6 - Questão de tempo 2

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 6637 palavras
Data: 19/07/2016 20:02:35

Acontece que eu estava pagando algum karma sério por algo que só Deus sabia o que era. Ou talvez fosse o karma de outra pessoa e eu apenas fui pego no fogo cruzado. Houve uma apreensão de drogas no meu piano bar favorito, devido ao fato de que o proprietário do clube tinha estado, aparentemente, repassando um pouco de cocaína em seu lugar há algum tempo. E os detetives de costumes tinham escolhido esta noite, quarta-feira à noite, para prendê-lo. Então, eu estava sentado no chão em uma longa fila com todos os outros que tinham estado lá dentro quando a polícia chegou pululando pela porta da frente. Havia uma barricada de carros preto e branco nos bloqueando do outro lado da rua, onde uma multidão se formou. Foi a cereja do bolo no meu dia. Quando alguém gentilmente chutou meu pé, eu deixei minha cabeça rolar para trás para que eu pudesse olhar para cima. Acontece que eu estava errado: aqui estava a cereja do bolo.

“Oi.” Sam Kage sorriu para mim. “O que o traz a este antro de iniquidade, J?”

Eu gemi e seu sorriso se tornou malicioso. Ele estava adorando cada minuto.

“Desde quando você usa drogas?”

“Eu não uso e você sabe disso.” Eu atirei-lhe um olhar. “Não seja um idiota.”

“É melhor ver como você fala comigo,” disse ele, agachando-se na frente de mim. “Você poderia estar em um monte de problemas aqui.”

Olhei em seus olhos. “O que você está fazendo aqui? Você não trabalha mais na delegacia de costumes, você é um detetive de homicídios agora.”

Ele não me respondeu.

“Sam?”

“Levante-se.”

Assim que eu fiquei de pé, ele me agarrou com força, os dedos cavando em meu ombro, antes de me levar para longe dos outros, pela rua abaixo e virando a esquina em direção a seu carro. Puxei minha mão livre da dele e me virei para encará-lo, mas antes que eu pudesse dizer uma palavra, ele me empurrou contra a porta lateral e me prendeu lá. Ele me imobilizou com apenas uma mão no meu peito.

“Jesus, Sam,” eu rugi para ele. “O que diabos você está...”

“Cale-se,” ele me cortou, avançando, de modo que estávamos a apenas centímetros de distância. O calor que irradiava do homem era incrível. Prendi a respiração, não consegui evitar.

Ele fez um barulho na parte de trás de sua garganta. “Algumas coisas nunca mudam, hein, J?”

Eu não ia lhe dar a satisfação de falar com ele.

“Olhe para mim.”

Eu levantei a cabeça para olhar em seus olhos e descobri que ele havia se inclinou para mim ao mesmo tempo. Quando ele falou, senti sua respiração quente em meu rosto.

“O que você está fazendo aqui?”

“Eu só queria sentar e relaxar um pouco antes de ir para casa.”

Ele acenou, inclinando a cabeça, me inalando. “Você está tremendo, sabia?”

Eu sabia. Não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso.

“Talvez eu deva revistá-lo por substâncias ilegais.”

Engoli em seco, tentando fazer meu corpo se acalmar.

“Ou talvez eu apenas o coloque na parte de trás do meu carro e te foda até você desmaiar.”

Apenas o pensamento dele me segurando me fez ficar desesperado para ele. Quando eu prendi minha respiração, ele colocou seu joelho entre as minhas pernas e, em seguida, sua coxa, quando ele se inclinou para mim.

“Escute, eu quero que você me encontre na esquina, no Bar River Road.” Sua voz era profunda e sexy, enviando ondas de calor através de mim. “Vá até lá e espere, e assim que eu terminar aqui, irei encontrá-lo.”

Mas meu cérebro pegou no tranco e limpou minha mente.

“Você está me ouvindo?”

Eu não tinha intenção de encontrá-lo em lugar nenhum. A ilustração de seu poder sobre mim foi aterrorizante. Nenhum outro homem conseguia me deixar arfando e me contorcendo em segundos. Ninguém mais tinha tal domínio sobre mim. Eu queria correr o mais rápido que pudesse.

Ele pegou um punhado de meu cabelo e puxou minha cabeça para trás com força, sem se importar se estava me machucando ou não. “Nem pense em me dar o cano.”

“Não.”

Ele beijou a base do meu pescoço. “Seu coração está batendo tão rápido, bebê.”

Eu estremeci.

“Foda-se, entre no carro.”

“Você está trabalhando,” eu o lembrei.

“Não, não estou,” ele me disse. “Eu estava dirigindo para casa e ouvi a chamada. Achei que, já que estava perto de onde você estava, poderia dar uma olhada em você depois.”

“Como é que você sabe onde...”

“Eu posso rastrear seu telefone, eu lhe disse.”

Detetive de polícia. Às vezes eu me esquecia. “Me solte” eu pedi. “Você está me machucando.”

“Não estou não,” disse ele, sua mão se movendo do meu cabelo para minha garganta. “Eu nunca poderia te machucar.”

“Saia de perto de mim,” eu explodi, me contorcendo em seus braços, tentando me afastar do carro.

Ele deu um passo para trás e me movi rapidamente para longe dele.

“Vá até o bar, J. Eu estarei lá em quinze minutos.”

Eu me virei para ir embora, mas antes que eu estivesse fora de seu alcance, ele agarrou o meu ombro e me virou para encará-lo.

“Deus, o quê?!”

Sua expressão era sombria, as sobrancelhas franzidas, mandíbula contraída.

“Esteja lá.”

Eu fiquei olhando para ele um longo minuto antes de começar a andar para trás.

“Você não vai me encontrar lá, não é?”

Eu balancei a cabeça.

“Por quê?” ele gritou na rua, o espaço entre nós significativo o suficiente para que, mesmo se ele corresse, não iria me alcançar.

“Por causa do que você acabou de fazer.”

“Isso é besteira e você sabe disso.”

Eu dei de ombros.

“Você amou cada segundo disso.”

E se eu estivesse sendo honestos, eu tinha amado, mas não estava sendo honesto. Ele ficou ali me olhando e eu me virei e fui embora.

Meu corpo estava corado e quente agora que Sam tinha acendido a minha libido, então eu peguei outro táxi e me dirigi para um dos meus lugares habituais para pegar alguém para a noite. Eu precisava de um estranho, sem amarras, para saciar meu desejo.

No lounge eles estavam tocando clássicos de Billie Holiday, e a cantora tinha um tom profundo e sensual em sua voz. Eu pedi uma taça de Hennessy e me sentei no final do bar, apenas ouvindo. Quando eu drenei meu copo, outro estava lá para tomar seu lugar. Virando a cabeça, eu encontrei um homem muito bonito sorrindo para mim.

“Finalmente você apareceu.”

“Como?” Eu sorri para ele.

“Você não se lembra de mim?”

Eu não lembrava.

“Você me pegou aqui há cerca de um mês.”

Eu não tinha ideia de quem ele era. “Claro.”

Ele sorriu lentamente. “Você não se lembra, mas tudo bem... eu lembro de você.”

Tomei um gole da minha bebida.

“Mas você não tem aparecido há algum tempo, e também não me deu o seu telefone.”

Eu balancei a cabeça. Eu quase nunca dava o meu número.

“Eu fiquei pensando que, se eu frequentasse o lugar, acabaria esbarrando em você de novo.”

“E agora que você esbarrou.”

“Esbarrei.”

“E isso é uma coisa boa?”

Ele acenou com a cabeça, inclinando-se para frente. “É uma coisa muito boa.”

“Você mora por aqui?”

Ele acenou com a cabeça. “Sim, muito perto.”

“Obrigado pela bebida.”

“Termine, e então pode tomar outra em minha casa.”

E eu estava pronto para aceitar sua oferta. Meu corpo estava basicamente pulsando com desejo reprimido e ele era tão bom quanto qualquer um. Pelo menos gostamos do mesmo tipo de música. Era algo. Então eu sorri para ele e teria continuado a nossa conversa, mas a mão que deslizou até minha coxa esquerda virou minha cabeça na direção oposta. Sam Kage estava lá, apoiando-se no bar, olhando para mim e só esperando.

Eu estava atordoado. “O que você...”

“Desculpe-me,” o cara começou, inclinando-se para perto de mim. “Eu estava falando com...”

“Cai fora,” Sam disse categoricamente, antes de voltar seus olhos para mim. Seu sorriso era enorme. “Ele está comigo.”

E porque era Sam Kage falando, o cara desapareceu. Virei a cabeça para dizer algo de bom para meu admirador, mas ele se foi. O detetive era muito grande e assustador.

“Olhe para mim.”

Eu exalei bruscamente e arrastei os meus olhos para Sam.

“Posso me sentar?”

Eu dei de ombros.

“Lugar agradável,” ele disse suavemente, sentando-se na banqueta ao meu lado, empurrando a minha bebida fora do meu alcance. “Você gosta desse tipo de música, hein?”

“Eu não vim aqui pela música.” E era verdade. Era um mercado de carne e era por isso que eu estava lá. “Eu vim para escolher alguém.”

“Sei.”

“O que você está fazendo aqui?” perguntei rapidamente, minha voz saindo mais ríspida do que eu queria.

“Você está aqui.”

“Mas nós dois sabemos que isso não é...”

“Deixe-me levá-lo para casa.”

“Absolutamente não.”

Ele se inclinou para mim, invadindo meu espaço pessoal, seu joelho contra o meu. “Por que não?”

“Como você sabia que eu...”

“Você sabia que eu sou um detetive da polícia? Você sabe que eu encontro pessoas o tempo todo?”

“Merda.”

Ele riu. “Você não pode escapar de mim, J. Venha para casa comigo.”

“Sam, você não devia perder o seu tempo.”

“Eu não considero qualquer tempo gasto com você um desperdício.”

“Mas Sam, você...”

“O que, querido?” ele disse, olhando para mim, seus olhos presos na minha boca.

“Está fadado ao fracasso, Sam.”

“Eu não aceito isso,” ele disse, sua mão lentamente chegando até mim, me dando tempo para me afastar se eu quisesse.

“Você não se importa, Sam... não de verdade.”

“Não me importo?” Ele tocou meu queixo levemente, inclinando-o levemente para cima para que pudesse correr o dorso de seus dedos na minha garganta. “Porque ... eu acho que me importo. Ao contrário de todo o resto desses caras, eu quero ficar com você.”

Eu levantei minha cabeça e ele deixou. “Você só quer me foder.”

“Ah, eu quero fazer isso também,” ele riu calorosamente. “Mas isso é apenas uma parte.”

“Como pode ser? Sam, você não me conhece ou...”

“Você não sabe de nada,” disse ele, procurando meus olhos. “Eu sonho com você.”

Eu olhei para o bar.

“Você não ceder está me matando.”

Fechei os olhos e apoiei a testa em minha mão.

“E você vai deixar que um estranho te leve para casa e te foda, mas eu... você não me deixa nem chegar perto de você. Como é que isso faz algum sentido, porra?”

“Um estranho não vai me machucar.”

“Nem eu.”

Eu zombei, sorrindo largo quando levantei a cabeça e o olhei nos olhos. “Vá se foder, Sam.”

Ele deu de ombros. “Vá em frente, desconte em mim, eu não dou a mínima.”

Eu acabei com a bebida que o cara tinha me comprado em um gole e deslizei para fora da banqueta. Eu estava a meio caminho da porta da frente quando meu braço foi agarrado com força. Eu congelei quando ele deu a volta na minha frente.

“Deixe-me te levar para casa.”

Passei por ele e respirei fundo logo que eu saí do bar.

“Você se importa com o fato de que eu senti sua falta?” Sam disse quando apareceu ao meu lado.

“Não.”

“Mentiroso.”

“Sam, eu não posso fazer isso, eu não vou fazer isso,” eu disse, empurrando as mãos nos bolsos. Estava frio e era tarde e eu podia ver minha respiração quando eu falava. “Eu teria que estar louco.” Eu andei mais rápido, esperando que ele me deixasse ir.

Ele me agarrou novamente, puxou-me tão rápido que quase caí. “Você sempre foi louco.”

“Me largue!” Tentei me retorcer, mas ele me segurou. Quanto mais eu puxava, com mais força ele me segurava. Ele ia deixar hematomas na minha pele.

“Não.”

Eu parei de lutar e olhei para ele. “Apenas vá embora.”

“Por quê?”

“Por quê?” Eu repeti, “Bem, para começar, que tal aquela babaquice na rua? Você acha que me excita ser tratada como um pedaço de carne que você...”

“Sim,” ele me cortou, os olhos cheios de calor. “Eu acho que você adora a ideia de que eu posso te obrigar a fazer o que quiser. Você está morrendo de vontade de se submeter a mim.”

Eu balancei a cabeça, tentei puxar o meu braço, mas ele não estava me deixando ir.

“Nós dois sabemos que você me quer.” Sua voz era calma, mas um músculo em sua mandíbula estava flexionando. “E eu quero você, J, comigo – não apenas na minha cama.“

Olhei em seus olhos. “Se você me queria tanto, se eu era tão importante... por que você nunca me ligou ou escreveu ou me enviou um maldito e-mail? Você esteve longe por três anos, Sam, três malditos anos! Você não pode esperar que nós simplesmente recomeçássemos de onde paramos depois de todo esse tempo só porque você está pronto. Isso é uma idiotice total!“

“Eu tinha ido embora, eu estive fora do país por dois anos, J. Eu não falei com ninguém. Eu...”

“Tudo bem. Você voltou há um ano, você mesmo disse que já está de volta há um ano. Então... por que eu só estou vendo você agora? Nós nos encontramos acidentalmente em uma loja de ferramentas e o que, você foi tomado pela emoção e agora quer me ver de novo? Que besteira.“

Ele pegou meu outro braço e me sacudiu com força. “Eu não sabia o que fazer. Eu nunca sei o que fazer com você. Quando eu voltei, fui vê-lo e você estava com aquele cara Aaron .”

Eu fiquei atordoado. “Você me viu com Aaron?”

“Sim,” ele disse, me soltando, deixando-me dar alguns passos para longe dele. “Você parecia feliz e você merece ser feliz, então... Mas eu tinha que verificar e depois eu vi que ele não estava mais por perto e você... você se entrega. Porque você faz isso? Por que você vai para casa com qualquer um que pede, J?“

Eu desviei o olhar porque eu não podia dizer.

“Você tem alguma ideia de como é ver você ir para casa com um cara diferente a cada noite?”

“Viu?” Eu disse, encolhendo os ombros, ainda olhando para a rua. “Eu sou um lixo, Sam... por que você sequer se importa comigo?”

“Olhe para mim.”

Mas eu não olhei.

“Olhe para mim,” ele rosnou, agarrando o meu braço, puxando-me de volta para ele.

Eu tentei me libertar, mas seu aperto era como ferro, de maneira nenhuma eu iria a lugar nenhum.

“Você não é um lixo, só que nenhum desses caras é o certo para você.”

Eu não tinha nenhuma resposta sarcástica, porque o que ele pensava, era exatamente como eu me sentia. O silêncio parecia a melhor opção, então foi o que eu escolhi.

“Acho que você quer pertencer a mim, e se não for comigo, você não quer mais ninguém.”

Eu me virei para olhar para ele. “Isso é besteira e você está falando merda.”

Ele balançou a cabeça, estendeu o braço e colocou a mão no meu rosto. “Não, eu estou certo.”

“Sam...”

Ele fechou a pequena distância entre nós. “Por que você está tremendo?”

“Porque está frio aqui fora.”

“Mas não é por isso,” disse ele, correndo os dedos sobre meu queixo, sorrindo.

“Sam...”

“Você precisa tanto de mim.”

Como ele sabia? Minha pele pinicava, coçando, meus músculos tensos, eu mal podia respirar. Tudo em mim estava pronto, esperando por ele. Eu ansiava por ele, mesmo que meu reflexo de fuga estivesse me sufocando. Eu queria fugir ao mesmo tempo em que eu queria ficar.

“E eu não me refiro apenas à cama.”

Ele me conhecia tão bem... mesmo depois de tanto tempo, ele ainda me conhecia.

“Seus olhos estão atormentados, J.”

Eu queria ceder, mas estava me afogando no medo. Ele poderia arrebentar meu coração tão facilmente.

“Me perdoe por eu não ter vindo até você no momento em que eu voltei.”

“Você não tinha que...”

“Mas eu estou aqui agora.”

“Sam, você...”

“Jory!” ele gritou comigo. “Eu estou bem aqui.”

Eu balancei a cabeça.

“Eu quero você de volta.”

Tudo se tornou turvo quando meus olhos se encheram. “Você pode encontrar outro cara.”

“Eu não quero outro cara, eu quero você.”

“Você não é bom para mim.”

“Sim, eu sou, e mal posso esperar para te mostrar.”

“Sam,” Eu suspirei, “você realmente acha que depois de tudo isso...”

“Eu não quero que mais ninguém o tenha a partir deste segundo, eu não posso... eu não vou deixar.”

Eu abri minha boca para dizer que era tarde demais, mas eu estava fora de meus pés e em seu SUV monstruoso antes mesmo de perceber que estava em movimento. A porta foi trancada atrás de mim e eu me sentei lá, esperando, enquanto ele entrava. Quando ele deslizou para trás do volante, imediatamente se virou e sorriu para mim. Ele parecia muito convencido.

“Pare com isso.” Eu tentei não sorrir, tão perto de ceder “Deixe-me sair.”

“Você está bêbado, não consegue nem andar.”

“Eu não estou assim tão bêbado.”

“Eu quero te levar para casa.”

Eu gemi e ele riu.

“Vamos lá, bebê.”

“Eu não sou o seu bebê.”

“Sim, você é,” disse ele, sorrindo preguiçosamente. “Você sabe que é.”

“Sam...”

“Você nunca deixou de pertencer a mim.”

“Isso é loucura.”

“Não. É a mais pura verdade.”

“E daí?” Eu já estava exausto.

“Então deixe que eu te leve para casa.”

“Tudo bem,” eu joguei as minhas mãos para cima em um gesto de derrota. “Leve-me para casa.”

“Ok.” Ele sorriu, ligando o carro.

“Espere, para a minha casa,” eu esclareci.

“Eu não sei onde você mora.”

“Você está brincando comigo?” Eu murmurei. “Você é inacreditável.”

Ele começou a rir.

“Você está mentindo. Eu sei que você sabe onde eu moro. Você é um detetive, afinal de contas.”

“Está fora do meu caminho.” Ele deu de ombros, seu riso o denunciando. Ele estava mentindo descaradamente. “Você pode vir para minha casa em vez disso.”

“Não.”

Seu sorriso passou, rapidamente, de presunçoso para malicioso. “Como se você pudesse fazer alguma merda agora sobre isso.”

Eu gemi de novo, mas não consegui parar de sorrir. Era uma loucura que eu ainda podia me sentir assim... ainda louco por Sam Kage depois de todo esse tempo. Ele me arruinou para os outros homens. Era ridículo.

“Jory... bebê,” ele suspirou profundamente, me alcançando para colocar uma mão em torno da minha nuca e me puxar para frente. “Pare de lutar comigo. Desista de uma vez.”

“Sam...”

“Eu vejo como você olha pra mim... você me quer.”

“É claro que eu quero você, Sam, mas isso não significa que eu deveria.”

“Bebê”

“Esta cena é tão familiar. Eu em seu carro, você prometendo que as coisas serão diferentes desta vez, eu acreditando em você... Nós já fizemos isso antes e nunca funciona. Isso precisa terminar.”

“Você está lutando tanto porque está com tanto medo de se machucar.“

“Não, eu só...”

“Bebê.” Sua voz era tão quente, tão suave e gentil. “Pare... desista... eu te amo.”

“Não, você está apenas tentando...”

Senti seu hálito quente em meu rosto um segundo antes dele me beijar. A onda de calor me inundou, e quando sua língua empurrou entre meus lábios eu me abri para ele. Sua boca selou sobre a minha e senti sua mão deslizar em volta do meu pescoço para me manter lá. Os ruídos de prazer que escapavam dele fizeram meu estômago vibrar enquanto ele empurrava mais profundamente, sua língua se enroscando com a minha, me provando, tomando seu tempo, me devorando. Durou muito tempo, o calor e a necessidade simplesmente crescendo... e eu senti suas mãos sobre mim, uma enrolada no meu cabelo, a outra deslizando sob minha camisa, agora esfregando círculos nas minhas costas. Ele me beijaria por horas se eu deixasse. Quando eu tentei recuar, ele me seguiu até que eu coloquei minhas mãos em seu peito e o empurrei com força.

“O que foi?” ele perguntou, sua voz áspera, as pálpebras pesadas e o olhar tão sombrio. Não havia como não perceber como ele estava excitado – o retrato da luxúria.

“Leve-me para casa.”

“Depois desse beijo... depois da maneira como você respondeu... não. De jeito nenhum.“

“Sam, vamos lá. Eu não quero fazer...”

“Venha para casa comigo. Eu quero falar com você.”

“Eu sei exatamente o que você quer fazer,” eu assegurei.

“Vamos lá. Prometo manter as mãos longe de você.”

“Você está falando merda agora.”

“Só agora?” Ele piscou para mim.

Inclinei-me para trás no banco.

“Então?” Ele me provocou.

“Você vai fazer o que quiser de qualquer maneira.”

“Isso é verdade.”

Quando fechei os olhos, senti sua mão em minha coxa. “Você disse que manteria as mãos longe de mim.”

“Sim, eu menti.”

E eu sabia disso, é claro.

* * * * *

Seu apartamento parecia exatamente o mesmo. Eu entrei, relembrando de onde as coisas estavam. As xícaras de chá que comprei ainda estavam no armário. Era engraçado.

“Estranho, né?”

Olhei em volta, em seguida, para ele de novo. “Sim,” eu disse, olhando para todas as mesmas fotos emolduradas nas prateleiras ao lado da TV.

“Tire seu casaco.”

Eu o joguei no sofá e continuei minha inspeção.

“Você quer um pouco de água ou algo assim?”

“Não, mas eu agradeço a preocupação com a minha sobriedade.”

Ele riu antes de atravessar a sala e me alcançar, colocando meu rosto em suas mãos.

“O que estamos fazendo aqui, Sam?” Eu disse suavemente. “É tarde demais.”

“Nunca é tarde demais.” Ele sorriu para os meus olhos, os dedos deslizando sobre meu queixo, meus lábios. “Posso te beijar antes de colocá-lo em minha cama?”

“O que?” Eu me afastei dele, mas ele se moveu comigo, as mãos segurando minha camisa.

“Eu quero você,” e sua voz estava rouca, cheia de necessidade.

“Bem, você não pode me ter.” Eu disse a ele, e até mesmo para mim mesmo eu soava patético. Não havia poder por trás de minhas palavras. Era uma promessa vazia.

“Ah, não?” ele perguntou, com as mãos fortes deslizando suavemente sobre a minha garganta.

“Não,” eu disse de novo, não fazendo nenhuma tentativa de me afastar um centímetro dele. “É tarde demais.”

“É mesmo?” Sua voz estava tão baixa, que senti meu peito se contrair apenas ao olhar para ele.

“Sim,” eu protestei fracamente, e eu não conseguia nem imaginar como eu soava ridículo.

“Você está mentindo.” Ele sorriu maliciosamente. “Você está duro por minha causa nesse momento.”

Eu levantei meu queixo para protestar e sua boca desceu e cobriu a minha. Eu tremi em seus braços porque o beijo enviou uma carga diretamente para a minha virilha. Ele me queimou, e me lembrei de que o homem realmente sabia como me beijar. Ninguém antes ou depois tinha sido capaz de me dar um beijo que eu podia sentir correr por todo meu corpo como calor líquido. Era aniquilante, todo esse desejo e paixão dirigidos a mim; ele era tão grande e forte, a força esmagadora enquanto ele me apertava em seus braços e me beijava dura e profundamente. Eu não era passivo; emaranhei minhas mãos em seu cabelo enquanto as sensações corriam pelo meu corpo. Eu devastava sua boca. Quando pensei que minha cabeça fosse explodir, interrompi o beijo para tomar um pouco de ar.

“Jesus, você tem um gosto bom,” ele ofegou, sua testa contra a minha.

Eu coloquei minhas mãos em seu peito e tentei empurrá-lo para longe de mim. Ele não se moveu.

“Bebê,” ele respirou contra minha boca, com a mão sob meu queixo, o polegar no meu lábio inferior, deslizando sobre ele. “Beije-me outra vez.”

E era inútil tentar não fazer porque eu queria tanto. Eu ardia por ele, então levantei meu queixo e sua boca estava na minha, chupando, mordendo, beijando, tomando posse de meus lábios. Ele passou a língua dentro da minha boca e eu bati contra a porta da frente antes de perceber que ele estava me movendo para trás.

“Assim está melhor,” ele rosnou. “Agora eu tenho você.”

Estremeci apenas com o som de sua voz quando ele traçou com beijos o caminho de minha garganta até minha clavícula.

“Mal posso esperar,” sua voz era tão baixa, tão cheia de necessidade.

“Sam,” eu consegui falar. “Talvez devêssemos ir mais devagar...”

Ele agarrou minha camisa e a puxou aberta. Eu ouvi os botões quando ricochetearam no chão. Sua boca estava em cima de mim, em meu peito, meus mamilos, para baixo sobre meu abdômen, mordendo, lambendo, e deixando um rastro molhado que me fez tremer quando entrou em contato com o ar.

“Deus, bebê, sua pele,” ele gemeu, com as mãos no meu cinto, abrindo-o rapidamente, antes de se mover para o botão da minha calça jeans e meu zíper.

“Sam... eu...”

Meus jeans caíram, minha cueca logo em seguida. Seu efeito sobre mim era óbvio, eu gemi alto quando ele se ajoelhou na minha frente, com as mãos sobre meus quadris, e me tomou dentro da boca quente, me engolindo. Eu estava congelado contra a porta, minhas mãos e dedos espalmados atrás de mim enquanto o desejo me rasgava. Eu não iria durar, não poderia, excitado demais desde antes, isto sendo uma continuação das preliminares que ele tinha começado na rua.

“Sam...” seu nome saiu como um gemido quando eu olhei para ele.

Ele recuou e olhou para mim, um sorriso malicioso e sombrio. “Vou fazer você gritar meu nome. Fazer você ser meu de novo. Você nunca vai me deixar, nunca.”

Como se ele precisasse fazer muito para conseguir isso. Eu nunca desejei ninguém como ele. Imediatamente, eu tinha voltado para quando seu toque era como o ar que eu precisava para respirar.

Ele se levantou depois de longos minutos, me virou e me empurrou de frente contra a porta. Ele afastou minhas pernas com um chute e eu ouvi o farfalhar do alumínio atrás de mim.

“O preservativo já tem lubrificante,” ele sussurrou em meu ouvido, enviando um tremor através de mim. Ele mordiscou e lambeu o seu caminho atrás da minha orelha e depois para o lado do meu pescoço. “Tenho que ter você, tenho que mostrar a você que ainda é meu.”

“Sam,” Eu mal podia pensar, muito menos formar palavras.

Ele se apertou contra mim e chupou meu ombro com força. Sua pele era tão quente. Quando ele empurrou para dentro de mim, me preenchendo, pensei que fosse morrer.

Eu o escutei recuperar o fôlego, senti a mão segurando meu quadril, a outra em volta de mim.

“Bebê,” ele rosnou em meu ombro antes de me morder. “Você se sente tão bem.”

Era muito mais do que bom. Eu estava no céu. Sua boca estava molhada contra minha pele, sua mão me acariciando enviava ondas de prazer através de mim.

“Tão bom,” ele murmurou. “Jesus, J, você é tão apertado e quente.”

“Não pare,” eu implorei e senti seus dentes na parte de trás do meu pescoço.

Ele me penetrava sem parar, tão duro quanto podia, e eu apoiei minhas mãos na porta.

“Meu,” ele rosnou, sua voz tão sexy, tão primitiva. “Meu bebê.”

Eu tremia sob ele. Só de imaginá-lo completamente vestido, de pé atrás de mim, e eu praticamente nu, a dominação e submissão; só que ele tinha sido capaz de me obrigar a fazer o que ele queria. Ele poderia ser áspero comigo, mas nunca me machucaria. Ele foi feito para mim.

“Eu amo os pequenos ruídos que você faz quando está feliz.” Ele lambeu meu ombro, do lado do meu pescoço, me saboreando, me mordendo, o tempo todo empurrando tão profundamente, suas mãos inquietas enquanto se moviam sobre a minha pele.

“Sam,” eu suspirei.

“Como me sinto, bebê?” Sua voz estava tão baixa e sensual que me atravessou.

“Eu senti sua falta,” eu respondi, ofegante, tentando pensar.

“Porque você me ama.” Sua mão estava na minha barriga, me pressionando contra ele.

“Não,” eu consegui dizer.

“Sim,” ele insistiu, agarrando-me com força, seus dedos cavando meu abdômen, sentindo os músculos se contraírem.

“Eu sempre vou te amar,” eu o aplaquei.

“Não, você me ama. Não como se já tivesse acabado, mas para sempre.”

“Não.”

“Diga.”

“Não.”

“Diga que me ama.”

“Não.”

“Sim. Diga meu nome e fale.”

“Não.”

“Sim.”

“Não. Eu não vou seguir este caminho com você de novo.”

“Você já está nele.”

“O inferno que estou,” eu ri porque era ridículo que nós estivéssemos tendo essa conversa enquanto ele me prendia contra a porta da frente. Só ele e eu poderíamos ser teimosos assim. “É só por esta noite.”

“Mentira,” ele rosnou para mim, deslizando a mão sobre minha bunda. “Você é meu.”

Lutei sem entusiasmo, porque eu estava pronto para começar a gritar ali mesmo. Meu coração estava batendo tão forte que eu mal podia ouvi-lo.

“Agora, diga o meu nome e fale o que eu quero ouvir.”

Mas eu estava perdido na reação do meu corpo a ele, todos os meus músculos apertando de uma vez, se contraindo... minha cabeça rolou para trás em seu ombro, as palmas das minhas mãos pressionando contra a porta enquanto eu gritava.

“Jesus, Deus,” ele rugiu, quando não consegui mais sustentar minhas pernas.

O calor escaldante correu através do meu corpo, mas Sam me segurou firme, agarrando-me a ele enquanto seu corpo sofria espasmos e estremecia, tão profundo dentro de mim que estávamos fundidos.

“Cristo... Eu poderia morrer disso,” ele sussurrou em meu ombro.

Eu também. A mistura de prazer e dor era insuportável e inebriante ao mesmo tempo. Eu nunca me senti melhor do que quando eu estava com ele.

“Jory... bebê...”

Tive que me concentrar para permanecer na vertical.

Ele me soltou quando minha respiração se estabilizou e depois, lenta e gentilmente, me virou de frente para ele. Não que eu tivesse forças para olhar para ele, já que, mesmo com todo o meu protesto, eu tinha me rendido tão rapidamente. Eu não tinha um pingo de força de vontade.

“Jory...” ele disse antes de inclinar meu queixo para cima e me beijar, longa e duramente. Eu fiz ruídos, choramingando na parte de trás da minha garganta, porque não consegui evitar. Ele aprofundou o beijo até que eu pensei que meu coração fosse explodir.

“Diga que me ama, J, me diga a verdade.” Sua respiração estava quente contra meu rosto antes dele me envolver em seus braços, me segurando firmemente contra seu coração disparado.

“Sam...”

“Diga,” ele ordenou, correndo os dedos para cima e para baixo a minha espinha.

Eu olhei para ele, atingindo seu queixo com o topo da minha cabeça. “Você sabe que eu te amo. Não seja estúpido.”

“E foi por isso que Aaron recebeu um não,” insistiu ele, sua mão deslizando até a parte de trás do meu pescoço, os dedos enterrados no meu cabelo.

“Foi por isso,” eu concordei, minha voz entrecortada. Eu parecia drogado. “Eu preciso...”

“Deitar-se?” Ele brincou comigo, recuando para olhar meu rosto.

“Eu...”

Ele riu. “Vamos tirar esses sapatos.”

Eu o observei enquanto ele se ajoelhava e tirava minhas botas e meias, deslizava meu jeans e cuecas sobre meus tornozelos, e depois se levantou e me agarrou, me jogando por cima do ombro. Ele me levou para seu quarto. Eu caí sobre os lençóis frios e ele ficou lá, olhando para mim, enquanto eu corria para me cobrir com as mantas.

Eu o vi retirar suas roupas lentamente para revelar os músculos ondulantes e o corpo grande e duro que eu conhecia. O homem era maciço.

Ele sorriu para mim maliciosamente. “Você parece bem deitado em minha cama.”

“É só por esta noite.”

“Como você disser.” Ele sorriu para mim antes de levantar as cobertas e deslizar ao meu lado.

O calor em seus olhos me fez perder o fôlego.

“Vou ficar com você. Se você fosse esperto, perceberia que esse é um fato consumado.”

Minhas sobrancelhas franziram e ele se inclinou para beijar a ponta do meu nariz.

“Você é tão adorável.”

Eu tentei empurrá-lo de cima de mim, mas ele era muito forte, sua boca inclinada sobre a minha, sua língua deslizando profundamente em minha boca.

“Jory... bebê,” ele suspirou quando se afastou para olhar nos meus olhos. “Eu te amo tanto.”

Eu passei meus braços em volta de seu pescoço e o puxei de volta para mim. E o seu peso em mim se sentia como voltar para casa.

“Eu sei que você está com medo que eu vá embora ou que algo vá acontecer porque o nosso histórico é uma merda, e eu sei que você não tem nenhuma razão no mundo para confiar em mim, mas você só... você tem que confiar, isso é tudo. Eu não posso ficar sem você. Eu penso em você o tempo todo.“

Eu só olhei para cima em seus lindos olhos.

Ele balançou a cabeça de leve, franzindo as sobrancelhas como se estivesse descartando alguma coisa. “Pare com isso. Você me ama, quem você está enganando?”

“Sam, eu...”

“Você não vai amar ninguém além de mim, você sabe disso.”

“Não vou?”

“Porra, não.”

Ele era tão eloquente. Eu não deixar de sorrir.

“Eu vou simplesmente amarrá-lo na cama.”

“Isso iria muito bem com seus superiores,” eu disse, rolando sobre meu estômago, fechando meus olhos, meu corpo ficando pesado.

Sua mão deslizou pela minha espinha e antes que eu pudesse pegar no sono, seus lábios seguiram o mesmo caminho, e então seus dentes. Deixei escapar um gemido.

“Senti saudades de toda essa pele dourada.”

Eu estava tão relaxado, tão satisfeito, tão pronto para dormir.

“Você vai ficar aqui comigo para sempre?”

Suspirei profundamente.

“Bom,” ele disse, sua mão deslizando sobre minha bunda antes de sua boca se fechar em minha nádega direita.

“Pare.”

“Por quê?”

“Porque você vai me matar.”

Ele me mordeu com força, me machucando antes de rodar sua língua, me sugando e banhando ao mesmo tempo. Ele iria deixar uma marca enorme.

“É bom?”

É claro que é. “Não.”

“Mentiroso,” disse ele, e eu pude ouvir o sorriso em sua voz, antes que ele me rolasse sobre minhas costas.

“Sam,” eu ofeguei quando ele deslizou as mãos pelas minhas pernas do tornozelo à coxa, me segurando para baixo, permitindo apenas que eu me contorcesse, mas não que eu escapasse.

“Bebê, você nunca vai me deixar.”

Eu só podia olhar para ele com os olhos apertados quando ele se inclinou para sua mesa de cabeceira e puxou outro preservativo da gaveta. Ele usou os dentes para rasgar a embalagem.

“Talvez eu não esteja pronto para ir de novo.”

Ele riu, e foi um riso profundo e rouco. “Você está sempre pronto para mim.”

O que era verdade.

“Coloque suas pernas sobre meus braços.”

Em sua cama fomos mais devagar, levando o tempo necessário, e foi tão gentil e amoroso quanto a primeira vez tinha sido áspera e urgente. Eu deslizei da consciência para o sono tão perfeitamente que não percebi, até que meu telefone me acordou no meio da noite.

Escutei como se estivesse dentro do sonho, e acordei para a realidade dele tocando na sala de estar do apartamento de Sam. Com ele grudado em minhas costas, me segurando firme mesmo durante o sono, era difícil conseguir me desembaraçar. Depois de vários minutos, eu consegui me livrar, tanto dele quanto das cobertas sobre a cama. Eu cambaleei pelos cômodos que eram, ao mesmo tempo, familiares e estranhos, e encontrei meu telefone onde o tinha deixado. Meus jeans não haviam se mexido, eles ainda estavam amassados na porta da frente. Era como um sinal de néon apontando para minha rendição.

“Merda,” eu resmunguei antes de atender, passando as mãos pelo meu cabelo, tentando acordar. “Alô?”

“Jory,” disse Chris. “É Chris.”

“Eu sei.” Eu bocejei. “O que houve?”

“Dylan.”

“Dylan o que?”

“Ela está no banheiro e não quer sair. Temos de ir para o hospital, eu acho que talvez ela esteja em trabalho de parto, mas ela não... Sua mãe e pai estão aqui, meus pais estão aqui, sua irmã... ela não quer sair, Jory, e eu preciso de você agora. Agora! “

“Ok,” Eu esfreguei os olhos. “Tudo bem. Estou indo. Estou indo. Segure firme.“

Eu estava puxando minhas botas, fechando a primeira, quando a luz acendeu. Sam se arrastou até o sofá e se inclinou sobre ele. Ele estava nu, claramente não acordado, e seu cabelo estava espetado em tufos. Ele parecia adorável, todo despenteados e com os olhos turvos.

“O que você está fazendo?”

“Eu tenho que ir.”

“Não,” ele reclamou. “Você prometeu que ia ficar aqui comigo para sempre.”

Eu ri, puxando a segunda bota. “Eu nunca disse tal coisa.”

O barulho que ele fez em resposta era metade choro, metade gemido.

“Sam,” eu disse suavemente, de pé, puxando minha camisa, percebendo que era inútil já que eu não podia mais abotoá-la. “Merda. Eu preciso de uma camisa ou camiseta, qualquer coisa assim.”

“Eu preciso pegar minha arma,” ele murmurou, arregalando os olhos para tentar acordar. “Uma bala vai te atrasar um pouco.”

“Sam,” eu disse enquanto passava por ele de volta para seu quarto. “Dylan está em trabalho de parto, ela precisa de mim.”

Eu estive sozinho no quarto por vários minutos antes de ouvi-lo remexendo nas coisas atrás de mim. Quando me virei para olhar para ele, ele já tinha vestido sua cueca e calça jeans.

“O que você está fazendo?”

“O que?” ele resmungou, carrancudo para mim.

“Você não vai a lugar nenhum. Volte para a cama.”

“Diga-me outra vez quem ligou.”

“Minha amiga Dylan, minha sócia, ela está em trabalho de parto e parece que talvez ela esteja tendo um pequeno colapso nervoso,” eu expliquei, continuando enquanto vasculhava as gavetas de seu armário. “Eu preciso ir até lá e ajudar o pobre e doce marido antes que ele tenha um colapso também e ambos fiquem marcados para sempre.”

“Dylan ligou ou foi o marido?”

“O marido dela.”

“Ok.”

Eu encontrei uma camiseta cinza de mangas compridas. Segurei-a. “De quem é isso?”

“É de Jen ou de Rachel.” Ele bocejou, sorrindo lentamente. “Elas ficavam muito aqui enquanto eu estive fora.”

Eu arqueei uma sobrancelha para ele.

“Não desse jeito,” ele se virou para mim. “Jen não traz mais caras aqui.”

“Que você saiba.”

“Vá se danar, J,” ele disse com raiva simulada antes de, de repente, dar um suspiro de riso. “Você viu a frente da camiseta, baby?”

A palavra “diva” estava pintada com tinta em rosa metálico. Mas eu teria de lidar com ela, não havia mais nada no armário de Sam Kage que me servisse. Ele tinha 1,93 m, e eu 1,75 m; ele era uma montanha de músculos duros e esculpidos, eu era pequeno e magro; nenhuma de suas roupas me serviria. Era isso ou nada, porque a minha camisa não tinha mais botões.

“Talvez da próxima vez você não arruíne minha roupa,” eu reclamei.

“Desculpe,” ele encolheu os ombros, mas ele obviamente não estava arrependido.

Eu arranquei a etiqueta fora, a virei do avesso, e vesti. Estava um pouco agarrada em mim, mas me cobriu. “Ok,” eu disse, passando os dedos por meu cabelo algumas vezes. “Eu tenho que ir. Te ligo depois.”

“O caralho que você vai me ligar,” ele se virou para mim. “Espere, eu vou com você.”

“Não, Sam, você não pode fazer isso. Dylan te odeia – você estar lá agora não vai ajudar em nada.“

“Eu vou ajudar.”

“Não, na verdade não vai.”

“Escute,” disse ele, caminhando até mim, sua mão pesada em torno da minha nuca. “Você é meu. Eu vou onde você for, e, onde quer que você vá às três da maldita manhã, eu vou também.”

Ele não tinha ideia do que estava dizendo, mas foi muito bonito e então eu passei meus braços em torno dele, abracei apertado, e lhe disse para abotoar sua calça jeans e encontrar uma camisa. Bati com força em sua bunda quando ele se afastou de mim.

Ele murmurou para si mesmo todo o caminho de volta pelo corredor.

========================================================================================================

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Bibizinha2 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Ai meu Chessuis, estou em êxtase, quero um amor fogoso e dominador como o Sam, que saiba dar e receber o prazer em dobro. Viciante D+

0 0
Foto de perfil genérica

😍😍😍 esse conto e viciante d+ meus Deus adoraria acha um detetive assim 😀😀😀

0 0
Foto de perfil genérica

Romântico, lindo e excitante. O livro vai ficando cada vez melhor.

0 0
Foto de perfil genérica

Olhe eu nunca fiquei viciado tanto em um conto como esse Sam e Jory são o casal perfeito kkkkkk eles brigam ms n tem jeito que de jeito e a coisa so melhora a cada capitulo eu to lendo o seu cnto anterior o delirio e ´poso afirmar com crtz vc faz contos maravilhosos continue sendo sempre assim todos nos seu leitores amamos seu contos e ja virei seu fâ mas susupeito que eu n seja o unico não nesse momento. que o proximo capitulo venha logo e que seja enorme pq adoro seus contos.^^

0 0