BIG BOSS 44

Um conto erótico de GaelGuerra
Categoria: Homossexual
Contém 4458 palavras
Data: 10/07/2016 23:05:35

Leozinho é um despudorado.

Não! Não é verdade. Não mesmo. Ele nem deve saber o que essa palavra significa.

Do jeito que é! Não deve nem ter consciência do efeito que me causa. Sua pele macia é cheio de frescor e seu corpo é uma tentação para meus olhos. Tudo o que consigo pensar quando o vejo, é em como desejo toca-lo de verdade, como desejo provar da total liberdade de explorar toda a sua carne e sucumbir a tentação de me alojar profundamente no interior de sua bundinha.

Suspiro em conformidade. Exatamente por saber o quão perto estive de perder o controle total das minhas ações. Ele realmente não faz ideia do quanto me partiu o coração em vê-lo a ponto de chorar por não deixa-lo vir comigo.

Mas tinha de ser feito!

Mais alguns minutos em sua presença e meu Leão teria assumido o controle e ai sim, teria o machucado pra valer. Meu leão a esse ponto está forçando a todo o custo a nossa sincronia e quanto mais perto dele, mais alvoroçado ele fica em por as garras nesse despudorado.

Fica exibindo aquele corpinho de garoto novinho na minha frente usando aquela cuequinha ridícula, é demais para a minha sanidade e isso não era o pior.

Estranhamente tive a leve impressão de que seu odor estava reagindo aos meus feromônios, que a esse ponto estavam escapando sem eu nem mesmo desejar libera-los. Um cheiro denso e violento que vinha de sua pele com força e se misturava ao meu, tornando a ar a nossa volta sufocante. Tanto que meu leão ficou completamente eriçado e estava cravando as garras na minha alma a obrigando a ceder espaço.

Ele estava tão ensandecido por controle que mais alguns minutos naquela situação e não saberia dizer o que aconteceria com Leozinho.

Mentira!

Tenho total consciência do que aconteceria com ele, o mesmo receio recorrente de avançar nele com total violência. Toda a fúria de um leão que está sendo negado o seu direito de acasalar. Ele não está acostumado a ser contido dessa forma e por isso é compreensível que esteja tão furioso comigo. Por isso que a todos os instantes o sinto arranhando a minha alma, como um lembrete constante de que não só está insatisfeito, como também a sua zanga comigo só cresce a cada dia, em que me nego o prazer de me agasalhar no interior desse moleque.

Mas sua força é esmagadora, tanto que não consigo largar a maçaneta da porta e fico lutando com uma vontade de ferro, entre o desejo de baixar as minhas barreiras e investir contra Leozinho e o meu instinto de protegê-lo, mesmo que seja contra a violência que reside em meu âmago.

Retenho a respiração por tempo o suficiente para reunir forças, e não ceder a fúria de meu leão. Tudo por estar evitando sentir o odor inebriante de Leozinho que ameaça a minha sanidade e a perda total do controle sobre as minhas ações. Era o que o meu leão mais queria no momento. Já estava muito impaciente pela espera de uma única oportunidade para assumir seu lugar em mim. Ter seu espaço e o domínio total para avançar sobre o garoto indefeso, com toda a fome que venho lhe infligindo. Não apenas a ele é claro, a mim também.

Preciso me afastar por enquanto. E se ele sair da casa? O pensamento me deixou apreensivo. Paralisado com a possibilidade.

Não o queria perambulando sozinho por ai, ainda mais por não dominar o inglês, e muito menos por não conhecer nada da cidade. Poderia se perder, poderia acontecer algo de ruim a ele. No entanto, sabia que a essa altura, minhas justificativas não passavam disso:

“Apenas justificativas.”

Era sensato é claro. Mas o fato, é que por trás de minhas razões, não queria correr o risco de perdê-lo de vista. Precisava apenas de alguns minutos. Sim. Só alguns minutos longe desse moleque apetitoso. Estaria de volta e manteria os olhos firmes nele, mesmo que ele não soubesse que estivesse sendo observado. Pelo menos até o pior passar.

Olhei para a porta, e seus inúmeros quadrados de vidros que disfarçavam a sua verdadeira natureza. Eram painéis de controle externo para o lar. Espalmei a mão sobre o vidro e ele ascendeu levemente em resposta, reconhecendo a assinatura energética de meu Kanda.

- Ativar sistema de confinamento. – Eu disse. O reconhecimento de voz aceitou a ordem e silenciosamente trancou todas as janelas e as portas.

Meu filhotinho vai ficar em segurança.

O pensamento é claro.

Sua segurança.

Deve ficar trancado dentro da casa para o seu próprio bem. Pelo menos até eu retornar e leva-lo para almoçar. Contudo, sei que não é bem assim. O sentimento de posse que tenho sobre ele é que guiou a minha intenção em mantê-lo preso.

Porque Leozinho é meu.

Apenas meu e de mais ninguém.

A passo largo caminho afastando-me da casa e do gramado bem cuidado da frente do lar. Desço a rua pela calçada. O desejo de voltar é tão forte que tenho de me controlar ao máximo.

A essa altura, meu leão está tão furioso por estar me afastando de nosso objeto de desejo e isso faz com que ele crave suas garras em minha alma mais uma vez, tentando força-la a retroceder com ferocidade, a ceder espaço e assumir o controle a força. A pressão é tão forte em meu interior que ele consegue alternar a minha visão para o olhar leonino. Fazendo com que eu passe a enxergar todo o ambiente a minha volta de forma diferente.

O dia fica mais brilhante. Todo ambiente parece estar sendo visto como se tivesse sobre um filtro que realça todas as cores num tom mais vivo e vibrante. Em compensação, os meus músculos queimam como se estivessem em brasa. Meu sangue está fervendo em minhas veias e meu coração martela em meu peito num ritmo descontrolado. Resultado do esforço sobre-humano que estou tendo que exercer sobre a minha fera, para conter a sua força.

Tenho de respirar profundamente, porque é demais para suportar, mesmo para um Valiance e a sua vontade de ferro. É doloroso e mais ainda angustiante.

Meus sentidos estão aguçados, os cheiros, provenientes da rua estão mais fortes e posso identificar indistintamente o que se passa a minha volta. Isso significa que meu olfato também foi tomado pelo leão. Ele quer assumir o controle de qualquer jeito e regressar a casa e tomar Leozinho a força, cravar as garras em sua carne tenra e penetrar-lhe em seu interior com selvageria.

Acabei parando ao lado de uma árvore onde me escorei por alguns minutos. Respirando profundamente e buscando por força para suportar a sua pressão desmedida. Até sentir alguma coisa escorrendo de meu nariz e quando passo as costas da mão sobre o lugar, vejo a mancha vermelha de meu próprio sangue sobre a minha pele.

Isso é mal!

É a falta de sincronia. Está começando a afetar o meu organismo.

O esforço para reconquistar o domínio completo sobre o meu próprio corpo, esta cobrando o seu preço. É ainda pior. Porque esse é o primeiro estágio. O primeiro dos desagradáveis estágios que ocorrem quando um Valiciano fica muito tempo sem sincronizar. A partir desse momento, sei que estou correndo perigo de vida, e Leozinho mais ainda, porque a partir daqui, o meu leão vai fazer de tudo para forçar a sincronia. O pior é que ele pode conseguir. Quanto mais fraco o meu corpo estiver, mais fácil será para ele me dominar.

Ele não quer desaparecer, não quer morrer, assim como eu também não quero. Mas não tenho escolha. Sei quais são as suas intenções no exato momento em que assumir o controle. Ele vai atacar Leozinho.

O seu rugido reverbera em meus tímpanos, e com isso, sinto o escorrimento em meus ouvidos. Passo o dedo para constatar o que já sei.

Sangue!

Sangue em meus ouvidos.

Respiro profundamente, tentando me acalmar.

O leão está ainda mais furioso, e isso fez com que ele rugisse enfurecido, mais uma vez, me causando uma aflição monstruosa. Mas não tem jeito. Preciso continuar andando, e suportar a sua ferocidade sobre mim. Pelo menos, o tempo suficiente para percorrer os três quarteirões que me levam até a saída auxiliar do lar, onde deixei a picape na noite passada. Lugar escondido da vista das pessoas, e que serve para alcançar o subsolo da casa onde deixei Leozinho.

Poderia ir por dentro da casa, pela porta que leva ao porão, mas não gostaria de correr o risco do meu filhote descobrir o que tem por baixo do lar. Seria muito complicado de explicar e tudo o que não preciso agora é deixa-lo nervoso comigo.

Quando compramos essa casa a um ano atrás, tivemos o cuidado de escolher uma outra, um pouco distante, para interliga-las por baixo. Assim, poderíamos ter um lar de segurança, para os momentos em que não estivéssemos na estrada, e uma rota de fuga, se viesse a precisar. Incorporamos tecnologia de Aliança para estruturar um sistema automatizado de busca. Assim, usando a inteligência artificial da Altair II vinculada ao lar, podíamos descansar um pouco, enquanto a nave mantinha uma busca acirrada em todas as redes online da terra. Buscando qualquer rumo de investigação que deveríamos seguir e terminar logo essa maldita missão.

O sistema automatizado do lar fez os seus cálculos precisos de acordo com os planos inseridos em seu banco de dados e depois de calculado uma estimativa, fez a listagem de todo o material que precisaria e que pudesse ser encontrado na terra. Com tudo o que precisava disponível, seu processo de fabricação do abrigo subterrâneo foi automático.

A expansão pelas maquinas independentes da Altair II deu a cabo todos os planos, num prazo aproximado de 30 dias, depois disso, foi apenas gozar do tempo que tínhamos antes da inteligência artificial da nave de arranque, começar a designar os grupos de buscas.

Contudo, faltou apenas uma parte dos planos que não foi finalizado. A cela de contenção para o Kanda de um Valiciano ainda não estava pronta. Ela deveria ser grande e ter espessura suficiente nas paredes e um forte revestimento de liga de lakadeisi para conter a dispersão de energia do meu Kanda quando eu finalmente fizesse a sincronia com o meu leão. Mas a Altair II me avisou, que o material necessário para a contenção, não existia na terra e por isso a cela não havia sido concluída.

Só vejo uma possibilidade.

Tenho de me mover o mais rápido possível. Ir para o deserto. Posso expor a minha presença aos humanos da terra, mas uma vez feita a sincronia, poderia desaparecer sem deixar nenhum vestígio. Só preciso de uma única oportunidade. Ninguém nunca saberia de onde se originou o fluxo de energia massivo. Apenas saberia que ele surgiu tão rápido quanto desapareceu. Tempo mais que suficiente para sumir do mapa antes das autoridades responsáveis darem as caras.

Avistei o casarão velho e maltratado pelo tempo, logo ao chegar ao último quarteirão. A pintura descascada, janelas quebradas, a porta da garagem fechada, assim como deixei na noite passada, com a picape dentro, mostrava uma cena de total abandono.

O gramado estava alto e precisando ser aparado. Completamente fora de ordem enquanto o atravessava.

É o ideal.

As pessoas não costumam ter muito interesse em casas assim e mesmo que tivessem, tudo o que encontrariam, seria, um interior vazio e arruinado de um grande mausoléu.

Segui para a escadaria externa descendo os degraus que leva para a porta do porão, parando em frente a chapa de metal coberta com uma cortina de vegetação que guarda a entrada. A presença de meu Kanda, fez com que as trepadeiras que cobriam as paredes, retrocedessem e revelasse a superfície fria e acinzentada com o teclado numérico ao lado. Digitei o código de acesso deixando as teclas sujas com o meu sangue. A porta deu um click e destravou, abrindo em seguida.

Entrei no túnel escuro que leva ao abrigo, e comecei a despir a camisa impaciente, removendo a por cima da cabeça. Sem prestar atenção aonde a jogava. Retirei os tênis de qualquer jeito, deixando pelo caminho do corredor. Desabotoei as calças e a baixei, me livrando dos jeans, ficando apenas de cueca. O movimento quase me desiquilibrou, fazendo o mundo girar e a visão ficar turva, mesmo na escuridão total.

Isso é mal.

Não tenho escolha.

Preciso sincronizar, mas não posso.

Não aqui.

Não posso atrair ninguém para o lar. Para o nosso refugio.

Só havia uma coisa a se fazer, e foi quando cedi ao impulso controlado, e liberei meu Kanda o suficiente, para permitir as mudanças físicas de meu corpo. Não me tornaria o Leão vermelho de aliança por completo. Entraria em modo de batalha.

Metade homem, metade leão.

Se estivesse num ambiente iluminado, veria a pelugem avermelhada emergir em minha pele por todo o meu corpo, assim como o meu tamanho começar a aumentar a medida que meus braços se alongam e minhas mãos engrossam. Da ponta de meus dedos as garras iam surgindo. Assim como acontecia nos pés.

Cheguei finalmente ao abrigo, no exato momento em que senti as mudanças finais. A forma como a juba sedosa esbanjava de minha cabeça e o focinho de leão ia se alongando suavemente, mudando completamente a forma de meu crânio. Mas havia um incomodo. A minha calda de leão estava toda enroscada dentro da cueca. Levei uma das mãos atrás, e a livrei do tecido que impedia a liberdade de seus movimentos.

Com meus olhos de leão, não precisava exatamente de luz para me orientar pelo lugar, por isso nem me incomodei em dar o comando de voz e acionar as luzes do abrigo. Mantínhamos os sistemas secundários desativados, justamente por precaução. Caso o subterrâneo fosse descoberto, sofresse alguma invasão, e alguém tentasse mexer nos controles, todo o sistema entraria em modo de autodestruição.

Num primeiro estágio, todos os bancos de dados seriam automaticamente apagados.

Num segundo estágio, todo o abrigo seria empesteado com substancias toxicas para obrigar a quem estivesse dentro, saísse imediatamente.

Num terceiro e ultimo estágio, uma substancia corrosiva ia comer qualquer vestígio de tecnologia Valiance e transformaria o subterrâneo num grande lodaçal. Mesmo o lar não escaparia dos efeitos da corrosão de limpeza.

Tudo organizado para ocultar dos humanos da terra, qualquer sinal de tecnologia alienígena.

***

No modo de guerra, finalmente experimentei um pouco de alívio. O meu leão afrouxou um pouco as suas garras e parou de arranhar a minha alma. Ainda estava irritado comigo, no entanto, havia abrandado a sua ferocidade.

Não devíamos ter de passar por isso. – Eu pensei. Mas não sabia ao certo, se estava me referindo ao fato de ficar tanto tempo sem a sincronia, ou se era o fato de ficar retendo meus impulsos de acasalamento.

Suspirei.

Pelo menos no caso da sincronia, devia ceder logo e tacar o foda-se. Deixar que as organizações americanas captassem a assinatura energética de meu Kanda.

Suspirei novamente.

Sabia que não faria isso.

O estranho, é que, agora que não estou na presença de Leozinho. Posso finalmente raciocinar com mais clareza. Ainda mais por não estar sobre a influência constante de seu odor que parece nublar o meu julgamento. E claro que o desejo ainda existe. Evidente sobre como o meu membro rijo se aperta dentro da minha cueca, mas não é algo que possa ser controlado, mas para dar uma aliviada, resolvo me livrar dessa ultima peça de vestimenta.

Enquanto olho o vulto negro as escuras através dos espelhos fixados em toda a extensão da parede do outro lado do salão de treinamento. Onde tudo o que consigo distinguir com clareza absoluta, é o olhar feroz do leão. Que parece brilhar a essa distancia na escuridão.

Minha respiração sai mais calma, como um ronronado suave. Devo ficar nessa forma, pelo menos até descansar o suficiente, para só então, poder retornar a forma humana e novamente enfrentar a batalha constante com o meu kanda. Pelos menos até eu finalmente encontrar um lugar afastado o suficiente onde possa sincronizar com o mínimo de riscos.

Segui rumo a sala de controle do abrigo subterrâneo onde me joguei numa grande poltrona de couro, esticando as pernas grandes e peludas sobre um pequeno tamborete. Posicionado especificamente para relaxar em momentos como esse.

- Ativar sistema de monitoração. - Eu ordenei e a minha voz saiu grossa e feroz, como se a entonação do som estivesse misturado ao rugido de um leão.

Um paredão holográfico se iluminou a minha frente, exibindo em vários retângulos um ao lado do outro, em mosaico, com a imagem de todos os cômodos do lar. Selecionei uma das janelas em que exibia Leozinho, e ela saltou para frente mostrando a imagem ampliada em tempo real do que acontecia na sala onde ele estava.

Eu sorri.

Apenas em vê-lo.

Apenas em poder ver Leozinho me fazia sorrir.

Sentia carinho por ele, sentia a inegável vontade de protegê-lo.

Vi o meu filhote se entretendo com o tablet. Como o aconselhei a fazer quando não estivesse por perto e isso me agradou, pois mostrava como ele era um menino obediente. Não é muito típico de um jovem da idade dele ser assim. Geralmente são temperamentais e só fazem o que querem. Ainda mais pela forma como nos despedimos hoje; julguei que poderia ser um tanto rebelde. Mas não foi o caso com ele.

Isso era intrigante.

De súbito a soma dos fatos que já tinha conhecimento a respeito de Leozinho, me deixaram muito intrigado. Já havia chegado a conclusão que havia algo de errado com ele, pois tudo o que via se mostrava ser visto pela primeira vez, e os seus pais? O que de fato acontecia com essas pessoas para criarem um garoto afastado do mundo? Já havia me questionado isso algumas vezes, mas só agora a realização do fato me fez tomar a decisão. Agora que estava longe da influência de seu odor.

Sim, minha atenção estava desperta. Verdadeiramente desperta. E isso me fez entender uma coisa alarmante.

O odor.

O seu odor.

Estava mudando.

Se tornando mais forte.

Para um humano da terra, não é algo que deveria acontecer. No entanto, não pude deixar de notar quando o senti mais forte pela primeira vez, quando estávamos a caminho de Atlanta. A caminho do lar.

De início, não havia notado, foi de repente que senti meus músculos tencionarem com força por começar a perceber algo estranho. Um cheiro que se adensava dentro do carro após ele ter fechado a janela da porta do carona. Um cheiro particular que já me inebriava de início e que parecia aumentar gradativamente. Quase podia sentir a quentura de seu corpo. Como se estivesse começando a entrar em ebulição, como se estivesse maturando.

Maturando! A palavra despertou meus instintos e a vontade de fode-lo veio ainda mais forte.

Mas a percepção de sua maturação também despertou outras dúvidas. Sim! Porque esse tipo de comportamento é completamente comum em humanos do Sêxtuplo que possuem Kanda, no momento em que estão transitando da infância para a adolescência, os odores começam a mudar e a se intensificar. Instintivamente um sinal de alerta soou em minha cabeça e a ideia de fazer um escaneamento completo em Leozinho surgiu em minha cabeça.

A primeira oportunidade que tive, apliquei-lhe um sossega leão. Foi bem no instante em que percebi que ele havia caído no sono. Parei a picape no acostamento de novo e me virando para o banco traseiro, busquei na minha mochila o estojo que estava escondido no fundo. O tranquilizante foi preparado e no exato momento em que notei que Leozinho começava a despertar, agi rápido.

A picadinha foi tão ligeira e tão eficaz que o percebi voltar a se aconchegar no assento.

- Volte a dormir. – Eu lhe sussurrei no ouvido, para logo em seguida beijar-lhe a testa. Só então ele fechou os olhos e voltou a dormir feito um filhotinho obediente.

O sedativo era tão forte que o moleque deveria apagar pelas próximas 48 horas. Mas qual foi a minha surpresa quando ele resistiu e começou a despertar no exato momento em que havia chegado a entrada auxiliar do abrigo.

Estava resistindo, não queria passar pela porta, balbuciou algo sobre não querer voltar pra debaixo da terra e isso me deixou ainda mais intrigado. Tinha ouvido direito o que ele disse? Tive de ignorar o fato, porque o fato ainda mais estranho de toda essa situação, era ele estar se recusando a permanecer desacordado.

Não era possível!

Como ele podia estar resistindo ao tranquilizante?

- Não se preocupe. Volte a dormir. – Disse para tranquiliza-lo e o pressionei forte contra meu peito num instinto protetor, porque senti como ele estava amedrontado por alguma razão.

Adentrei ao laboratório subterrâneo do abrigo, dei o comando de voz para todo o sistema ser inicializado e as luzes se acenderam no mesmo instante revelando um ambiente limpo e imaculado. Um ruído surdo e contínuo no ambiente indicava que todo o maquinário estava voltando a vida.

Depositei o corpo mole de Leozinho sobre a bancada de metal no centro da sala e comecei a remover suas roupas, deixando o completamente nu. Apliquei-lhe um paralisante na lateral de seu pescoço, para não correr o risco dele se mover e embaralhar o processo de virtualização de seu organismo. Depois disso, só tive de deixa-lo ali deitado e completamente paralisado e me voltar para os controles.

O processo foi simples. Alguns comandos básicos no painel de controle e o canhão scanner acendeu seu feixe de luz avermelhado, percorrendo de ponta a cabeça em Leozinho, para logo em seguida, criar uma projeção virtual de seu corpo a meio metro acima de onde ele estava.

Era como suspeitava. A imagem era clara e nítida, a réplica da visualização da essência do moleque ficou pairando no interior do holograma em forma de uma luz pálida e não havia sinal algum de Kanda. Não havia nenhuma besta espacial atrelada a alma de Leozinho. Isso significava que ele era realmente humano o que fez com que eu me sentisse ao mesmo tempo, aliviado por não ter nada de errado com ele, e ao mesmo tempo desapontado pelas minhas suspeitas serem infundadas.

Mas logo, fiquei apreensivo com o alerta do sistema, indicando que havia encontrado duas anormalidades em seu organismo.

A primeira: Foi a presença de um dispositivo artificial na base do pescoço do meu filhotinho. A tensão em meus músculos demonstrava o quanto estava contendo as minhas emoções para manter a minha cabeça focada em descobrir o que aquilo significava.

Uma analise mais detalhada Gerou um diagnostico perturbador.

• O dispositivo indica ser composto de nanotecnologia desconhecida, com fonte energia instável para o organismo em questão.

• Detectado um cronometro interno que está em contagem regressiva, marcando um tempo estimado aproximado de um ano terrestre.

• O dispositivo em questão está fazendo medições constantes sobre o organismo e avaliando a constante degeneração celular.

• O dispositivo em questão, esta injetando substâncias para reposição de compostos necessários para alterar a química orgânica do indivíduo.

O que isso significa? Sua bioquímica está sendo modificada e ao mesmo tempo esta ocorrendo um quadro de degeneração? A julgar do que está sendo apresentado pelo sistema, só posso pensar que esse mesmo dispositivo está aparentemente trabalhando para mantê-lo saudável dentro do tempo que lhe resta. Mas a sua fonte de alimentação é instável, então não há como predizer o quanto de tempo ele pode realmente viver se ele começar a falhar.

Isso não foi tudo. Os sensores indicaram a segunda anomalia no interior do corpo de Leozinho e apontou diretamente para seu coração negro pulsando em bom ritmo, mas indicando ainda, que é incapaz de realizar qualquer tipo de análise. Por isso, não há como dizer o que tem de errado com seu coração e nessas circunstancias, não pode ser nada bom.

Suspirei ao observar meu filhotinho pelo sistema de monitoração do lar. A imagem aparente de seu corpinho encolhido no sofá, tão aparentemente normal e compenetrado no que poderia estar assistindo me deixou com o coração apertado.

O que significa tudo isso?

Por mais que tenha algo visivelmente de errado com esse moleque, meus pensamentos não conseguem desviar de seu odor. A indicação clara de mudanças, a indicação clara de maturação é tão forte.

Ainda tem a questão do meu leão e a sua fome desmedida em por as garras nele. Isso faz com que meus instintos gritem pelo desejo, não, na verdade não é pelo desejo e sim pela necessidade de acasalar com Leozinho o mais rápido possível!

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CONTINUA...

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Tá certo! Eu sei que muita gente deve estar querendo arrancar meu couro pela demora...srsrsrsrs...mas em minha defesa, srsrsrsrs, preciso que entendam que eu estava meio que sem tempo, ainda mais com os projetos que vem se acumulando de trabalho nos últimos tempos...Bem o fato é que não posso garantir uma regularidade, mas estou me organizando para pelo menos deixar um cap por semana....isso se os trabalhos se mantiverem estáveis....Desde já peço mil desculpas pela demora...srsrsrs

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Isztvan - Cara obrigado pela mensagem...srsrsrs...faz tempo que não falamos certo? srsrsrsrs...desculpa a demora pra postar e espero que curta a continuação. Desde já beijos...

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❌Hello❌ - Obrigado pela mensagem, fico muito feliz pela história o divertir dessa forma.....não vou me alongar muito no comentário porque já viu né? o tempo urge...mas fico muito feliz por continuar acompanhando a história..bjs..

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VictorNerd - O Barrara ele vai voltar a história...só que mais a frente...srsrsrsrsfica tranquilo..inseri ele agora, só pra manter ele guardado pra depois...srsrsrs bjão e obrigado pelo comentário....

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Drica (Drikita) - Fica tranquila drikita...srsrsrsrs....estou retomando a história agora, mas fico sempre feliz quando a vejo nos comentários...srsrsrsrs bjão e obrigado pelo comentário...

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Dr.Pepper - Cara...obrigado pelo comentário, e fico muito feliz por estar gostando da história....alias...o gênero de ficção cientifica é um dos meus favoritos....tirando a minha primeira história...geralmente sempre escrevo algo do tipo....é o que eu mais gosto. bjão...e obrigado de novo...

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Kazzano - Bem, desde já pço mil desculpa por ter sumido por um tempo....eu realmente estive atolado em trabalho....e não estava conseguindo parar pra respirar e poder voltar a escrever que a minha principal fonte de diversão....bem...desde já obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história.

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bagsy - Obrigado pelo comentário...srsrsrsrs....realmente eu já nem me lembrava direito onde havia parado....mas tive que desviar um pouco o caminho nesse capítulo....no próximo ao volto ao encontro com Garuda....bjão e obrigado pelo comentário...bjs.

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FlaAngel - Opa...to de volta e espero continuar escrevendo muito ainda e espero mais ainda manter a historia interessante para que continuem acompanhando sempre....obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar acompanhando a história. bjs.

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Comentários

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omi eu comecei a ler seu conto hj e fikei viciado nele volta logo pfv

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coitado de meu leão lindo.... tá sofrendo para proteger seu filhote do seu leão... ai o que Leozinho tenho?....

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Tive um mini ataque cardíaco aqui kkk tô mega curiosa pra saber o que o Leozinho tem ou é,sei lá.... beijinhos ...

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Quase morri quando vi seu conto aqui. Que saudades e que bom que você está bem, fiquei preocupado. Seja bem vindo de volta e não suma mais.

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