- Jacob!- Taylor dizia entrando no meu quarto.
- Oi!- lhe dei um selinho.- Quem deixou você entrar?
- Nossa... Então vou embora.- segurei sua mão.
- Só perguntei, senta aí.- ele se sentou do meu lado.
- Me convidaram pra uma festa.
- Legal.
- Só que não é o tipo que estou acostumado a frequentar.
- Ainda não entendi o que você quer.
- Quero que vá comigo.
- Eu não sei...
- Por favor, eu nunca te pedi nada.
- Nunca?!- falei rindo. Ele ficou me olhando como um cachorro que havia acabado de cair da mudança.- Okay, eu vou.
- Que bom! Então eu te pego as oito horas.- Me levantei indo até o guarda roupa.
- Sorte sua que hoje é minha folga. Que roupa seria mais apropriada?- Ele se levantou e me abraçou pelas costas envolvendo seus braços na minha barriga.
- É um jantar na casa de um amigo, é uma coisa mais social. Vai ter bastante gente.- senti seus beijos no meu pescoço, me virei roçando nossos lábios.
- Já ia esquecer.- me soltei indo até minha bolsa de trabalho pegando uma carteira preta.
- Oque?- abri pegando algumas notas de cem.- Não Jacob.
- Eu tenho que pagar o aluguel.- estiquei a mão com o dinheiro, mas ele se recusou a pegar.
- Esse é todo o dinheiro que estava na sua carteira. Não vou aceitar.
- Não se preocupe, sei bem como dividir meu dinheiro, sei das minhas obrigações e você tem que saber das suas.- coloquei o dinheiro na sua mão que não fechou.
- eu não quero, já disse! Você não precisa fazer isso.- colocou o dinheiro em cima da cama.
- Não quero ficar devendo nada pra ninguém! Aceita logo, por favor.
- Não.
- Ta bom então.- peguei o dinheiro.- Me leva até sua casa.- ele me olhou confuso.
- Pra que?- comecei a andar.
- Tenho certeza que sua mãe vai aceitar.- senti sua mão no meu ombro me parando.
- Não precisa disso.- me virei.- fica com seu dinheiro, e fica tudo bem.
- Essa discussão não vai acabar se você não aceitar.- ele suspirou se rendendo enquanto eu entregava o dinheiro.- agora vai pra casa.
- Porque?
- Por que já já são oito horas e precisamos nos arrumar.- dei dois selinhos nele e o empurrei pra fora do quarto.
Tomei um banho caprichado e relaxante, quando sai coloquei uma calça jeans escura e uma camisa social clara.
- Mãe!- gritei.
- Oi!
- A senhora viu meu sapato social?
- Está na lavanderia menino! Não sabe procurar?!- ela disse irritada me fazendo rir. Passei o creme no cabelo o penteando, deixando os cachos em harmonia, peguei a carteira e fui pra sala.- Que horas você volta?
- Sinceramente eu não sei.- falei vendo sua expressão irritada.
- Como não sabe? Se me fizer ficar preocupada atoa...!- a abracei.
- Muito obrigada, mas não precisa se preocupar, de madrugada eu to de volta, é só você descansar, vou ficar bem.
- Juízo!- ela subiu indo deitar. Fiquei no sofá por mais quinze minutos até Taylor chegar, buzinando. Quando sai ele estava no portão com um terno cinza que marcava seus músculos e uma camisa branca que marcava seu peitoral, dava para sentir seu perfume de longe e seu cabelo penteado pra trás lhe trazia um charme que eu não sabia explicar.
- Uau!- falei abrindo o portão, ele sorriu me fazendo arrepiar, andamos até a casa.
- Estou lindo, eu sei.- se encostou na parede me olhando da cabeça aos pés.
- Se importa se eu for lá em cima?
- Pra quê?
- Trocar de roupa.
- Que bobagem!- falou me abraçando envolvendo os braços na minha cintura.- Você está lindo assim.
- Mas não estou apropriado...- senti seus lábios se chocarem nos meus.
- É social, um social mais extrovertido e despojado, eu gosto, só coloquei terno porque nunca uso, e aqui está uma oportunidade.- meus braços envolveram seu pescoço.- Fica assim.
- Tem certeza?- me apertou entre seus braços e beijou meus lábios pedindo passagem que logo cedi, nossas línguas se entrelaçaram como nunca me fazendo acariciar sua nuca, pedindo mais.- Só vou passar um perfume, esqueci.- me soltei e subi correndo, fiquei procurando o perfume perfeito e nem vi o tempo passar.
- Jacob?- ouvi Taylor batendo na porta.- amor, anda logo.- amor? Paralisei, havia me chamado de amor, eu realmente significava alguma coisa pra ele, alguma coisa além de um divertimento.- Jacob, anda!- mas talvez ele mal tenha percebido isso. Passei o perfume e sai, o rapaz me esperava do lado de fora do quarto, pegou na minha mão e saiu me levando junto.- Vamos ficar atrasados.
- Desculpa.- falei ao entrar no carro.
- Tudo bem, não tem problema.- colocamos o cinto e começamos a andar.- Estou com um pouco de medo.- o olhei sem entender.
- Por que?
- Faz tempo que não vejo esse amigo, e também, não conheço ninguém lá.
- Mas foi por isso que você me chamou, não foi?- ele sorriu.- Não vou te deixar sozinho.
- Eu sei.- sua mão foi direto até minha coxa a apertando.- E você sabe se comportar nesses lugares, pode me ajudar.
- Claro.- entrelacei minha mão na sua, ficando assim por um tempo.
- Eu amaria ficar assim, mas tenho que trocar a marcha.- o soltei.- Não é muito longe, já estamos chegando.- paramos no farol.
- Ei...- ele me olhou.
- Sim?- me aproximei colando nossos lábios, sua língua explorou a minha com rapidez enquanto sua mão puxava alguns fios de cabelo.
- Isso realmente me relaxou.- voltou a dirigir depois de me dar um selinho.
- Eu sei.- continuamos em silêncio até ele estacionar numa rua que estava cheia de carros.- Pronto?
- Pronto.- saímos.
Andamos até pararmos na frente de um salão, do portão dava pra ouvir o som suave, entramos devagar vendo as pessoas comendo e bebendo, rindo e conversando, entediadas e extrovertidas.
- Taylor!- uma mulher ruiva se aproximou.- Quanto tempo!- eles se cumprimentaram.- Seu amigo?
- Sim.- ele respondeu, a cumprimentei.- Vamos pra mesa.- o segui até uma mesa que ficava no canto do lugar, onde podíamos ficar mais a vontade.- Com fome?
- Sim.- ele levantou a mão chamando o garçom que logo veio com uma pequena entrada. Vi um homem de longe, bonito, sua barba bem feita deixava um charme a mais, sua pele clara combinava com o loiro de seus pelos.
- Pensei que não ia vir!- Taylor se levantou o cumprimentando com um abraço, me levantei apertando sua mão.- Que saudade!
- Como eu poderia deixar de te ver?!- ele disse sorrindo. Se sentaram na mesa conversando e rindo, mas só por alguns minutos.
- Queria ficar aqui, mas a festa está cheia, preciso conversar com mais umas centenas de pessoas.
- Claro, pode ir.- ele se despediu da gente e saiu.- Estava bom?- disse se referindo a minha comida.
- Sim.- respondi ao termina-la.
- Você vai ficar bravo se eu disser que não vamos ficar muito?
- Não, mas porque?
- Não estou a vontade, vim só pra não ser ingrato.- ri de lado.
- Onde fica o banheiro?- perguntei fazendo ele se virar de um lado para o outro.
- Acho que aquela porta ali, não consigo ver direito.- me levantei.
- Já volto.- Fui até o banheiro e o usei, quando estava lavando a mão senti alguém me virando.- Desculpa, mas quem é você?
- Não lembra de mim?- o olhei, era um homem pardo de cabelos castanhos e olhos escuros.
- Lucas?- Eu havia lembrado, o Homem cujo havia me beijado há um tempo atrás enquanto eu trabalhava.
- Sabe, você não me disse seu nome.
- Tenho que ir.- Ele segurou meu braço.- Jacob okay? Tenho mesmo que ir.- me soltei, o banheiro estava vazio, novamente.
- Qual é?- senti seu corpo prensar no meu chocando nossos lábios, nesse exato momento Taylor entrou, nos vendo e saiu rapidamente.
- Qual o seu problema?!- Falei o empurrando.- Seu eu quisesse te beijar eu já teria beijado! Sai da minha frente.- sai andando vendo o belo rapaz de cabelos negros indo em direção a saída.- Taylor.- Falei baixo, continuei o seguindo até chegarmos no seu carro, sai correndo impedindo que ele entrasse.- Eu posso explicar.
- Não precisa.- ele disse seco.
- Foi tudo um mal entendido.
- Sai da minha frente.
- Você acredita em mim?
- Sai!- senti sua mão nas minhas costelas fazendo força para que eu saísse da frente da porta.
- Ele que me beijou, nem foi um beijo, foi um selinho.
- Tabom! Tabom.- disse fazendo desfeita.
- Acredita em mim...- ele olhou impaciente para os dois lados da rua pra ter certeza de que não tinha ninguém.
- Quer saber Jacob?! Pra mim tanto faz!- sua voz se alterou.- Oque te faz pensar que estou me preocupando com isso?!
- Suas atitudes e eu te entendo, só me deixa explicar.
- Oque nós temos é um caso, entendo que você tenha outros, não ligo okay?! Me deixa! Entendo que não estava satisfeito comigo ou coisa do tipo! E não me importo!
- Se não se importa porque está assim?! Quero que você saiba que sempre te respeitei, sendo só um caso ou não!
- Sai da minha frente!
- Estou satisfeito sim com Você.
- Então porque estava com outro?! Nos poupe desse show!
- Eu não estava com outro!
- Tenho nojo só de pensar que você me beijou depois de ter beijado outra pessoa.- sua mão direita segurou meu braço com força tentando me puxar.
- Isso nunca aconteceu! Para com isso! Deixa eu te explicar.
- Não quero ouvir mais nada!
- Você nunca mais vai me procurar né?- falei me rendendo.
- Me conhece?- dei de ombros.- Bom, estou nervoso sim e você sabe do que sou capaz, não quero te machucar, mas se continuar me atrapalhando vou acabar fazendo um estrago.- falou contendo a raiva. Olhei seus olhos e sua mão que continha um punho fechado. Me afastei o deixando entrar, sai andando na direção em tínhamos vindo.- Entra.- ouvi sua voz saindo do carro que me acompanhava.
- Obrigado.- continuei andando.
- Para de ser idiota! Não tem nenhum ponto de ônibus aqui, e o de táxi vai te cobrar o olho da cara.
- Não vou entrar no carro com você ta legal?! Você está nervoso, eu estou nervoso, isso não vai dar certo.
- Entra nessa merda antes que eu desista!
- Então desiste! Não vou aceitar esmolas de ninguém!
- Vou embora e você vai ficar vagando por aí, porque vai ser difícil achar.- o carro começou a andar mais rápido. Não o respondi e continuei andando na calçada, ele suspirou e fechou o vidro acelerando o carro e sumindo da minha visão.
Ele estava realmente certo, tive que bater muita perna pra achar um ponto de táxi que foi bem caro. Quando cheguei tomei um banho pra relaxar. Taylor havia sim ficado nervoso, aquilo pra ele tinha sido uma traição, mas eu não fiz nada, não quis, mas mal pude explicar.
O procurei depois de dois dias, mas ele não estava, ou não queria me atender, o liguei, mas de novo fui ignorado, e assim os dias foram passando, eu não o procurava mais e nem ele a mim.
Num final de semana quando eu saia do trabalho com um colega, vi seu carro, não tinha muita certeza mas era igual e estava parado no lugar onde me esperava, mas passei e nada aconteceu, talvez fosse realmente ele e achou que eu estava com outro, fiquei triste óbvio, mas nem tive a chance de explicar.
Duas semanas se passaram e nenhuma notícia do Taylor, eu andava mais triste e rotineiro, não tinha nem com quem desabafar, as vezes tinha a impressão de que estava me observando, oque me confortava, porque isso mostrava que ele ainda se preocupava, ou não...
E toda vez que eu ficava a sós meus olhos se enchiam de lágrimas, por que quando eu pensava nele, na voz dele, nos seus olhos hipnóticos, a força magnética de sua personalidade eu não queria nada além de estar com ele agora mesmo.
Numa sexta-feira de manhã peguei a correspondência, e achei uma carta diferente no meio de tantas outras, não havia nada escrito, nem mesmo o destinatário, oque significava que não havia sido o correio, a virei e apenas uma palavra que estava escrita em inglês fez minhas mãos gelaram enquanto meu cérebro entrava em pânico, Dad.
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Eu tava com dó de começar as tretas porque eles são tão fofos juntos, mas não consigo viver sem nenhuma briguinha. 😂😂
Gente, não demorei né? Espero que tenham gostado, eu ia postar no domingo, mas era meu niver e prefiro não prometer mais nada, acontece cada imprevisto. É isso, valeu gente.
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Henrinovembro--->> obrigada! ❤ Abraços.
Hello👌--->> eita! Sua visão ta boa eim, viu a treta de longe. Haha 😂❤
G18--->> infarta não porque preciso de você! Eu eim kkkk obrigada. ❤
Catita--->> sério? Brigadão! Espero que eu esteja melhorando cada vez mais. ❤
S.veneno--->> obrigada! Nem demorei nessa continuação, talvez eu ainda vá pro céu. Haha ❤
★May★--->> aff faz isso não, tenho meus bichanos pra alimentar 😂😂 esse capítulo respondeu tua pergunta né? ❤
Hb--->> vamos passar muito ódio ainda, aguenta coração, vários dramas kkkk ❤
