O Gato Do Meu Chefe. Cap. 8

Um conto erótico de H. R. Jackson
Categoria: Homossexual
Contém 2660 palavras
Data: 17/12/2016 09:43:00

Cap.8 Ele É Uma Boa Pessoa.

Aeeeeeeeee pessoal, voltei com mais um Capítulo novinho, aperta na estrelinha pra fortalecer a amizade. E comente o que acharam.

Agora chega de enrolação e vamos para o nosso casal 20. Bjs, bjs.

Nunca pensei que poderia chegar tão rápido ao hospital. Maurício acelerou o carro o máximo que podia. Não pensou duas vezes ao furar sinais fechados, e até quase batemos em outro carro. Mas eu não me preocupei, apenas queria saber o que aconteceu.

- Porquê não me contou o que sua mãe está doente?- ele fala enquanto estaciona o carro.

- Você não perguntou.

- Não, mas poderia ter me falado.- ele me olha.

Saio do carro e ele sai em seguida. Caminhamos lado à lado rumo a entrada.

- Maurício sem questionamentos por favor.- digo em tom de suplica.

- Do que me chamou?.

- Me desculpe Sr. Miller, eu não queria...- ele me interrompe.

- Do quê me chamou?

- Maurício. Te chamei de Maurício.

Ele abre o sorriso mais lindo que já vi. Não entendo o porquê.

- Chega de me chamar de Sr. Miller. Me chame de Maurício.

- Tá bom, como quiser.

Chegamos a recepção e nos identificamos, uma secretária nos leva até a sala do Dr. Carlos. Ao entrarmos me deparo com um Dr. Carlos calmo e sorridente. Pela primeira vez passo a reparar nos seu detalhes. Olhos cor de mel, boca fina e rosada, cabelos lisos e claros, Seu corpo parece ser moldado em academia, não tão forte como Maurício, mas tão sexy quanto. Diria que Dr. Carlos tem por volta de 30 anos. Um homem e tanto.

- Sentem-se.- ele diz encarando Maurício.

Nos sentamos, e eles ficam se encarando. Eu pareço estar sobrando aqui nesse consultório. Alguma coisa há de errado entre esses dois. Mais isso não vem ao caso.

- Bom doutor, o que tem de tão importante para me dizer?- pergunto cortando um pouco do clima sobre a sala.

- É sobre sua mãe Arthur.- Agora ele passa a me olhar sério.

Se faz um silêncio gritante no consultório. Tenho medo de que ele prossiga e me conte algo que jamais pudesse esperar.

- Arthur, anime-se.

- Não estou entendendo. Me explique doutor?

-Bom pra começar quero dizer que a medicação que sua mãe estava tomando não estava mais surtindo efeito, então decidimos introduzi-lá em novo tratamento.

- Mas quem deu autorização para isso?- pergunto.

- Ela mesma, mas bem deixe-me continuar. Introduzimos uma medicação mais pesada, e os efeitos foram quase que imediato.

Efeitos, que tipo de efeitos. Não posso imaginar que possa ter ocorrido algo de ruim com minha mãe. Não com ela, que batalhou para me criar desde quando nasci.

- Que tipo de efeitos.- Maurício faz a pergunta que não tive coragem de fazer.

- Sua mãe está se recuperando Arthur, em breve ela poderá voltar pra casa.- ele sorri.

- Você só pode estar brincando? Desde quando isso vem acontecendo? E se ela não aguentar essa nova droga? E se...- ele me interrompe.

- Esse é o problema, sua mãe aceitou entrar no grupo de teste.- ele abaixa a cabeça.- Os testes começaram a ser feitos há dois meses, e hoje ele entra em uma nova fase.

- Fase?- pergunto sem entender mais nada.

Ele faz uma pausa e logo continua.

- A partir de amanhã os pacientes do grupo de teste passarão a ficar em quarentena, por 5 meses e não poderão receber visitas. Eu sinto muito, você pode não entender agora e eu sei que vai ser difícil ficar longe dela mas, ela fez isso por você Arthur. Ela está lutando por você.

- Vocês poderiam ter me contado, eu sei que vai ser difícil, mais se minha mãe escolheu isso eu tenho certeza que ela fez o melhor.- digo isso, mas por dentro estou com medo, muito medo.- Quais são os riscos Doutor.

- Bom o risco maior é a morte, até agora de todos os pacientes que entraram no grupo de teste estão com vida. Mas essa nova fase será mais difícil, estávamos injetando apenas metade da dose diária do mediamento, para o corpo ir se acostumando. Mas pode acontecer de que alguns corpos não reajam como o esperado.

- Entendo. Quando posso me despedir dela Doutor.

- Agora mesmo se quiser.

- Ótimo.

Ele retira seu telefone do gancho e disca um numero qualquer.

- Marta, venha a meu escritório. Urgente.- E ele desliga. Até se parece com alguém que eu conheço.

Maurício permanece ao meu lado, quieto e imóvel. Ele está tenso, e eu percebo isso quando vejo seus punhos fechados encima de sua perna. Coloco minha mão esquerda em sua direita, numa tentativa falha de acalma-lo.

Uma senhora de meia idade adentra o consultório, ela está toda de branco.

- Marta, quero que leve Arthur até o quarto em que Dona Anelise, ele tem 15 minutos para se despedir. - ele me olha.- Sinto muito, mais não podemos mais esperar.

- Tudo bem.- respondo.

Levanto da cadeira mas Maurício permanece imóvel fitando o doutor. Depois de poucos segundo ele também levanta e nós seguimos a mulher em direção aos corredores. Paramos em frente a uma porta branca igual as demais do corredor.

- Vocês tem 15 minutos.- ela coloca uma mão sobre meu ombro.- Ela vai resistir querido, ela é forte.

Sorrio em retribuição. Logo adentramos o quarto em que ela está. Fico surpreso ao vê-la acordada. Ela me olha e sorri. Maurício fica um pouco mais afastado.

- Mãe. tudo bem com a senhora?

- Me desculpa filho? Eu não queria te magoar, você sabe o que pode acontecer?

- Sim mãe eu sei. Mas a senhora vai conseguir. Faça isso por mim mamãe.

- Sim meu filho. Tudo o que eu faço é por você.- dou um beijo em sua testa.- eu te amo filho.

- Te amo o dobro mamãe.

-E esse homem bonito? Quem é?

- Ele é...

- Sou Maurício Miller, chefe do seu filho dono Anelise. Prazer em conhece-la.- ele se aproxima e segura a mão de minha mãe de leve.

- Prazer Sr. Miller, fico agradecida por contratar meu filho.

- Não se preocupe, cuidarei de seu filho enquanto estiver sobre tratamento. Tem a minha palavra.

O quê? Esse mau caráter está tentando comprar minha mãe com sua palavra.

- Obrigada nem sei como agradecer por se preocupar com meu filho.

Olho para Maurício e o vejo sorrir com o canto direito da boca. A enfermeira entra no quarto e nos olha séria.

- O tempo acabou.

Volto o olhar para minha mãe e lhe dou um abraço demorado e um beijo sua testa. Maurício faz o mesmo. E, droga o que ele está fazendo?

- Até mais meu filho, e juízo hein.

- Pode deixar mãe, eu me cuido.- Dou um último beijo em minha mãe.

Saímos dali, e tento me manter forte pelo maior tempo possível, e somente quando chegamos ao lado do carro no estacionamento é que desabo de joelhos no chão. Lágrimas banham meu rosto.

Não percebo de imediato, mas Maurício me envolve em seus braços e fica ali comigo. Me afundo em seu pescoço e ali choro mais do que devia.

Eu poderia afasta-lo, mas acontece que eu precisava daquilo, eu precisava de um ombro para chorar de alguém que me abraça-se e não questiona-se nada. Apenas fica-se ali. E Maurício estava sendo essa pessoa. Ele estava ali.

- Calma Arthur, sua mãe vai ficar bem.- ele diz tentando me confortar.

- Como vou ter calma se a única pessoa que importa na minha vida corre risco de morte? Como vou ter calma Maurício, se não vou poder ver ela pelos próximos 5 meses?- enquanto falo mais lágrimas caem de meus olhos e banham o terno caro do meu chefe.

- Não pense o pior Arthur, pense positivo. Pensar coisas ruins só vai atrair coisas ruins.

- A lei da atração não é mesmo?- pergunto.

- Sim. Só pense o melhor e atraia o melhor.

- Tudo bem.- digo tirando o rosto de seu pescoço.- Você me leva em casa? Não estou querendo abusar da sua vontade mas é que não to em condições de ir de ônibus.

- É claro que levo. Eu prometi que cuidaria de você, lembra?- mas é claro já tinha me esquecido disso.- Vem vamos, já estamos a bastante tempo abaixado nesse estacionamento.

Me levanto e ele fica ao meu lado, passa seu braço direito pela minha cintura e assim caminhamos até o carro. Quando chegamos ele abre a porta para mim, eu entro e em seguida ele contorna o carro abre a porta do motorista e se senta.

Ele me olha, mas não consigo decifrar o que sente ou está pensando. Desvio o olhar e ele liga o carro e parte em direção a minha casa.

Por todo o trajeto ele tenta puxar assunto mas não dou muita atenção, sempre respondo com palavras diretas como sim, hum e aham. Espero que ele não se chateie, mas não estou muito bem. Afinal, vai ser o maior período de tempo que vou ficar longe da minha mãezinha.

O percurso demora mais do que o esperado. Pegamos quase todos os sinais vermelhos e ainda por cima o transito da grande São Paulo.

Chegamos em minha casa e já era quase 9 da noite.

- Está entregue.- ele diz

- Obrigado. Não quer entrar?

- Melhor não.

- Entra por favor, a novela já vai começar, e você deve estar com fome.- na verdade eu quero que ele fique o máximo possível comigo, eu e estou muito abalado, e definitivamente não quero ficar sozinho.

- Tudo bem, só porque eu estou com fome.- ele me lança seu sorriso de canto direito da boca.

Seguimos pelo pequeno caminho que leva a porta da frente, como da última vez ele me segue por trás, mas dessa vez eu posso sentir seu perfume forte e de um cheiro nada conhecido. Entramos em casa e vamos para a sala, ele se senta no mesmo sofá da última que se sentou ontem quando veio me dar a notícia que eu tinha conseguido a vaga.

Ele me olha e eu o olho, ficamos por um bom tempo nos encarando.

- O que foi aquilo?- pergunto quebrando o silêncio.

- Aquilo o que?

- Hoje no escritório, no hall de entrada. Aquela cena patética que me fez passar, sabia quantas pessoas tinha lá. Muitas. Todas olhando e rindo de mim.

- Não gosto que me desobedeçam, eu te avisei e você insistiu em continuar.- ele responde me olhando fundo, fundo até demais.

Decido não levar essa discussão adiante, e então sento no sofá pego o controle debaixo da almofada ao lado e ligo a televisão, ainda está passando a última parte do jornal, e então me levanto. Maurício me acompanha com o olhar.

- Eu vou tomar um banho enquanto a novela não começa, nem pense em sair daqui. Eu já volto pra preparar algo pra nós comermos.- saio antes que ele fale alguma coisa.

Vou ao meu quarto pego um toalha e sigo ao banheiro que fica ao lado, antes de entrar vejo Maurício de costas sentado no sofá digitando algo no celular. Entro no banheiro e ligo o chuveiro, ensaboo todo meu corpo, não me esquecendo de nenhuma parte. Depois me enxáguo bem e saio do box me secando na toalha. Saio do banheiro e de relance vejo que Maurício ainda contínua sentado.

Entro em meu quarto e visto uma roupa qualquer e sigo para a sala, vejo que a novela já começou e Maurício está sentado mais a vontade no sofá.

- Vou preparar algo pra comer- digo, e ele apenas acena com a cabeça sem tirar a atenção da televisão.

Pego um pão fatiado no armário, presunto, queijo e tomates na geladeira para fazer alguns sanduíches, e maionese e cenoura para fazer um patê que amo de paixão. Preparo tudo muito rápido. Pego um coca-cola e levo tudo para a sala, coloco na mesa de centro.

- Pronto.

- Parece estar bom.- ele diz.

- Prova, assim vai saber.

Ele se senta corretamente no sofá pega um sanduíche, vou pegar os copos no armário e quando volto ele está terminando de comer o que tinha pego e já pega outro.

- Isso tá muito bom, como sabia que gosto de patê de cenoura?

- Não sabia.- falo.- Eu também gosto.- Me sento e encho os copos com a coca.

Começo a comer também, e ficamos em silêncio trocando alguns olhares de vez em quando.

Ao terminarmos pego tudo e levo a pia. Quando volto levo um maior susto. Ele está de pé me encarando e vem em minha direção. Ao chegar perto o suficiente ele passa seus braços por minha cintura e me aperta. tento me soltar mais é em vão, seus braços forte e torneados são mais fortes que todo o meu corpo junto.

- Me solta seu imbecil.

- Até quando vai fugir de mim Arthur? Eu te quero e você me quer.

- Eu não quero nada com você me solte agora seu...- sou interrompido.

Sua boca é macia e seu gosto é diferente, tento me soltar mais minha boca parece ter tomado vida própria. Sem ter o que fazer me rendo a essa boca deliciosa que me levou ao delírio. Passo meus braços por seu pela lateral de seu pescoço e aproveito todas as sensações que essa boca me proporciona.

Ele vai parando de me beijar e vai selando nossos lábios com breves beijinhos. Ele encosta sua testa na minha.

- Quando eu perguntei hoje no elevador se era assédio ou paixão, eu estava referindo a mim.- ele diz .

Não digo nada, apenas fico em silencio com sua testa colada a minha e de olhos fechados.

- Ontem naquela entrevista eu te vi com outros olhos no instante em que você entro por aquela porta. É claro que primeiramente olhei pra sua bunda, mas depois que me disse aquelas coisas, eu vim o bem em você. O bem para o mal que há em mim, agente se conhece só a dois dias, e não sei se foi paixão a primeira, quer dizer segunda vista, mas quero que fique comigo Arthur.

- Agente não pode, você é meu chefe e sou seu funcionário, os que os outros vão dizer.

- Que se dane os outros, eu quero você, você pode não gostar de mim da forma que eu estou gostando de você, mas me dê uma chance.

- Não sei. Eu, não posso. Quer dizer, sei lá. Eu não.- Percebo que estou falando coisas aleatórias, sinal que estou nervoso, ansioso, com vergonha e excitado.

- Tudo bem, eu dou um tempo pra você pensar.- ele diz e logo me beija novamente, mesmo ele curvando o pescoço eu ainda tenho que ficar na ponta dos pés para alcançar sua boca. Me rendo novamente.

___________________________________________________________________________

- Pensa com carinho Arthur, me dê essa chance.- ele diz entrando no carro.

Ele me dá uma ultima olhada antes de sair em disparada com o carro. Já são quase meia noite, e ficamos por um bom tempo nos beijando e nem vimos a novela acabar.

entro em casa e vou direto ao meu quarto, deito na cama e fico pensando em tudo o que me aconteceu nesses dois últimos dias.

é inevitável não pensar, voltar ao passado e relembrar o quanto já sofri por amor. Mesmo sendo muito novo, sou uma pessoa que ama intensamente, e não quero passar por isso novamente.

Decido que já tenho minha decisão.

Antes de pegar no sono recebo uma mensagem de Maurício.

Maurício: Boa noite meu anjo, durma bem.

Eu: Obrigado, boa noite você também.

Maurício: Já tem a minha resposta?

Eu: Sim, já me decidi.

Maurício: Espero que seja um sim.

Não consigo responder a mensagem, pego no sono no exato momento.

- Boa noite Sr. Miller.- digo em pensamento antes de apagar por completo.

Obrigado pela espera. Apertem na estrelinha, e comentem, o que acharam. Escrever essa história ta sendo algo muito especial para mim, e conto com sua ajuda para continuar. 😘

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive brunoromagna a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Torço pra q seja um sim. E acho q Mauricio e o doutor já tiveram algo no passado.

0 0
Foto de perfil genérica

Espero q seja um sim em... mas será q o doutor tbm tá querendo algo??? Continua

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom .continua logo to ansiosa

0 0
Foto de perfil genérica

AH. VERDADE, ME ESQUECI DO DOUTOR. SERIA UM TERCEIRO NA RELAÇÃO? ARTHUR VAI SFRER POR ISSO?

0 0
Foto de perfil genérica

AH. ARTHUR DÊ UMA CHANCE AO SENHOR MILLER (MAURÍCIO), MAS ANTES DE TUDO DÊ UMA CHANCE A VC MESMO. MUITO BOM ESSE CAPÍTULO. SÓ ESPERO QUE MAURÍCIO (SR MILLER) NÃO USE APENAS ARTHUR E QUE SIM ESTEJA DE FATO QUERENDO ALGO SÉRIO, BONITO, GOSTOSO COM ELE.

0 0
Foto de perfil genérica

Tô com a pulga atrás da orelha 👂, com essa tensão entre o dr. e o Maurício, sei não, mas acho que têm caroço nesse angu!!!!! Continua!! 👏👏👏👏✊😍🙌

0 0
Foto de perfil genérica

Estou gostando muito,mas não deixa esse "não" acontecer. faz algo para surpreender Arthur antes de ele dizer algo.

0 0
Foto de perfil genérica

Mauricinho só quer comer ele. ou o Maurício e o médico são parentes, já tiveram um caso, ou um pegou o namorado do outro

0 0
Foto de perfil genérica

Ta "ÓTIMO" To gostando bastante + ainda ñ confio no Maurício com esse sentimento do nada, oque será que rolou entre ele do doutor acho que já tiveram algo 😕.

0 0