Perdidos no Amor 2

Um conto erótico de Ruan
Categoria: Homossexual
Contém 2082 palavras
Data: 19/10/2016 23:27:50

Muito obrigado pessoal pelos comentários no primeiro capítulo do conto, e pelas leituras, agradeço muitíssimo. Vamos para a continuação do conto.

Continuando… Narrado por Ruan.

Depois daquele momento um tanto constrangedor, me afastei dele e me sentei no chão barrento, no estado em que eu estava, poderiam até cagar em mim que eu não me importaria, ele se sentou ao meu lado e começou a conversar comigo, agora mais tranquilos pelo fato de que estavam nos procurando e daqui a pouco cada um estaria na sua respectiva casa:

-Quer dizer em tão que você tem um namorado?-Perguntou com um meio sorriso.

-Sim tenho, Luiz, uma ótima pessoa.-Digo olhando ele nos olhos, e desviando olhando para sua mão.-quem vai ser a sortuda da vez?-digo descaradamente.

-Ela se chama Monique, é filha da melhor amiga da minha mãe, elas sempre fizeram questão de ficarmos juntos, nem tivemos como recusar, ela é uma ótima pessoa também, aprendi a gostar dela.- disse como se isso fosse comum, mas quem sou eu para dizer alguma coisa.

-Com o Luiz foi diferente, namoro com ele a 4 anos, nos conhecemos assim…

Flashback…

-filho.-disse minha mãe Lurdes entrando pela porta do quarto, depois de bater nela.

-Oi mãe, estou estudando é algo importante?

-Bom meu bem, seu pai pediu para avisar que hoje nós jantaremos na casa de um amigo dele que passou vários anos na Europa, vamos não faça essa cara.-Disse me olhando de cara feia.-Você sabe que seu pai nunca te obriga a fazer nada que você não queira, não custa nada pelo menos uma vez, você fazer algo que ele goste de fazer. Além do mas, ele tem um filho da sua idade… ou é um pouco mais novo, sei lá, mas vai ser legal.- disse saindo do quarto.

6:00 PM, já estávamos todos prontos para sair, como não era nada formal, fomos com roupas casuais, sem muitos apetrechos, chegamos na casa do amigo do meu pai que se chamava Thiago, e tocamos a campainha, quem atendeu foi a governanta da casa, ela era muito elegante e fina, mas tinha cara de ser uma pessoa muito chata e metida, tipo de gente da qual eu prefiro ficar longe seu nome era Elvira.

Ela nos levou até a sala onde se encontrava um homem e uma mulher, muito bonitos um lindo casal, nunca tinha visto eles antes, foram embora antes de eu nascer, para a Europa, pois o Senhor Matheus e sua esposa Lauriete, receberam uma boa proposta de emprego.

Pai- Matheus quanto tempo estava morrendo de saudade de vocês, bom, Lurdes como vocês já conhecem, e meu filho que já mandei fotos, Ruan.-Disse meu pai empolgado, e eu cumprimentando eles juntamente com a minha mãe.

Matheus- Nossa ele é a mistura perfeita de vocês dois, muito bonito.-disse dando um sorriso amigável, meu filho já deve estar para descer.-disse nos convidando a sentar no sofá.

Os quatro ficaram conversando, os homens sobre trabalho como sempre e as mulheres, sobre família cuidar da casa etc…

Matheus- Ruan, está quieto, desculpe ficamos conversando e esquecemos de você.-Disse dando risada.-Meu filho deve estar no quarto, suba pode ir lá falar com ele tenho certeza de que vocês iram se dar muito bem, é o último quarto do corredor.

-Tudo bem.-Digo envergonhado, por serem pessoas novas que falam comigo como se me conhecessem a anos.

Subi as escadas, segurando no corrimão, e com medo do que encontraria, segui pelo corredor e bati à porta indicada.

-Pode entrar.

Escultei de dentro do quarto e abri a porta. A luz estava acesa, e com uma música tocando no estilo kpop, se não me engano it hurts-2ne1(indico muito boa). Entrei no quarto e na cama tinha um garoto, minha altura, pele morena clara, olhos azuis, cabelo liso ondulado até a cintura, estava sentado fazendo as unhas, e pintando de azul-marinho.

-Pode entrar viado, não mordo a não ser que você queira.- e ali estava o meu melhor amigo, Roberto, com um sorriso no rosto me passando confiança.

-Me respeite, a senhora nem sabe se eu sou da sua laia, pra saber se eu gosto de uma rola suculenta.-Disse rindo e me sentando ao seu lado na cama, e vendo ele pintar as suas unhas enormes.

-Uma morde fronha conhece a outra, Prazer Roberto.-disse virando o rosto e dizendo.- anda beija, não vou te dar minha mão pra apertar antes das minhas unhas secarem, tá louca.- disse rindo.

Conversamos um pouco(muito) e estava ali um amigo para a vida toda. Descemos jantamos, meus pais e os pais dele continuaram conversando, saímos para fora da casa tinha um jardim lindo bem grande e com muita vegetação do jeito que eu gosto.

-Nossa como a noite hoje está linda fica aqui que eu já volto.-Disse Roberto entrando dentro da casa novamente.

Andei pelo jardim até que vi um campo mais florido com várias rosas e flores, fui até lá, abaixei e fiquei admirando as flores com o vento fresco no rosto.

-Bonito não acha?-Perguntou alguém atrás de mim me dando um susto, não era Roberto era um outro menino, Bem mais alto que eu, mas com a aparência jovem, parecia ser mais novo, não muito mais parecia, já tinha indícios de barba no rosto, nada muito grotesco, mas bonito.- desculpe te assustar, me chamo Luiz, prazer.-Disse me estendendo a mão.

-Sou Ruan, prazer é meu.-Digo sorrindo.- e sim é muito bonito, por isso estou me preparando para faculdade de biologia.

-Nossa que legal, ainda estou no segundo ano, mas também pretendo fazer faculdade um dia, embora meu pai ache que eu precise achar somente um emprego que me garanta um prato de comida.

-Nossa, pense bem, fazer faculdade vai te garantir estabilidade um dia, vai ser bom pra você.-digo olhando pra ele.- alias de onde você saiu que eu não vi?-perguntei.

-Estava na cozinha com minha mãe, mas vi você aqui e como sou muito curioso, vim saber quem era.-Disse rindo.

-Sua mãe é a cozinheira?-Perguntei ficando sério.

-Sim, porque alguma coisa contra?-disse ele, estufando o peito pra cima de mim, defendendo a mãe, lindo.

-Calma.-Disse empurrando seu peito mais pra trás, e rindo.-Não, muito pelo contrário, amo cozinhar, e amei o bolo que ela fez e gostaria da receita para poder fazer, antes de morrer minha avó me ensinou a cozinhar, e me deixou seus livros de receita pra mim como herança, uma das melhores coisas que eu ganhei na vida.-Disse lembrando do passado.

-E porque não escolheu gastronomia?

-Porque eu gosto de cozinhar por prazer, pegar um dia de domingo e fazer, uma comida deliciosa e me matar de comer o dia inteiro.- digo gargalhando.- não me vejo esquentando a barriga no fogão pra ganhar dinheiro, um dia eu não teria mais o prazer de cozinhar.

-Muito bonito isso.

Depois disso, ele me levou pra cozinha e me apresentou sua mãe, dona Tereza, uma mulher muito jovem para ter um filho daquela idade, uma realidade, nos dias de hoje, ela me passou a receita do bolo de banana delicia que ela tinha feito, e outras por ter se identificado muito comigo. Depois meus pais me chamaram, e Roberto me convidou para ir na casa dele mais vezes.

Fim do Flashback...

-Amei aquela noite, além de fazer um amigo, conheci pessoas maravilhosas, depois desse dia, minha amizade com o Roberto só se fortaleceu e em um final de tarde com um por do sol lindo, Luiz me deu o primeiro beijo, primeiro de muitos, depois veio o pedido de namoro com direito a pedido para os pais, e toda a força que ele me deu quando meus pais morreram, resumindo, ele é um homem maravilhoso.-Digo pensando em tudo que tinha acontecido comigo nos últimos anos, e em como o Luiz estava lá sempre,

-Nossa, nem tenho oque dizer… bom vou te passar meu número, podemos continuar mantendo contato, quem sabe poderemos fazer outra trilha, pra compensar essa que foi um desastre.-Disse Marcos, dando um sorriso.

-Sim podemos marcar.- coloquei o número dele no meu celular, depois, começamos a ver luzes entre as árvores, e um nome sendo gritado, meu nome. Logo depois os policiais e duas pessoas muito conhecidas saíram do meio do mato, Luiz e Roberto, saí correndo em direção a eles e me joguei nos braços do Luiz o apertando como se fosse uma pelúcia.- Meu amor, ainda bem que vocês vieram.

-É claro que viemos, meu amor, quando Roberto me ligou no trabalho eu sai de lá correndo para me encontrar com ele aqui, ainda bem que os bombeiros e os policiais foram rápidos.-disse me soltando do abraço e me dando um selinho.

Quando me virei para dar um abraço no Roberto ele levantou a mão e ficou fazendo “não” com o dedo, e disse:

-Nunca né viado, só se a senhora estiver louca, se acha que eu vou deixar você encostar em mim com a floresta toda grudada na tua roupa.-disse sério, olhando pra mim.

-ai credo, mas tudo bem quando eu estiver cheiroso, eu não encosto em você.-digo rindo.

Olhei para trás e o Marcos continuava lá, sentado com o celular na mão e olhando pra mim, fiquei com pena, será que ninguém nem mesmo a noiva dele tinha dado falta da sua presença? Continuei olhando pra ele, e o chamei com a mão, ele se levantou e veio devagar em nossa direção.

-Esse sim… eu abraçaria e limparia o seu corpo nu com a língua.-disse secando o Marcos.

-Se comporta rapariga.-digo rindo.

Ele chegou perto e eu apresentei ele aos meninos.

-Marcos esse é Luiz meu namorado, e esse é Roberto meu melhor amigo.-digo apresentando eles.-Pessoal esse é marcos o homem que se perdeu comigo na floresta.

Luiz- Muito prazer.-disse ele, estendendo a mão que foi apertada por Marcos.

Roberto- Muito prazer.- disse ele, dando dois beijinhos no rosto de Marcos que ficou sem graça, com um sorriso sínico no rosto.

Marcos- prazer é meu.

Policial- Bom pessoal, acho que é isso, não tem mais nada para fazer aqui, vamos voltar, e ir pra casa.-disse dando as costas e voltando para o meio da floresta, algum tempo depois estávamos no começo da trilha, aonde tinha vários repórteres, dando notícias, quando saímos muitos vieram tentar conseguir alguma entrevistas com os “perdidos na floresta”, mas os policiais não deixaram e conseguimos ir até o estacionamento, Marcos estava um pouco perdido, pelo jeito não tinha como ir embora.

-Marcos você tem como voltar pra sua casa?

-Não um amigo me deixou aqui de manha, meu carro está na oficina.- Disse olhando pra mim.

-Sem problemas eu dou uma carona pra você, depois do que vocês passaram hoje pegar um ônibus a essa hora está fora de cogitação.-disse Luiz seguindo para seu carro, Luiz hoje em dia cursava medicina, depois de cuidar de sua mãe que ficou muito doente, se apaixonou pela profissão.

-Olha eu vou agradecer muito viu, depois de hoje eu não estou aguentando nem um murro.- disse sorrindo, como agradecimento pelo convite.

-Que isso não precisa agradecer.- disse Luiz destravando o carro e abrindo a porta para mim entrar, sempre cavaleiro, Marcos e Roberto foram atrás, e fomos conversando e descontraindo, precisava de um banho urgente, estava muito cansado.

Deixamos Roberto em sua casa primeiro pois ele precisava acordar cedo no outro dia para trabalhar, depois deixamos Marcos que agradeceu muito pela carona, e fomos para meu apartamento, chegamos, e a primeira coisa que eu fiz foi tomar um banho de mais de 2 horas pra poder me recompor do dia de hoje, saí de lá uma sereia de tanto tempo debaixo do chuveiro, Luiz foi depois mas demorou bem menos tempo que eu, se deitou do meu lado ficamos de conchinha, e conversamos coisas banais até cairmos no sono.

Continua...

Bom, está ai mais um capítulo do conto, espero que gostem, e só uma coisa quem acha que o Ruan vai ser sempre esse menininho apaixonado e que fica chorando pelos cantos, estão muito enganados, ele é totalmente diferente e isso vai se mostrar durando o desenvolvimento do conto, o Roberto pode até parecer mais uma bixa passiva, rica e mesquinha, mas ele vai surpreender em atitudes, muito obrigado por lerem, abraços.

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Comentários

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Acho que o Luiz vai trair ou tá traindo o Ruan... E a noiva do Marcos também está o traindo...

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