Fogo Cruzado - Capítulos 10 e 11

Um conto erótico de Lollitta
Categoria: Homossexual
Contém 1069 palavras
Data: 15/11/2016 22:37:02

Mais uma vez quero agradecer aos comentários. Principalmente os da Deiia que comentou em todos (Sua fã). Boa leitura!

Capítulo 10 - Incertezas...

-Quem é você e o que está fazendo comigo? -Os olhos da doutora me fitavam confusos, bagunçados, como o mar em dia de vento.

-E-eu... -Eu só conseguia gaguejar. O quê exatamente ela queria saber de mim? -Eu... N-não... Sei... -Conclui em meio aos gaguejos.

A delegada ficou me analisando por um instante, seus olhos atraíam os meus, me fazendo extremecer, como se pudessem invadir minha alma.

-Você... -Foi a vez dela falar, me olhando firme. -Está tentando me usar pra sair daqui. -Em um momento foi como se tudo o que estava acontecendo, toda a magia que pairava na cela, tivesse se desfeito com suas amargas palavras.

O golpe foi duro pra mim.

-Não... -Falei baixinho, deixando de a encarar e passando a olhar pro chão.

"O que você pensa de mim, não é a verdade." Pensei, mas evitei falar. Afinal, falar a verdade a delegada seria a mesma coisa que eu assumir que havia cometido aquele crime horroroso.

-Não? Tem certeza? -A doutora continuou, assumindo a postura arrogante e raivosa que lhe era familiar. -Ah, entendi! O alvo era Rodrigo, mas como ele não vai conseguir tirar você daqui, então está querendo me usar pra que eu a tire. E está fazendo isso, tentando me seduzir. -Disse esbravejando num tom sério e alterado.

Confesso que tive que fazer um enorme esforço pra não rir na cara da delegada. "Eu seduzindo você? Acho que está acontecendo o contrário, deleGata." Me surpreendi com meus pensamentos e com isso acabei ficando vermelha.

-Pare com isso já. -Falou me deixando ainda mais vermelha.

Soltei o lábio que estava mordendo, puxei o ar pros pulmões e timidamente, tentei falar algo em minha defesa.

-Minha advogada... -Ela me cortou.

-Sua advogada entrou com um pedido para que comparem as suas digitais com as encontradas na cena do crime. Não se preocupe, eu concedi por que quero provar que prendi a verdadeira culpada. -Falou debochadamente, me fazendo não ter mais defesas e ficar tristemente muda. -Além do mais, se você nao for a culpada, o que eu duvido muito, eu sou modesta o suficiente para pedir perdão. -Disse a delegada me olhando de cima a baixo.

-Você... Terá que fazer isso, doutora. Eu... Sou inocente. -Falei baixinho, com receio de enfurecê-la, mas em troca, recebi sua gargalhada mais irônica.

-Você inocente? Duvido muito. -Falou em uma mistura de ódio e ironia. -E vê se pare de fazer teatro. Eu já te desmascarei, agora só falta que Rodrigo veja quem você é.

Eu fiquei em silêncio, não queria brigar com ela. Por algum motivo que eu não sabia descrever e nem conseguia assumir, eu queria que ela acreditasse na verdade e que as brigas cessassem.

-Ué, não vai tentar se defender e dizer que você é uma vítima? -Perguntou a doutora ainda no tom irônico.

Eu fiquei em silêncio. -Hein? -Ela insistiu e eu me mantive calada. -Fale garota! -Ela falou mais alto e sua voz rouca ecoou pela cela. Eu continuei como estava. -Olha aqui, você está me irritando! -Por fim, ergueu meu queixo, me fazendo olhar pra ela, sua expressão estava irritada.

-Eu não fiz nada... -Falei, olhando em seus olhos, com toda a sinceridade que habitava em mim.

Sua expressão mudou e ficou mais serena, ela parecia acreditar em mim. E como ímã e metal, nossos corpos se uniram novamente, assim como nossas bocas, dessa vez ainda mais atrevidas.

A abracei apertado e senti suas mãos fortes acariando minhas costas e escorregando pro traseiro, enquanto eu sentia seu perfume inebriante, o sabor delicioso do seu beijo e acariciava seus cabelos louros.

Mas ambas, porém, queríamos mais e como percebendo o meu apelo mudo, a delegada se afastou levemente, sem parar de me beijar, pra abrir o vestido de botões que eu usava. O vestido desceu por meus braços e caiu no chão. Em seguida, ela parou de me beijar pra poder me olhar. Ainda faltavam as peças íntimas: uma calcinha e um sutien grandes e beges, típicos de uma vovó. Eu corei.

Ela sorriu diante o meu rubor e me abraçou novamente, dessa vez abrindo o sutien nas costas e se afastando pra puxá-lo na frente. Instantaneamente, cobri meus seios que enrijeceram com seu gesto.

-Eu quero ver... -Cochichou em meu ouvido, tirando meus braços de onde estavam e deixando a mostra meus seios.

-São lindos!-Exclamou.

Eu senti as bochechas formigarem e baixei a cabeça. Ela me abraçou novamente e depositou um pequeno beijo nos lábios que foi descendo pro meu pescoço. Eu a afastei e olhei em seus olhos, enquanto minhas mãos timidamente iam pros botões da camisa que ela usava. A delegada se pôs a me ajudar e logo vi seus seios cobertos por uma faixa discreta.

Antes que eu pudesse tocá-la, ela me beijou mais uma vez. "Como pode o seu beijo ser tão melhor que o de Rodrigo?" Pensava intrigada enquanto correspondia aos beijos dela que esquentavam mais e mais. Agora as nossas mãos iam pra todo lado. Eu havia perdido um pouco do receio e do pudor e acariciava suas costas nuas e seus braços fortes que me apertavam a cintura e as nádegas.

Ela me empurrou pro banco, me fazendo deitar e se deitou sobre mim. Seus beijos desceram pro meu pescoço outra vez e senti cálafrios.

-Ai... -Senti que sua boca desferia um chupão em minha pele e gemi baixinho com vergonha, mesmo sabendo que a delegacia devia estar vazia.

Logo meus seios foram acalentados por suas mãos que pareciam preceder sua boca e então... Um celular tocou.

-Alô... -A delegada parou de me tocar,tirou o aparelho do bolso da calça, se sentou e atendeu seu celular, ofegante. Eu escutei uma voz feminina, mas não identifiquei o que ela disse, apenas a resposta da mulher a minha frente: -Sim, querida. Eu já estou indo. Também te amo. -Disse se despedindo, sem me encarar.

Ao ouvir aquilo, meu chão caiu. Só então me lembrei das palavras de Rodrigo: "...a noiva dela..."

"Deve ser a tal noiva..." pensei ficando vermelha, de vergonha e raiva. "Por que eu fiz isso?" Refleti olhando a doutora se vestir, sem se quer olhar pra mim ou dar alguma explicação. Em seguida ela saiu, trancando a cela e me deixando amargamente triste.

Continua...

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Comentários

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Hii ^^... Olha que lindinho meu nome ali kkkk.

Minha fã? E eu sua<3..

Sobre a Fic, preciso nem falar ne? Sempre melhora, surpreende, e sabe como ninguém nos deixar ansiosas rsrs.. Esperando o próximo hein. Beijos :*

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Mto bom essa nova versão amando *.* ansiosa para os próximos capítulos *.*

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Gostei muito do capítulo, como sempre falo, coisas estão por vir kkkk. Pode postar outro logo kkk 😘😘

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