A Nova Droga : Amor Cap.1

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1625 palavras
Data: 09/07/2016 21:49:47

Cap.1

NARRADO POR FLÁVIO MOURA

FLASHBACK

Me arrumava para conhecer mais um casal.

-E então Carina, como eu estou ? - Carina era a cuidadora de todos nós, no orfanato.

-Está lindo querido... Eu sinto que hoje é o seu dia – falou, beijando o meu rosto – agora vamos, o casal já está aí...

Sim, eu era uma criança orfã. A minha mãe de sangue, bem, ela não me quis. Me deixou neste local, e cá eu vivi, os 8 primeiros anos da minha vida.

-E então, Sr e Sra Moura, este é Flávio... - ao olhar aqueles dois, foi como se estivesse vendo dois reis. Meu coração acelerou, e os meus olhos marejaram.

-Nós vamos adotá-lo, Dona Carina...

-Mas, não vão querer saber mais ?

-Não é necessário... É suficiente tudo o que você já nos disse – sorri, alegre. Enfim deixaria aquele orfanato e saberia o que é ter família.

TEMPO DEPOIS

E eles cumpriram o que disseram, me adotaram. Me deram o nome deles, e me levaram com eles.

-Seja bem vindo a sua nova casa Flávio... - e foi então que eu percebi que eles eram riquíssimos. Moravam numa enorme mansão, que quando vi pela primeira vez, meu queixo quase caiu.

-Esta é a casa...

-É... Linda, não ? Quando eu a vi pela primeira vez fiquei igual a você, boquiaberto... - o meu novo pai dizia... Sai do carro, e não acreditava que tudo aquilo estava acontecendo comigo. Depois de tantos anos, Deus atendeu as minhas preces.

Fui entrando meio atordoado dentro daquela linda casa, incrivelmente bem decorada e com um ar incrível.

-Renan, venha conhecer o seu irmão... - arregalei os olhos. Eu não sabia que eles tinham outro filho – filho, este é o seu irmão, Flávio. A partir de hoje, vocês dois devem ser irmãos de almas, eternamente juntos. E não devem se separar nunca... - ele era menor que eu. E incrivelmente fofo... Sorri, pois enfim me sentia amado.

-Vem... - falou ele, me puxando... - vem ver os meus brinquedos. São lindos... - e então eu fui, sendo puxado por ele.

7 ANOS DEPOIS

E foi assim que eu encontrei a minha família. De um garoto órfão que a cada ano ficava com menos possibilidade de ser adotado, me tornei membro de uma das famílias mais ricas do Brasil, proprietária da Moura Airlines, a maior companhia aérea do país, e irmão de Renan, o meu maninho indefeso. Temos uma diferença de idade de 5 anos. Eu fui adotado com 8 anos, ele tinha 3 na época. E ele, desde de criança sempre foi desastrado e bobo. Então, eu o defendia de tudo.

FLASHBACK

Estavamos na hora do intervalo, na escola. Eu comia um sanduiche e via o Renan jogar futebol com uns garotos da idade dele. Até que de repente, um valentão entrou na quadra e quando eu menos pisquei, o empurrou. Uma raiva tão grande me subiu. Podiam mexer com qualquer um, menos com o meu irmão.

-Ei ! - gritei, puxando o garoto – nunca mais empurre o meu irmão ! - falei, dando um soco nele. E então caminhei até ele – você está bem Renan ? - e lá estava ele, com o braço ralado – não se preocupe, eu faço um curativo quando chegarmos em casa...

FIM DO FLASHBACK

E nós dois crescemos muito unidos. Era como se as palavras da nossa mãe tivesse poder, eternamente juntos. O tempo passava e não nos largávamos. E assim foi durante toda a nossa infância e adolescência. Não havia relação mais forte que a nossa. E ninguém podia quebrar os nossos laços de união. Nós dois tínhamos um quarto para cada, porém quase nunca dormíamos sozinhos. Sempre, no meio da noite eu via ele na minha cama. Chovia forte uma certa noite, até que de repente tudo ficou escuro. Mal podia enxergar um palmo. De repente, escutei batidas na porta.

-Flávio ? Você tá acordado ?

-Tô Renan...

-Posso dormir com você ? Tá muito escuro...

-Tudo bem, deita aqui na cama... - logo ele veio, e deitou-se na minha cama. Em um primeiro momento ele deitou longe de mim, porém veio se aproximando, até que estava abraçado a mim e com a cabeça no meu peito. Ri – você não acha que já tá muito velho para ter medo do escuro ?

-Não estou com medo... É que você me faz dormir melhor... - fiquei em silêncio, vendo a água que deslizava pela janela, até que ouvi a voz dele de novo – Flávio ?

-O que foi ?

-Você promete que nós nunca vamos nos separar...

-Porquê está falando isso ?

-É que eu não quero me separar de você nunca. Mesmo que se passem 50 anos...

-E quando você se casar ?

-Eu não quero me casar...

-Lembra o que a nossa mãe disse quando eu cheguei aqui ? Que nós estaremos eternamente juntos... E assim será...

-Promete ?

-Prometo...

4 ANOS DEPOIS

A partir de então a nossa relação ficou ainda mais forte. Ele não fazia nada sem mim. Assim como eu ficava triste sem ele.

“-Você vai na nossa festa Flávio ? - alguns amigos meus perguntavam.

-Não... Vou levar o meu irmão ao cinema hoje...

-Porquê você não esquece um pouco esse menino ein ? Parece que vive para ele ! Sempre que sai, é com ele. E se ele não estiver junto, você não sai...

-Porquê ele é meu irmão oras...

-Mas eu nunca vi uma dupla de irmãos igual a vocês...

-É porquê nós somos únicos... E o meu irmão é a coisa mais importante para mim... Portanto não sairei com vocês...”

A nossa relação era tão forte que quando ele ficava doente detestava a companhia de qualquer pessoa, incluíndo dos nossos pais. A única pessoa que se aproximava dele era eu.

“-Flávio, meu filho, me ajude, o seu irmão não quer me deixar entrar no quarto ! - mamãe dizia, com um prato de comida e uns remédio numa bandeja.

-Me dê isso... Eu levo para ele... - subi as escadas com a bandeja e bati na porta.

-Vá embora...

-Sou eu Renan...

-Flávio ?! - de repente ele abriu a porta. Minha mãe olhava tudo de longe, atônita em como havia sido fácil para ele me receber – que bom que você chegou... - falou ele, me abraçando após eu entrar no quarto.

-Porquê você não deixou a mamãe entrar ? - falei, colocando a bandeja na mesa ao lado da cama.

-Porquê não quis... Eu gosto de quando você cuida de mim... - falou ele, deitando na cama.

-Como você está se sentindo ? - falei, pegando na testa dele.

-Com um pouco de dor de cabeça...

-E febre também né... É virose mesmo... - falei, separando um remédio – toma este, você vai melhorar... - ele logo pegou, e tomou – e você precisa comer...

-Eu não quero comer... Estou sem fome...

-Mas se você não comer vai ser pior ! Come, a comida está gostosa... - ele sorriu...

-Obrigado... - falou, após segurar a bandeja...

MINUTOS DEPOIS

Depois que ele comeu, eu desci as escadas com os pratos. Até que ouvi uma discussão.

-Isso não é normal Cláudio... Você não vê ? O Flávio já vai fazer 20 anos, e nunca nos apresentou ninguém. E esse grude que eles dois tem, desde que se conheceram. Eu achava que era coisa de criança, mas quanto mais tempo passa, mas grudados eles ficam !

-O que você está querendo dizer Raquel ?

-Eu não sei... Mas isso não é normal ! Parecem até namorados, casados, sei lá o quê...

-Isso é impossível Raquel ! Eu não tenho filhos gays ! Você está querendo sugerir que os nossos filhos andam tendo um caso gay, é isso ?

-Eu não sei ! Mas isso é estranho demais ? Um jovem como o Flávio deveria querer sair, se divertir, sei lá. Mas não, ele está sempre do lado do Renan. Para onde um sai, o outro também sai. Se um fica doente, só o outro cuida. Um não viaja sem o outro.

-Mas isso pode ser só amor de irmão, sei lá ?

-Por acaso você tinha essa mesma relação com os seus irmãos ? - meu pai ficou calado. Aquela discussão me deixou pensativo... Será se eu estava muito perto do meu irmão ? Será se eu devia me afastar dele ? Mas eu não conseguia me ver sem ele.

MINUTOS DEPOIS

Próximo da hora de dormir, fui até o quarto dele, ver como ele estava... Quando me aproximei, ele estava de olhos fechados. Julguei que estivesse dormindo. Toquei nele, a febre havia baixado. Continuei tocando o rosto dele, e notando o quanto ele estava ficando bonito. No auge dos seus 15 anos, tinha uma pele branca, incrivelmente limpa, por causa da genética dos nossos pais, cabelos pretos lisos, olhos castanhos e um corpo que começava a ficar atlético. Até que, de repente os meus toques o acordaram.

-Ah, desculpa... Eu não queria te acordar... - ele sorriu, se espreguiçou.

-Não é nada... Você não quer deitar aqui ?

-Acho que é melhor eu ir dormir no outro quarto, você... - de repente então ele me puxou, com força.

-Não... Quero que você fique aqui... - falou, colocando a cabeça sobre o meu peito e as pernas sobre as minhas. O que os nossos pais disseram voltou a minha mente. “Parecem até namorados, casados, sei lá o quê...”

-Renan ? Você não acha que a gente é muito próximo ?

-Mas é claro que nós somos próximos. Nós somos irmãos... - ri..

-Não... Eu queria dizer, próximos demais...

-O quê você quer dizer ? Quer ir embora ? É isso, vai me deixar ?

-Não... - falei, sorrindo – mas é que, sei lá... Tem horas que eu penso que essa relação que a gente não é normal... - ele suspirou.

-Eu não sei... O que eu sei é que eu não consigo ficar longe de você... Me sinto mal só de imaginar você longe de mim. Parece como uma droga. É como se você fosse uma droga, que eu me vicio a cada dia que passa, e que sem enlouqueço....

Continua

E ai ??? Gostaram ??? Comentem e votem por favor. Beijos :)

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive gustavinho132 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Olha relutei em ler a historia com implicancia com o titulo.kkkk muito boba esse conto é top

0 0
Foto de perfil genérica

Gustavo mais uma vez vc me deixou de queixo caído, amei esse primeiro cap, achei incrível o jeito com o qual vc abordou o tema...

0 0
Foto de perfil genérica

Vc se supera a cada dia, adorei o tema dessa historia

0 0