A história impossível de nós dois. (Capítulo 3)

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 1396 palavras
Data: 26/12/2016 23:58:51

Continuando...

Os policiais nos revistaram e tiraram da cintura do André,uma arma que estava lá.Em seguida pegaram a mochila que ainda tava no chão,e abrirão,despejando todo o seu conteúdo no tapete.De dentro rolaram mais uma caixa e dois pacotes,que eles abriram,jogando todo o conteúdo a um canto.

O homem moreno que havia aberto a porta,se aproximou e fez algumas perguntas,que só respondemos com não sei e talvez.Na última,como eu já tava cansado e dolorido,respondi com ignorância.E então ele me acertou um soco no estômago,que me fez cair de joelhos no chão,gemendo.

Um outro cara então me levantou e me empurrou porta afora até o elevador.Descemos e saímos na recepção,com empurrões e chutes,eles nós levaram até uma viatura que estava estacionada ali na frente,com mais policiais dentro.

Sem dó nenhuma,abrirão a porta do camburão e nos empurraram de qualquer jeito pra dentro,fechando com força depois que conseguiram.Apertado e quente,a gente teve dificuldades para se acomodar ali,mais acabamos encontrando uma posição mais confortável.

-Por isso não tenho pena quando neguinho estoura gambé...Eles também num tem pena da gente.-André reclamou após um gemido.

-Cala essa boca!-Disse me sentindo zonzo.

-Aí parceirinho...me desculpa.-André disse após um minuto em silêncio.

-Porque?-perguntei enquanto tentava olhar pra ele.

-Se eu num tivesse trazido tu...Agora eu ia pra gaiola sozinho,e tu ia tá de boa.-Ele disse com um tom triste.

-Eu vim porque quis,você não me obrigou a nada.Relaxa tá?-Perguntei em voz baixa.

-Tá parcerinho!-Ele respondeu distânte.

Senti a viatura se mexer,e percebi que estavamos em movimento.André continuou em silêncio e então tive tempo para pensar no que me esperava.Eu já tinha sido preso uma vez e sabia que minha situação não era boa,afinal dessa vez eu tinha sido pego em flagrante e não era mais réu primário.

A viatura parou com um tranco e a gente foi jogado de um lado pra o outro.Eles abrirão a porta e como se estivessem puxando animais,nós puxou e eu cai de cara no chão,um deles fez eu me levantar e ficar de pé,e então entramos na delegacia,deixando a gente sentado na recepção.

Depois de um tempo,vinheram e com mais empurrões nos levaram pelo corredor,fazendo a gente passar por um portão.Lá,nós guiaram até o final e abriram uma cela,nós empurrando pra dentro,fecharam e retiraram nossas algemas.

A cela era do tamanho de um cômodo pequeno,e dentro havia em torno de vinte homens.O calor insuportável e o cheiro de suor,me deram enjôo.André me pegou pelo braço e me levou até o fundo,onde nos encostamos a um canto juntos,sob o olhar de todos ali.André se encostou mais e aos sussuros,iniciamos uma conversa que nos levou a uma pequena discussão.

A noite foi a mais longa de nossas vidas,com cochilos curtos,não descansamos direito e amanhecemos no outro dia,todo quebrado.Um polícial veio até a grade e me chamou.Me levantei e caminhei até lá,onde ele me pôs as algemas.E então ele abriu a cela,e eu sai.O policial me levou até uma sala e me fez entrar.Nela havia um homem de cabelos loiros claros e branco sentado à frente de uma mesa,o delegado.Uma mulher que deveria ser a escrivã e um gordo de terno,que sentei ao lado dele.

-O menor Lúcio Monteiro foi detido na noite de segunda feira,por tráfico e receptação de entorpecentes,sendo apreendido em flagrante.O menor em questão,também possui uma passagem pela polícia por fraude e porte ilegal de arma.-O delegado disse automaticamente.

Ele então se levantou e começou a fazer várias perguntas,que eu respondia tentando não mostrar o nervoso que estava sentindo.Algumas das perguntas eram interrompidas pelo homem do meu lado,e eu percebi que isso deixava o delegado nervoso.

-Então você afirma que foi convidado em sua casa para fazer uma entrega,mais desconhecia o conteúdo desta?-O gordo perguntou me encarando,quando o delegado fez a última pergunta.

-Sim senhor!-respondi tentando manter o olhar dele.

-Não tinha conhecimento que o preso de nome André,fazia entregas de drogas?-Ele perguntou ainda me encarando.

-Não senhor...Eu achei que ele tava trabalhando em algum comércio ali da rua,e ia fazer um serviço pra o patrão.-Menti na cara de pau.

-Bem Cristóvão,vamos ouvir o outro rapaz,e se o depoimento dele confirmar o que foi dito aqui,acho que o Lúcio é inocente,e foi usado em sua ignorância.-O gordo disse com um sorriso.

-E pensar que o estado te paga pra defender bandido.-O delegado resmungou.

-Não,o estado me pagar para evitar que inocentes vá para a cadeia.-Ele disse

-Se esse muleque for inocente,cachorro agora vai nascer com asas.-O delegado disse com sarcasmo.

-Então a ciência agora vai ganhar um novo animal para se estudar.-O gordo disse sem olhar pra ele.

-Que tragam o outro deliquente logo.-o delegado disse enquanto voltava a se sentar em sua propia mesa.

-Você e seus irmãos tem um problema grave,Cristóvão!...Vocês acham que quem erra,não pode mudar.-O gordo disse agora em tom sério.

-Uma vez marginal,sempre marginal.-Ele disse irritado.

O gordo se calou e então me ajudou a levantar,me levando até a porta.O policial me deu um empurrão e saímos.

Meu pensamento foi até minha avó.Da última vez que fui preso,ela é quem tinha feito tudo para me ajudar.Ela até tinha me chamado pra morar com ela,mais como meus tios não gostavam nem de mim e nem da minha mãe,eu não tinha aceitado,mais tinha prometido que me comportaria,que voltaria pra escola e me esforçaria.Meu coração pareceu pesar uma tonelada,e eu me senti mal por ter quebrado a promessa.

O policial me empurrou pra dentro da cela e tirou as minhas algemas,as pondo em André e o levando com ele.Respirei fundo e caminhei até o banheiro aonde me aliviei,joguei uma água no rosto e bebi um pouco.Voltei as grades e esperei,demorou um bocado,mais o policial trouxe André de volta e ele se encostou junto de mim.

-Falo as coisas pro doutor do jeito que te mandei?-Ele perguntou em um sussurro.

-Falei!-respondi no mesmo tom,sem vontade de continuar a conversa.

Um barulho no fundo do corredor chamou minha atenção,e quando olhei,não acreditei no que via.Uma mulher idosa de cabelos pretos já ficando brancos,vinha caminhando lentamente.Meu coração se revirou no peito,ao notar que ele chorava.Uma angústia e uma dor me rasgando por dentro,fazendo meus olhos encherem d'agua.

-Meu Deus!...Não,não pode ser...Meu neto,porque?...Ah,meu deus!-Ela disse em desespero,não acreditando em me ver ali de trás das grades.

-Vó por favor se acalma.-pedi me sentindo cada vez pior.

-Lúcio quantas noites eu não rezei pra você tomar juízo menino...E olha onde você tá de novo?-Ela falou com um tom que me partiu por dentro,as lágrimas lavando seu rosto.

-Me perdoa vó!-Pedi desejando toca-la.

Minha avó levou a mão ao peito e me encarou com desgosto.Parecia que ela ia falar algo,mas seu rosto ficou vermelho e e ela se encostou a parede.

-SOCORRO...ALGUÉM AJUDE...POR FAVOR,SOCORRO.-Gritei desesperado notando que algo tava errado.

Guardas entraram correndo e a seguraram na hora que ela desmaiou,a levando dali.Meu desespero era tão grande que eu chorava sacudindo as grades com força,desejando sair dali e cuidar dela.

Aquele delegado de merda deveria te procurado minha mãe e não avisado ela.Eu daria tudo pra ter evitado de ela ter me visto ali,mais agora era tarde.E o pior é que se ela morresse,eu nunca me perdoaria.Nunca!

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Olá boa noite quase bom dia!

Obrigado Martines espero que goste deste capítulo.

Ru/Ruanito é um ditado certo esse.

Atheno o da cicatriz vai aparecer,mas ele não é delegado nem policial.Mais é alguém importante.

Obrigado GeoMateus.

Obrigado a todos que lerão,espero que gostem.

Até a próxima!

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Comentários

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Excelente esse capítulo!

Sinceramente, eu estava pensando que a avó já estava morta. Fiquei surpreso com o aparecimento dela!

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Errou, agora é aprender e tentar mudar.

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Sim infelizmente e se a velha morrer que o personagem sofra.

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NOSSA, MUITOS ERROS DE ESCRITA. TÁ MUITO RUIM ISSO.

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SEM ESSA DE ARREPENDIMENTO. SE REALMENTE TIVESSE PENSADO NA SUA AVÓ NÃO TERIA FEITO DE NOVO ALGO RUIM. MAS A VIDA T ENSINA. VAI CARREGAR SEMPRE ISSO NA CONSCIÊNCIA.

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Tá muito bom, a história está entrando numa fase gostosa de se ler, você tem um grande futuro na casa!

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