Miguel e Vinicius:Entre o céu e o inferno

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 1551 palavras
Data: 28/02/2017 23:36:24

Enquanto preparo os últimos capítulos de a história impossível de nós dois,lhes apresento minha nova história;Miguel e Vinicius entre o céu e o inferno.

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[O início]

Começar a contar uma história é sempre difícil,e ficamos martelando por onde começar.Mais o bom segredo para isso,é deixar que as palavras fluam como água corrente.

Eu sou Miguel e não sei minha idade ao certo,porém a estimativa é de dezesseis anos.Sou um rapaz magro,de 1,70 de altura e pele bastante queimada pelo sol.Meus cabelos são de um tom castanho bem diferente e meus olhos são da mesma cor.

Eu não tenho casa ou abrigo,vivo nas ruas.Sou órfão de pai e mãe e desde que fugi do orfanato,vivo vagando por essa selva de pedra,que chamam de cidade.Nessa dura jornada conheci outros jovens como eu,jovens que foram abandonados e conhecem a frieza de um orfanato.

Lion tem 17 anos e é o nosso líder,Vicky tem dezesseis anos e é uma garota cheia de personalidade,Otávio tem quinze e é o coração dessa turma e por último temos Alice,que fugiu de casa para não ser violentada pelo pai,ela têm apenas doze anos,mais apesar de ser uma pequena guerreira têm uma força gigantesca.

E nossa história começa em um dia como outro qualquer,onde nos reunimos em uma praça para decidirmos o que íamos fazer,para garantir a comida.

-Não vamos roubar...roubar é errado.-Otávio disse choroso.

-Errado é passar mais um dia de fome,por causa da sua frescura.-Eu disse ácido.

-Não fala assim com ele,Miguel...O Otávio têm razão...A gente não é ladrão!-Vicky disse enquanto,dava tapinhas nos ombros dele.

-Não mesmo,a gente é só um bando de otário que pra manter a honestidade em dia,vai passar mais um dia de fome.-Eu disse,sem olhar pra eles.

-Chega pessoal!...Nós vamos voltar a pedir esmolas e com sorte,a gente consegue mais do que ontem.-Lion disse,antes que Vicky pudesse se manifestar.

-Com sorte,claro!...Coisa que a gente não tem!-Eu disse sarcástico.

-Otávio vá para o lado dos mercados,Vicky e Alice para a rua da feira e Miguel para a praça perto da rua da feira.-Lion disse,me ignorando.

-Ficar no sol quente,pra implorar umas moedas?-Perguntei indignado.

-É isso,ou mais um dia sem comer e bebendo água dos canos que a gente consegue achar.-Lion respondeu irritado.

-E a gente se encontra aqui depois?-Vicky perguntou,antes que eu pudesse me manifestar.

-Vou pra lá pra baixo e no fim do dia a gente se reúne aqui e vê o que dá.-Lion respondeu.

Xingando mais que puta bêbada,acompanhei Vicky e Alice até a praça,onde nós separamos.Apanhei uma caixa e fui até uma árvore,onde me sentei e passei a pedir trocados a todos que passavam,mais a maioria me olhava ou apenas ignorava.

-Senhor,me dá uma moeda aí,por favor...Eu tô com fome!-Implorei a um homem gordo que passava.

-Vai arrumar um emprego,seu vagabundo!-Ele disse,demonstrando seu estresse.

-No dia que tu perder essa banha,sua rolha de poço!-Rebati irritado.

O tempo foi se passando e uma senhora acabou me dando cinco reais,logo depois uma moça me deu dois,e comecei a ter esperança de não ir dormir com a barriga vazia.Faminto e com sede,passei a procurar garrafas d'água e acabei achando,duas jogadas a um canto.Para minha sorte havia um pouco de água dentro de cada e mesmo estando morna,bebi com vontade.Em seguida voltei ao meu lugar e comecei a fingir choro pra ver se aqueles mãos de vaca,tinham pena.

Ao fim do dia tinha apurado quinze reais e cinquenta centavos,não era uma fortuna,mais era bem mais do que tinha conseguido ontem e isso já valia a pena.Me levantei e desci em direção a rua da feira,mais ao passar em frente a um beco,encontrei Vicky e Alice sendo paqueradas por dois marmanjos que pareciam dois armários.Me aproximei e eles me encararam,seus olhos furiosos com a minha interrupção.

-Sai daqui muleque,essas duas gostosinhas não é pra o teu bico.-O maior disse.

-Vou chamar pra briga e vocês correm.-Sussurrei,enquanto empurrava as duas para de trás de mim.

-Não ouviu pivete...Se manda!-O outro disse.

-Foi mal ae,não tô afim não!...Sabe,deixar duas gostosinhas dessas nas mãos de dois viados arrombados e com a boca fedendo a rola,não é comigo.-Disse com sarcasmo.

Vicky e Alice aproveitaram que eles prestavam atenção no que eu estava falando e saíram em dísparada.Não esperei a última palavra sair direito da minha boca,e parti atrás delas.Os dois caras demoraram alguns minutos para entender tudo,mais logo vinheram correndo atrás de mim.Xingando mais que coelho entalado na toca e as bocas chegando a espumar de tanta raiva,percebi que se conseguissem me alcançar,seria picadinho de Miguel.

Vicky e Alice dobraram uma rua e pularam um cercado,quando foi minha vez,enganchei o pé e me estatelei do outro lado,mais me levantei de um pulo e sem olhar pra trás,parti o mais rápido que pude.

Dobra aqui e sobe ali,paramos em uma praça que estava deserta e como não havia nenhum sinal dos caras,percebemos que havíamos despistado eles.Nós jogamos nos bancos frios de cimento,e esperamos que nossa respiração voltasse ao normal.

-Vicky primeira regra...Quando um cara te parar com vontade de te comer,não dá bola e sai correndo.-Disse,com a mão no peito.

-Mais eles eram enormes!-Ela disse sem fôlego.

-A regra é mete o pé e vaza...Quando não pode com eles,corra!-Repeti.

-E onde tá escrito essa regra?-Ela perguntou sarcástica.

-No manual de sobrevivência das ruas.-Respondi no mesmo tom.

-Mais isso não existe!-Ela disse,após um minuto em silêncio.

-Claro que não,burra...Não escrevi ainda.-Disse,dando uma gargalhada logo em seguida.

-Idiota...E se os cara fossem do teu tamanho?-Ela perguntou em tôm de desafio.

-Aí é a lógica da abelha...Se for pouco,mete a porrada...Se for muito,mete o loco e vaza.-Respondi,ficando de pé.

-Correr não é uma atitude muito corajosa.-Ela disse pensativa.

-O mundo é dos covardes,minha filha.-Rebati.

-Aí Miguel...Tu não presta!-Ela disse enquanto ficava de pé e ajudava Alice.

-Tu também não...Mais te trato como se valesse uma daquelas pedrinhas que os caras dão um bocado de dinheiro por elas.-Disse.

-Miguel!-Ela disse indignada.

-Que foi?...Falei a verdade...Agora vamos,que tô quase desmaiando de tanta fome...Minhas pernas tão até tremendo. -Disse encerrando o assunto.

Devagar e um próximo do outro,subimos as ruas em silêncio.Depois de um longo tempo,chegamos a praça onde tínhamos nos reunido mais cedo e encontramos os outros,que nos olharam furiosos.Explicamos o que tinha acontecido e entregamos tudo que conseguimos arrecadar a Lion,que saiu logo em seguida.

Quando eu já começava a ver estrelinhas,ele voltou com umas sacolas e mandou que nós ficássemos de pé,o que fizemos sem demora e nos arrastando,o acompanhamos até o beco onde dormíamos.Cada um em seu papelão,ele tirou um pastel e uma água de dentro da sacola e nos entregou.

-A comida é pouca...Mais sobrou um dinheiro e se amanhã não for um bom dia,pelo menos com o que conseguimos,vamos garantir uma refeição.-Lion disse,após se sentar ao lado da Vicky.

Enquanto comia,percebi que Alice estava de joelhos ao meu lado,murmurando baixinho e sua comida ainda estava ao lado dela,intocada.Esperei que terminasse e lhe perguntei,o que tinha sido aquilo.

-Eu agradeci a Deus por mais um dia e por conseguir o que comer...Também agradeci por ter encontrado vocês e por ter um canto pra dormir.-Sua voz era doce e melodiosa,porém triste.

-Deus não existe,Alice!-Disse,sem querer mágoa-la.

-Enquanto eu acreditar que Deus olha pra mim,vou ter forças para ficar de pé.-Ela disse com firmeza.

Sentada sobre suas pernas,Alice começou a comer devagar quanto nós observava.Não consegui evitar de olhar para ela com pena,pois no começo todos eram assim e quando deixavam de acreditar,as coisas não melhoravam.Alice só vivia nas ruas há duas semanas e logo logo,ela ia descobrir que o inferno era aqui na terra.

De dia as coisas eram bem tranquilas e apenas alguns tarados importunavam as meninas,o que a gente dava um jeito fácil, como fiz hoje.Mais a noite,a história era outra e o bicho corria solto.Policia,drogado e outros muleques de rua,eram apenas alguns dos problemas que tínhamos que enfrentar e Alice não sabia o que lhe esperava,pois na rua não tinha moça virgem,a Vicky era um exemplo disso.

Garota abandonada e sozinha,virava marmita nas mãos dos caras,as vezes por necessidade e as vezes porque não tinham escolha.

Continua...

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Este capítulo é só um teste,se gostarem,eu continuo quando finalizar a história do Lúcio,se não,eu paro por aqui mesmo.

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Comentários

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Parece que vai ser interessante...veremos...

ansiosa pelo próximo...

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Uau

Gostei

Ansioso pelo próximo

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Muito bom vou te acompanhar e futuramente te falo mais.😍😍😍😘😘😘

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