João e o Pé de Feijão - 5

Um conto erótico de Tazmania
Categoria: Homossexual
Contém 1425 palavras
Data: 04/09/2016 15:54:42

- Você mora aqui também?

- Sim e não. Eu ajudo o Bruninho a cuidar da vó. – “Bruninho?” como assim “Bruninho”?! – Como ele trabalha e tal, eu acabo ficando aqui quando ele não está.

- É bonito ver esse carinho de vocês pela vó.

- Ela boazinha, não tem como não gostar dela. Pena que está doente, uma pessoa boa assim não merece sofrer.

- Vamos Tavinho! – Gritou o Bruno do corredor e entrando na cozinha. Ao nos ver conversando ele ficou parado na porta, olhando para o primo com um olhar de dúvida. – Oi Rodrigo, tudo certo?

- Claro Bruninho, estou aqui conversando com seu amigo carioca.

- Espero que não esteja falando merda pra ele, muito menos mal de mim.

- Nunca faria isso priminho – falou ele rindo. Mas quanto diminutivos! – A vó ta dormindo?

- Tá cochilando agora, dei já o remédio dela. Vou sair, vai ficar aqui?

- Fico sim.

- Vamos Otávio?

- Vamos. Até mais Rodrigo, satisfação conhecer você.

- Igualmente.

Fomos saindo e ele me levou para conhecer melhor a cidade. Mas eu me mantinha um pouco calado. A história do bonitão não estava descendo pela minha garganta.

- Nessa loja eles vendem uma torta deliciosa, quer provar?

- Pode ser.

- O que houve? Tá chato o passeio?

- Nada.

- Eu te conheço Otávio! Você está muito calado.

- Nada Bruno, só estava pensando porque você não tinha me falado do bonitão ainda.

- Que bonitão? O Rodrigo?

- Ah, então você acha ele bonito?

- Ué, e ele não é? Quer que eu minta dizendo que para mim o único cara lindo do mundo é você?

- Seria mais fácil assim.

- Está com ciúme amor?

- Não é ciúme, mas quero saber porque me escondeu ele.

- Mas eu te falei que meu primo me ajudava a cuidar da minha avó.

- É, mas não me falou que ele parecia ator de novela.

- E tinha que descrevê-lo? Olha, eu que estou com ciúme por você achar ele tão bonito assim. Não estou te entendendo.

- Nada haver, sabe que só sinto isso por você. Outros homens não me atraem.

- E as meninas?

- Bem, ai eu não posso negar. Tem umas que eu não consigo não olhar.

- Então pronto, eu que deveria sentir ciúme, mas confio em você. E outra, mais hétero que o Rodrigo não há, então relaxa.

- Ok amor, desculpa.

- Tudo bem... Quer a torta?

- Quero sim, vamos lá.

Eles comeram e depois voltaram para casa, pois a tarde o Bruno tinha que ir trabalhar. Quando o namorado saiu, ele ficou sozinho no sítio, na verdade, com o Rodrigo e a dona Eugênia, vó de ambos. Aproveitou então para arrumar suas malas, passeou pelo sítio, depois jantou o que uma empregada da casa fez, e por fim cochilou no quarto, esperando seu amor chegar.

Quando abriu os olhos, viu Bruno de cueca e uma toalha no ombro, indo para o banheiro. Não quis chamar o namorado, para que ele pudesse tomar seu banho em paz. Enquanto o mais velho se banhava, ele foi à cozinha e esquentou a comida para ele. Quando ele apareceu, já estava tudo posto à mesa e ele estava sentado esperando.

- Oi Tavinho, te acordei?

- Sim e não, mas foi ótimo, só dormi porque estava te esperando.

- Desculpa a demora. Nossa! Já sabia que eu estava cheio de fome.

- Eu te conheço né amor, digo, Bruno. – Lembrei que o priminho ainda estava pela casa, então tinha que me policiar.

- Relaxa, o Rodrigo já foi embora e a vó já está no quarto.

- Maravilha.

- E como foi sua tarde?

- Não fiz nada, só dei umas voltas por aqui mesmo, fiquei na net, comemos e fiquei te esperando.

- Desculpa não ficar com você.

- Mas amor, eu sabia que você teria que trabalhar, relaxa.

- Hum... O Digo se comportou?

- Sim, por quê?

- Ele costuma fazer umas brincadeiras sem graça, as vezes.

- Que tipo de brincadeiras?

- Ele costuma falar algumas coisas para chocar, mas não são verdade. Entendeu?

- Não muito, mas tudo bem...

- Sempre com ciúme né?

- Ele sabe de você?

- Digamos que sabe.

- Ué, como assim?

- Ele fica jogando indireta pra mim, e já me perguntou na cara dura se eu era gay.

- Mas porque? Você é tão machão, meu machão rsrs.

- Sei lá, mas eu desconversei, mas com certeza ele sabe.

- E de nós?

- Agora deve saber, só juntar 1+1 né?

- Será que ele pode fazer algo?

- Nada amor, ele é de boa.

- Sei lá, não fui muito com a cara dele.

- Isso é ciúme, é tão fofo você com ciuminho.

- Não acho nada fofo.

Eles ficaram em silêncio e Otávio, que ainda estava irritado, apenas observava Bruno comer. Assim que ele terminou, o mais novo já recolheu seu prato e foi lavar, deixando o namorado impressionado, na verdade desconfiado.

- Porque você está tão prestativo assim? Alguma coisa você quer.

- Olha só como você pensa de mim. Meu amor trabalhou e está cansado, então só não quero que ele se canse mais.

- Oh, que fofo Tavinho.

- Viu, eu sou fofo. Agora vamos deitar porque já está tarde né?

- É, vamos sim, estou destruído.

Essa frase fez Otávio pensar no sexo que estava querendo fazer desde que chegou ali, por mais cansado que ele estivesse, não iria deixar de tentar. Foram para o quarto e ambos se arrumaram para cair no sono. Deitaram na mesma cama e Bruno se aconchegou no peito de Otávio para dormir. Depois de se despedirem e Bruno já estar de olhos fechados, Otávio enfiou a mão em na cueca dele e segurou seu pau com delicadeza, mas firme, isso fez Bruno tomar um susto.

- Amor, que ataque é esse? Rsrs.

- Quero você.

- Ah benzinho, estou tão cansado, não pode ser amanhã? Meu corpo está todo dolorido.

- Posso fazer uma massagem em você então.

- Está bom.

Ele deitou de bruços e Otávio, pegou um hidratante, e começou a massageá-lo. Estava realmente muito relaxante, mas em determinado ponto, ele se concentrou unicamente em uma região, a bunda do Bruno. Depois de muito massageá-la, ele abaixou a cueca e começou a beijar e por fim, afundou sua língua nela, fazendo Bruno soltar um gemido de prazer, seu sono foi embora ali, pois também estava ardendo de tesão pelo namorado. A noite de amor foi intensa como sempre entre os dois. Otávio era firme quando se falava em sexo e Bruno era faminto, então os dois na cama tinham uma química ótima e ambos ficavam extasiados depois do orgasmo. Como sempre acontecia, depois do prazer Bruno praticamente desmaiava e Otávio ria ao ver seu companheiro dormindo.

No outro dia acordaram tarde por causa da noite intensa que tiveram. Ao saírem do quarto, o primo do Bruno deu uma risada maliciosa. Otávio percebeu ali que ele tinha certeza do seu namoro com Bruno, mas fingiu que nada aconteceu. A manhã passou tranquila e logo a tarde apareceu. Bruno tinha que ir trabalhar novamente, então Otávio não viu necessidade de ficar ali até o namorado voltar, logo, depois de uma maravilhosa despedida, ele foi arrumar suas coisas para poder voltar para o Rio. A surpresa que teve foi o Rodrigo se oferecer para leva-lo à rodoviária, como teria que andar muito, aceitou.

- Vamos Otávio?

- Vamos sim, e obrigado novamente por me dar essa carona.

- Está tranquilo, afinal, você é da família né.

- Que isso, não chega a tanto.

- Ué, você não namora com o Bruno? É meu primo também.

- Do que você está falando cara?

- Eu sei que vocês dois tem um caso, não adianta tentar me enganar, e cara, relaxa, eu não sou preconceituoso não.

- Você que está falando isso, não eu.

- Chega a ser engraçado vocês dois juntos, dois machões se pegando, as aparências enganam.- mas eu permanecia em silêncio, estava com raiva demais para responder. – Você ama ele?

- Amo.

- Então cuida bem dele. Esse moleque é esforçado, já sofreu pra caramba, principalmente quando chegou aqui, então cuida dele, ok?

- Isso que pretendo continuar fazendo.

- Ótimo, assim não teremos problemas primão. – ele estava me ameaçando?!

- Não teremos problemas se ninguém interferir no que a gente tem.

- Pode ficar tranquilo porque do que você gosta eu quero distância e outra, nunca prejudicaria o Bruno, ele é como um irmão pra mim.

- Maravilha, assim a gente fica combinado.

- Sim, chegamos. Boa viagem e seja sempre bem vindo.

- Obrigado pela carona novamente.

A volta pra casa foi de muita reflexão para Otávio. Alguém sabia de seu relacionamento com seu amigo, e agora? O que fazer? Bem, nada podia ser feito, ele iria lutar para ficar com seu namorado, este que lhe dava tanta alegria. Afinal, para quem ama realmente não há barreiras.

Tô com pressa, então comento mais tarde, ok?

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Comentários

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Amei, o primo do Bruno parece ser maneiro, além de gostoso!

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Adorei ver o Tavinho com ciúmes, estou amando o conto, tem jeito de fazer uma maratona? Hein, o que me diz? U.U

Beijos, lindão! <3

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