Então meninas, depois de muitos pedidos kkkkkkkk, cheguei, aproveitando o feriado, desculpa não ter postado antes, mas eu tenho um trabalho pra apresentar amanhã e como gosto de formular minha própria parte do texto dos trabalhos, precisei dar uma sumidinha do mundo kkkkkk. Hoje gostaria de apresentar a vocês a parte bônus da história, que tal conhecerem um pouco da estadia em Londres da Priscila, assim conhecem um pouco da mudança dela e conhecem claro Ms. Charlote. Como eu disse, passarei o Skype, stardustwriter@hotmail.com. Bora pro conto?
Continuando...
Olha se eu fosse acordar as 8:00 AM, era melhor nem ter dormido, sabe quando algo te incomoda a ponto de interromper seu sono? Exato, eu estava assim, mas por que continuo a me perguntar se o que sinto é verdadeiro? Ou por que as palavras da Flávia não me saem da cabeça? Eu preciso falar com a mulher que foi minha mestra, faz algumas semanas que não falo com ela, com certeza ela notou, mas britânico tem mania de não reagir diretamente a alguma coisa. Decidi ligar pra Ms. Charlote, em Londres são 11:00 da manhã, com certeza um bom horário, quando ela atendeu, a saudação em inglês:
- Hello, Ms. Charlote, good morning. How are you?
- Hello Priscila. I’m fine and you?
- Eu acho que estou bem.
- Achar não é certeza, mas que bom que não esqueceu do meu ensinamento de saudação.
- Claro Ms. Charlote, sempre saudá-la em inglês, depois conversamos em português.
- Very good... Mas o que minha pupila quer? Não, primeiro eu quero saber, por que sumiu nessas últimas semanas, depois você me diz o que quer.
- Olha Ms. Charlote... – Ela me interrompe rapidamente.
- Minha querida, por favor, Charlô apenas, não estamos em um evento beneficente, para uma conversa totalmente formal, por mais eu aprecie, agora prossiga.
- Continuando, eu dei uma sumidinha, por que estive muito ocupada com o trabalho, fui chamada para uma premiação da SBPRJ, encontrei alguns dilemas do passado e me envolvi com alguém.
- Ganhou algum prêmio?
- Não.
- Olha, se eu não te conhecesse muito bem, diria até que o motivo pra me ligar seria estar chateada por não ter ganhado, mas sei que não é isso. Me conte o que seria seu dilema e seu envolvimento.
- Eu reencontrei a Flávia e fizemos sexo algumas vezes, mas nada além disso.
- Deixou ela te tocar?
- Não.
- Muito bem, agora prossiga.
- E conheci uma garota numa festa, a qual eu acabei salvando a vida dela e depois começamos a nos conhecer melhor.
- Grau de afetividade entre você e essa menina?
- Estamos namorando.
- Humm – A reação dela foi que digamos sarcástica.
- Ms. Charlô? Ainda está ai?
- Priscila eu ia te ligar hoje, pra dizer que estou indo ao Brasil a negócios de trabalho e gostaria que me acompanhasse.
- Claro, seria uma honra.
- That’s wicked. (Expressão britânica que significa “ótimo”)
- Quando virá?
- Próxima semana, a partir de terça feira estarei aí. Conversaremos melhor sobre esse assunto pessoalmente, até lá, mantenha seus pensamentos calmos.
- Sim senhora.
- Até semana que vem então, beijos, minha querida.
- Beijos, Ms. Charlô.
O que dizer? Ela foi muito importante, nunca vou esquecer, afinal se hoje sou o que sou, devo a ela, a sua confiança e motivação me ajudaram, sempre lembro de quando cheguei à Londres...
Flashback
Londres, Inglaterra, 2010.
Meu celular toca ao sair do aeroporto, era o Digo me ligando:
- Pri minha maninha, chegou bem? Como foi o voo?
- Meio cansativo, mas cheguei bem sim.
- Eu queria poder estar ai com você, não sei se vou aguentar ficar longe da minha melhor amiga e irmã.
- Own Digo, eu também queria que estivesse aqui, mas por favor, não vamos perder o contato.
- Jamais, mesmo que mudemos de número, tem Skype, MSN, Orkut (Orkut ainda era moda em 2011) ou qualquer outro aplicativo social, sendo de vídeo ou não. É uma pena que não pude ir, mas você sabe, as coisas estão melhorando agora, finalmente com meu emprego de dentista, vou poder melhorar a empresa do meu pai, e futuramente fazer especialização.
- Entendo maninho, mas fique sossegado, eu tentarei não perder aqui.
- Acho bom mesmo, eu não quero ter que chamar a Interpol pra te procurar.
- Haha, engraçadinho, o pior mesmo vai ser esse meu sotaque, eu nem entendo bem inglês as vezes, espero me acostumar logo.
- Você vai maninha, no começo as coisas são assim, mas depois vai ver que tudo valeu a pena. Quero ver você voltar pro Brasil pra realizarmos nosso sonho da clínica.
- Eu voltarei maninho, relaxe.
- Imagine o charme de ter uma doutora inglesa, vai ser um espetáculo.
- Vamos com calma, cheguei aqui agora haha.
- Eu acredito em você, agora preciso ir, muitas coisas a resolver, se cuida maninha, vê se liga logo ou manda mensagem.
- Estou indo conhecer meu dormitório e depois a faculdade, vou tentar ligar logo, beijo Digo.
- Beijo Pri.
E desligamos, o Rodrigo realmente era o irmão que sempre quis ter, atencioso, ele queria poder vir, mas a família está passando por problemas e ele quis poder depositar toda ajuda. Os pais dele tem um dos melhores restaurantes da cidade, mas quando houve uma sabotagem, perderam tudo, o restaurante eram a riqueza da família. O Digo por ser um cara muito atencioso, resolveu largar sua especialização em Londres e fazer no Rio mesmo, só pra poder amenizar a situação.
Voltando ao foco, ao chegar na faculdade, fui bem recebida pela guia de dormitório que pra minha sorte, ela era portuguesa:
- Bom dia, por acaso é a rapariga Priscila?
- Como é a história?
- Perdão, eu sou portuguesa, esqueço que no Brasil, essa saudação é uma ofensa – Ela ficou sem graça.
- Ah sim, olha acontece, eu também não imaginava que você era de Portugal, pensei que era daqui mesmo.
- Não, apenas estudo e fui direcionada pra ser a guia desse dormitório, seu quarto, é seguindo o corredor, terceira porta a direita, no andar 2.
- Muito obrigada é... Qual seu nome?
- Dalila ou só Lila. Boa estadia em Oxford, são poucos que conseguem uma bolsa e sabem aproveitá-la – Senti uma ironiazinha de leve, mas nem me importei.
O quarto era lindo, duas camas, pelo visto eu já tenho colega de quarto, enquanto eu arrumava tudo, pois ainda teria um tour pra conhecer melhor, antes de começar as aulas. Nossa, eu parecia uma estranha meio aquilo tudo, na verdade eu era, o campus da faculdade era lindo, aquilo que via nos filmes, não era brincadeira, aquele ar de tudo limpo, puro, até as pessoas eram muito educadas, me apaixonei. Fui até o orientador pegar meu horário, ele me cumprimentou e desejou muita sorte na minha especialização e que via minha determinação. Quando voltei para meu quarto, encontrei minha colega que o dividiria comigo:
- Hi girl.
- Hello.
- Where are you from?
- Ahn, eu, I. – estava me embolando.
- Brasileira?
- Sou, você também?
- Não, mas entendo um pouquinho.
- Ahhh.
- Deixa eu ver seu horário.
- Conhece tudo aqui?
- Sim, moro aqui há 2 anos.
- Foi fácil pra saber todos os locais do campus?
- Não digo que é questão de facilidade, mas o idioma ajuda bastante.
- Ai caramba.
- Percebi que não tem um domínio grande do inglês – Ela ainda analisava meu horário.
- Verdade, mas você pelo visto domina bem o português.
- Meu ex era brasileiro.
- O que houve?
- Ele se formou e foi embora.
- Ah que pena.
- Não sinta, esse é o destino de uma faculdade, se formar e ir embora.
- Humm...
- Especialização de dois anos em psicologia, nossa, vai estudar com a melhor professora da faculdade, Ms. Charlote Olivia Lewis Roberts.
- Pelo nome deve ser alguém muito importante.
- E ela é, um dos nomes mais influentes daqui. Apesar de seus mistérios.
- Mistérios?
- São apenas boatos que rolam, mas nem deve ser verdade.
- Que boatos?
- Que ela se envolveu com alguns alunos, que ela é bissexual, que ela some com os alunos depois que ela se aproveita, que ela é uma vampira.
- Vampira? Haha, estão pegando pesado já.
- Como eu disse, são apenas boatos, nada que deva se preocupar. Bem eu tenho que ir, se quiser ajuda com seu inglês eu posso te dar aulas de conversação, para ir se adaptando, o resto é com você.
- Aceito sim, thanks.
- That’s right. Ah e me chamo Amélia.
- Prazer, Priscila.
Ela foi embora e eu fiquei preparando tudo, as minhas aulas já começariam amanhã. Nossa eu estava muito ansiosa, aqueles mestres eram excelentes, mas ainda não tive aula da Ms. Charlote, pelo menos até quinta-feira.
Ela chegou na sala com seu tom sério, porém educada, cumprimentando a todos, fazendo as perguntas básicas e começando a sua aula, eu comecei a me encantar por aqueles lindos olhos cor de mel, o seu cabelo castanho claro que puxava pro loiro e tua linda boca rosada, meio que estava comendo ela de tanto olhar.
“Confesso que no primeiro dia, além da fascinação por aquela mulher, não foi a única coisa que me fez perder o sentido da aula e sim a não qualidade do meu inglês.”
CONTINUAAAA...
Espero que tenham gostado, mais uma vez, agradeço a todas pela atenção, agora teremos mais chance de conversar, um beijo e até mais.
