O Hétero proibido. XIII ( Ultimos episódios 1-2)

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1947 palavras
Data: 30/01/2017 23:10:01
Última revisão: 30/01/2017 23:34:48

Perguntei pelo time, e Beto não me respondeu nada. Continuei o seguindo até chegarmos a última sala do corredor. O local estava bastante escuro, iluminado apenas pela luz da lua. Beto sacou um molho de chaves do bolso, e abriu a porta.

- vai me mostrar que merece fazer parte do time? - disse ele trancando a porta com apenas nós dois dentro.

Beto acendeu a lampada, e eu notei que ali funcionava um escritório. Tinha uma mesa grande no canto, duas menores mais ao fundo, um armário com vários troféus e mais retratos de jogadores.

- fala aí o que eu preciso fazer. - disse firme.

- você não entrou no time oficial, mas pode fazer parte do time b.

- time b? pode ser cara, tem problema não. Como funciona esse time b? - perguntei animado.

- o time b da suporte ao time oficial. Caso algum atleta do time oficial fique impedido de continuar por algum motivo, aí entra alguém do time b.

- quer dizer então que eu só entro no time oficial se sair alguém?

- exato.

- mas o que eu faria necessariamente nesse time b?

- já disse po. Iria dar suporte para o time oficial.

- isso eu entendi, mas que tipo de suporte é esse?

- ah você irá ajudar nos treinos, organizar o material, os coletes, colocar e retirar a rede nas traves, apanhar as bolas quando forem arremessadas para longas distância, procurar sempre abastecer as garrafas com água, ajudar quando alguém do time oficial se machucar ou sofrer alguma lesão...

- porra cara, mas isso aí é serviço de ''badeco''.

- aqui chama-se time b. Vai querer ou não vai?

- mas tem alguma chance de eu chegar no time oficial? O treinador vai ter oportunidade de observar meu desempenho?

- tudo é possível. - disse ele fazendo pouco caso.

Beto estava sentado a mesa maior, e eu havia sentado no sofá. Aquela parada de time b não chamou minha atenção, mas eu queria chegar ao time oficial, e eu ia conseguir.

- beleza. Eu aceito.

- tem certeza? Não queremos nenhum ''arregão'' no nosso time.

- eu não sou ''arregão'' velho, e eu vou mostrar pra você. - falei ficando de pé.

- vai aonde? - perguntou Beto.

- pra casa.

- pensa que já acabou bicho?

- de que tu me chamou? - falei voltando ao seu encontro.

- bicho é como chamamos os atletas do time b.

Aquilo me subiu, mas eu mantive a calma.

- e ainda não acabou?

- agora que começou.

Beto fez algumas anotações em um papel e me entregou.

- o que é isso? - perguntei lendo o que ele havia escrito.

- esse é o material que vamos precisar para o treino de amanhã. Quero que você vá até o depósito e separe todos eles.

- tá, mas pode ser amanhã né!?

- todo material tem que ser separado um dia antes dos treinos.

Respirei profundamente.

- quer desistir? - Beto tinha um sorriso que eu não conseguia definir.

- só me diz onde é o deposito.

Beto levantou-se e saiu de trás da grande mesa, em seguida me levou a uma sala que ficava escondida debaixo das arquibancadas.

- pronto. Tenta agilizar que eu tenho que ir ali. - disse isso, e tentou retornar ao escritório, mas eu o abordei.

- onde liga as lampadas dessa sala?

- ah, esqueci de falar que estamos sem lâmpadas no depósito.

Aquilo só podia ser brincadeira. Será que aquele era o verdadeiro Beto?

Entrei na sala, e senti logo o cheiro de móveis empoeirados; Liguei a lanterna do meu celular e saí a procura da porra do material.

Depois de várias tentativas, e de inúmeras vezes que tive que sair daquela sala para respirar, enfim eu havia terminado.

Entrei no escritório e comuniquei ao Beto que eu já havia terminado.

- hey, hey. Volta, volta, vola. - disse ele sentado com uma tv ligada, controle na mão, e as pernas jogadas por cima da mesa.

- é o que? - perguntei confuso com sua grosseria.

- mandei você voltar. Os bichos não podem sair entrando nessa sala sem antes bater e pedir licença.

- isso é serio?

- você acha que estou brincando?

Conforme solicitado, saí, retornei pedindo licença e informei ao Beto que o material estava todo separado.

- tranquilo, coloca tudo aqui dentro.

- e você?

- to planejando o treino de amanhã.

Depois de colocar todo o material no escritório eu fui liberado.

No carro eu pensava se aquilo tudo valeria a pena. Será que era tão importante eu entrar no time oficial, e provar que eles haviam sido injustos em não me escolherem?

Ao chegar em casa, Danilo estava deitado no sofá da sala assistindo um filme.

- Arri égua primo. Você foi pro paintball e não me chamou?

- rali dos sertões. Conhece? - falei com um pouco de raiva.

Danilo sorriu.

- que tu ta assistindo?

- os infratores. - disse ele ainda deitado.

- vou só tomar um banho e venho assistir contigo.

- beleza. Vou fazer uma pipoca.

- ta fogo!

A água nunca foi tão importante em minha vida. Enquanto eu lavava meu corpo, percebi o quanto eu estava sujo. Olhei para o chão do banheiro e vi redemoinhinhos de poeira se formando e descendo pelo ralo.

Aquela noite eu estava tão cansado, que não tive dificuldades em dormir.

Na manhã seguinte, enquanto íamos para a faculdade, eu contei toda a historia do tal time ''b'' para o Danilo.

- você acha que compensa se sujeitar a isso para entrar nesse time? - perguntou Danilo no volante.

- eu não sei primo.

- você não precisa mostrar a ninguém o seu talento no futebol. Eu acho que você deve investir no que realmente é importante pra você.

- de certa forma isso é importante para mim sabe? Eu não suporto injustiças, e o que fizeram comigo foi uma injustiça. O Beto usou o poder de capitão, e de alguma forma ele convenceu o treinador de não me escolher.

- quer um conselho primo?

- fala.

- não entra no jogo desse cara não. Ele só ta querendo se vingar pelas coisas que você disse que falou na festa.

- eu também penso isso, e acho que quando cair a ficha, e ele perceber o mal que ta fazendo ele vai voltar atrás.

- só espero que você não saia machucado no final disso tudo.

Apenas olhei para Danilo e fiquei pensativo.

Após o café, cada um foi para sua respectiva sala.

- e aí. - disse Lucas. - senta aqui. - puxou uma cadeira ao seu lado.

- e aí cara. - o cumprimentei.

- o professor deixou uma apostila lá na xeróx pra gente copiar e fazer um trabalho.

- vish mano. Mais grana é?

- a facada mesmo vem agora.

- manda. - falei tirando meu material de dentro da mochila.

Devido a aula esta rolando, nós falamos baixo de modo que não atrapalharíamos.

- ele quer que a gente monte um projeto pra semana que vem. Esse sim vai gastar toda nossa economia.

- puta merda. Que professor fuleiro.

- pois é. E por que tu num veio ontem?

- eu fiquei mamado naquela tua festa. Lembro nem como cheguei em casa. Acordei já era uma hora da tarde, aí não deu tempo de vir pra aula.

- também fiquei malzão. Consegui pegar só o segundo tempo.

- festa durante a semana não da certo.

- não mesmo. Próxima vai ser numa sexta feira, e vamos até o domingo.

Eu ri.

Assim que terminou a aula, eu almocei com o Lucas, Danilo e Victor, e depois segui para o campo de futebol.

Lá chegando já tinha uma galera, e logo eu me entrosei com eles. Quando o técnico chegou, ele fez um discurso de boas vindas, e blá, blá, blá... Eu queria mesmo era começar a meter o pé na bola.

Após toda a ladainha, fomos convidados a fazer uma grande roda no centro do gramado. Dessa vez foi o capitão Beto que ficou com as palavras.

Terminando os discursos um outro veterano do time tomou a vez e começou a fazer um alongamento. O correto é que nós deveriamos acompanha-lo, mas Beto me chamou num canto reservado.

- né pra você ta participando do alongamento não. - disse ele seriamente.

Beto usava um óculos escuro estilo aviador.

- e por que não?

- esqueceu que você é bicho? Vai la no escritório e traz aquele material que você separou ontem pra cá.

Várias palavras bonitas vieram na ponta da língua, mas eu consegui trancar a boca e evitei uma confusão naquele momento.

- ok! - Falei desapontado.

- hey. - disse ele antes que eu sumisse de sua vista.

- fala.

- arruma essa cara pô. Você ta a um passo de entrar no time oficial.

- beleza. - falei. Mas nada de sorriso. Eu não estava feliz com aquela situação.

Fui até o escritório e bati na porta.

- pois não. - disse o treinador sentando à mesa.

- da licença treinador. Vim pegar o material pro treino.

- certo filho. Pode ficar a vontade.

Certamente, o treinador parecia ser mais simpático que o Beto. Pelo menos foi a impressão que ele deixou.

Depois de várias voltas, finalmente, consegui levar todo o material ao campo.

De longe eu via o Beto dando estimulo para o time.

- quero gás. Para não. - dizia ele.

Outra coisa que observei é que o Beto e outros veteranos ficaram responsáveis pelos treinos. Não sei se todo dia seria assim. Pra mim, o interessante é que o treinador pudesse me observar.

Depois do aquecimento os jogadores fizeram vários exercícios pré jogo. Na hora do coletivo, termo usado durante os treinos que refere-se ao jogo na prática, o Beto escalou dois times - de um lado o titular, e do outro os reservas- ele, é claro, ficou no titular.

As únicas vezes que eu peguei na bola, foram quando a mesma foi pra lugares distantes.

Enfim, aquela tarde chegou ao fim. Enquanto eu recolhia o material, os outros jogadores tomavam banho no vestiário, outros ião direto para suas casas.

Peguei meu celular pra pedir carona para o Danilo, mas, antes vi que tinha uma mensagem de um cara muito importante pra mim.

***

- fazendo o que de bom? - dizia Fernando na mensagem.

- tava aqui num treino bosta. - respondi.

- bosta por que pô?

- ah velho, nem deixaram eu jogar. O capitão acha que eu não sou bom o suficiente pra fazer parte do time oficial.

- se duvidar, tu joga mais bola que esse capitão zé ruela. (risos).

- acho que daria uma boa disputa. rs

- kkk. Esse treino ainda ta rolando?

- acabou agorinha.

- vai fazer o que agora?

- vou tomar um banho aqui no vestiário e ir pra casa.

- tem problema se tu for em um lugar comigo?

- tem não mano. Que lugar seria?

- casa de um amigo.

- poder ser. Só que to a pé.

- tem rolo não. Eu posso te buscar.

- beleza.

- enquanto tempo tu toma banho?

- meia hora no máximo.

- tu ta onde?

- na faculdade.

- suave. Vou ligar o carro, e em meia hora eu to aí.

- beleza.

***

Coloquei o celular na mochila e caminhei ate o vestiário. As luzes estavam acesas, e havia um chuveiro ligado. Tirei minha roupa e fiquei apenas de cueca.

Quando cheguei na área dos chuveiros, vi o Beto sentado, apenas com uma toalha enrolada ao corpo.

- demorou hen!? - disse ele.

- tu não disse pra eu guardar todo o material?

- mas levou esse tempo todinho?

- e é porque eu fui no duzentos e vinte. - falei sendo irônico.

- chega mais perto. - Beto fazia uma cara de dor.

- fala aí. - disse caminhando ao seu encontro.

- faz uma massagem aqui na minha coxa.

Beto tinha um spray em suas mãos.

- Não! - falei seco.

- como não!? - ele estranhou a minha recusa.

- você tem sido muito sacana comigo. Eu não vou ficar te fazendo favores.

Beto riu.

- quem ta falando em favor aqui brother? Essa é uma das funções de quem faz parte do time b.

Eu não acreditei que aquele cara tava fazendo aquilo.

- vai fazer a massagem na minha coxa, ou vai pula fora do time?

Beto parecia tão confiante que tirou a toalha, e ficou completamente nu.

Continua...

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Comentários

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Manda esse Beto se ferrar e nunca mais olhe pra cara dele... O pior vai ser quando o Fernando chegar e ver a cena!

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Vei... Não sei o que pensar... Sério mesmo o Beto irritante , Gustavo lingua de trapo ou fernando safadao ... Quero ver isso como vai ficar

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Concordo, ele deve estar testando ele talvez sobre os boatos.

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O Beto está tirando onda com a sua cara....

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Adorei o capítulo! Beto tá sendo muito idiota em tratar Gabriel dessa maneira!

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Manda esse Betao do C*Ir tomar banho..Fala sério.Eapero q ele nao se sujeite a isso..

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REALMENTE BETO TÁ USANDO DO PODER DELE. ISSO É BULLYING.

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manda o beto para puta que pariu e o denunciava já.

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Nossa! O mundo dá voltas. E eu que pensava que este Beto fosse um cara legal! 😲😲😲

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