NÃO FUJAS DO MEU CIO

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1144 palavras
Data: 12/02/2017 01:16:02
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

A ESCRITORA DE POEMAS ERÓTICOS – Parte 03

Na manhã seguinte, acordei com o barulho da campainha do meu apartamento. Ainda sonolento, abri a porta. Era a minha faxineira. Chamava-se Berenice e era uma mulher simples, sem muitos atrativos de beleza. Porém, era uma ótima trabalhadora e já estava comigo havia uns cinco anos. Não devia ter mais de trinta anos de idade, mas já era mãe de quatro filhos. Cumprimentou-me de cabeça baixa e eu pressenti que algo não estava bem. Ela agia desse modo quando queria me pedir aumento ou dinheiro emprestado. Perguntei se estava tudo bem com ela.

Berenice fez um rodeio danado para me dizer seu problema: sua irmã mais velha tinha vindo do Recife e a casa onde morava com o marido e os filhos era muito pequena. Pediu-me para deixar a irmã morando em meu apartamento até ela conseguir um lugar onde ficar. Em compensação, eu não precisaria pagar-lhe as faxinas. A irmã trabalharia por moradia e comida. Relutei um pouco, antes de aceitar a proposta. Não conhecia a irmã dela e não gostava de morar com estranhos. Ainda mais que estava convalescente do acidente de carro sofrido e necessitava de alguém que me ajudasse no banho. Lembrei isso a minha faxineira. Ela disse não haver problema. A irmã mais velha tinha se separado do marido e não teria vergonha de ver homem nu. Garantiu que ela cuidaria muito bem de mim. Pedi que ela trouxesse a irmã. Ela fez uma ligação e, em menos de quinze minutos, a moça apareceu.

Eu esperava uma baranga, baseado no tipo físico de Berenice. Mas sua irmã não demonstrava seus quarenta anos e era uma mulata muito bonita e cheia de curvas. Apresentou-se como Lia e achei-a muito simpática. Vestia roupas simples e surradas, demonstrando ser uma pessoa pobre. Condoeu-se quando me viu numa cadeira de rodas, mas ficou feliz quando Berenice disse que minha condição era temporária. Perguntou se eu tomava banho frio ou se ela precisaria amornar minha água. Como eu disse não ter preferência, ela despediu-se da irmã. Disse que estava na hora do meu banho matinal. Só depois ela iria fazer uma faxina demorada no meu apartamento.

Pouco depois, estávamos no meu banheiro. Sem demonstrar acanhamento, ela despiu-me totalmente. Nem precisei ficar de pé para que me tirasse o pijama nem a cueca. Locomoveu-me na cadeira de rodas até me posicionar embaixo do chuveiro. Percebeu que a temperatura era regulável e me molhou com água morna. Pediu licença, virou-se de costas para mim e tirou toda a roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã. Meu pau deu um pulo quando visualizei aquela bunda maravilhosa. Ela voltou-se de frente para mim e riu do meu estado de ereção. Eu fiquei encabulado. Ela, não. Passou sabonete em meu corpo, inclusive me lavando o sexo. Por mais que eu quisesse desviar minha atenção daquele corpo maravilhoso, molhado por estar comigo debaixo do chuveiro, o toque macio das suas mãos ensaboando meu púbis e meu pênis aumentava o meu tesão. Tentei baixar o seu sutiã para ver-lhe o biquinho do peito, mas levei um tapinha na mão.

- Se ficar comportado durante o banho, ganha uma chupadinha – assegurou-me ela.

Claro que me comportei. No entanto, ao final do banho, ela me enxugou com a toalha e simplesmente me levou de cadeira de rodas até o quarto. Pediu que eu ficasse lá até que ela fizesse a faxina no meu apartamento. Cobrei-lhe o boquete e ela riu, dizendo que havia dito aquilo apenas para eu me comportar. Depois de dar um sorriso maroto, fechou a porta do quarto e me deixou lá, frustrado e excitado.

Olhei pela janela, em direção ao apartamento da poetisa que escrevia eróticos. A cortina do seu quarto estava fechada, impedindo-me de ver se ela estava dormindo àquela hora ou não. Peguei o binóculo e perscrutei os outros cômodos do apartamento dela. Tudo indicava que não havia ninguém em casa. Aí, a porta da sala abriu-se e um cara apareceu. Fechou a porta, passou a mão nos cabelos grisalhos, como se estivesse indeciso, e caminhou em direção ao quarto dela. Pouco depois, abriu as cortinas da janela, deixando-me ver o corpo desnudo da mulher espreguiçando-se na cama.

Foquei o binóculo para ver mais de perto. O homem sentou-se na cama e beijou-a nos lábios. Ela abriu-lhe a camisa depressa e lambeu-lhe o peito, rodeando a língua em seus mamilos. Ele, no entanto, parecia reagir contra a sede de sexo da mulher. Ela puxou-lhe a cabeça, com as duas mãos, em direção à xoxota. Ele apenas beijou-lhe a racha e tentou dizer-lhe algo. Ela abraçou-se a ele, no cio, beijando-lhe bem dentro da orelha. Meu pau deu um pulo. Senti um arrepio no corpo, como se ela estivesse fazendo aquilo comigo. Ela meteu um dos seios na boca dele, mas o cara afastou-se, me deixando louco para estar em seu lugar. O sujeito levantou-se da cama, deu-lhe um beijo rápido nos lábios e saiu do quarto. Ela acompanhou-o exasperada, quase se atirando aos seus pés. Ele abraçou-se a ela, afagou-lhe os cabelos e disse-lhe algo que eu não consegui entender ao tentar ler-lhe os lábios. Só então ela o deixou ir.

Ficou parada, chorosa, quando a porta se fechou. Estava cabisbaixa e triste, toda nua. Depois, caminhou até um canto da sala e pegou seu laptop. Voltou para o quarto e sentou-se na cama. Abriu o computador em algum site. Estava numa posição que não me deixava ver a tela, nem seu reflexo no espelho. Aí, olhou em direção à janela. Escondi-me rápido. Dei um tempo e arrisquei olhar novamente. Ela havia fechado as cortinas.

Saí de cadeira de rodas em busca do meu laptop. Lia continuava seminua, fazendo faxina, lavando um dos cômodos. Disse-me que eu não deveria sair do quarto até que ela precisasse limpar lá. Pedi meu laptop, que estava sobre um móvel na sala, e ela foi buscá-lo. Entregou-me o aparelho, recomendando que eu não ficasse vendo sites pornôs. Prometeu-me, novamente, uma chupadinha se eu seguisse seu conselho. Respondi que não acreditava mais nela, depois do que me fez. Aliás, do que deixou de me fazer. Ela deu uma risada gostosa e não retrucou, voltando ao trabalho. Recolhi-me ao quarto e abri o site de escritores. Lembrei do Nick da poetisa e abri a sua escrivaninha. Estava lá, postado quase naquele instante:

... NÃO TE DESVIES

desse mar tão grosso

desse cheiro de maresia

& desse {meu} gozo

até as cicatrizes na carne

como se ungisses

todo o meu ser alado

e entreaberta a frincha

cambaleante e nua

vadiavadia

toda... v a d i asem fazer alarde

[sussurrando espumas]

toma-me então no gole

nessa gárgula aberta

do meu rasgo

do meu cerne

do meu corte

da minha fissura

e desse (meu) vértice molhado

e eu me fendo

trincando os dentes

mordendo o pano

sorrindo luares

e flutuando.

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