Sábado 9hrs
- Vamos, vamos- diz Yuri chegando ao nosso quarto batendo palmas. Eu só me reviro na cama, escondendo minha cabeça debaixo do travesseiro- não adianta se esconder....- ele tira o travesseiro da minha cabeça
- Ahh Yuri- digo não me movimentando
- Sem reclamação- diz me pegando no colo e me levando no meu banheiro- toma banho que a gente ta bem ocupado hoje.
Ele sai do banheiro deixando eu com uma cara de idiota e de sono.
Tomo um banho sossegado, para tirar a preguiça. Hoje iriamos comprar nossa cama pro apê novo, sofá e coisas do dia a dia. O dia estava nublado, coloco uma calça com uma camiseta preta normal e saio pra tomar o café da manhã.
- Não está de mau-humor hoje- pergunta Yuri enquanto me aproximo dele. Pra variar, ele está só com um calção curto de futebol.
- Não tem como- ele se vira me abraçando e cheirando meu cabelo
- Ta cheirosinho meu rapazinho- diz passando suas mãos dentro de minha camiseta.
- To sim haha não faz isso Yuri- digo me contorcendo
- Porque?- pergunta rindo
- Você está me deixando envergonhado- digo pousando minha cabeça no seu ombro
- Que bobagem. Só estou aproveitando esse corpinho- diz indo em direção a minha boca e tascando outro beijo. Sua barba estava áspera, estava começando a crescer de novo- Cuida pra mim aqui das coisas que vou tomar um banho rapidinho tá paixão?
- Ta bom. Vai lá...não demora
POV Yuri
Sim. Eu havia beijado ele. Chega de só passar vontade. Quando ele havia começado a corresponder eu me acalmei e daí senti prazer no beijo. Ele era muito puro. Assim que abaixei minha bermuda ele ficou com uma expressão assustada. Eu queria transar com ele, mas não naquele momento. Só quando ele quisesse. Ali tive certeza que ele era virgem e com isso fiquei feliz de ter gigantes chances de ser seu primeiro...e ÚNICO.
Não transamos. Só ficamos nos curtindo. Entre beijos e amassos.
Meu dias estavam sendo ótimos. Eu estava com meu irmãozinho em toda sua completude.
Era sábado. Iriamos sair para comprar algumas coisa pro apê novo. Sai da cama com muita frustração, queria ficar lá. Deixei meu pequeno dormindo mais um pouco. Ele estava muito ocupado por esses dias. Merecia descansar mais.
Depois de tomar banho vestir a roupa e colocar um boné branco com aba vermelha, virado pra trás (estava usando bonés muito, ultimamente) sai para a cozinha, onde meu garotinho estaria. Ele tinha pego o também um boné...aquele que eu havia o dado tempo atrás.
- Ta lindão- diz ele, inflando meu ego
- Eu sei...sempre fui hahaha- digo passando minha mão em seus cabelos.
No carro, novamente ele dormiu...sério...me cortou o coração ter visto essa cena.
A gente parecia casados na loja. De mãos dadas, às vezes a gente parava só pra dar um selinho gostoso na boca. Estávamos levando uma vida de casados hahaha.
Enchemos meu carro de coisas. Grande parte já havia lá, pois Tânia mesmo mobiliava o apê...era decoradora...mais uma razão pelo elevado preço. Liguei para ela, avisando que os entregadores iria lá, montar o sofá e a cama. Era um cama grande. Ótima pra namorar ;)
O resto do fim de semana foi normal. A não ser por nossos beijos e carícias durante o dia. Estava convencido que não há ninguém mais fofo e adorável que meu Marquinhos...delicinha.
A semana que se seguiu foi apurada. Segunda começamos a mudança e somente estávamos instalados completamente na sexta daquela semana. Nossos antigos móveis foram vendidos assim, deixamos o apê onde nos conhecemos e tudo começou, para trás. Nunca vou me esquecer desses 6 meses e meio que passamos aqui. Entre as minhas burradas e entre felicidades, como quando foi a nossa volta das férias do meio do ano.
Estávamos com apê novo. Muito mais bonito e aconchegante. Era lindo se ver nossa satisfação de estarmos em um lugar novo e com a companhia um do outro...que era o que realmente sempre importaria. Sexta a tarde, quando já tudo estava resolvido, depois de um banho demorado meu, deitei-me no tapete confortável da sala...sério...eu poderia dormir nele e logo um Marcos carente se aproxima e deixe em cima de mim:
- To achando que a gente namorou pouco essa semana
- Sempre vai ser pouco meu lindo...nem que seja 24hrs por dia irá ser pouco
Ele começava a passar as mãos por meu peito e abdômen sarados e repletos de pelos me deixando excitado demais. Logo ele parou, e se deitou ao meu lado, com as mãos dadas a minha.
- Incrível esse apê- diz ele
Ouvimos o interfone.
- Pâmela?- logo Marcos aparece do meu lado
- Eai irmão!- disse sorrindo pra mim e indo abraçar Marcos- eu não ganho abraço- perguntei
- Depila esses pelos, ou veste uma camiseta, daí conversamos- disse indo sentar sem cerimonias.
- HAHA NUNCA- digo
- Não sei como consegue....
- Como achou nosso novo endereço?- perguntei vestindo algo
- Tenho meus contatos- falou piscando pra mim
- Medo desses seus contatos...
- Fica quieto e vai fazer alguma coisa pra gente comer- disse mandona...isso temos em comum
A gente assumiu nossa “relação” pra minha irmã. Assumiu entre aspas, a gente não namora ainda, mas logo ia fazer o pedido pra ele.
A gente tinha acabado de fazer nossas tarefas e estávamos curtindo um a companhia do outro. Ele deitado no meu peito e eu semi deitado, passando a mão nos cabelos dele em silêncio.
- Está se aproximando o fim do ano- diz ele
- Sim...
- Você não tem ideia o quanto sinto falta dos meus pais e da minha cidade- diz ele com a voz embargada. Senti meu coração partir por isso
- Awnnn chega mais- disse abraçando-o completamente com ele se refugiando no meu peito
- Se eu pudesse, eu voltava pra lá, levando você, as três garotas e mais seus amigos também...seria perfeito- ele me apertou bem forte dizendo isso
- Eu aposto que seria muito bom meu pequeno. Levava até meus pais com a gente...ia ser perfeito-falei passando as mão em seu cabelo loiro
- Desculpa por isso. Às vezes tenho meu momento depressão
- Mas você sabe que eu vou com você no fim do ano né?- perguntei fazendo levantar a cabeça e sorrir pra mim
- Você vai mesmo?- eu daria tudo que tenho pra ver ele com esse sorriso angelical na cara
- Vou sim. Deixar meu homem sozinho não rola- digo passando a mão na sua barba rala. Ele se arruma e deita de modo que sua cabeça deita ao lado de meu pescoço
- Jura!?
- Sim! Juro! E porque você não convida Xandão, Botina e Flávia pra ir também- ela da um beijo na boca, dizendo
- Posso sim...Mas Juliano vai querer ir também...pois não desgruda da Flávia...
- Ótimo! Quanto mais melhor- digo animando meu garoto
- Eu te amo- diz me beijando e indo pro nosso quarto
Fiquei ali, paralisado. Ele me ama!
Naquela noite estava decidido a fazer uma surpresa para o meu pequeno. Eu não podia perder mais tempo. Teve um propósito da Pâm vir aqui. Só que na hora não queria que Marcos soubesse.
Eu ia levar meu pequeno pra um “encontro”. Um café lindo...uma cópia de um dos mais lindos da Europa.
Tocava uma música calma no carro, um vento fresco ia contra minha face. Não era forte. Noite estrelada com uma lua cheia linda. E o mais importante. Ele estava ao meu lado.
Não estava cheio o lugar. Pedimos algo para beber e comer.
Enquanto fazíamos isso, conversávamos sobre nossas férias no RS.
- Tem a parte urbana, que é onde a gente mora, mas como disse, tem o sítio também. Lá tem casa e tudo também. Acredito que seja legal ficar no sítio...- falou ele
- Claro, senão é mais do mesmo- completei
- Exatamente. Como lá no interior tem muitas casinhas perto, vai ter gente pra você jogar futebol o dia inteiro, além do Juliano e meus amigos- falei bebericando meu cappuccino
- Sério! Tem campo de futebol lá?- perguntei surpreso e mais animado
- Tem espaço. Em meio dia da pra construir um campo...tem barras de ferro a palanques de madeira para as traves...de resto é só delimitar o espaço- disse simples
- Acho que vai ser melhor que eu imaginei- disse empolgado
- Mas aí de você se eu ver uma quenga agarrada em você- disse ameaçador
- Marcos...esqueceu que eu sou gay? Eu gosto de caras! Ou você é uma garota e eu não sei?- preocupação desnecessária a dele
- Sei lá....eu me sinto inseguro. Vai que você é bi...ou sente vontade de transar, já que a gente não...fez ainda- disse envergonhado, brincando com os dedos nervosamente
- Eu sou gay. E por seu amor e companhia, eu fico a vida inteira sem transar se for necessário- disse pegando em sua mão e levantando sua cabeça que estava abaixada com minha outra mão, dando um selinho casto em seus lábios pequenos e naturalmente rosados.
- Eu não te mereço Yuri...
- Eu que não te mereço pequeno. Ainda bem que você me perdoou da minha burrada. Morri de medo de você quer morar com outra pessoa, me deixando sozinho- digo relembrando meu sofrimento daqueles tempos.
- E os caras também podem dar em cima de você- diz agora sorrindo
- Com certeza eles são nada, perto de você. Eu sou fiel com quem estou pequeno. E como vou ficar a vida toda com você, irei ser fiel incondicionalmente- digo roubando um selinho do garoto que estava em minha frente
- Compartilho dos mesmos valores amor- diz ele me surpreendendo novamente, me chamando de amor.
Aproveitando nosso momento chamego, pego sua mão e tiro o volume que a caixinha fazia no meu bolso.
- Aceita namorar comigo Marcos Vinicius Heckmann Rosenstock, vulgarmente conhecido como Marquinhos Delicinha?- digo com um sorriso largo no rosto...ele se surpreende, mas em menos de 10 segundos me responde com um beijo molhado e gostoso
- Respondido- perguntou
- Completamente- sorri segurando sua mão e colocando o anel prata, com uma linha dourado no meio em relevo mais baixo. Eu estava meio tremendo de nervosismo. Ele sorri graciosamente percebendo isso
- Fofo. Agora minha vez- diz ele pegando o segundo anel, colocando no dedo meu dedo correto. Juntamos nossas mãos que tinham as alianças num aperto, enquanto ambos sorriamos bobos. Era a primeira vez que acontecia isso na minha vida e seria a única também.
Logo em seguida fiz algo que não imaginaria que faria tempos atrás.
Peguei meu celular, tirei uma foto de nossas mãos juntas, onde ambos mantíamos apertadas no ângulo em que as duas alianças eram visíveis.
“Coração escravizado
Agora servo de seu calor
Pode me chamar de seu homem
E eu o chamarei de meu amor”
Foi coisa de idiota apaixonado, eu sei. Mas eu queria mostrar pra todo mundo que eu estava assim. Não marquei Marcos óbvio...ele tinha suas questões.
Quem vesse a foto iria saber que era a mão de outro cara junto a minha. E, além disso, no versinho, está escrito “o chamarei”, se fosse mulher, seria “a chamarei”.
Marcos não me censurou de postar. Foda-se se me marcarem, disse ele...se ele diz.
Logo minhas redes foram inundadas de notificações e conversas. Curtidas e mais curtidas. Mas não estava com cabeça para aquilo. Queria curtir o resto da noite com meu homem.
Fomos para nosso apartamento com aquele sorriso estampado na nossa face. Era ótimo estar ao lado dele.
Chegamos em casa com aquele olhar idiota ainda. Suspirando a cada segundo de tanta satisfação. Como eu odeio roupas (isso é verdade), tratei de ficar de cueca no sofá e ligar a TV. Liguei em algum jogo de futebol que tinha visto em algum comercial no dia anterior.
- Amor!- gritei pro garoto que estava no nosso quarto
- Fala!
- Ta podendo vir aqui?- pergunto esperando uma resposta
Logo ele aparece só de camiseta e cueca
- Faz um café pra mim mor? Tô com preguiça de levantar- fiz uma cara de vagabundo pra ele sentir compaixão
- Com essa cara- diz ele indo colocar água para esquentar. Passei as instruções para ele e ficou melhor do que eu esperava.
Ele toma um banho bem rápido e de cuequinha vermelha, senta na minha perna direita, encostando sua cabeça no meu ombro. Sorrio e abaixo a minha cabeça dando um selinho demorado nele.
- Yuri- fala todo dengoso
- Sim pequeno!
- Tem um documentário no History falando sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra...posso ver um pouco- diz pegando minha mão e brincando com nossa aliança de compromisso
- Nem precisa pedir amor. Claro que pode- eu queria ver o jogo. Mas como namorar e ceder um pouco de suas vontades e também, a felicidade e satisfação dele, me trás satisfação e felicidade...então...dá na mesma.
- Obrigado- diz feliz. Só sorrio vendo que fiz a coisa certa.
Mas logo ali, no meu colo, ele adormeceu. Abaixei o volume da televisão coloquei-o em minha frente, com seu rosto no meu peitoral. Acho que logo adormeci, pois não lembro de ter desligado a TV.
Acordo com um som vindo da bancada da cozinha. Marcos tinha deixado seu celular lá. Tento sair para atender sem acorda-lo, mas foi em vão. Ele levanto com os olhos inchados de sono. E vai atender:
- Oi mãe! Porque me ligas a essa hora?
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Não postei ontem por causa que depois que terminei de escrever o cap. não gostei e reescrevi quase todo. E se fizesse rápido n ia ficar bom. Preferi pra fazer hoje com mais calma ;)
Agradeço: A todo mundo haha sério...amanhã tem a 2º prova mais difícil do semestre, preciso estudar...quando der, eu faço os agradecimentos...mas eu leio tds os coments e fico agradecido <3
Plutão, safadinho vc querer os dois na sua cama hahahahaha!!!
Bjs a tds! Até +
