Thithi et moi, amis à jamais! Capitulo 172

Um conto erótico de Antoine G.
Categoria: Homossexual
Contém 4328 palavras
Data: 09/10/2016 23:24:26

Duas semanas haviam se passado depois que o Thi tinha falado com seu Gustave, o porteiro carrancudo do nosso prédio. Nós tínhamos entrado em contato com o proprietário e ele realmente iria alugar, então nós garantimos logo o apartamento, nem demos tempo para ele divulgar. Nós só demoramos a nos mudar, pois tínhamos que fazer contrato. O apartamento que eu morava era do pai do Pi, consequentemente não havia nenhuma burocracia. Mas, para nos mudarmos para o apartamento maior, foi uma burocracia enorme. Nós tínhamos subido três andares. O apartamento era enorme, tinha duas suítes, um quarto, sala, sala de jantar, cozinha e etc. O preço era bem salgadinho, mas Thi e eu dividimos o valor, seriam poucos meses que ficaríamos ali.

- Só não gostei dele já ser mobiliado, sabe Deus quem sentava nesses sofás... – Thi disse

- O proprietário mandou limpar tudo, tá tudo novinho.

Nós estávamos sentados no sofá após termos feito nossa mudança, foi tudo bem rápido e simples, pois eu não tinha muitas coisas, não tinha nada, na verdade. Só tínhamos roupas e alguns livros.

- Sabe que dia é hoje? – Thi perguntou

- Não! Não faço ideia!

- O dia que a gente vai dormir juntinho. – Ele me abraçou

- Deixa de ser bobo, Thi! A gente já dormiu juntos mais de um milhão de vezes.

- Eu sei! Mas é a primeira vez que vamos dormir como um casal – Ele me deu um beijo no rosto

- Thi...

- O que foi?

- Tu sabes que faz muito tempo que eu não faço isso, né?

- O que?

- Transar...

- Eu não falei que iriamos transar – Ele riu de mim – Eu disse que íamos dormir juntinhos, eu te entendo e não estou te pressionando a nada, tá? – Ele me deu um cheirinho

- Tá, mas eu também não estou falando que eu não quero...

- Tu queres?

- Quero! Claro que quero!

- Agora não entendi mais nada...

- Eu quero, mas não sei como vai ser.

- Ei, somos nós! Nós sempre demos certo na cama, calma! – Ele disse de forma safada e mordeu minha orelha

Era bobice minha, eu sei. Eu realmente estava me sentindo um adolescente novamente, mas estar com o Thi me fazia lembrar de tudo, até das inseguranças bobas. Nós passamos o dia inteirinho largados no sofá, nós tivemos que inventar mil e uma brincadeiras para a Sophie, nós queríamos ficar quietinhos e ela queria pegar fogo.

- Vamos dormir, menina sapeca! – Já era tarde da noite e eu tentava faze-la dormir há um bom tempo

- Não! – Ela estava rebelde que era uma coisa

- Vem dormir, vem filha... – Eu já estava desistindo de faze-la dormir

- Vem dormir com o Titi, Sophie. – Ele levantou e foi pega-la no colo

Ela simplesmente foi com ele. Eu me desgastei horas e horas tentando convence-la e na primeira tentativa ele consegue? Que injusto! Ele foi com ela para o novo quarto dela, no inicio ele teve alguns probleminhas, pois ela não estava acostumada com aquela casa, muito menos com aquele quarto. Mas, ele conseguiu faze-la dormir depois de longos minutos, afinal ela estava elétrica demais.

- Pronto! Dormiu! – Ele veio do quarto da Sophie para a sala

- Hoje ela estava impossível...

- Normal! – Ele sorriu – Vamos dormir também? – Ele estimou a mão para mim, ele estava em pé na minha frente

- Vamos!

Ele me puxou do sofá e nós fomos para o nosso quarto. Eu primeiro fui ao banheiro, escovei só dentes e depois fui para cama. Fazia um calor insuportável em Paris (claro que nada comparado ao calor que faz no Norte do Brasil), então, eu estava só de cueca. Thi fez a mesma coisa que eu e fomos ambos para a cama só de cueca. Nós nos deitamos, eu estava para um lado e ele para o outro de costas para mim. Nós estávamos meio que sem jeito, então eu o abracei.

- Boa noite! – Eu disse

- Boa noite!

Senti-lo da forma como eu estava sentindo me fazia pensar em muitas besteiras. Foi pensando nessas besteiras que tudo começou.

- Antoine?

- Oi?

- Tem alguma coisa me cutucando aí... – Ele riu

- É? – Eu fui passando a mão no corpo dele carinhosamente

Ele virou de frente para mim e me beijou. Eu peguei na bunda dele, ele me olhou, sorriu e me beijou novamente. Ele me colocou de peito pra cima, desceu e foi tirando minha cueca. Ele me olhou novamente, eu adorava olhar aqueles olhos verdes tão expressivos. Ele começou a lamber e chupar meu membro calmamente. Éramos nós dois, nós estávamos ali, estávamos nos amando após tanto tempo. No final das contas, nós éramos e seriamos eternos amigos e amantes. Nossa amizade ia muito além do amor que sentíamos um pelo outro.

Nós dois estávamos nus. Ele me chupava e eu delirava, eu gozei nos primeiros minutos. Ele estava me deixando louco. Ele subiu e me beijou. Era a minha vez de dar prazer a ele, eu o segurei e nos girei na cama, ele ficou por baixo e eu por cima. Eu tirei a cueca dele e o chupei também. Eu subi, o beijei e pedi para ele virar de costas. Ele ficou deitado de costas para mim, eu fui beijando as costas dele até chegar onde eu queria. Ele empinou e abriu para mim, eu lambi a entrada por algum tempo. Eu o deixei empinadinho e fui pegar uma camisinha, eu senti um prazer inacreditável ao ve-lo daquele jeito.

Eu fui penetrando bem devagar, pois eu percebi que assim como eu, ele não fazia aquilo há um bom tempo. Ele sentiu um baita desconforto no inicio, o que era normal. Depois que ele se acostumou com a dor, eu comecei a me movimentar e ele a gemer. Eu me sentia explodir por dentro de tanto tesão. Eu o deitei na beirada da cama e fiquei em pé, no chão. Ele ergueu as pernas e eu o penetrei com força e velocidade, nós gemíamos bastante, mas não alto, pois tínhamos a Sophie.

Eu me abaixei o máximo possível e o beijei. Eu me levantei, o puxei e tirei a camisinha. Fiquei de joelhos em cima do tapete que havia no centro do quarto.

- Vem! – Eu o olhei e sorri

Ele procurou rapidamente uma camisinha, a colocou e se ajoelhou atrás de mim. Ele cuspiu e foi me penetrando com a mesma calma que eu tive com ele. Foi uma dor do cão, era como se eu estivesse perdendo a virgindade pela segunda vez. Ele enfiou tudo, me enlaçou em seus braços e beijou meu pescoço. Após alguns minutos, ele começou a se movimentar e a estocar com vontade. Depois dessa posição, ele deitou no chão, e eu sentei no membro dele, o fazendo ir ao êxtase, em poucos minutos ele havia gozado. Eu me levantei e me deitei do lado dele.

- Isso... foi... muito bom! – Eu disse ofegante.

- Eu quero mais! – Ele me beijou – Toma um banho comigo?

Nós fomos para o banheiro. Nós estávamos molhados, em baixo do chuveiro. Ele passava sabonete em mim e eu me excitei na hora. Ele pegou no meu membro e começou a me masturbar. Eu o virei e o penetrei sem pena dessa vez, nem de camisinha eu havia lembrado. Eu o abracei, mordi a orelha, lambi o pescoço, o beijei... Eu fui descendo minha mão até o membro dele e o masturbei enquanto eu o penetrava. Nós gozamos quase juntos.

- Uau! – Ele disse quando estávamos saindo do banho

- Eu to morrendo de fome!

- Depois disso, como não ficar com fome?

- Eu vou procurar algo para comermos.

Nós nos secamos, vestimos uma cueca e eu fui para cozinha enquanto ele arrumava o quarto. Eu fazia um sanduiche, encostado na pia, quando ele veio para a cozinha.

- Por que tu tens que ser tão gostoso?

Eu olhei para ele, por cima do ombro, e ele acariciava o membro que estava ereto por baixo da cueca. Ele veio até mim, acariciou minha barriga, nesse momento eu também já estava bem excitado. Ele me deu leves mordidinhas na orelha, encheu a mão em minha bunda e foi afastando minha cueca lentamente enquanto beijava e mordia meu ombro. Ele colocou o membro para fora da cueca e me penetrou daquele jeito. Eu me apoiei na pia para poder aguentar a forma como ele penetrava. Ele colocou as duas mãos na minha barriga, me afastou da pia e foi me levando para a mesa que tinha logo ali.

Eu me deitei de barriga para baixo na mesa, o que fez minha bunda ficar bem empinada. Em nenhum momento ele tirou o membro de dentro de mim. Ficamos um bom tempo assim, quando ele tirou o membro de mim, nós dois tiramos nossas cuecas, ele sentou na cadeira e me puxou me fazendo sentar só de uma vez no membro dele. Nós estávamos pegando fogo. Nossa química, nosso jeito, nosso amor estava intacto após tanto tempo. Ele gozou naquela posição e me masturbou até eu gozar.

- Minha... fome... triplicou! – Eu disse

- A minha fome por ti quadriplicou! – Ele disse – Eu te amo! – Ele me beijou

Nós nos levantamos e fomos tomar outro banho, já que estávamos sujos novamente. Mas, dessa vez nós não transamos. Nos secamos, nos arrumamos e voltamos para a cozinha, pois estávamos mortos de fome.

Ali estávamos, em plena madrugada comendo besteira. Só nós dois, de cueca, na sala de casa.

- Eu ainda não acredito que isso tá acontecendo! – Ele disse todo bonitinho – Tu tens noção do quanto eu sonhei com isso? Tu tens noção de quanto que eu desejei te ter novamente? Eu te amo demais! – Ele me beijou com a boca toda suja de chocolate – Eu te prometo não te decepcionar mais.

- Eu sei que não vais!

- Ei...

- Oi!

- E se a gente transasse aqui?

- No sofá que tu não gostas?

- É uma boa forma de fazer eu gostar do sofá, não é não? – Ele disse sorrindo sacanamente

Ele se jogou em cima de mim e começou a me dar beijinhos. Ele segurou na minha cintura e eu comecei a rir.

- Ué, o que foi?

- Tu estás fazendo cosquinha aí.

- Ah, aqui, né? É verdade! – Ele disse fazendo cosquinha de verdade

- Não faz isso, Thi! – Eu ria descontroladamente

- Não fazer o quê? Isso?! – Ele judiou de mim

- Para! Para! Para! Por favor!

Ele parou e me beijou. Nós ficamos no sofá nos beijando e nos acariciando até adormecermos.

- Papa! Papa! – Eu acordei com a Sophie me dando uns tapinhas na cara

- Oi!

- Papa! Coda! Coda!

- Oi, filha! – Eu disse abrindo os olhos com dificuldade

- Titi! Titi! – Ela tacou o tapa na barriga do Thi, mas eram tapas fortes – Coda, Titi!

- Ei, dorminhoco, acorda! – Eu disse no ouvido dele

Sophie insistiu nos tapas e só então ele acordou.

- Coda, Titi!

- Oi! – Ele disse com os olhos semiabertos

- Oi! Bom dia! – Eu dei um beijo na bochecha dele – Acorda por que estamos numa situação complicada, aqui. – Eu disse rindo - Filha, por que estás acordada a essa hora?

- Fome, Papa!

Ooooo meu Deus, eu estava maltratando minha filha.

- Papa já vai fazer café pra gente, vai pegar teus brinquedos lá no quarto vai.

Ela saiu correndo e foi buscar o que eu tinha falado. Thi e eu também saímos correndo para o nosso quarto.

- Maluco! – Eu disse rindo – Como tu deixaste a gente dormir lá no sofá? – Eu disse vestindo um short o mais rápido possível

- Depois do que aprontamos ontem, como eu iria conseguir levantar daquele sofá – Ele disse rindo – Tu estás mais safado do que eu me lembrava. – Ele me beijou

Eu sorri e fui ver o que a Sophie aprontava. Eu sai do quarto e ela estava vindo em minha direção.

- Vamos lá pra cozinha, filha. Papa faz café enquanto tu brincas.

Nós fomos para a cozinha e ela já estava acostumada, enquanto eu cozinhava ou ela ficava brincando ou ficava assistindo algum filme infantil. Eu fiz coisas bem rápidas, por que eu estava com fome e a Sophie também.

- Bom dia! – Ele me beijou no pescoço e me abraçou por trás

- Bom dia! Eu já tinha te falado bom dia!

- Mas, eu quis te dizer bom dia do jeito certo.

Ele foi até a Sophie e a puxou do chão a carregando.

- Booooom diaaaaaa, princesa Sophie! – Ele a encheu de beijos e a jogou para cima, ela adorava aquelas maluquices dele

####

Nossa vida estava ótima em Paris, eu, enfim, havia encontrado meu equilíbrio novamente. Os meses se passaram e eu já estava finalizando meu curso. Thi e eu já estávamos procurando apartamento em cidades vizinhas. Thi dava aulas particulares de português, ele conseguiu vários clientes na minha universidade e estava ganhando um bom dinheiro. Aquele clima de final de curso, de despedida se aproximava.

- Nós temos um grande problema para ser resolvido. – Thi disse quando eu cheguei em casa

- O que foi?

- A renovação do meu visto foi negada.

- O quê? – Eu falei assustado

- É! Eu tinha o visto de um ano, mas ele venceu e eu fui renova-lo e não consegui.

- Caramba! E agora?

- Eu já pensei em uma solução...

- Qual?

- Tu assistes filmes, né? O que as pessoas nos filmes fazem para ficar legalmente em um país?

- Tu estás brincando, né? – Eu disse rindo, eu já tinha entendido o que ele estava querendo falar

- Bom, de acordo com os filmes, eu tenho que me casar com um cidadão francês. Mas onde eu encontraria um cidadão francês, lindo e disponível para casar comigo? – Ele disse me abraçando – Ah, é! Eu moro com um!

- Palhaço! Por acaso isso está sendo um pedido de casamento?

- Claro que eu não queria pedir assim, mas sim. É sim! Eu só tenho mais dois meses na França. Passando esses meses, eu tenho que voltar para o Brasil.

- A gente já pode ir ao cartório agora?

- Podemos! – Ele sorriu – Espera, isso foi um sim?

- Claro, né Thi! Não sei se tu percebeste, mas nós já estamos casados.

- Aaaah! Não percebi! – Ele disse encenando muita surpresa

Nós tínhamos pulado a parte do namoro e estava dando certo. Nós dois nos conhecíamos e sabíamos os defeitos um do outro, assim como sabíamos agradar e amar um ao outro. Nossa relação tinha mudado, agora nós conversávamos sobre tudo e procurávamos encontrar a solução juntos. Ele não fazia mais nada escondido de mim, o caso do visto, por exemplo, seria algo que ele poderia resolver sozinho, mas ele me contou.

Nós tínhamos pouco tempo para regularizar nossa situação. Então, no dia seguinte nós tínhamos ido ao cartório nos informar como faríamos para nos casar. E tudo era mais ou menos simples, para se casar, um dos esposos devia morar na França por pelo menos um mês, como eu tinha nacionalidade francesa e como eu já morava lá há meses, foi tranquilo. Eles exigiram vários documentos, o que foi mais chatinho para arrumar. Tinha sido no inicio daquele ano que a França tinha autorizado o casamento entre casais do mesmo sexo. Era dezembro de 2013, até o final de fevereiro de 2014 nós tínhamos que estar casados.

A parte mais difícil foi avisar nossas famílias e nossos amigos, não queríamos fazer nada escondido.

- Mano? – Eu chamei o Dudu no Skype

- Olha, ele lembrou que tem um irmão...

- Eu lembro todos os dias, viu? Eu não tenho culpa se tu não atendes minhas ligações.

- Huuuum.... Como tu estás?

- Muito bem!

- E o Thi, tem se comportado?

- Como um príncipe! Eu tenho uma novidade pra ti...

- Oba! É coisa boa?

- Na verdade, são duas novidades. Uma é boa, a outra depende do ponto de vista.

- Conta a boa...

- Thi e eu vamos nos casar.

- Oi?

- Isso aí que ouviste.

- Eu mandei esse filho de uma égua pra namorar contigo, eu não mandei ele ir casar contigo.

- Que bonitinho ele com ciúmes.

- Sabia que tu estavas só brincando...

- Não, tô não! Vamos nos casar mesmo!

- Sem mim, Antoine? Como tu vais te casar sem mim?

- É um caso urgente, Dudu.

- Urgente? Tu só tens mais alguns meses aí, por que vocês não deixam para casar aqui?

- Bom, aí vai a outra novidade... – Eu respirei fundo e soltei de uma vez – Nós não vamos voltar para o Brasil - Ele ficou sem reação, eu só o via mexer no mouse e os olhos dele se movimentavam – Tu escutaste o que eu falei?

- Claro que sim! – Ele disse muito calmo – Espera só mais um minuto, eu estou comprando minha passagem PRA EU TE BUSCAR E TE ARRANCAR AS ORELHAS! O QUE FOI QUE EU TE DISSE? EU DISSE QUE ERA PRA TU PASSARES SÓ 6 MESES, NADA DE INVENTAR FICAR MAIS QUE ISSO. AGORA TU VENS ME FALAR QUE TU NÃO VAIS MAIS VOLTAR PRA CÁ? TU ESTÁS MALUCO? E TUA CASA? E TEU CARRO? E A PESTE DO TEU CACHORRO QUE JÁ COMEU QUASE TODOS OS MEUS SAPATOS? – Ele explodiu

- Dudu...

- Não, não me venha com desculpinhas bobas românticas. Pra que eu fui ajudar o Thiago? Isso é culpa dele, não é?

- Não! Na verdade a ideia é minha, eu já estava pensando nisso antes mesmo dele chegar.

- Por que tu queres ficar aí? E eu?

- Mano, nós temos nossas famílias agora.

- Eu sei disso, Antoine! Mas tu não entendes como tu és importante pra mim, né?

- Dudu, eu não vou morrer, eu só vou morar longe de ti.

- É, em outro país, em outro continente. Não achas que é longe demais?

- Eu preciso fazer isso, Dudu. Eu quero fazer isso.

- Tu não pensaste em nenhum momento como eu ficaria?

- É claro que eu pensei... mas tu podes vir me visitar. Tu nunca vieste aqui.

- Antoine, não faz uma besteira dessas.

- Não é besteira, Dudu. Eu estou pensando na minha filha. Eu quero que ela tenha uma formação excelente.

- Como se ela não pudesse ter isso aqui no Brasil.

- Claro que ela poderia. Mas, tu tens noção de como seria a formação dela aqui na Europa? Tu tens noção das bagagens que ela carregaria para a vida?

- É, ela teria tanta bagagem que ela até esqueceria a família dela. – Ele tinha ficado mais triste do que eu imaginava

- Mano, não fica assim...

- Eu falo contigo mais tarde. – Ele encerrou a chamada sem nem ao menos dizer adeus.

Eu fiquei surpreso. Claro que eu sabia que ele faria drama, mas aquilo não era drama. Era real! Ele realmente tinha ficado muito triste, decepcionado e magoado comigo. E fiquei me sentindo bem mal por isso.

- E aí, como foi a conversa com o Dudu?

- Péssima! Ele ficou super triste. E a tua com a Jujuba?

Nós tínhamos nos divido para conversar com nossos amigos.

- Não foi muito boa, não. Mas ela entendeu. Com quem a gente vai falar agora?

- Eu vou ligar para o Pi.

- Eu vou ligar para a mamãe.

- Ah, não! Deixa pra gente contar junto pra ela. Pra ela e pra Maman também, eu não dou conta sozinho da dona Ange.

- Então, eu falo junto contigo com o Pi e depois falamos com nossas mães.

- Tudo bem!

Eu peguei o computador do Thi que estava ali do nosso lado e liguei para o Pi. Naquele horário eu sabia que ele estava no restau, eu só tinha que ter a sorte dele estar no escritório naquele horário. Eu fiz umas cinco chamadas, na sexta ele atendeu.

- Oi, primo!

- Oi, Pi! Tudo bem?

- Tudo sim! E aí? Oi, Thi!

- Oi, Pi! Aqui tá tudo ótimo!

- Tô vendo... vocês estão bem, né?

- Maravilhosamente bem, tão bem que temos uma novidade pra te contar.

- Duas, na verdade. – Eu disse

- Opa, contem-me, então.

- Pi, aqui nós estamos morando juntos, tu sabes, né? É como se estivéssemos casados, então nós decidimos nos casar de fato.

- Ai, que legal! Com o curso do Antoine acabando, a gente pode comemorar a volta de vocês e a volta de vocês pra cá.

- Primo, a segunda novidade tem a ver com o nosso retorno ao Brasil. Nós não vamos voltar.

- Como é que é, Antoine? – Ele ficou serio de repente

- Nós decidimos ficar aqui na França.

- Antoine, nós temos um restaurante para cuidar. Eu não dou conta disso tudo aqui sozinho.

- Pi, já tomaste conta disso aí sozinho.

- Sim, mas nós não oferecíamos todas as refeições do dia. Eu quase nem durmo, Antoine. Não faz uma coisa dessas comigo. Eu pedi pra tu ires pra gente aprimorar nosso restaurante e não pra tu me ajudares a fechar as portas.

- Quanto ao curso que eu daria, eu ainda vou dar. Nós vamos passar um mês aí pra gente organizar nossa mudança.

- Antoine, eu sinceramente não acredito que tu vais fazer isso. Bem que o Dudu falou... Passem bem! – Ele desligou na minha cara como o Dudu

- Hoje é o dia! – Eu disse – Segunda pessoa que desliga na minha cara.

- Algo me diz que não vai ser a última.

- Nossa, por que eles estão tão chateados?

- Por que nós não vamos voltar, tu entendes como isso machuca todos eles?

- Poxa, mas é a nossa vida. Eles tinham que ficar felizes por nós.

- Eles não estão com raiva de nós, eles só estão chateados pelo fato de não poderem nos ver, de conversar conosco, de não fazermos mais aqueles encontros, de não mais fazerem parte da nossa vida.

- Poxa... – Eu tinha ficado bem triste por meus amigos terem ficado tão chateados e tristes comigo

Thi pegou o computador das minhas mãos e começou a acessar a internet. Eu fui ver o que a Sophie estava aprontando. Fui até o quartinho dela e lá ela não estava, fui no quarto de hospedes e ela também não estava, voltei para a sala e nada, fui a cozinha e nada, só me restava ir ao meu quarto.

- Filha! – Eu a chamei e ela pegou o maior susto

- Papa! – Ela estava simplesmente branca como uma vela de tanto creme que ela tinha passado nela, ela acabou com um vidro de creme meu.

- Meu amor, o que tu estas fazendo?

- To ficando chelosa como o xinô.

Eu nem consegui brigar com ela.

- THI, VEM CÁ! – Eu gritei do quarto

Rapidinho ele entrou no quarto.

- O que foi?

- Olha pra isso. – Eu disse rindo

- Sophie!!

- Filha, esse creme não é do papai?

- É!

- Meu amor, tu és um bebê ainda. Não pode passar isso. Olha só se tu passas isso, tu podes ficar cheia de feridinhas, pode te dar uma coceirinha danada. Não passa mais não, tá? Agora, vamos tomar banho pra tirar todo esse creme.

- Mas eu num vo fica chelosa.

- Meu amor, com tudo isso de creme, tu vais ficar cheirosa por um mês.

Eu a levei para o banheiro e dei um baita banho. Ela estava entrando na fase de mexer em tudo, eu já estava com medo da fase que ela riscaria todas as paredes de casa. Depois de banho tomado, eu a levei para sala e deixei o Thi de olho nela e fui para a cozinha fazer nosso jantar.

Separei os ingredientes, cortei o que eu precisaria, temperei a carne que eu faria...

- Amor! - Thi gritou da sala

- Oi!

- Tá afim de ir a um show?

- De quem?

- Daquela cantora que tu gostas?

- Eu gosto de mil cantoras...

- Da Celine Dion.

- O QUÊ? – Eu gritei eufórico - Quando vai ser?

- No final de semana. Vamos?

- É claro! Não perderia um show da Celine por nada nesse mundo.

- Vou comprar nossos ingressos.

- Agora?

- É! Vou comprar aqui pela internet.

- Atah!

Eu voltei a cozinhar super animado com a ideia de ir à um show de Celine Dion.

- Papa! – Sophie estava na minha perna

- Oi, filha.

- Fome!

- Tá com fome? Papa tá fazendo o jantar. Tu já vais comer.

Aquele pingo de gente abriu a geladeira e pegou um iogurte.

- Agora não, Sophie. Tu já vais jantar.

- Fome, Papa! – Ela disse com as mãozinhas no ar

- Eu sei filha, mas já tá saindo o jantar. Guarde lá guarde.

Ela correu com o iogurte para a sala e eu fui atrás dela.

- Papa! – Ela chamou o Thi, eu fiquei até paralisado. – Papa!

- Oi! – Ele ficou tão surpreso quanto eu

- Fome!

- Ta com fome? Mas teu pai já tá fazendo o jantar.

- Posso comer?

- Pode, meu amor!

Eu quis mata-lo na mesma hora, mas nós dois estávamos surpresos demais para falarmos algo.

- Do que tu me chamaste, Sophie?

- Papa!

- Eu sou teu Papa?

- É, como o Papa!

Aquela menina era esperta demais, mas eu queria saber o que passava na cabecinha dela quando ela falava que ele era Papa como eu. Como ele cuidava dela como eu, como ele a mimava, a colocava para dormir, ficava mais tempo com ela do que eu, ela deve ter começado a vê-lo como ela me via. Ele ficou todo bobo, é claro, com o fato dela chama-lo de Papa.

- Eu sou teu papa, filha? – Ele a pegou no colo

- É!

- Tu és minha filha, meu amor! – Ele a abraçou ternamente e eu quase chorei

Ele realmente amava a Sophie e eu o amava ainda mais por isso. Como ele mesmo disse, ele não queria que somente eu fizesse parte da vida dele, ele queria que minha/nossa filha fizesse parte da vida dele também. Eu estava feliz por ver aquela cena, mas em uma fração de segundos eu me peguei pensando em como o Bruno ficaria feliz por poder abraçar nossa filha daquele jeito. Como ele ficaria feliz e como ele faria uma festa por vê-la coberta de creme.

Eu voltei para a cozinha e terminei de fazer nosso jantar. Após tudo pronto, nós três nos sentamos juntos para jantar.

- Amor?

- Oi?

- A Sophie me chamou de Papa. – Ele estava radiante

- Foi? – Aparentemente ele não tinha visto que eu tinha assistido tudo

- Agora nós somos uma família de verdade, ela me aceitou.

- Ela já tinha te aceitado, Thi.

- Mas agora eu faço parte da família...

- Sempre fizeste, meu bem! – Eu peguei na mão dele

#######

Olááááááá!!! Meus amores, sinto comunicá-los que eu estou me aproximando do fim. Uma hora eu chegaria, não é? Estou escrevendo os últimos capítulos, como eu disse, em um determinado momento da história eu chegaria a um ponto em que minha vida já não mudaria até o dia de hoje. Estamos chegando ao fim, pessoal...

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Comentários

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Como assim chegando ao fim???... Não Sr... Vc tem que fazer da CDC o seu diário ou semanário e vir contar o que esta acontecendo com vcs pro resto da vida...kkkkkkk. Feliz por ter dado td certo com o Thi. Agora vc deveria pedir pra ele contar a versão dele dos fatos. Acho que daria um ótimo conto. Bsj pra vcs e um maior pra Sophie.

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nuss que capitulo lindo lol eu sabia que o fim estava proximo afinal ja são kse 200 capitulos kkk vou sentir muita saudade quando esse conto acabar^^ mas vo ler ele todo ate o fim

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Huum, não sei como não desconfiei desta possibilidade, uma vez que no capítulo 61 disponibilizaste teu email e ele termina em fr.

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Estou muito contente pelo teu acerto com o Thi e a aceitação da Sophie. Triste pelo final que se aproxima, ainda mais por ter a sensação de que estás na França. Isso requererá uma programação maior para eu ir à Europa conhecer-te, bem como o Thi e a Sophie. A estabilidade de tua vida é uma satisfação muito grande para mim. Aguardo, ansioso, a continuação. Um abraço carinhoso para os três,

Plutão

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Ai que triste! Gosto tanto da sua história. .. beijinho

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😍😍😍 final?! Não! 😭😭😱😱 não aceito ! Vc viu meu e-mail? Bjs amo seu conto ❤️

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Você merece ser muito feliz!! Que no que deu mais uma chance ao amor

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fiquei curioso com esse final, n deve ter sido confuso a sophia chamar o bruno de pai e apos dois-tres anos ela chamar o thiago de pai? tipo houve um momente de conversa com ela pra deixar claro que ambos eram o pai dela e tals?

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