DOIS GAROTÕES ATIVOS DOMINAM EMPRESÁRIO SUBMISSO

Um conto erótico de Augusto Treppi
Categoria: Homossexual
Contém 880 palavras
Data: 04/11/2016 14:42:35
Última revisão: 18/02/2017 16:53:13

[...] Sem dizer uma palavra, o negro se levanta e vai com passo firme até a cozinha. Não sabendo direito como as coisas se passam, Claudiney fica apreensivo. Afinal o tal do “viadinho” não era nenhuma criança ou um cara franzino...

Clayton entra na cozinha enfurecido. Encontra o homem amedrontado se encolhendo perto da pia. Antecipando ao que poderia ocorrer, o empresário começa a falar rapidamente, entre o medo e o desafio:

– Não entendo, você praticamente me espancou só porque me viu conversando com o motorista da empresa, e agora quer que eu chupe um estranho? Eu nunca toquei em homem nenhum antes de você, não me sinto em condições de colocar qualquer pau dentro da minha boca.

– Eu por acaso perguntei de suas “condições” de viadinho? – perguntou o boy, em tom agressivo e contido, tentando não manifestar sua irritação aos berros – O Ney não é um estranho, é chegado meu, muito diferente daquele motô safado que você tava se assanhando. Além do mais, você não vai ficar com meu colega não, eu só tô dando um presente pra ele. O que é meu dou pra quem eu quiser, será que você entendeu ou preciso desenhar?

Agora a ficha estava caindo para Marcos. A tal história de “dono” não era em sentido figurado ou somente um fetiche em momento de sexo. Aquele moleque o sentia como uma propriedade mesmo, que ele podia dispor como quisesse, até mesmo “dando de presente” pra outros.

– Olha... – gemeu de Marcos, a voz entrecortada pelo medo e pela ansiedade – Isso está indo longe demais. Você sabe que me entreguei a você, tolero seus abusos, de certa forma tenho até tesão nisso... Mas você não pode “me dar” para ninguém... Me relacionar com você é uma coisa, não ter livre arbítrio sobre ações do meu corpo é outra...

– “Ações do meu corpo”, “livre arbítrio”, o viado tá gastando heim? – rosnou o boy, debochado e escondendo nesse veneno a sua irritação.

Aproximando-se de Marcos, ele disse:

– Primeira coisa, viado... Você não tolera nada aqui, você faz porque eu quero e porque eu mando. Você tá pensando que isso aqui é uma brincadeira é? Você tá pensando que não tem dono????

A voz começa a alterar para o grito, fazendo o empresário se encolher cada vez mais contra a parede, enquanto Clayton se aproxima. Na sala, Claudiney está meio perdido. Não sabe bem o que fazer. Percebe que as vozes, ou pelo menos uma voz, começou a se alterar na cozinha. Porra, o loiro é bem grande. Ele conhece seu amigo, sabe que o cara bate bem, mas um grandão daqueles? À medida que os gritos aumentam, ele se levanta. Tá certo, o colega é abusado mesmo, mas são chegados de infância porra, se rolar confusão, vai ter que garantir o brother...

Na cozinha, Marcos já começa a se arrepender do que disse, mas a idéia de ter o pau de um desconhecido na boca enoja-o. Ele vê o boy se aproximando, vai se encolhendo cada vez mais. Não tem como não dar razão àquele moleque, é óbvio que ele já quebrou todas as suas resistências e ele não tem coragem para enfrentá-lo.

Mais uma vez, ele não precisa decidir, a decisão é tomada por ele. Suas reflexões são interrompidas pelo primeiro tapa, que já o deixa meio zonzo. No segundo tapão, vê tudo girar e se percebe cara a cara com o pé negro e forte do macho. A mão pesada do outro derrubou-o no chão.

Com a agilidade de sempre, Clayton vai pegando seus cabelos cheios e começa a puxar, forçando-o a segui-lo de quatro pelo chão. O empresário só geme, não tem mais palavras e sabe que seus argumentos pouco adiantariam.

Claudiney leva um susto com a cena. Pela porta da cozinha, vem o seu amigo Clayton, ar arrogante, vitorioso. Atrás dele, se arrastando de quatro pelo chão, o patrão, indefeso, humilhado, mas obediente.

– Porra, véi... O cara é fera mesmo. Então era tudo verdade...

O seu pensamento reflete orgulho pelo colega. Um rapaz como ele, negro, simples, pobre, mas que conduzia com mão de ferro aquele loirão ricaço...

– Dae véi, não te prometi o melhor boquete da sua vida? Então, vai pondo a piroca pra fora, que essa boquinha aqui vai te deixar doido. Mas fica ligado heim, não quero que tu goza na boca dele. Porra pra engolir é só a minha, né não, viado?

Clayton fala bem arrogante, levantando a cabeça de Marcos e forçando-o a encará-lo, sempre com ar debochado. Fechando os olhos, o loirão percebe que o outro negro se aproxima, sente o cheiro de pica suada. Está começando a conhecer o gosto de outro pau, que não o do seu dono.

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Comentários

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só digo uma coisa. comprem esse livro ou o ebook. ele mudou vários conceitos meus. Vale muito a pena.

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