Gelo no Coração ou Coração de Gelo? cap 18

Um conto erótico de Stardust
Categoria: Homossexual
Contém 1604 palavras
Data: 06/01/2017 00:19:53

Primeiramente um Feliz Ano Novo atrasado, sei que sumi um pouquinho, mas já estou aqui. Um beijo a todas que estão gostando, e pelos comentários poderemos fazer até uma competição kkk #TeamCristina, #TeamCharlote kkkk. Bora pro conto.

Continuando...

Ms. Charlote foi embora e se despediu de todos, Cris com cara de inocente, Digo rindo escondido e tendo uma taquicardia, gente o que foi isso?

- Amor você está bem? – Pergunta Cris.

- Tô bem sim. – Respondo eu tentando me controlar.

- Tem certeza, parece nervosa, está até suando.

- Deve ser o calor, estamos quase na primavera né? Vamos embora, hora do almoço, uhu. – Falei eu pensando que estava bem.

Como nesse dia eu iria trabalhar até mais tarde, por isso fiquei o horário do almoço todo com a Cris pra compensar, minha atenção que seria total estava mais para: Tô nos ares.

- Amor?

- Humm...

- Amor?

- Humm...

- PRISCILAAAA!

- Oi, o que foi?

- Agora você me escutou, onde estava?

- Desde que eu cheguei aqui não sai do lugar haha.

- Deixa de piadinha, você está muito distraída, algum problema?

- Distraída eu? Que nada, impressão sua.

- É por causa da sua professora?

- Claro que não, por que seria?

- Não sei, ansiedade talvez e felicidade.

- Nada a ver.

- Ela é muito bonita, sexy, charmosa, um tesão assim dizendo.

- Nossa Cris, falando desse jeito parece que pegar ela.

- Se não estivesse com você eu iria com certeza.

- Boa sorte com seu corpo, tem que ter muita energia pra aguentar.

- Pelo visto você sabe como é estar com ela na cama.

- Que conversa é essa Cris? Minha professora ali.

- Uma professora que te ensinou muitas coisas no passado, e que hoje tira seu foco.

- Não sei onde quer chegar com isso.

- Priscila, sabe que eu te amo, mas não minta pra mim, não terei problemas em lidar com isso. Vocês já tiveram um caso.

- Olha Cristina, quando parar a paranoia nos falamos, tchau. – Sai deixando o dinheiro e ela sozinha.

Sai de carro tão sem noção direito que quase bati ele duas vezes, cheguei no consultório estava sem cabeça para pensar ou atender, mas continuei ali fazendo meu trabalho, mesmo que mal. Ao anoitecer, o Digo perguntou se eu queria carona, por que minha cara estava péssima, eu até aceitaria, porém sou teimosa e não quis. Saí de carro e parei na praia, único lugar que consigo pensar direito, o que estava acontecendo? Não estava sendo lúcida, fiquei horas e horas ali, celular deixei dentro do carro pra ninguém incomodar. Depois ao ter um pouco de noção decido ir embora, porém sou interrompida por um trombadinha de faquinha, obviamente derrubei ele, mas eu não percebi que havia outro atrás de mim e levei uma facada no abdômen, levaram o dinheiro, a bolsa, por sorte a chave do carro estava escondida, no bolso. Não me sentia bem, perdia muito sangue, como eu morava perto, aguentei ir dirigindo até o prédio, seu Matias, porteiro me viu e me ajudou, até que percebo ele tentar chamar a ambulância.

- Não precisa. – Segurei o celular dele.

- Mas dona Priscila, você está sangrando muito, a senhora pode morrer.

- Eu preciso apenas que me leve pro meu apartamento e não contei isso a ninguém, eu sei me cuidar, não foi nada, apenas me leve para lá.

Seu Matias ficou preocupado comigo e perguntou se eu queria algo, porém eu não queria ajuda de ninguém, eu mesma daria os pontos.

Eu dando uma Dr. House, meio que me costurei, meu banheiro estava parecendo aquelas cenas de terror de tanto sangue. Ao me limpar e tratar daquilo, fui deitar e descansar, estava fraca, por isso nem fui trabalhar no outro dia, não dei satisfação se iria faltar, estava doendo, mas aquilo de certo modo estava bom, a dor aliviava meus pensamentos. Acordei no outro dia, 150 ligações, ambas do Digo, da Cris e da Ms. Charlote, hora de dar uma satisfação. Mandei um áudio pro Digo dizendo que não iria, por que tinha me machucado, depois conversaríamos melhor. Pra Cris eu liguei.

- Oi Cris, quantas ligações.

- Priscila! Onde estava? O que houve? Te ligo desde ontem, hoje você sumiu do consultório também.

- Calma Cris, tô bem, só me machuquei e por isso não fui trabalhar.

- Você está bem? Estou indo ai.

- Não Cris! Não precisa vir, não mate aula na faculdade, por favor.

- Quero cuidar do meu amor, não sei como está.

- Olha, estou bem, sério, não precisa vir, por favor não falte as suas aulas, me promete isso.

- Não sei se irei conseguir me concentrar sabendo que está machucada.

- Só saiba que não foi nada demais, vou desligar agora viu, preciso me alimentar.

- Tá certo, mas ainda irei ai depois, e não diga que não. Beijo amor, te amo muito.

- Beijo bonequinha, eu também.

Que droga, estou me isolando, estou confusa, insegura, pior do que bêbado sem cachaça ou flor sem cheiro. Meu sossego seria atrapalhado por uma certa professora que bate na minha porta e eu vou abrir, ainda bem que minha camisa preta ajuda a disfarçar os curativos.

- Olá Priscila, tem rejeitado as ligações de todos, vim saber de perto, por que qualquer desculpa esfarrapada sua não acreditaria.

- Bom dia pra você também Ms. Charlote.

- Então, a não ser que tenha visto um E.T., sua insegurança pelo visto tomou conta do seu estado, a questão agora é, por que... – Falava ela se sentando.

- É por que fiquei pensando no quão educada foi ontem com a Cris, achei que devia me preocupar. – Falei eu fechando a porta e caminhando bem devagar até o balcão da cozinha pra me esquivar.

- Não se preocupe, se você não contou, eu não iria, e mais, gostei dela, achei ela maravilhosa, não quero vê-la triste, de verdade, ela não merece. – Ela falava, enquanto eu estava suando um pouco frio e me contorcendo. – Você está bem Priscila?

- Sim, estou ótima. – Falava eu com uma voz irônica e meio dolorosa.

- O que está escondendo aí?

- Nada, quer um café?

- Priscila! – Eu tapava com a mão enquanto segurava uma xícara com a outra.

- O que foi? Açúcar?

- Minha nossa, você está sangrando, precisamos ir ao hospital agora.

- Nada de hospital. Esses pontos foram rompidos, minha caixa de primeiros socorros estão no banheiro, eu cuido disso.

- Isso ai está infeccionado, tá maluca é? Te levarei agora.

Chegamos no hospital, fui tratada, e já iria embora, estranha aquela sensação de alívio, por que não conseguimos tê-las com os problemas da vida?

Ms. Charlote foi me encarando o caminho todo pra casa e eu nem falava, até que chegarmos no hotel onde ela estava.

- O que fazemos aqui Charlô? Me leva pra casa.

- Priscila se acalme, não vou te estuprar nem nada, te trouxe pra cá, pois sei bem que você precisa conversar com alguém diferente.

- É interessante ver como me conhece bem.

Subimos pra sua suíte e ela me deu umas toalhas e um roupão.

- Consegue tomar banho sozinha né? – Perguntou ela.

- Claro que sim!

- Ainda bem, a última vez que dei banho em alguém foi na minha filha.

Tomei banho e fui me sentar no sofá, até ela me trazer uma bandeja.

- Não estou com fome. – Falo eu.

- Você tem comer, está fraca.

- Se eu não quiser, fará o que?

- Ligar pra Cristina e fazer ela vir aqui te dar na boquinha.

- Ganhou... Falo eu ironicamente.

- Olhe a ironia, humm.

Quando acabei de comer ela me ajudou a deitar na cama.

- Olha desculpa, mas irá dormir onde? Aqui é sua cama. – Falo eu me sentindo um incômodo.

- Eu ainda dormirei aqui tá?

- Olha isso não pode acontecer e...

- Priscila para de achar que eu quero transar com você, não é a única pessoa do mundo que sobrou ou pior, acha que eu sempre vou te escolher. Não existe mais SEXO entre a gente, nunca mais, bote isso na sua cabeça. – Ms. Charlote falava exaltada, mas com um olhar de quem sentia algo a mais e não iria admitir.

- Desculpa...

- Vamos conversar.

- Já sei até o que.

- Sei que sabe, mas precisava tentar suicídio?

- Não tentei me matar, fui assaltada ontem, ainda bem que os documentos tinha esquecido no consultório.

- Você devia agradecer por estar viva, e não por papéis que podem ser resolvidos depois.

- Certo. Continue, não estou sendo irônica.

- É os seus sentimentos pela Cris né?

- Sim.

- Seu medo é isso mesmo? Medo de perder ou medo de amar e não admitir mais.

- Como não admitir? Eu já fiz isso, me declarei e tudo.

- Se declarar todo mundo faz, mas nem todas são completas ou verdadeiras, as vezes precisam serem ousadas a ponto de gritar em público ou se arriscar, se entregar por inteiro.

- Eu amo ela.

- Sei que ama, mas sua insegurança vai acabar esse romance, e ela vai sofrer enquanto você não se sentir firme, lute por esse sentimento, faça a escolha certa, não a deixe sofrer, ela tem que ser feliz.

- Eu não sei o que é isso. – Me entreguei ao choro, esse medo estava acabando comigo.

- Shhh, se acalme, por favor. – Ela me abraçava e deitou minha cabeça no seu colo enquanto fazia carinho. E dormi.

“Eu não sabia o que pensar direito ou como agir no momento, Ms. Charlote me passava segurança e conselhos, me sentia bem com ela, sempre me entendeu, o que farei com o amor que sinto pela Cris, enquanto esse medo me consumir, não posso fazê-la sofrer, se eu a amo não posso fazer isso. ”

CONTINUAAA...

Espero que esse capítulo possa matar a saudade e agora vai ter enquete, enquanto no cinema temos Guerra CÍvil, aqui teremos Guerra de Gelo kkkkk. (Entenderam a referência?) Haha, se der certo o resultado sai pelo skype, coloquem as hastags #TeamCristina ou #TeamCharlote. 😘

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Comentários

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Essa enquete está rendendo kkkk, quero ver chegar a 20 comentários

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