A Nova Droga : Amor Cap.5

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 910 palavras
Data: 15/07/2016 01:38:00

Cap.5

E eu procurei não esquecer o Renan. Nem precisava fazer muito esforço, já que qualquer coisa era motivo para eu me lembrar dele. Ele não deixava a minha mente nem se eu quisesse.

-O que você está pensando ? - minha primeira amiga na faculdade perguntava.

-Nada... Na minha família que ficou no Brasil.

-Você sente muita falta deles não é ?

-Sinto... Mas eu sinto mais falta do meu irmão. Nós fomos criados muitos juntos, e eu acabo sentindo falta dele em todos os lugares.

-Entendo... Mas isso passa... A gente acostuma a ficar longe de casa, somos criados pra isso, não ?

-Mas a saudade sempre fica...

TEMPO DEPOIS

O tempo foi passando, aos poucos eu fui me acostumando com a minha rotina nos Estados Unidos, porém a saudade era a cada dia maior. Eu estava sentindo muito a falta dele.

“Acordava mais em uma manhã. Após abrir os olhos, me deparei com o Renan na minha frente.

-Sentiu minha falta ? - ele perguntava..”

E então eu acordei, afoito. Meu coração estava acelerado. Eu sentia a falta dele até demais. Olhava para as paredes da minha casa, olhava ao redor, e parecia que a presença dele estava em todo lugar, e ao mesmo tempo não estava. Eu estava prestes a enlouquecer com tudo aquilo. Aquela separação havia sido a pior coisa que já havia acontecido comigo.

MESES DEPOIS

Faziam 6 meses que eu havia me mudado do Brasil para os EUA. Durante este tempo, conheci algumas pessoas legais, estudei bastante, fiz alguns passeios pela cidade, mas no geral, minha vida foi extremamente fria. Eu sentia falta do Brasil, e principalmente, das pessoas que lá estavam.

“-É sério Renan ! Comprei um cachorro para morar comigo !

-Mas você não mora sozinho, como vai ter tempo para cuidar desse cachorro ?

-Eu tenho tempo sim. E ele é um cachorro que não é tão dependente. Ele pode ficar sozinho tranquilamente durante o tempo que eu precisar.

-Ok, se você diz... Ai Flávio, as coisas estão tão ruins aqui sem você.

-Porquê diz isso ?

-Eu sinto muito a sua falta ! Estou muito ruim, não consigo viver bem. Você faz muita falta na minha vida.

-Calma Renan, isso vai passar !

-É, mas parece que quanto mais tempo passa, mas falta eu sinto de você !

TEMPO DEPOIS

Bebia um Café na Starbucks, quando de repente meu telefone começou a tocar. Olhei no visor, era a minha mãe.

-Alô ?

-Filho ?

-Oi mãe ? Como está ?

-Mal, muito mal ! Eu preciso da sua ajuda Flávio...

-O quê ? Mas pra quê ?

-O Renan ! Ele está mudado demais meu filho ! Está agressivo, irritado, não come direito, não dorme direito, as notas dele caíram, eu não sei mais o que fazer. Levei ele num psicológo, ele disse que ele está com perto de entrar em depressão. Eu não sei o que fazer. Ele gosta tanto de você meu filho, pensei que você poderia resolver este problema.

-Mas o que você quer de mim ?

-Não sei... Pensei em mandar ele para ai agora que ele tá de férias e você conversa com ele, sei lá... Acho que isso é alguma má influência...

-Faça o seguinte, mande ele pra cá. Mas mande de vez !

-O quê ?

-Mande ele com todos os documentos e transferência da escola. Eu procuro outra escola pra ele aqui e eu garanto que ele não vai criar problemas aqui. Eu mantenho ele na linha.

-Mas meu filho ? Isso não vai atrapalhar você ?

-Não mãe... Vocês trabalham bastante, sempre foi eu quem esteve de olho no Renan. Mandem ele pra cá !

-Ok, filho... Irei comprar a passagem e ver os documentos – logo ela desligou o telefone. Eu vibrei dentro de mim naquela cafeteria. Era tudo o que mais queria. Ele perto de mim de novo.

TEMPO DEPOIS

Assim que cheguei em casa chamei ele no Skype.

-Oi Flávio... Achei que iria estar na aula agora...

-Não, hoje eu tirei uma folga – durante alguns segundos parei para olhar a imagem dele. Ele estava com várias olheiras. Estava nitidamente mais magro. Parecia ter adoecido – a mamãe ligou pra mim, e disse que você anda aprontando.

-Ah, ela ligou foi ? - falou ele, olhando para o lado.

-O que é que está acontecendo Renan ?

-Ah Flávio... Eu não vejo mais motivo nenhum pra nada. Não sei pra quê comer, nem dormir, nem estudar. Ninguém aqui me entende. Ninguém entende o que eu sinto por você e quanta falta você me faz...

-Seja o que for, vai ter que acabar ouviu bem. Você vai se mudar !

-O quê ?

-É isso aí... A mamãe decidiu te mandar pra cá, pra que eu ponha as rédeas em você...

-Jura ? - ele sorriu.

-Juro ! Ela vai mandar os seus documentos e você vai passar a morar aqui comigo... - ele gritou.

-Ah, eu não acredito ! Eu não acredito nisso ! - a felicidade dele era intensa. E eu fiquei feliz em vê-lo sorrir de novo.

DIAS DEPOIS

Alguns dias depois, e ele chegou. No Aeroporto JFK, eu estava extremamente nervoso a espera dele. Ansioso, atônito, elétrico. Parecia que eu ia ver o Papa. Quando vi ele saindo da sala de embarque, uma lágrima saiu do meu olho. Ao me ver, ele sorriu. Correu em minha direção. Me deu um abraço tão forte que eu cai no chão.

-Ai, que saudade, que saudade que eu senti de você ! - ele dizia, me apertando.

-Mas acabou, acabou a saudade maninho...

E a partir dali, não nos separamos mais.

Continua

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Comentários

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que lindo... soh estranhei os pais deles aceitar tao de boa assim os dois morarem juntos e longe deles sendo que o pai separou eles justamente por receio dos dois terem um laço maior que o de irmão...

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