O Garoto do Mercado - Parte 10

Um conto erótico de Dri_Al
Categoria: Homossexual
Contém 1262 palavras
Data: 05/10/2016 00:51:05
Última revisão: 08/10/2016 13:39:31

Sabe o celular? Então, caiu... eu fraquejei. O corpo falhou naquela hora. Será que ele me ligou pra saber o que aconteceu com seu pen drive? Será que notou algo diferente? E agora?!

Conhecendo Thiago eu posso pensar de tudo... me meti numa furada.

Catei o celular do chão e olhei a tela pra ver se estava tudo certo. A chamada ainda se mostrava ativa, merda!

- Eh... eu não me senti bem. – Não tinha outro jeito a não ser apelar pra isso.

- Entendo... que pena, eu ainda estou louquinho pra gente terminar o que começou. Vou na sua casa agora, posso? – Ai JESUS, escapo dessa?

- Não!!! Ehh... mi... minha mãe... ela tá aqui agora, não dá-dá... outro dia quem sabe... – Estava igual uma metralhadora, de tanto gaguejar.

- Ok então né, vamos ter mais oportunidades, vou te foder de novo Adriano, pode ficar sabendo. Quero esse buraco apertadinho só pra mim. – O que ele tem exatamente? – Vou te foder de quatro, frango assado, cabeça pra baixo, mamãe e papai, de todo o jeito possível. Eu quero essa boca, essas mãos passeando pelo meu corpo, me fazendo arrepiar com sua língua... – Golpe baixo, mas como o nojo me faz sentir ânsia, as palavras não surtiam efeito. – A sua hora vai chegar... – Tranquei.

- Ehhh... hãm... tudo bem... eh... vamos sim... tenho que deligar agora, minha mãe esta aqui... até... até mais Thi-Thiago... – O desmaio está chegando, não tô nem um pouco perto das minhas noções.

- Bye novinho delicia, até a nossa foda. Beijo bem gostoso nesse cuzinho. Fui. – Parecia uma voz medonha, não sabia descrever naquele estado em que me encontrava.

As reações dessa tarde foram cansativas demais, o mundo externo nem parecia existir. A minha concentração estava dopada.

Quando me dei por conta o computador me alertou de um disco conectado e perguntou o que fazer? “Abrir uma pasta para exibir os arquivos”. E “voilá”, planilhas com datas, nomes e apelidos. Encontrei tudo.

JOHN MATE

PEZAO

CARLO DIBRIO

FERNANDA

RENATO

Entre outros.

A contabilidade se estendia em várias planilhas, cada uma com data e titulo bancário. As contas se localizavam nas Ilhas Maldívias e outros paraísos fiscais. Uma coisa de extensão enorme, gigante. Estava começando a me sentir preocupado com o que podia fazer com isso aqui. Há inúmeras possibilidades, mas o resultado final é perturbador.

Se eu vou até o Thiago e chantageio ele, possivelmente eu recebo uma ameaça de morte. O perigo é eminente, não tem pra onde correr. Se eu denunciar à polícia isso vai envolver uma investigação enorme, pessoas de vários lugares estarão envolvidas. Caso denunciasse, a coisa ia ficar feia. Renderia Federal e minha família poderia ficar em perigo. E agora Adriano?

Fiquei com a cabeça quente até a noite chegar, nem havia percebido, mas o sábado passou voando. Me animava saber que na segunda seria feriado municipal. Tenho tempo pra pensar.

Fifififiu, assobio familiar. Uma mensagem de wpp. AHHHHHHHHHHH. Era dele. Me segura. O forninho caiu. Kaique em pessoa.

~~Adriano, eu sou corno? – O que era aquilo?

Como assim Kaique?

~~Estaba pensanfo eu so cornãooooo – Como assim? O que ele tem?

~~Cronaooooooooo é o que o Pedro me fisse onten hahahahah

Kaique, o que vc tá fznd?

Onde vc tá?

~~ Eu tô me afundando hahaha

~~ To afogangando as decepções... – Ele estava bêbado, só pode.

Kaique você tá bêbado?

~~Euuuuuu to bebaçpo carrlho

Onde você tá? – Acabei me preocupando.

~~ Longe de você hahahaha jé o sufiiicte – Não entedia muito bem como ele escrevia, era notável a embriaguez apenas pela forma errada dos textos.

Me fala onde vc tá!

~~ Não falo hahaha

Espera ae então. – Tá na hora de tomar uma providência, ele não tinha carteira, mas dirigia... ou seja, estava correndo perigo. Apertei chamar.

- Alôuu – Voz espantosamente embriagada.

- Kaique, me fala onde você esta! Vou até ai!

- Você vai vir aqui, como? É um bundão nem carro tem hahahaha. – Ofensas, apenas releve Adriano.

- Eu tenho bicicleta e sei dirigir muito bem um carro, me fala onde você está, por favor!

- Eu vou te dar... eu vou te dar... dar um desafio hahah (calma gente). – Ele precisava de alguém rápido.

- Me fala com quem você esta?

- Com o Pedrão, meu primeiro e único... – Como assim?

- Cara, você não tá falando coisa com coisa... – Eu vou morrer hoje, certeza.

- Eu ainda amo ele, nunca vou esquecer, né Pedrinho lindo. Uhuuu tesão... (é isso ae meu lindo, sou eu mesmo hahahahaha) – Uma voz ao fundo falou. O tal do Pedro?

- Deixa eu falar com esse Pedro ae?! Agora! Passa pra ele!

- Hahahah claro! (Toma Pedro fala com ele, esse projetooooooueu) – Aff bêbados.

- Oieee gatinho da bundinha... Tudo bem? – A voz era muito linda, um pouco afeminada, era perceptível que Pedro é gay.

- Oi, eh... Pedro né?

- Sim, o próprio em matéria e boniteza. – Parecia mais bêbado ainda.

- Onde vocês estão? Por favor me diz?! – Insistia.

- Bar da Esquina hahahahaha – É, ia ser difícil.

- Cara é sério, onde VOCES ESTÃO? – Gritei.

- Grill Bis, hahahahahah bebendo muito. – Pronto. Já era o bastante.

- Ok, até mais. – Fui curto e grosso.

- O que? Você já vai desl... – Ligação terminada.

Peguei a bicicleta e tomei o rumo. Era 21h45. Chegava lá em cinco minutos se pedalasse bem rápido. Estava cansado numa subida infernal daquela estrada enorme. Os carros passavam rápidos. VIA EXPRESSA, CUIDADO! As placas indicavam.

Avistei o estacionamento. As pessoas iam muito ali. O bar era bem frequentado e muito caro idem. Pude ver, então, eles sentados numa mesa. Só homens! Ave credo, o Kaique se rebaixou a tanto? Cheguei chegando. Ele olhou pra mim e na hora sua cara mudou. Era de susto. Acho que não acreditou muito bem. Procurei seu carro, era um Fiat Strada. Avistei no lado B junto de mais alguns que apresentavam ser bem caros, por sinal. Voltei pra ele:

- Garoto, olha só você! Nunca imaginei isso... – Soltei.

- Adriano? Que bom que você veio heheheh, senta aqui meu brother. – Brother? Sério isso? Tá bom...

- Você não me chamou de brother anteontem, lembra? – Tô soltando fogo aqui.

- Do que você tá falando? – A cachaça lhe fez mal, o hálito era horrível. Podia sentir dali. Pedro me olhou:

- E aí Adriano, não cumprimenta a gente?! – A voz era mais grave pessoalmente.

- Olá Pedro, como vai?

- Agora bem melhor... – Falou mordendo os lábios, eu percebi desde que cheguei o quanto ele observava minha bunda, tá ai o motivo de “não ter lhe visto”.

- Ah que bom! – Sarcasmo. Estava na hora de acabar com a festinha. Catei o Kaique pelo braço, ele era mais forte que eu, só que a bebida o enfraqueceu. Nem dei atenção para os que estavam na mesa. Levei ele pro carro:

- Me solta caralho, não vou a lugar nenhum com você... – Ele se debatia. Mas a força era falha.

- Não solto, você vai embora comigo agora! – Ordem. Máxima. Catei minha bike e coloquei sobre a caçamba do carro dele. Joguei ele no banco do passageiro e liguei a chave. Já não se debatia mais. Estava calado olhando pra frente. Ao longe vi o Pedro correndo pro nosso rumo, tratei de ligar o carro e sai cantando pneu. Acelerei e sua figura foi sumindo no meu retrovisor.

Kaique estava de alguma maneira perplexo, não falava nada, muito menos fazia, apenas ... me olhava! É o que? Isso mesmo! Estava te olhando. Seus olhos abaixaram. Abriu a boca:

- Por que você fez aquilo comigo, Adriano? – Enfim a pergunta principal. - Transou com meu irmão logo depois de a gente ter uma foda tão boa, ia ser promissor... – Ele agora estava triste. Eu já tenho meu jeito de explicar, é só ir em frente.

Continua...

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