A história impossível de nós dois. (Capítulo 18-Parte 2)

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 2199 palavras
Data: 14/01/2017 23:46:45
Última revisão: 14/01/2017 23:52:53

Continuando...

Segurando a mão de Helena a acompanhei para dentro da padaria.Caminhamos até uma porta de madeira escura a um lado,que ela abriu e nós passamos.Estávamos em um corredor curto que ia dar em um portão de ferro.De cada lado havia uma porta,e ela me levou até a que ficava do lado esquerdo,onde bateu delicadamente.Uma voz forte se fez ouvir do lado de dentro,e ela abriu a porta,me fazendo passar,e então a fechando.

Sentado atrás de uma mesa,Eduardo ergueu a cabeça para me ver,e pôs a pasta que segurava,junto com várias outras que estavam em cima do móvel.

-O que está fazendo aqui pela cidade?-Ele perguntou sério.

-Vim ver a minha vó,ou isso é proibido?-respondi.

-Você não andou aprontando alguma coisa,andou?-Ele respondeu desconfiado.

-Desde que sai da gaiola,ainda não arrumei nenhum problema.-Respondi irritado,pela desconfiança.

-Com o tipo de amigo que você têm,isso é um péssimo sinal...Agora venha até aqui!-Ele disse autoritário.

Caminhei até ele,que girou a cadeira e me puxou,fazendo com que eu sentasse em seu colo.Eduardo então levou a mão até a minha nuca,e me deu um selinho molhado e profundo.

-Depois temos que conversar sobre a sua escola.-Ele disse ao terminar.

-Porque?-Perguntei surpreso,enquanto acariciava seu pescoço.

-Há alguns dias venho pensando que talvez seja bom pra você,fazer outras atividades durante o dia.Com a mente ocupada,menos chances de você se envolver em problemas.-Ele respondeu sério.

-Outras atividades?Tipo o quê?-Perguntei curioso,enquanto levava a minha mão até os seus lábios,e acariciava.

-Depois,veremos isso.Mais quero que seja algo que você goste de fazer!-Ele respondeu.

Uma batida delicada na porta,interrompeu o que eu ia falar.Tentei me levantar ao ouvir ele mandando que a pessoa entrasse,mais ele me segurou forte,fazendo com que eu continuasse sentado em seu colo.Helena entrou e fechou a porta atrás de si,vindo até uma cadeira em frente a mesa,onde se sentou.

-Desculpe interromper você e...eh...seu amigo,mais não me aguentei...Preciso saber se já tem notícias da Milena!-Ela disse enquanto apertava as mãos uma na outra,parecendo nervosa.

-A última vez que falei com Cristóvão,era quatro e meia da madrugada.Ele estava de saída para tentar algumas informações que conseguiu com amigos dela,mais até agora não entrou em contato,para dizer se a encontrou ou não.-Eduardo disse enquanto acariciava as minhas costas.

-Você acha que ainda podemos encontrar,a nossa irmã?-Helena perguntou,a preocupação estampada em seu rosto.

-A cada hora que se passa,fica mais difícil.O vagabundo que ela se envolveu,pode ter levado ela pra qualquer lugar.-Eduardo respondeu cansado.

-Isso não é sua culpa!Milena é uma menina tola,que se apaixonou e não percebeu que está sendo usada.-Helena disse.

-Meu dever era manter ela longe daquele marginal e dos vícios que ela arrumou...E eu falhei,Helena!-Eduardo disse,sua voz carregada de raiva e frustração.

Ela lhe lançou um olhar de carinho,e tentou falar algo,mais foi interrompida pela forte batida na porta.Me levantei e fui até a cadeira ao lado dela,onde me sentei.Eduardo mandou que entrasse,e se ajeitou na cadeira.

A porta se abriu e por ela passou um homem já velho.Seus cabelos eram loiros escuros,porém os fios brancos já dominavam a maior parte.Seus olhos azuis tinham uma tonalidade estranha e profunda,que dava a sensação de serem duas pedras de gelo de uma cor incomum.Seu rosto já aparentarava a idade,mais seu corpo ainda era firme e vigoroso.Atrás dele,entrou um rapaz de cabelos loiros brilhantes amarrados em um rabo de cavalo,usando óculos.De jeito bastante nervoso,ele ficou a um canto como se não quisesse chamar a atenção.

Eduardo e Helena ficaram de pé,com a cabeça baixa e as mãos entrelaçadas uma na outra.

-Senhor,meu pai!-Eles disseram juntos em uma só voz.

-Helena sente-se!...E Eduardo,já que você decidiu não comparecer a minha casa,resolvi vir até você.Vamos ter uma conversa sobre seus erros!-O homem disse,sua voz saindo fria e dura.

-Sim senhor!...Helena e Lúcio,saiam!-Eduardo disse autoritário

-Não,deixe os aí...Talvez a presença deles seja muito interessante.-O homem disse o encarando.

-Sim senhor!-Eduardo disse a contra gosto.

-Primeiro,venha até aqui e demonstre a obediência e respeito,que você tem pelo seu pai.-O homem disse em um tom de voz,que deixava claro que era uma ordem.

Eduardo nós lançou um olhar duro,e em seguida saiu de trás da mesa.Para minha completa surpresa,ele caminhou até o homem que o olhava com superioridade,e caiu de joelhos,encostando o rosto próximo ao chão.O homem nós observou e em um ato inesperado,deu um chute nele.Meu coração saltou dentro do peito,e eu não consegui tirar os olhos daquela cena.Eduardo não gemeu,e nem deu nenhuma demonstração que tivesse sentido dor,apenas ficou lá quieto,o que me preocupou bastante.

-Levante-se!-o homem ordenou com frieza.

Eduardo ficou de pé com dificuldade,pois ele era enorme e pesado.De cabeça baixa e em silêncio,ele ficou esperando que o homem se manifestasse.Ao virar meu olhar para o chão,vi alguns pingos de sangue.Meu peito se apertou e senti a preocupação me invadir,fazendo com que eu quase levantasse da cadeira,mais Helena colocou a mão em minha perna e sacudiu a cabeça levemente.

-Eduardo você,é meu filho preferido,o único que sempre achei que tinha capacidade para ser o chefe da minha família,quando eu me fosse.Você sabe que sempre fui bondoso com você,tanto que aceitei cada escolha que fez,até mesmo a última.-O homem disse lentamente.

-Sim meu senhor!-Eduardo disse submisso.

-Imagine como foi para o coração desse velho,ao saber o que o seu filho tão querido tinha se tornado...Vamos fale alto o que você se tornou,Eduardo.-O homem disse o encarando,sua voz saindo dura como o aço.

-Um viado!-Eduardo disse,sua voz saindo com dificuldade.

-Um viado imundo,sujo e miserável,não é?-Ele perguntou,com a expressão de quem estava começando a se divertir.

-Sim senhor!-Eduardo respondeu,se mantendo de cabeça baixa.

-Mais eu lhe aceitei,e deixei que trouxesse pra dentro da nossa família,aquele rapaz.Com a condição de que nunca demonstrasse fraqueza ou sentimentalismo bobo,o que é comum a esse tipinho de gente...E o que você fez,meu filho?-O homem perguntou parando em frente a ele.

-Eu desobedeci a ordem que o senhor me deu,para castigar a Milena...Não quis bater nela ou aplicar lhe um castigo mais severo,porque ela é só uma menina.Então preferi tranca-la,até decidir o que fazer.-Eduardo respondeu,sua voz trazendo uma dor que antes não estava ali.

O homem o observou por um minuto e sem que ninguém esperasse,acertou um soco em seu rosto,mais Eduardo não se mexeu,apenas se manteve quieto e de cabeça baixa,como um cachorrinho obediênte.

Me coloquei de pé,sem perceber direito o que estava fazendo.Meu sangue fervia nas veias e meu estômago se revirava de tanta raiva pelo que aquele homem fazia a ele.Raiva por Eduardo não se defender,e aguentar tudo daquela forma.

-Pare com isso!-Pedi,ao ver que o homem levantava o braço novamente.

E o homem então se virou e me encarou,seus olhos penetrando fundo dentro de mim.Sustentei seu olhar,e tentei parecer mais firme do que me sentia,pois estava um pouco assustado,pelo que tinha visto.

-Quem é o menino?-O homem perguntou sério.

-É o neto de dona Antônia,que ajudei alguns dias atrás,senhor!-Eduardo respondeu apreensivo.

-Outro de seus erros,meu filho.Um homem que carrega o meu nome,não deveria ir até uma delegacia defender um marginalzinho safado.-O homem disse,enquanto me analisava.

-Eu não sou um marginalzinho,e tenho nome...Me chamo Lúcio!-Disse cansado pela forma como vinha me tratando,por toda a manhã.

O homem me lançou um olhar de fúria,mais antes que ele pudesse fazer qualquer coisa,uma pancada forte na porta se fez ouvir.Dando a ordem para que entrassem,a porta se abriu e entrou um homem ds cabelos loiros claros,bem alto e sarado.Este eu reconheci,era o delegado.Depois que ele passou,um outro homem entrou,também de cabelos claros e olhos azuis claros,que achei um pouco parecido com Fred,mais não o conhecia de nenhum lugar.Os dois assumiram a mesma postura de Eduardo,cabeças baixas e mãos entrelaçadas.

-Heitor,eu espero que tenham trazido algum resultado,e não desculpas para a incompetência dos dois.-O homem disse,esquecendo de mim.

-Sim,senhor!...Nós encontramos a Milena,ela se encontra no hospital da cidade ao lado.-O homem que achei parecido com Fred,disse.

-O que aconteceu,Cristóvão?-O homem perguntou sem se abalar pela informação.

-Ela e o marginal com que andava,planejaram sair da cidade pela rodoviária,mais dois caras de moto abordaram o carro deles,antes que conseguissem chegar até o local,e efetuaram vários disparos.-O delegado disse,em tom monótono.

-Pai,nós temos que ir até lá,saber como ela está.-Helena disse enquanto ficava de pé.

-Não vamos a lugar algum,se insisti com essa menina,foi porque sua mãe não aceitaria que desistisse.Mais já lavei as mãos com ela,faz tempo.-O Homem disse com frieza.

-Mais pai,ela é sua filha!-Helena disse em desespero.

-Ouçam bem todos vocês,Milena decidiu me enfrentar e agora está com o marginal safado,com quem se envolveu,no hospital de uma outra cidade.Não sei qual é o estado dos dois,mais não é problema nosso.Fiz o possível para que uma moça que tinha tudo nas mãos como Milena,fosse motivo de meu orgulho,mais ela escolheu ser do meu desgosto.Então proíbo todos vocês de tentarem ajudar ou fazer alguma coisa por ela.Milena escolheu seu caminho,e teve as consequências,então que pague por elas.-O homem disse enquanto cruzava os braços nas costas,olhando de um por um.

-Não podemos fazer isso pai,ela é nossa irmã!-O delegado disse sem ter coragem de levantar a cabeça.

-Sabe Cristóvão,sempre me perguntei como conseguiu ser delegado dessa cidadezinha,já que é um incompetênte,que não serve como homem e nem como marido...Mais eu espero que você tenha cérebro suficiente,para entender que estou lhe dando uma ordem e espero que não me desobedeça,ou vai ser castigado!-O homem disse,suas palavras saindo carregadas de desprezo.

-Sim senhor,me perdoe por ter questionado.-Cristóvão disse nervoso.

O homem fez um sinal para o rapaz que tinha vindo com ele,e então saíram.Olhei pra cada um,sem entender como deixavam se dominar daquela forma.Como se permitiam,ser humilhados por aquele velho,se eles eram mais fortes e poderiam domina-lo facilmente.Não conseguia entender o porque de tanto obediência e submissão.Olhei pra Eduardo como se não o conhecesse mais.Ele sempre tão autoritário e cheio de si,tinha se permitido participar daquelas cenas vergonhosas.

Heitor caiu de joelhos no chão,chorando baixinho,gemendo como um animal ferido.Helena se levantou e foi até ele,o abraçando forte.Cristóvão se manteve de pé,mais seu rosto demonstrava a profunda dor que sentia.Eduardo caminhou de volta a sua cadeira,e se sentou com as costas virada para todos nós.

Sem saber o que fazer,fui até ele é me ajoelhei a sua frente,segurando suas mãos enormes e macias.Ele ergueu seu rosto para mim,seus olhos perdendo totalmente a frieza que ele tanto demonstrava,dando lugar a um profundo abismo de dor.No canto de sua boca,havia um filete de sangue que escorria,mostrando que ele havia sofrido.

Me senti mal por vê-lo daquele jeito,e meus olhos encheram d'água.Meu coração se partindo,ao ver tanta dor em seus olhos e desejei poder fazer alguma coisa pra ajuda-lo.

Continua...

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Olá,boa madrugada!

E o que seria a vida em sociedade se fossemos nós mesmos?Quantas pessoas por aí não vivem debaixo de uma máscara,temendo ser eles mesmos?Pessoas assim são dignas de penas,pois nunca conseguiram ser felizes.

GeoMateus além da doçura do tio que vimos no último capítulo,há os outros que moram próximo a avó de Lúcio.Todos eles fariam da vida dele um inferno,e ele pensa que apesar de tudo é melhor ficar com a mãe.

Atheno,Lúcio não faz um curso técnico porque ele não tem conhecimento de como e onde faz.Ele nunca conviveu com alguém que tivesse feito,para ter essas informações.

cellinho mudanças vão ocorrer apartir de agora,aos poucos Lúcio vai amadurecer.

Martines,ValterSó,Ru/Ruanito,Haryan e Morennaa um bom domingo a vocês primeiramente,e muito obrigado pelos comentários e notas.É bom ver que estão sempre acompanhando!

Até a próxima pessoal!

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Comentários

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Cara que ridículo isso de submissão, parece coisa se psicopata. Fazer assim com os filhos, isso não é ser pai é ser um monstro

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MUITO ESTRANHA ESSA FORÇA DE SUBMISSÃO DESSES FILHOS. ESSE PAI É POR ACASO O PODEROSO CHEFÃO? MAFIOSO? SOMENTE LÚCIO TEVE CORAGEM DE DESAFIÁ-LO.

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Quando li o título me lembrei do livro que inspirou a série SOTUS,vim aqui só pra ver se tinha algo a ver. KKKKKKKKKKKKKK

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Esse suposto irmão do Fred tem relaçao com a familia do Eduardo?! Será que nao foi ele que matou o Pai do Lúcio?? cada dia fica melhor!

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Essa foi demais, submissão e fraqueza de alguns personagens é irritante, mas quero ver onde isso irá dar e concordo plenamente com o Atheno. Os comentários dele em maioria são de grande importância!

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Pq o Lúcio não pede informações pra algum professor?

é sério isso? Parece o conto "adestrando betão ", Eduardo e toda essa corja, incluindo o Lúcio, são todos hipócritas. a torcida q tinha pelo Lúcio acabou assim q ele sentou no colo do Eduardo, o Lúcio não vai passar de uma bixa amante de um gay q banca o macho superior, mas é capacho de velho. pq não matam o pai, seriam tão simples. espero q o Lúcio morra, essa família do Eduardo tem envolvimento com a morte do pai do Lúcio e são parentes do fred? Fred e Eduardo, irmãos?

enfim, vc escreve bem. não gostei da forma q os personagens agem, cm tu disse todos usam máscaras. bora vê cm vai desenrolar a trama

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