A melhor parte de mim. Cap 20

Um conto erótico de Phamy
Categoria: Homossexual
Contém 851 palavras
Data: 29/11/2016 17:58:20

CAPITULO 20: MARINA

Rodamos por umas meia hora até ele parar. Eu não fazia ideia de onde eu estava. Aquele capuz preto me impedia de ver o que estava ao meu redor. Ele saiu me arrastando não sei pra onde e me empurrou num canto onde caí de bunda. Ele tirou o meu capuz e então eu pude ver onde eu estava. Era uma espécie de galpão velho e abandonado, pelo jeito que aquele lugar estava imundo arrisco dizer que a muitos anos ninguém ia ali.

O Sandro pegou meu celular e ligou para a Maria Clara. Fez suas exigências e desligou com um sorriso amarelo no rosto.

- A sua sorte é que você está valendo uma grana delícia porque se não eu já estaria te comendo. Você deve ficar linda chupando meu pau.

Que homem nojento. Ele recebeu uma ligação e se afastou, mas não o suficiente.

- Fala Claudine... Estou com a patricinha... Sim, fiz tudo do jeito que a gente combinou... Fugimos ainda hoje... Não... Não... Não posso matá-las... Ta, vou fazer do jeito que você quer.

Ele não estava agindo sozinho e ainda pretendia matar a mim e a Clara. As horas não passavam e a cada segundo que eu passava presa ali com ele era um tormento.

- A Clarinha chegou. -- Falou ele com um sorriso.

Instantes depois a Maria Clara entrou no galpão. Ela me olhou de um jeito triste num pedido silencioso de desculpas. Ela entregou o dinheiro, mas ele não me deixou ir embora. Ele queria me estuprar. Entrei em desespero e comecei a me debater. Ele olhou bem dentro dos meus olhos antes de me da uma coronhada e eu perder a consciência.

Acordei com os gritos e o barulho do choro da Maria Clara. Minha cabeça latejava e minha vista ainda estava um pouco embaçada. Olhei na direção da Clara e lá estava ela por baixo do Sandro totalmente nua. Ela se debatia muito. Ele apertava o pescoço dela impedindo a passagem de ar. Me levantei e olhei em volta procurando por algo duro o bastante para atingir aquele monstro. Foi quando vi a arma dele jogada no chão. Ele se posicionou para penetrar a minha mulher e então eu não pensei duas vezes... Peguei a arma e disparei uma, duas, três e sei lá mais quantas vezes. Paralisei quando eu vi a poça de sangue em volta do cadáver. Eu tinha acabado de matar uma pessoa.

Ao longe eu ouvia as sirenes, mas não conseguia me mover. Eu só conseguia pensar que eu tinha acabado de matar. EU MATEI ALGUÉM! Eu estava em choque.

De repente vários policiais entraram no galpão. Um policial tirou a arma de minhas mãos e me perguntou se eu estava bem, mas não respondi. Minha mãe veio até a mim e me abraçou.

- Mãe... Eu... Eu... -- Não consegui terminar de falar. Comecei a chorar.

- O que foi filha? -- Perguntou ela toda preocupada.

Apontei para o cadáver e chorei mais ainda...

- Eu... Ma... Tei...

Minha mãe levou as mãos a boca. Meu pai chegou e me abraçou também.

- Cadê a Maria Clara? -- Perguntei.

- Está lá fora conversando com os policiais. -- Respondeu meus pais.

Aquele definitivamente foi o pior dia da minha vida. Passei a noite na delegacia contando o que tinha acontecido repetitivamente por horas. A Maria Clara também estava lá dando seu depoimento.

Meus pais me levaram pra casa. Minha vida não seria mais a mesma dali pra frente. Eu tinha matado um homem. Por mais que eu soubesse que tinha salvado a minha vida e a vida da Maria Clara não conseguia superar o fato de que eu tinha MATADO UM HOMEM.

Meu advogado me disse que eu não teria nenhum problema com a justiça, pois tudo o que ocorreu tinha sido em legítima defesa. Porém, a imprensa não me deixava em paz. Meu rosto estava estampado em todos os canais de comunicação. Protestos foram feitos pedindo "justiça". Me tacharam como a vilã que matara um homem inocente e trabalhador. Amigos e familiares deram várias declarações alegando que o Sandro era um homem bom e digno e que eu só saí impune porque eu era rica. Aquilo era demais pra mim.

Nos dias que se passaram eu não consegui dormir direito. As olheiras em meu rosto denunciavam minhas noites mal dormidas. Os pesadelos haviam se tornado rotineiros. Eu já não parava mais pra ver televisão e muito menos navegar na internet. Estava cansada de ver meu rosto nos jornais e nas páginas do Facebook.

A Maria Clara, a Bianca, o Fabinho e o Sandrinho iam me visitar todos os dias. Eu não saía mais de casa. Tinha medo do que podia me acontecer na rua. Até a Jade e o André tiraram uns dias para me visitar.

Todos eles sempre carinhosos comigo. Me diziam coisas de incentivo. Me diziam que estava tudo bem, mas eu não me sentia segura para seguir em frente. Só o tempo me recuperaria... Só o tempo me faria superar tudo aquilo que ocorreu... Só o tempo me faria seguir em frente sem temer,... Só o tempo...

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Comentários

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Caraca! Uma pena da Marina, não esperava isso pra elas. Louca pra que no capítulo de amanhã tudo melhore. 😘

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Como diria o grande filósofo, poeta e pensador contemporâneo, Cauê Moura: "Homem bom e digno na cabeça da minha rola!"

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Perfeito como sempre, mais o que aconteceu com a tia da clara? Sandro inocente?não sei onde?so na mente doente dessas pessoas ai!!!!! Cont *.*

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