Memorial de Dona Maroca, a filha da luxúria - Anos 50: Juventude e Casamento

Um conto erótico de Astrogildo Kabeça
Categoria: Heterossexual
Contém 2180 palavras
Data: 08/02/2017 18:05:23
Última revisão: 18/02/2017 18:43:43

Continuação da Primeira Parte (Prologo)

“Mesmo crescendo em Salvador, passei boa parte da minha infância e adolescência nos arredores da cidade, mais precisamente em um sítio que a minha família mantinha em Santo Amaro do Ipitanga (que décadas depois mudou o nome para Lauro de Freitas. Achei horrível, pois acho uma falta de criatividade medonha uma cidade com nome de gente!). Desde pequena meu apelido sempre foi Maroca. Teria sido uma adolescente como qualquer outra se eu não flagrasse em um dia de sol, quando passeava sozinha por um bosque, nossa empregada Joana correndo nua pelo pasto e logo atrás, também nu, Joseval, que cuidava do haras. Aquele homem correndo com um puta caralhão balançando entre as pernas mostrava-me que a vida continha segredos não compartilhados pelas relações sociais. Aqueles dois negros estavam nitidamente voando como pássaros quando se atracaram aos beijos. Eu estava com 14 anos. Naquela tarde de 1948 presenciei a alguns metros de mim Joana se ajoelhar e mamar gostosamente aquele pintão. Não tinha qualquer ideia sobre tamanho de pica, mas uma garota inocente ver a primeira daquele tamanho faz com que ela crie automaticamente um parâmetro sobre uma. Sentindo vertigens em todo corpo ao presenciar um coito que se iniciava, deixava-me como se estivesse em febre. Joana sentava na cancela para continuar mamando a tora, enquanto Joseval gemia de prazer. Ela segurou a cancela e sentou-se naquela jeba. Ele sentado movimentava o quadril e ela subindo e descendo naquele mastro. Ouvia os pássaros e o casal numa tremenda gemedeira. Não é a melhor maneira de descobrir o sexo, ainda mais uma princesinha como eu. A partir daquele momento vi que a vida de princesa não permitia arroubos e então depois de ver tudo aquilo parecia que a vida das bruxas era mais interessante.

O modo como ela se ajoelhou submissa para aquele homem meter seu possante caralho, demonstrava que aquele negro estava fazendo-a feliz e ela soltando risos altos de prazer e delírio. Ele arfava e enfiava com velocidade. Os dois deitaram na relva um a frente do outro se beijando e fodendo com prazer. Que cena linda! Após mais uma chupada dela, ele começou a se masturbar e jorrar sua porra nos seios dela. Desconhecia tudo aquilo e vim a aprender de maneira equivocada sobre tudo. O que eu não sabia é que ver aquilo transformaria totalmente os planos que tinham para mim, pois minha ideia de sexo passou a ser aquela.

Não comentei o que vi com ninguém, pois naquele tempo pais e filhos não mantinham diálogos. Fiquei dias e noites com aquela cena na cabeça até descobrir que meu travesseiro entre minhas pernas causava uma sensação gostosa.

No ano seguinte conheci o Ernesto. Era filho de um amigo de meu pai. Ele acabara de adentrar no Exército e era muito estudioso. Sabia que aquele seria meu primeiro namorado. E único. Meu corpo ardia por um homem, se bem que o físico de Ernesto em comparação a Joseval era incomparável. Ernesto estava com 18 anos. Com o consentimento dos pais, começamos um namorinho de portão. Eu queria me entregar a ele, mas ele era bem cuidadoso. Ernesto já falava em casamento e eu só pensava em sexo.

Foi em 1950 que o sobrinho de Joana, cujo nome não lembro mais, foi ajudar em alguns serviços no sítio. Um negrinho encantador, mas com ar de bobo. Aquele negrinho acendia minha bucetinha. Foi numa tarde de sábado que chamei-o para passear perto do rio. Andando pra lá e pra cá, perguntei se ele não queria tomar banho comigo. Surpreso, ele disse que não tinha roupa para isso. Ele estava com uma calça de alinhagem. Nesse tempo, com 16 anos, eu queimava de tesão. Resolvi ficar nua e mergulhei no rio. Ele ficou atônito. Desde aquele dia do flagra no casal empregados que os anos passavam e eu percebia que eu era uma mulher a frente do meu tempo, assim como foram Pagu, Luz del Fuego e Leila Diniz. Falava coisas que deixavam todos em um silencio constrangedor. Depois de me banhar, sai nua em sua direção. Doida de tesão, levantei ele. Ele com um olhar enorme em meu corpo. Mas com sinal de vida embaixo. Baixei de supetão sua calça e saltou a minha frente um pau de mais ou menos 18 centímetros e bem torto. Ver um pau na minha frente pela primeira vez me deixou sem folego. Eu respirava forte e agarrei aquele negrinho. Dai pra frente não teve como ele segurar. Eu era uma menina bem avantajada pra idade. Baixa, mas com seios fartos e uma bunda não tão grande, mas empinadinha e volumosa, gordinha! Empurrei ele que caiu e passei a esfregar-me nua em todo seu corpo. Eu estava molhada demais, sentia meus líquidos molhando seu tórax. Até que meti minha xotinha em sua boca e ele passou a linguar. Não me contive e gemi baixinho e gostoso. Anciosa e ávida por aquele pau, me deitei e ele passou a meter em mim. Não lembro da dor, estava inebriada de tesão. Não lembro de sangue. Só lembro das metidas. Não dava pra esperar o Ernesto. Não dá pra pensar em lealdade quando seu corpo anseia desesperadamente por sexo. Cavalgando aquele machinho, percebi que aquilo me acompanharia para toda a vida. Perdia a virgindade com um rapazote que nem sabia o nome. Isso demonstrava que minha libido não esperava convenções sociais.

Me postei de quatro, como Joana havia feito e aquele negrinho passou a meter. Como o pau dele era torto, sentia a envergadura roçando minhas paredes internas de uma maneira que me dava arrepios intensos. Mas eu teria que ser esperta. Pedi pra ele tirar o pau para não gozar dentro. Ele gozou aquela porra quente em minha bunda. A beira do Rio Joanes meu cabacinho me deu adeus.

Dai, fiz o que iria fazer muitas vezes após uma foda como essa: ameacei ele dizendo que se ele contasse o que havia acontecido ali sua tia seria demitida e ele seria morto pelos outros trabalhadores, pois diria que fui violentada. Infelizmente é preciso uma dose de drama para não ter seu nome divulgado por aí.Ainda mais quando individuos de classes sociais diferentes estão lidando com coisas proibidas. Sexo é privacidade e intimidade, e não para sair por aí falando aos quatro ventos como os homens gostam de fazer para nos difamar. Se tiver poder, use-o para não ser prejudicada. Com as pernas tremendo ele jurou que nada diria. E assim nunca mais o vi. Somente em novembro do ano seguinte, com o namoro engrenado, tive minha primeira relação com o Ernesto. Implorei muito e ele não teve como segurar. Guardamos segredo até o casamento em fevereiro de 1952. Meses depois nascia João Pedro. Normal para aquela época uma mulher de 18 anos estar casada e ter um filho. Não havia mais o que fazer para uma moça de família. Minha sogra e mãe ajudaram na criação dele, enquanto eu me formava no Instituto Normal da Bahia.

No ano seguinte, me envolveria com mais um homem. Ernesto se mantinha firme nas Forças Armadas como soldado e levava um amigo para almoçar quase que frequentemente quando ele estava de folga. Um homem não leva outro assim pra dentro de casa. Já naquela época era assim por aqui, mas o amigo era tranquilo. Quem não era tranquila era eu e já nos primeiros dias minha bucetinha fervia quando o via. Um mulato másculo em minha casa! Não estava mais amamentando, e por isso me sentia livre para agir novamente. Em um dia que meu marido estava de costas pra mim, pisquei para ele e mostrei um seio. Pra que? O homem passou a tossir muito, não acreditando na audácia daquela mulher. Meu inocente marido não sabia o por que daquela crise repentina.

Dias depois ele aparece na minha casa quando Ernesto estaria em treino numa floresta. Sozinhos ali, levei-o ao quarto. Logo estava ajoelhada na cama chupando o pau dele. Ele me chamava de puta e eu na chupança. Ele falava que eu não prestava, que o Ernesto não merecia, era um bobo, e não sabia o que tinha em casa. Obvio que um soldado não tem estirpe alguma, dai minha total despreocupação com que ele desse a língua nos dentes. Logo ele metia em mim de quatro, na cama que eu dormia com o amigo dele. Lembro que João Pedro chorava e a mãe dele ali levando ferro. Eu fazia “shhhhh” e ele parava um pouco. Voltou a chorar quando eu estava deliciosamente cavalgando o mulato, enquanto tinha os seios mamados. “Para, João Pedro, deixa a mamãe se divertir! ”, eu falava enquanto gozava na pica dele (também não lembro o nome desse amigo). Rosnávamos feito cães naquele quarto, e gozei mais uma vez deitada de costas e ver aquele mulato musculoso meter em mim todo suado foi a glória. Eu metia o pé na cara dele provocando-o e ele metia com mais vigor. Pedi pra que ele gozasse fora e ele gozou na minha boquinha. Pela primeira vez senti gosto de esperma, engoli um pouco e deixei o resto escorrer pelo queixo. Depois fui nuazinha mimar meu filho, enquanto pedia pra ele ir, dizendo para não mais voltar, dizendo que escreveria uma carta para seu quartel caso ele contasse alguma coisa e não duvidasse que eu teria provas sobre seu ato. Ele deu com os ombros, me chamou de vadia e bateu a porta. Foi aí que me dei conta que meu tesão poderia me colocar em maus lençóis. ”

Saori estava atônita com todo esse relato, e ainda tinha era página escrita. Porém, ao invés de repúdio, sentia uma atração enorme por aquela mulher que desafiava as tradições familiares em nome do próprio prazer.

“Nos anos seguintes não tive aventuras, pois faltou oportunidades. Em 1956 nascia Luis Gustavo, que chamamos desde pequeno de Lugue. Somente em 1958 voltei “à ativa”. E num dia especial para todos os brasileiros. A data: 29 de Junho. Tínhamos acabado de ouvir no rádio a conquista da Copa do Mundo. Logo depois, Ernesto, meu pai e meu sogro saíram às ruas para a comemoração, deixando as mulheres em casa. Com um filho de dois anos e outro de seis, não poderia sair. Mas sai, com a desculpa de dar uma olhada no movimento, o que deixou minha sogra e minha mãe preocupadas com o que poderia acontecer. Morávamos não muito distante do Centro da cidade e lembro que peguei um bonde para ir ao Largo do Campo Grande (O Teatro Castro Alves ainda não existia). Queria ver a festa na rua. Próximo ao Forte de São Pedro apareceu um grupo tocando em um caminhão. Era um trio elétrico! Via pela primeira vez aquele veículo tão comentado que passou a se apresentar no carnaval todos os anos. Haviam poucas mulheres. Fiquei na calçada enquanto bandeirinhas do Brasil eram agitadas pelas pessoas que seguiam o veículo. Vi então um negro sem camisa gritando “Brasil! Brasil!”. Me aproximei dele, dei uma piscada e fui sorrateiramente me dirigindo a um beco. Fazia pose de mulher casada não dando trela a ninguém. Como a maioria concentrava-se na festa, não perceberam aquela branquinha de cabelos lisos esperar um negro sem camisa, com jeitão de estivador se aproximar dela e agarra-la. O som do trio estava se afastando e eu ouvia o negro gargalhar quando eu tirei seu pau grosso, mas ainda mole e com gosto de mijo da calça. Enquanto o Brasil levantava a taça na Suécia, eu levantava meu troféu com minha língua fervente.

Logo aquele pau endurecia e eu chupava com gosto, com saudades de minhas travessuras. Apoiada num caixote de lixo, lá estava eu empinadinha para o negro meter e urrar me xingando toda. “Mas uma puta branca pra minha lista” era o que ele falava. Ele dava tapas e eu enlouquecia naquele pintão. Mais uma vez ele gargalhava quando montei nele e passei a subir e descer beijando a boca daquele garanhão negro. Me sentia uma putinha que deixou a família em casa para dar num beco como uma prostituta para um desconhecido. Me dei conta que ao longo de minha vida teria aventuras perigosas como essa.

Mamando mais uma vez aquela trolha, punhetei firme o negão e falei “goza na minha boca!” e logo uma torrente de sêmen banhava meu rosto e pescoço. Depois de limpar meu troféu ele pegou-me pelos cabelos e mandou sair dali. “Vá embora, sua biscate! Antes que seu marido venha com a policia para me prender”. Sai dali de fininho e retornei até em casa. Os homens não haviam retornado e tomei uma prensa da minha mãe. Disse que fiquei curiosa pra ver o que acontecia na rua, mas ela dizia que rua não é lugar pra mulher decente. Depois de levar uns tapas ela contou a meu pai e meu marido sobre meu ato. Rispidamente, Ernesto falou para eu não desrespeita-lo e me dando um tabefe, disse que a próxima vez que isso acontecesse a surra seria pior. Por fim, me deitei contente e feliz pelo safanão que havia levado. Eu mereci.”

(continua)

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Astrogilldo Kabeça a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Bem, mantendo os mesmos elogios feitos no prólogo continuo afirmando que essa saga é maravilhosa. Agora nos deparamos com Marocas se iniciando "visualmente" no sexo em 1948, depois, carnalmente em 52, depois, a partida de um amado, casamento, primeiro filho, segundo filho... até aí seria uma história normal de qualquer pessoa do tempo de Marocas que tivesse vivido em lugar como ela viveu (eu, por exemplo sou do interior, e não era incomum meninas e meninos se iniciarem muito cedo e casarem cedo também, embora eu tenha quase cem anos menos que dona Marocas rsrsrsr. Mais um dez!

0 0
Foto de perfil genérica

muito bom continue logo pra nao perder o clima

0 0