ai, eu disse para ela não fazer isso!

- Meu bem, tu gritaste para saber se eu estava acordado, se ela não me acordasse, tu me acordarias. – Eu disse rindo

- Desculpa! Bom dia! – Ele me beijou

- Bom dia! O que tu querias?

- Saber se tu vais trabalhar hoje...

- Ai, eu vou ter que pegar o Nelson no aeroporto e depois ainda terei que leva-lo para conhecer o restau e a cidade.

- Poxa! – Ele me olhou com a cara tristinha

- Ah, desculpa, eu sei que eu tô bem ausente.

- A gente sabia que seria assim, né?! Tudo bem!

- Desculpa, amor...

- Tudo bem! – Ele me deu um beijinho – Ah, e eu quero ver o Nelson também e ele com toda certeza desse mundo vai querer ver a Sophie também.

- É, isso é verdade. Eu estava pensando em ir busca-lo no aeroporto, de almoçarmos juntos e só no finalzinho da tarde eu leva-lo para conhecer o restau. Que tal?

- Ótimo! Que horas ele chega?

- Às 11h.

- Daqui a 3h, no caso.

- É, mais ou menos isso.

##

- Cadê minha princesinha?

- Oi! Ah, eu estou muito bem, obrigado! E tu? Como estás? – Eu disse o abraçando

- Oi! Eu estou ótimo! – Ele riu

- Agora sim... respondendo a tua pergunta, ela foi atrás de água com o Thi.

- Ai, eu estou louco para vê-la.

- Tô vendo! Saudades do amigo não tem não, né?!

- Ooooo meu Deus, claro que eu tenho, coisinha fofa! – Ele apertou minhas bochechas na palhaçada – Mas, tenho mais saudades da Sophie.

- É, é assim? Deixa, terá volta! – Eu disse fingindo tristeza profunda

- Ah, eu estava morrendo de saudade de ti e dos teus dramas! – Ele me abraçou forte

- Tio NéÚsU! – Sophie largou a mão do Thi e veio correndo

- Oiiiii, minha princesa! – Ela pulou no colo dele – Nossa, como tu estás grande!

Era muito amor entre aqueles dois. Eu já imaginava o chilique que o Dudu daria...

- Não, eu sou pequeninha. Não sou gande.

- Mas tu cresceste!

- Junto com as canelas, a quilometragem da língua também cresceu, ela não fica calada um segundo sequer. Te prepara! – Eu disse

- Essa fase é assim mesmo, te prepara que a fase pichadora se aproxima.

- Não quero nem pensar nessa fase ainda... – Eu já imaginava as paredes de casa todas rabiscadas

- Oi, Thi! – Nelson disse

- Ah, oi!

- Não fala comigo, não?!

- Até falo, mas só depois da Sophie, né? Sei que tu nem me escutarias...

- Como vocês são dramáticos! – Ele abraçou o Thi de lado, já que ele estava com a Sophie no colo

- E então, vamos?

- Vamos, sim!

Nós pegamos a pequena mala do Nelson e fomos para o carro.

- Vocês conhecem esse endereço? – Ele mostrou no celular

- Sim, fica pertinho daqui. O que tu queres fazer aí?

- Dormir, ora. É meu hotel.

- Oi? Quem te disse que tu vais para hotel?

- Bom, não posso dormir debaixo da ponte, né?!

- Depois eu sou o dramático... – Eu suspirei

- Aprendo contigo! – ele disse rindo

- Tu vais lá pra casa!

- Imagina se eu vou atrapalhar vocês.

- Nelson, eu dou na tua cara se tu fores para um hotel.

- Esse menino tá cada dia mais violento...

- Tu ainda não viste nada. E conselho de amigo, Nelson, não cria confusão por causa disso, por que ele dá na tua cara mesmo e eu ainda ajudo.

- Mas vocês dois, viu?!

- Onde se viu vir para a minha cidade e ir para um hotel. Não senhor, tu vais lá pra casa. Já tá tudo arrumado. – Eu disse de forma bem firme – Palhaço! – Ele riu

- Então tá, né?!

Nós fomos para minha casa e no caminho fomos conversando sobre nossas vidas durante esses meses após o curso.

- E aí? Como tá lá em Curitiba?

- Muito bom! Assim como tu, vamos fazer um curso para o pessoal lá do restaurante. Eu dei a ideia e meu chefe super aprovou.

- Ai, que legal! É muito bom, Nelson. Os resultados são maravilhosos.

- Pois é... aí, já que tocamos nesse assunto, eu tenho uma proposta para te fazer.

- Jura?

- Sim! Como eu vim ministrar esse curso, tu não queres ministrar um lá no meu restaurante também?

- Poxa, eu adoraria! Mas sobre o que?

- Pratos funcionais, que tal?

- Adorei! Já topei!

- Que máximo! E eu tenho mais uma convidada...

- Quem?

- Adivinha....

- Ah, não... sério?

- Unrum! A Miky vem!

- Aaaaaaaaaaaaah que legal! Essa safada não me falou nada!

- Eu disse para ela não falar! Era surpresa!

- Mas ela não estava na França?

- Está! Mas como ela tem que vir resolver algumas coisas na Argentina, ela vai aproveitar e dar um pulinho lá com a gente.

- Ah, que máximo! Não vejo a hora! – Eu fiquei super feliz em poder reencontrar meus amigos

Nós chegamos em casa, deixamos as malas do Nelson e saímos para almoçar.

- Nossa, mas que cidade...

- Pequena? Quente?

- Bonita! – Nelson completou a frase que o Thi o interrompeu – Quando falam em Macapá lá na minha cidade, o povo nem sabe onde fica. Quando eu falo que fica no Norte do país, as pessoas imaginam que aqui só vive índio no meio da floresta passeando com jacaré de estimação. Mas a cidade é muito bonita.

- Ah, eu amo isso aqui, viu? Ela é pequenina, o que favorece tu encontrares sempre com teus amigos. Ela é quente, mas por que ela é cortada pela linha do Equador, o que é um privilégio. Ela é preservada, aqui tu não morres com poluição. Tem diversas áreas naturais para a gente passar o final de semana.

- Que legal!

- A gente pode almoçar e depois conhecer alguns pontos turísticos. Mas, se tu estiveres cansado, a gente pode deixar o passeio para amanhã.

- Não, não! Vamos passear! Mas antes, a gente não poderia passar no teu restau?

- Podemos, sim!

Nós fomos para o restaurante onde iriamos almoçar, ele ficava na Orla de Macapá. Nelson ficou perdidamente apaixonado pela Orla de Macapá e ainda mais apaixonado pelo prato que havíamos pedido. Nós tínhamos pedido um tipo de peixe em um molho de tucupi, simplesmente uma delícia.

- Ai, minha barriga tá doendo de tanto que comi... – Nelson suspirou após o almoço

- A minha também! – Thi disse

- Na minha ainda cabe um sorvete de açaí!

- Eu quero sovete! – Sophie logo pulou ao ouvir “sorvete”

- Tu precisas provar esse sorvete, Nelson.

- Eu quero provar! A gente se espicha para um lado, para o outro que cabe mais coisa aqui dentro.

Nós fomos felizes da vida para a sorveteria e nos acabamos em sorvete, perdemos a linha mesmo. Da sorveteria fomos para o restau, Nelson estava super ansioso para conhecer o que Pi e eu tínhamos criado.

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Comentários

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Amado eu estou acompanhando sua história tem pouco tempo mais achei muito emocionante,já chorei horrores e torço muito por sua felicidade e de sua família linda eu tenho fé que você vai vencer mais uma vez essa doença maldita,você fala que seu corpo é um campo minado mais sabe o que a gente faz com bomba?agente desarma e é isso que você vai fazer porque és forte e guerreiro.😘😘😘😘😘😍😍😍😍😍

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Obrigado por nos manter atualizados (na medida do possível). Não tive tempo de acessar meu email para ver se respondeste minha pergunta. Não posso esconder que fiquei muito chateado contigo no início do relato, apesar de tentar te entender. Agora, estou amando a pessoa que revelaste ser. Um abaraço carinhoso para os três (Thia, Antoine e Sophie), Plutão

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Oi Thi, oi Antoine!!! Feliz de encontrar um novo capítulo, ao longo desse tempo, aprendi a amar vocês e a história. Só posso pedir a Deus que guarde e conceda o bem mais precioso que é a saúde, sem ela não podemos nada. Beijos queridos!!!

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Thi, espero que esteja bem, e enfrentando tudo isso com bastante força e não se esqueça la em cima tem sempre uma estrela brilhando pra vc

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Oi Thi obrigada por estar postando esses caps. desejo forças pra vcs enfrentarem essa doença e que deus proteja antoine e todos vcs bjos

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