Thithi et moi, amis à jamais! Capitulo 177

Um conto erótico de Thiago Guimet
Categoria: Homossexual
Contém 2095 palavras
Data: 10/02/2017 23:12:41

Olá, galera! Quem fala é o Thiago, marido do Antoine.

Antoine pediu para que eu publicasse os capítulos que ele escreveu. Ele está internado e por isso não pode publicar. A pedido dele, também vos informo que ele teve complicações durante o tratamento de quimioterapira e radioterapia e por isso os médicos decidiram por deixá-lo internado para que assim ele possa receber o acompanhamento necessário.

Ele também me pediu para dizer "muito obrigado pelas mensagens, pessoal! Eu estou bem, tentando lutar contra essa maldita doença. Thi assumirá as publicações, qualquer coisa reclamem aqui que ele me mostra depois. Beijo em todos!"

Até mais, galera!

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- Bom dia, pessoal!

- Bom dia, chef!

- É o seguinte, hoje iniciamos nosso curso. Ele terá a duração de três semanas, se preparem que serão três semanas muito corridas. O restaurante abrirá somente para o jantar, então, nós vamos nos revezar. Como nós temos duas equipes, a minha e a do Pierre, cada equipe ficará responsável pelo atendimento de um dia, um dia é minha equipe e no outro será a do Pierre, entendido?

- Sim, senhor!

- Chefe? Qual equipe vai começar?

- A minha!

- Perfeito, obrigado!

- Bom, gente, o curso está organizado em três módulos, um modulo por semana. Infelizmente ou felizmente é um curso interno, então não haverá emissão de certificados, esse curso é para melhorar o nosso atendimento. Eu ministrarei as duas primeiras semanas do curso, a terceira semana será um chefe amigo meu que virá trabalhar com vocês. Vocês sabem que eu não gosto muito da parte de doces e sobremesas, então esse meu amigo, que é especialista nessa área, virá aqui.

- Quem é?

- É o chefe Odinaelson, ele é de Curitiba e fez o curso junto comigo, em Paris.

- Estamos muito internacionais! – Alguém soltou uma piadinha e todos riram.

- Chefe, o senhor também vai fazer o curso? – Perguntaram para o Pi quando ele se sentou na bancada a minha frente

- Claro que vou! – Pi sorriu – E se vocês me desconcentrarem eu deixo um mês só repondo estoque

- Galera, galera, sem nenhuma piadinha!

- Não ouçam o que o Pierre está falando, podem fazer piadinha, SIM! – Eu ri – Pelo menos, eu farei! E se vocês não rirem eu os deixarei no estoque!

- Chefs, aí vocês ferram nossa vida! Quem a gente obedece?

- A mim! – Pi e eu falamos juntos

- Fodeu-se! – Eu ri com essa

- Quem está ministrando o curso? – Eu perguntei

- O senhor!

- Então, respondida a pergunta! Obedeçam a mim!

- O senhor ouviu, né chef Pierre?

- Ouvi! – Pi disse desgostoso, mas eu sabia que era palhaçada dele

- Bom, tudo resolvido... vamos começar!

Eu iniciei o curso e por incrível que pareça eu me senti muito bem dando aula. Eu havia esquecido como aquilo era bom, como eu amava aquilo. O tempo correu muito depressa, quando eu dei por mim a manhã já tinha acabado e era hora do nosso almoço. Nós fizemos uma pausa e logo recomeçamos, eu tinha muita coisa para passar para eles. Assim como no turno da manhã, a tarde passou que eu nem vi. Era incrível aquela sensação maravilhosa de estar no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas. Eu me sentia muitíssimo bem contribuindo com o aperfeiçoamento da técnica de todas aquelas pessoas.

Nós paramos o curso às 16h, pois tínhamos que nos preparar para o jantar. Todos estavam super empolgados com o curso e minha equipe trabalhou cantando na cozinha, como eu estava com saudades daquelas pessoas.

- Chefe – Alynne, auxiliar de cozinha, me chamou e começou a cantar a musica que tocava -Tudo o que eu quero nessa vida, Toda vida, é/É amar você/Amar você/O seu amor é /uma chama acesa/Queima de prazer/De prazer. – Ela cantava e dançava

- “Eu já falei com Deus que não vou te deixar/Vou te levar pra onde for/Qualquer lugar/Já fiz de tudo pra não te perder” – Eu comecei a cantar junto com ela, nós usávamos colheres como microfones, era hilário

O refrão nós cantamos e pulamos juntos:

- “Arerê,/Um lobby, um hobby, um love com você/Arerê,Um lobby, um hobby, um love com você” – Nós pulávamos como se estivéssemos no carnaval e isso contagiou toda a minha equipe

- O que é que tá acontecendo aqui? – Pi entrou na cozinha

- Estamos cozinhando! – Eu disse rindo

- Assim?

- Assim!

- Tu e teus métodos!

- O que o senhor deseja, chefe? – Eu perguntei

- Nada!

- Então, tchau! Hoje a cozinha é minha!

Ele me olhou feio e foi embora.

- A gente já disse o quanto a gente ama o senhor? – Alynne me abraçou e voltamos a cantar, pular e cozinhar

Minha relação com a cozinha era de puro amor, diversão e prazer, então eu gostava de passar isso para a minha equipe. Por mais que estivéssemos trabalhando, eu não via motivo para nós não nos divertirmos enquanto cozinhávamos. Durante o jantar eu fui chamado umas 3 ou 4 vezes para receber elogios, os clientes estavam gostando bastante. No final do expediente, e isso já era bem tarde da noite, já não tinha mais clientes, só nós.

Nós aumentamos o som no volume máximo e fizemos nosso bloco de carnaval. Nós cantávamos, pulávamos, dançávamos uns com os outros, até o Pi eu consegui arrastar para a festa. Nós terminamos nosso expediente sorrindo e felizes, era assim que eu gostava de trabalhar.

- É por isso que eles gostam de ti! – Pi disse quando nós estávamos no meu carro, indo para casa

- Como assim?

- Tu pareces um moleque lá dentro, eles não te respeitam.

- Claro que eles me respeitam, Pi. Não é por que eu sou o chefe deles que eu não posso ser amigo também. Eu comando minha equipe de tal forma que eles desenvolvam seu trabalho e se sintam bem trabalhando comigo.

- Mas não precisava daquele show!

- Pi, cantar e dançar atrapalhou em alguma coisa? Algum cliente reclamou? Nós perdemos dinheiro?

- Não!

- Então, meu “show” não atrapalhou em nada. Lembra, Pi, que cozinha é amor, se não tem amor na comida que fazemos, ela não tem sabor. Se a gente cozinha triste, a comida pode não sair tão gostosa. Alegria e amor são os principais temperos de um prato e a gente precisa passar isso para nossas equipes.

Ele me mostrou a língua e mudou de assunto, isso significava que ele tinha entendido.

- O Dudu tá bem triste com a tua ida.

- Eu sei, ele já me disse.

- E tu sabes que eu também estou, né?

- Sei sim, primo.

- Por que tu tens que ir?

- Ah, Pi, eu não quero conversar sobre isso. Eu já repeti tantas vezes, mas vocês não parecem entender...

- Tu viste como o restaurante fica quando tu estás lá com a gente? É diferente, Antoine!

- Mas tu pareces não gostar!

- Eu gosto, claro que eu gosto! Mas se tu és o chefe legal, alguém precisa ser o chefe chato.

- Ninguém precisa ser chefe chato, Pi! – Eu disse rindo

- Eu não sei se eu vou conseguir administrar tudo sozinho.

- Pi, tu já administraste tudo sozinho. No início, nos últimos meses...

- Mas tu sempre estavas comigo, mesmo não vindo ao restaurante. Eu sempre te consultei sobre tudo...

- E continuará assim. Pela milésima vez, eu não vou morrer, eu vou me mudar, só isso. Nós podemos continuar a administrar tudo, juntos.

- Mas não é a mesma coisa, primo. Não é!

Depois dessa conversa nós fomos em silêncio até em casa, eu já não estava mais aguentando falar sobre aquilo. Já não aguentava mais tanta gente falando o que eu não queria ouvir. Eu cheguei em casa, estacionei o carro, me despedi do Pi e cada um entrou na sua casa.

- Amor? – Eu disse entrando no meu quarto

- Oi! – Ele disse saindo do banheiro e me dando um beijo, ele estava só de cueca - Nossa, tu demoraste!

- Desculpa, hoje o dia foi bem intenso. Cadê a Sophie?

- Tá dormindo! Passou o dia perguntando por ti.

- Ai, isso dói meu coração.

- Ei, eu não falei isso pra tu sentires mal, foi sem querer...

- Tudo bem! Eu vou lá dar um beijinho nela.

- Vai lá e depois vem aqui... – Ele me disse cheirando meu pescoço, passando a mão na minha costa e mordendo meu queixo e minha boca

Eu fui até o quarto da Sophie e ela estava dormindo tão gostoso na caminha dela que eu deitei do ladinho dela e fiquei lá um tempinho... era o que eu achava.

Na manhã seguinte, eu acordei com a Sophie me abraçando.

- Acorda, Papa!

- Ai! – Eu gemi quando ela pulou em mim – Ai, filha!

- Acorda!

- Já acordei!

- Bola, bola, bola...

- Pra onde, filha?

- Tomar café! – Ela acordou nos 220 volts

- Tá com tanta fome assim? – Eu disse me sentando

- Bola logo!

- To indo! To indo! – Eu me levantei/me arrastei para fora da cama e fui com ela

Quando nós fomos descendo as escadas, eu senti um cheirinho de café e ovo frito no ar e minha barriga roncou.

- Conseguiste acordar teu pai, Sophie?

- Consegui! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah Sheep, sai palá! - Ela escalou que nem uma macaquinha no banco do balcão, eu morria de medo quando ela fazia aquilo – To com fome!

- Já vamos comer! – Thi disse

- Bom dia! – Eu dei um beijo nele

- Bom dia! Me abandonaste ontem, hein? Fiquei na mão, literalmente.

- Desculpa, eu acabei dormindo. Por que tu não me chamaste?

- Eu tentei, mas não consegui. Aí, te deixei lá.

- Ah, foi?

- Foi, mas hoje tu não foges, viu?

- Por que o senhor quer fugir?

- Por nada, filha, por nada. – Eu disse rindo – Tá vendo, tu ficas falando essas coisas perto dela...

- Filha, teu pai fica fugindo da raia.

- O que é raia?

- É um bichinho, meu bem.

-E por que o senhor quer fugir do bichinho?

- Por que ele pica a gente! – Thi disse rindo

- Thi, tá bom, não fica falando essas coisas pra ela!

Ele ria bastante enquanto terminava nosso café?

- Tá bom, parei!

- Eu vou lá em cima tomar banho e trocar de roupa, por que eu ainda to com a roupa de ontem.

- Tá, eu já tô terminando aqui.

Eu subi, tomei um banho e já me arrumei para ir trabalhar, seria mais um dia que eu ficaria o dia inteiro fora. Desci as escadas e eles já me esperavam na sala de jantar para tomarmos café em família, nós sempre fizemos questão de ter pelo menos uma refeição no dia que fizéssemos os três juntos.

- Agora, sim! Vamos tomar café!

- A Sophie já beliscou várias coisas...

- Filha, tu não me esperaste?

- Tô com fome, Papa! – Ela disse com uma carinha linda

- Ah, é? Tá perdoada, então!

Eu sempre me surpreendia com a Sophie, ela tinha resposta para tudo na ponta da língua. Nós nos acomodamos e tomamos café juntos, conversando, brincando, sem pressa. Quando nós já estávamos comendo, o Pi apertou a campainha de casa, eu fui lá atende-lo.

- Oi, bom dia! Vamos? – Ele disse

- Bom dia, primo! Vamos, sim! Já tomaste café?

- Ai, ainda não, eu tomo no restau...

- Que nada! Toma aqui com a gente.

Nós entramos e fomos para onde Thi e Sophie estavam.

- Bom dia! – Pi disse – Bom dia, princesa do Titio! – Ele deu um beijo na bochecha da Sophie

- OMDIA! – Ela disse de boca cheia de tapioca

- Bom dia, Pi! – Thi o cumprimentou também – Senta aí, deixa eu pegar uma xicara lá pra ti.

- Deixa que eu pego, amor.

Peguei uma xicara limpa, e tudo o que era necessário para o Pi tomar café.

- Cadê o Dudu?

- Já foi trabalhar.

- Já? Cedo assim?

- Já são 7h30, Antoine.

- Eu sei! Isso é cedo, ora.

- Tu ainda tiveste disposição de fazer tudo isso? Eu cheguei tão cansado em casa que eu só fiz dormir e acordar hoje no susto.

- Eu também! Não fui eu quem fez tudo isso, não. Foi o Thi.

- Sério?

- Ow! Eu sei fazer as coisas, viu?

- To vendo, to vendo...

- E tá tudo muito gostoso. – Eu disse

- Também estou vendo... a Sophie tá comendo que nem uma traça, gente.

- Ela acordou com fome.

- Com MUITA fome, né?! – Ele disse rindo

- Deixa ela comer, Pi!

Nós tomamos nosso café e partimos para o restau, seria mais um dia de curso.

- Tchau, filhota! – eu dei um beijo nela, até de noite

- De noite? Isso é muito tempo?

- É, sim!

- Ah, Papa, eu quero ir contigo.

- Mas não pode, meu bem. Fica com teu pai, hoje.

- Aaaaah!

- Ei, como assim? Não queres ficar comigo?

- Quero!

- Tchau, amor! – eu dei um beijo nele – Obrigado pelo café, estava tudo delicioso.

- De nada! – Ele me deu outro beijo - Até mais tarde.

- Até! Se cuidem aí, hein! Tchau, meu amor! – Eu dei mais um beijo e um cheiro na minha pequena e fui embora.

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Comentários

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Antoine, como fiquei feliz de reencontrar seus contos na casa dos contos! E como fiqui triste em saber o desafio que voce esta enfrentando novamente.... Que Deus te fortaleça e cure! Mando minhas orações e energias positivas pra você em pensamento, de hoje até que se recupere novamente. Beijocas!

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É sempre emocionante acessar a CDC e encontrar um capítulo novo desta saga. Foi bom ter notícias do Antoine. Estou curioso com uma coisa: vocês estão no Brasil ou já se mudaram para Amien? Para não dar spoiler, responde no meu email, por favor: plutao_fogo@yahoo.com.br). Um abraço carinhoso para todos,

Plutão

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Que bom Thiago que vc veio trazer notícias do nosso querido Antonie. Estou orando todos os dias por vcs, pedindo a Deus que se cumpra a vontade Dele. Ele fará tudo perfeito. Bjs à vcs dois e um maior pra Sophie.

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Olá Thiago. Desejo tudo de bom e que o Antoine se recupere logo. Fala pra ele que mandei um abraço. Deus ilumine vcs!

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Força pra vocês, saúde e coragem e que não falte a fé que impulsiona para frente. Beijos queridos!!!

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fiquei muito triste, por saber dessas noticias, mas estou aqui mandando todas as forças possiveis e imaginarias, para vc, e que a força maior te ampare nesses momentos e não se esqueça sempre ha uma estrela piscando la no ceu pra vc.

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