Gelo no Coração ou Coração de Gelo? cap 06

Um conto erótico de Stardust
Categoria: Homossexual
Contém 1547 palavras
Data: 16/09/2016 23:39:53
Última revisão: 15/11/2016 21:31:57

Eu disse que nem ia dar pra sentir falta kkkk. Eu sei que demoro pra colocar uma cena quente, mas dizem que um conto nem sempre é sexo, ele pode focar no amor. Talvez eu não saiba como definir isso bem, porque eu não acredito muito no amor, acredito no amor dos outros, é lindo e tals, mas comigo não sei. É estranho alguém com meu pensamento escrever contos, mas fazer o que, tá virando um hobbie. Bora pra história?

Continuando...

A pessoa que entrou na sala chegou com uma sexta de café da manhã no rosto, como se fosse uma surpresa e falando:

- Tá meio tarde pra tomar café? (Essa voz irritante eu conheço)

- Depende, se for com a comida que quero, o café não tem hora. (Ficou um duplo sentido até pra mim kkkkkkkk).

- Isso foi uma resposta pro café ou pra outro tipo de café?

- Tanto faz. O que faz aqui Cristina?

- Vim te visitar, uma coisa que você não fez comigo durante esse mês e agradecer por ter me ajudado aquele dia. Por isso trouxe essa sexta, como agradecimento.

- Ah, obrigada. Só isso?

- De nada sua grossa, pode nem ao menos fingir que gostou?

- Eu gostei, mas eu tô esperando uma paciente.

- Por acaso seria C.R. Amaral Dantas?

- Sim, mas como sabe?

- Digamos que eu seja essa pessoa.

- Como é!? (Não se digo surpresa ou decepção, patricinha comigo aqui, pertubando)

- Gostou né? Serei sua nova paciente. Cristina Ribeiro Amaral Dantas.

- Vou até olhar o calendário, quero tirar férias logo.

- Nossa, quanta animação ao me ver (cara de deboche).

- Mas como você me achou?

- Lembra que meu tio Ludo faz consulta com você?

- Quem?

- Meu tio Luiz Ricardo, mas gosto de chamar ele de Ludo.

- Olha aqui é meu trabalho, não é local pra brincadeiras, sério.

- Eu não tô aqui para brincadeira não, quero realmente fazer a consulta, olhe a ficha e veja a causa.

Eu analisei a ficha e realmente, ela estava precisando de ajuda, lá dizia que ela está com medo das pessoas em festas, ou até em um local público aberto, ela pensou que podia ter acontecido o pior se eu não tivesse chegado a tempo. É normal, sintomas de medo depois de uma pressão forte, pode acontecer bem depois. Meu trabalho é orientar conversar então vamos lá:

- Realmente, isso é comum, pode acontecer de o medo ficar guardado por um tempo maior e depois sair do nada e te pegar de surpresa.

- É como se eu as vezes tivesse a impressão de ver o pior, achar que podia ter sido estuprada e em seguida morta. (O tom dela parecia mudar de normal pra tristonho)

- Senhorita Cristina, acalme-se, isso é fruto da sua imaginação, medo contido há um mês, em alguns casos pode gerar esse incômodo, mas precisa ter a autonomia de falar pra si mesmo que não aconteceu e que está bem.

- Eu, eu... (Do nada ela me abraça, como se fosse um socorro).

- Ahn, Cristina...

- Oi? (Lagrimas começaram a cair)

- Não, nada, se acalme.

Sério, como eu deixei ela me abraçar? Nenhum paciente já fez algo do tipo e também de costume não deixaria isso acontecer, ver aquela menina frágil por alguns momentos me deixou frágil. É como se eu me preocupasse com ela não apenas como paciente, eu decidi recobrar minha postura e pedi pra ela deitar de novo no sofá. Ela do nada fala algo que me fez ver um lado meio frio meu:

- Desculpa, eu sei que você não gosta de demonstrações de afeto, aqui é seu local de trabalho, eu vou embora por que te atrapalhei.

- Espere, não se desculpe, tá tudo bem, eu quero apenas que você se sinta melhor.

“Meu coração de gelo tá amolecendo só pode, manda trazer o nitrogênio líquido pra gelar de novo”

Após uma hora de sessão, ela se sentia melhor e quando iria embora, alguém bate na porta e em seguida entra falando:

- Dra. Priscila, bom dia, como está?

- Olá seu Raul, bom dia, vou bem e com o senhor?

- Com esse sorriso novo feito agora pelo Dr. Rodrigo me sinto bem.

- Tá lindo papis. (Cristina fala abraçando o pai).

- Obrigada meu amor. (Beijo na testa da filha). Então Dra. Priscila, como foi a sessão?

- Estamos começando bem, tudo na maior calma possível, o importante é que o paciente se sinta bem.

- Ótimo, fico feliz por minha filha estar se sentido melhor. Mas tem uma coisa que me aborrece um pouco.

- O que?

- Você nunca foi nos visitar depois daquele sábado.

- Sou muito ocupada seu Raul, as vezes falta tempo e aliás eu salvei apenas sua filha, não era razão pra eu me intrometer a família de vocês.

- Apenas salvou? Você garantiu a felicidade de um pai ao saber que sua filha estava bem. A partir de hoje você sempre será bem-vinda lá em casa.

- Obrigada, mas...

- Sem mas, pra começar logo, gostaria que fosse jantar conosco na sexta à noite.

- Agradecida, mas...

- Ótimo, filha ela aceitou. (Tô perdendo minha moral é?)

Eles se despediram e foram embora, enquanto rapidamente eu arrumava as coisas pra ir almoçar, do nada a Cristina entra e fala:

- Toma meu número, assim não haverá razão pra dizer que não tinha como falar. Te aguardo sexta, muito feliz por que você vai. ( Me abraçou e me deu um selinho).

- Garota, tá doida?

- Sempre fui, agora me passa seu número.

- Não mesmo, pra que?

- Falar com você obvio.

- Cristina, tchau, vaza. (Perdi até a postura ao falar).

- Vai me dar não? Eu consigo, beijinhos. (E ela saiu da sala)

- É cada maluca que me aparece.

A tarde passou rápida, cumpri minha agenda do dia e fui pra casa, comi, tomei banho e fiquei assistindo Matrix. Estava tudo ótimo e calmo até alguém bater na porta.

TOC TOC...

- Quem pode ser? (Falei muito animado em alguém interromper meu filme)

Abri a porta e me deparo com a última pessoa que esperava ver.

- Oi gata inglesa, atrapalho? (Era a Flávia)

- Sim! Como descobriu onde moro? (Fria como sempre)

- Affs que fria. Tenho meus contatos.

- Fale logo o que você quer.

- Posso entrar pelo menos ou vai me deixar como uma bananeira plantada aqui?

- Entra... Adiante o assunto.

- Vim saber se gosta de vinho?

- Gosto. Era só isso? Pode ir já.

- Calma, que tal abrirmos e tomarmos? Esse aqui é chileno, um dos melhores.

- Ele podia ser italiano, mas tô nem ai, vaza.

- Para de ser grossa comigo, desde que nos vimos que você está assim, eu só quis vim saber como está e conversar.

- Vou bem. Já conversou?

- Affs, o que é que você tem comigo? Poxa eu tô aqui numa boa querendo falar com uma pessoa importante pra mim.

- Preciso responder?

- Poxa, o passado ficou lá, senta ai.

- Não...

- Senta logo. Onde ficam as taças, vou abrir esse vinho.

- Folgada você.

- Folgada e abusada, beijos.

- Prontinho. Agora um brinde. (Tin Tin, taças batendo obvio kkkk)

Começamos a conversar, meu filme da noite já era, nem na metade estava. Ela perguntava sobre minha viagem, minha especialização (lembrando que eu me formei aos 21, mas não atuei aqui no Brasil, ganhei a bolsa e fui pra Londres, trabalhei lá como assistente da minha professora, Sra.Charlote, futuramente falo dela). Eu comecei a pegar leve com ela enquanto conversávamos, a garrafa de vinho ia acabando. A garrafa acabou e eu fui lavar as taças, quando acabo ela no balcão da cozinha olhando pra mim, com aquele olhar de que quer algo a mais. Até que decido falar:

- Algum problema?

- Não, apenas soluções estão por vir (Ela ia se aproximando, até colar os olhares).

- Você...

- Shhh... (Começamos a nos beijar, até que corto rapidamente).

- Para Flávia, não podemos.

- Podemos sim, sou solteira e você também que eu sei.

- Mas não quer dizer nada isso.

- De certo modo sim, se você realmente não me quisesse aqui, nem abria a porta, agora shhh...

- Para...

- Mandei ficar quieta shhh... (E o beijo ficou intenso)

Novamente coloquei ela em cima de um balcão e depois fomos para o quarto, roupa sendo tirada a moda selvagem (ou tira ou eu rasgo). Ela já estava começando a falar naquele tom:

- Isso me come mais rápido. Me chupa, me faz sua, ahhhhhh.

- Aguenta tudo agora.

Aquele sexo estava intenso, eu a chupava, beijava, mordia de leve seus seios e lábios, torturava um pouco na hora que ela ia gozar sempre parava. Quando acabamos ela sobe em mim e fala:

- Minha vez. (Começa a me beijar e tenta colocar seus dedos em mim, mas eu rapidamente impeço).

- Sim, sua vez de ser comida novamente. (Derrubei ela do outro lado da cama e fiquei por cima).

- Eu quero te comer, gata inglesa.

- Nem sempre querer é poder.

- Mas...

- Sem mais. Cala a boca e me beija vadia.

Não queria que ela tocasse em mim, não mais, na verdade mal deixo algumas mulheres tocarem em mim, sobre os homens é inevitável, não tem como eu comê-los haha. Nessa brincadeira acabamos por volta de 1:00 da manhã. Ela chegou aqui as 22:00, o vinho acabou na hora seguinte e o resto já sabem haha. Eu fiquei exausta e comecei a dormir junto a ela. Amanheceu, Sol batendo no rosto de leve, acordei, fiz minha higiene e fiquei de roupão, pra depois do café trocar de roupa.

CONTINUAAAA...

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Olha que ela é braba!

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