O hétero proibido. XIII ( Últimos episódios 2-2).

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 2149 palavras
Data: 01/02/2017 00:01:45
Última revisão: 01/02/2017 00:25:35

- vai fazer a massagem na minha coxa, ou vai pula fora do time?

Beto parecia tão confiante que tirou a toalha, e ficou completamente nu.

- eu faria sem problemas se fossemos amigos... E eu pensei que fossemos, mas me enganei néh!?

Beto me olhou sem nada falar.

O cara estava pelado com as pernas totalmente abertas.

Seu membro estava ali exposto em minha frente. Sua pele era tão clara, que os cabelos da sua rola eram cor de mel.

Sua respiração era constante, e seus impulsos nervosos evidentes.

- qual foi o meu erro velho? Como você pode mudar tanto comigo, em um curto espaço de tempo?

Sentia vontade de chorar, mas não iria me prestar a isso na frente do Beto.

Meu atual algoz baixou sua cabeça, e em seguida respondeu entre os dentes.

- eu também achei que fossemos amigos.

- então porque não somos?

Sentei ao lado do Beto e mostrei empolgação naquela conversa.

- sei lá cara. Não posso negar que aquelas coisas que você falou, na casa do Lucas, me magoaram. Eu não esperava aquilo de você. - disse ele.

- aquilo foi uma idiotice cara. Juro que eu não tive a intenção de te magoar.

Beto me encarou e ficamos ali naquele vestiário cara a cara.

- mas magoou cara. Você pode fazer o que quiser comigo, menos falar mal do meu curso ou do meu esporte. Eu respiro isso.

- mas tu não acha que pegou pesado demais comigo?

- eu fiquei de cabeça quente. Queria fazer tu pagar por tuas palavras.

- eu acho que já paguei, e fiquei com reservas mano. Você sugou até minha alma.

- essa era a intenção.

- beleza, então você conseguiu cara.

- me desculpa. Eu fiquei possesso. Eu não sou assim Gabriel, não me reconheço fazendo essas coisas. Só que o futebol pra mim é tudo.

- eu percebi mano. Olhando, hoje, a forma que você conduzia o treino me lembrou os grandes jogadores europeus.

- sério que você achou isso? - disse Beto tímido.

- não. - sorri.

- porra. Eu já tava acreditando. - Beto sorriu.

- mas você é bom cara. Bom mesmo, pelo que pude perceber. Eu só acho que você poderia tocar um pouco mais a bola, acho que você ta segurando ela por muito tempo.

- ta me chamando de delegado, é isso? - ele me olhou com uma cara séria.

- depende. - falei.

- depende de que? - Beto questionou.

- se eu te chamar de delegado, você vai me tirar da equipe? - sorri.

Beto me olhou sério por um tempo e depois sorriu.

- agora falando sério, eu to meio mal. - disse ele.

- o que houve?

- levei uma pancada no treino.

- acho é pouco vei. Pagar um pouquinho do que você fez comigo.

- ah é assim?

- é sim. - sorri.

Levantei e entrei debaixo do chuveiro. Sem me dar conta, Beto molhou sua toalha, a enrolou na mão e acertou minhas costas.

- filho da puta. - saiu fino.

Deixei a ducha ligada, e saí correndo ,pelado, atrás do Beto. O cara corria ao redor do banco que ficava no centro do vestiário. Quando eu fiz menção em subir sobre o banco, o Beto retornou a área dos chuveiros, e acabou ficando encurralado.

- e agora hen!? - Falei enrolando minha toalha nas mãos.

Na primeira lapada, Beto gemeu.

- ai caralho.

- doeu vei? - falei sorrindo.

- agora vai ter revanche.

- que mané revanche? Você me acertou uma, eu te acertei outra, e agora estamos quites.

- eu não gosto de jogo empatado. - Beto sorriu e me acertou outra lapada com a toalha.

- filho de uma égua. - disse eu passando a mãos nas coxas.

- agora acabou. - Beto sorriu e entrou debaixo do chuveiro.

Fingi que havia terminado a brincadeira, e tomei meu banho. Assim que terminei, peguei Beto desprevenido e lhe acertei mais duas '' toalhadas'' enquanto ele trocava sua roupa.

- aí. - dessa vez ele gemeu alto.

- toalha molhada. Agora sim acabou. - falei levantando a toalha como se fosse um troféu.

Beto sentou no banco, e foi deitando seu corpo com os olhos fechados e uma cara de dor.

- o que foi cara? O que tu tem?

- minha coxa voltou a doer mano. Dói muito. - Beto gemia fino.

Seus olhos estavam fechados, e seu rosto era de sofrimento.

- agora que já ta tudo bem entre a gente, você acha que rola de fazer a massagem?

Fiquei pensativo. Depois de tudo que Beto havia me feito, não sei se ele merecia. Mas vendo o cara naquele estado era de partir o coração de qualquer ser humano.

- beleza.

Coloquei uma bermuda, e fui até a parte dos chuveiros pegar o spray. Quando retornei Beto estava totalmente deitado em cima do banco.

- Coloca ao menos uma cueca vei. Eu fico meio constrangido em fazer massagem em tu pelado desse jeito.

Sem questionar, Beto colocou sua cueca vermelha. O cara voltou a se deitar, e eu lhe apliquei o gelol spray.

Beto havia coberto o rosto com a toalha, para eu não ver sua cara de desespero.

Comecei a massagear suas pernas subindo e descendo e fazendo movimentos circulares.

Por mais que eu não tivesse nenhum envolvimento com o Beto; Por mais que naquele momento eu estivesse apenas lhe prestando uma ajuda, era impossível não reparar em suas pernas. Eram pernas branquinhas, grossas, panturrilhas bem desenhadas com poucos pelos, e ainda tinha a marca do meião que ele havia usado minutos antes.

- melhorou? - perguntei depois de muito tempo de massagem.

- mais ou menos. - disse ele levantando a cabeça e me olhando com cara de dúvida. - Faz só mais um pouco. - Pediu

Continuei a massagem por mais um tempo.

- mano, agora já ta tenho que ir. - vi que já tinha extrapolado a hora marcada com o Fernando.

- beleza cara. Aliviou bastante. - disse ele levantando-se e colocando um short esportista.

- que bom velho. - coloquei minha mochila nas costas, e me despedi do Beto.

- Gabriel! - gritou antes que eu saísse por completo do vestiário.

- fala.

- amanhã vem preparado hen!? Você vai entrar em campo.

- pode deixar. - falei com um sorriso no rosto.

Meu sorriso era dobrado. Primeiro por que eu teria a real oportunidade de mostrar meu talento, e depois porque eu iria me encontrar com o meu hétero proibido.

Ao sair do vestiário, olhei meu cel e tinha uma mensagem do Fernando, e uma ligação perdida de um número desconhecido.

Primeiro visualizei a mensagem que dizia:

****

- Já cheguei. Tô te esperando aqui no estacionamento do bloco de Educação Física.

- beleza. Tô chegando aí. - respondi animado.

****

Imaginar que eu ia ter a oportunidade de sair com o Fernando, novamente, me dava um frio da espinha, uma dor na barriga, e uma falta de ar indescritível.

Do curto espaço de tempo entre o vestiário e o estacionamento, eu retornei para o número que havia me ligado.

****

- Gabriel? - atendeu alguém do outro lado da linha.

- é ele. Quem fala? - indaguei.

- kadu. Beleza?

- tranquilo. - respondi.

- ta podendo falar?

- posso rapidão.

- mano, eu pensei bem e já sei o que vamos fazer com o teu primo Gustavo.

- então me diz o que é que eu fiquei curioso.

- por enquanto é segredo. Eu preciso que tu me passe o número dele pra eu começar a armar a jogada.

- posso te passar cara, mas é algo muito pesado?

- depende do ponto de vista.

- ele vai sair machucado?

- moralmente sim.

- me diz aí o que é mano. Agora to me roendo aqui.

- por enquanto prefiro colocar em prática pra ver se da certo. Mas no momento exato tu vai saber e assistir de camarote.

Aquilo me deixou inquieto, mas eu não insisti em saber. Confesso que a vontade era grande. Passei o número do Gustavo para o Kadu, e assim que avistei o Fernando parado ao lado do carro, eu desliguei o telefone.

- e aí cara. - falei, simpático, cumprimentando Fernando.

- e aí. - disse ele seco.

Estranhei aquela forma de falar, mas achei melhor não fazer perguntas.

Fernando entrou no banco do motora, e deu partida no carro.

No som tocava ''Matheus e Kauan'' '' me amar amanhã''.

Eu sentia vontade falar alguma coisa, puxar algum assunto, perguntar sobre o dia dele, tentar extrair algumas informações. Mas aquele não era o momento adequado. Fernando estava diferente de todas as outras vezes, ele não estava apenas calado, ele estava nitidamente chateado.

- ta tudo bem mano? - falei criando coragem.

- levando. - ele respondeu e voltou a fechar a cara.

Seu rosto não era de ira. Era um rosto de quem estava chateado com alguma coisa, e queria evitar muitas palavras.

Respeitei o momento do Fernando e fiquei na minha.

Depois de bastante tempo na estrada, chegamos a um bairro um pouco afastado. Era um bairro nobre com casas grandes e monitoradas por empresa de segurança.

A rua era bem iluminada, porém eu não ouvia barulho de festa ali por perto. Então o que ta rolando nessa casa do amigo de Fernando? - Eu fazia essa pergunta em meu pensamento.

Fernando diminuiu a velocidade ao entrar na rua. A impressão que eu tinha, é de que ele estava tentando lembrar qual era a casa.

Ele parou, lentamente, em frente a uma garagem, tirou um controle remoto que estava no porta luvas, e ao clicar no botão, o portão da garagem começou a subir.

Definitivamente, ali não era uma festa. A casa estava vazia, porém as lampadas estavam acesas. Fernando entrou com o carro e o parou em um jardim e desligou o motor. Assim que ele saiu do veículo, eu o acompanhei.

Fernando estava lindo. Bermuda jeans, havaianas brancas, e uma camiseta da marca pólo. Seu perfume era Ferrari,- eu acho - e usava um ''mont blanc'' no pulso esquerdo.

Fernando nos guiou por uma área em construção, e sacou um molho de chaves, abrindo uma porta grande de madeira bruta. O cara entrou e eu continuei o seguindo.

Aquilo estava estranho. Fernando se quer me dirigia a palavra.

Eu começava a imaginar que ele havia se arrependido de ter feito sexo comigo, e aquele silencio todo fosse devido a sua consciência pesada.

Subimos uma escada, e eu senti um cheiro de tinta fresca. Aquela belíssima casa estava em construção na sua etapa final.

- essa casa é bonita. De quem é? - falei tentando puxar assunto.

- um amigo.

- e onde ele ta?

- ficou na fronteira.

- hum.

- eu vou tomar um banho, se você quiser pode comer algo lá na cozinha. - disse ele entrando em um quarto.

- beleza. - falei.

A animação que eu trazia no rosto, já não existia mais. Fernando não estava bem. Ele não me tratava mal, no entanto, claramente ele me evitava.

- por que eu não posso ficar no quarto? Ou melhor, por que ele não me pediu ajuda pra tomar banho, já que ainda estava usando a tipoia? e pra que banho se ele já estava limpo? - tudo isso passava em meus pensamentos em frações de segundos.

Caminhei pelo corredor, e desci por aquela escada que eu havia subido a pouco tempo. Os meus olhos já estavam molhados. Eu tinha a plena convicção de que Fernando jamais seria meu, mas mesmo consciente, isso não me impedia de sofrer.

Chegando à sala, sentei em um sofá, coberto por um plástico transparente. Abaixei minha cabeça e não me importei em chorar. Chorei, chorei muito. Chorei igual um bezerro.

Retornei ao quarto, e entrei. Vi as roupas do Fernando em cima da cama, e ouvi o chuveiro do banheiro ligado. Peguei aquelas peças de roupa em minhas mãos, e senti o cheiro e a quentura do meu macho. Enxuguei as lágrimas, deitei na cama, e acabei caindo no sono.

Acordei com a tv ligada. Abri meus olhos e Fernando estava deitado a meu lado com o controle na mão. O cara estava apenas de cueca, e dessa vez o cheiro do seu Ferrari contrastava com o cheiro do sabonete.

A única iluminação que tinha dentro daquele quarto, era a do televisor.

Passei as mãos na barriga do Fernando e fui descendo até onde tava o seu pau.

- Não Gabriel! Para, para, para. - disse ele tirando minhas mãos do seu membro.

- o que foi que aconteceu cara? Tava tudo tão de boa. Você me chamou pra cá, e agora ta me deixando de lado. - falei firme.

- não gosto de ser feito de otário, Gabriel. - Fernando era sereno em suas palavras. Diferentemente de quando estávamos dentro do carro, agora ele falava olhando para mim.

- eu não entendi cara. Você fala como se eu tivesse te feito de otário.

- e não fez?

- claro que não cara.

- Vou deixar uma coisa bem clara Gabriel. Gosto muito de você cara, mas não aceito mentiras nem do meu pai.

- mano, de que mentira tu ta falando cara?

- não se faz de inocente porra. Eu vi toda aquela putaria rolando solta la no banheiro da faculdade.

Dessa vez Fernando falava com raiva. Nunca tinha visto o cara daquele jeito.

- Nós tínhamos feito um trato Gabriel. Se tu ta comigo, é só comigo cara. Eu não suporto ter que dividir o que é meu com os outros.

Fernando não me deu tempo para réplica e saiu da cama, descendo as escadas apresadamente.

Continua...

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Comentários

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O que é meu é meu e ninguém rela. Se for pra dividir eu abro mão.

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#Fernandocomciúmes.

Acho que nem ele esperava por isso rs..E o Gabriel depois de tudo q passou c Beto vai aceitar ficar no time??Cade a ombridade dele? Aa Fernando vai se arrepender do que ta fazendo..

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Gabriel, para de chorar e mostra ao Fernando a verdade pow!

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OPA. FERNANDO SE QUER DEU A CHANCE DE GABRIEL EXPLICAR. VAI SE ARREPENDER DEPOIS. UMA HISTÓRIA CONTADA, SEMPRE TEM DOIS LADOS. É SEMPRE BOM OUVIR ANTES DE TIRAR CONCLUSÕES PRECIPITADOS DO QUE APENAS VIU.

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Ai sabia que daria merda, aquela brincadeira no banheiro. Agora crise de ciúmes é tenso. Por um lado mostra que Fernando tem sentimentos por ele. Que fofo. Agora fiquei curioso se Beto curte ou não,... E Victor ? Mostravasse tão atencioso, me deixou com pulga atrás da orelha. Se fosse gabriel fazia festinha com o Beto, Lucas, Kadu, Danilo, victor e fernando eita iria ser fabuloso hahahahah #Pirei

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Se eu fosse o Gabriel não aceitava mais jogar no Time, pois foi muita humilhação o que o Beto fez e também não correria mais atrás do Fernando e deixava que ele mesmo descobressi a verdade, pra se arrepender do que falou.... Cara burro!!!

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Palhaçada desse Fernando! E precisou levar o Gabriel até essa casa para falar isso?! Faça-me o favor!

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