Amor militar - Cáp. 3 - "Muito prazer, Bete"

Um conto erótico de Jotha
Categoria: Homossexual
Contém 1194 palavras
Data: 29/07/2016 21:51:58

Boa noite, a você que vem acompanhando os contos... Como combinado o conto de sexta-feira. Não cheguei a dizer a altura de “MG”Divirta-se com a leitura.

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Minha vida continuava na mesma. Trabalho, casa, curso... Saídas nos finais de semana com os amigos quando tinha oportunidade e não tinha de revisar a matéria da semana...

O fluxo físico das coisas continuavam o mesmo, porém no interior do meu eu... Uma bagunça sentimental se percebia. Depois daquele sonho, toda vez que ouvia um ronco de moto praticamente corria para a entrada da loja. Meus colegas de trabalho acharam bastante estranho esse ritual de ir para entrada, mas não se importaram ou fizeram qualquer tipo de pergunta. Ao menos, me poupou um monte de explicações embaraçosas.

Sinto-me mal sabendo dessa paixão pelo “MG”, nem ao menos sei seu nome. E deduzia que ele estava namorando, pois toda sexta uma mesma mulher estava em na garupa de sua moto. Porém quem manda no coração? Pois é, vivia assim. Comecei então a me interessar por todos seus horários. Tornando-me um tanto quanto obsessivo. “MG” saia de casa às 7h30m para a base. Se saísse depois disse, provavelmente dormirá tarde na noite anterior. Às 17h via ele novamente. Para minha felicidade, o horário exato que a loja fechava. 19h ele sempre se dirigia a academia. Eu para o curso.

Comecei a sair rigorosamente no mesmo horário de casa, quando aconteciam breves encontros. Acho que ele notou sermos vizinhos da mesma rua. Se limitava a me olhar nos olhos. Sabe, um dia quase vi um aceno de cabeça. Sempre passava em frente ao portão da casa de “MG”, na esperança dele abrir o portão. Imaginei empurrando-o para dentro, beijando sua boca, tirando sua roupa.... Passei a me masturba quase que todos os dias pensando no cara.

Numa noite até então comum, entrei em minha rua a passos largos. Tinha um preferencial de calçada desde que “MG” se mudou para rua. Estava eu tranquilamente voltando do pré-vestibular. Como era noite de simulados, acabei saindo tarde. Quando cheguei na rua marcava 22h03min no visor de meu celular. A rua estava com um poste defeituoso, deixando uma parte na penumbra. Vejo um vulto apressado atravessando a rua. O vulto mudou de direção, e viu. Um grito.

- PEGA ELE! PEGA! – Era uma voz feminina.

Levei um susto, um labrador pulou por cima de mim. Fui arremessado no chão. O cachorro bobão me lambeu todo. Meu rosto ficou úmido de saliva.

- Desculpa moço – A mulher tentava se justificar, amarando o animal na coleira – Estava tentando dar uma volta com ele... E escapou

- Sem problemas – Fui falando levantando e me limpando – adoro animais. Labrador, não é?

- Labrador com vira-lata – A mulher estendeu a mão – Muito prazer, Bete!

- Jotha. E esse carinha aqui – Falei acariciando o cachorro.

- Esse é o Ted – Ted latiu, como se para participar da conversa.

- Amor, está tudo bem?

Estava ajoelhando brincando com Ted, quando ouvi aquela voz inconfundível. “MG”. Então de fato ele estava namorando. Legal. Família perfeita. Ele, Bete e Ted. Na época não soube identificar ao certo, mas me apaixonará pelo cara. Só de saber que ele estava com alguém me dava raiva. Fiquei rabugento na hora. Estressado. Mesmo assim com um sorriso tentei ser simpático.

- Tudo amor sim amor!

Como aquela palavra me incomodou. A-M-O-R. Me levantei e cumprimentei o sujeito.

- Tudo bom? Jotha.

- Rafael

Rafael. Bom agora sabia seu nome. Não precisaria mais chamá-lo de “MG”.

- Amor, Jotha salvou o Ted – Bete contava, sempre rindo e simpática – Se não fosse ele, Ted teria ido para mais longe.

- Muito obrigado mesmo cara.

- Não foi nada.

- Espera, você não é o cara da farmácia – Rafael lembrou.

Que ótimo, a única referência que o cara tinha de mim e que fui grosso com ele na farmácia. A noite não poderia estar melhor!

- É... Sim... Sou eu – Todo envergonhado – Então, foi mal aquele dia... Estava cheio de coisas na cabeça.

- Sei como é. Agora que meu cachorro deu o troco estamos quites.

A piada foi sem graça, porém os três riram.

- Acho que Ted gostou de você – Bete disse vendo o cachorro ficar roçando a cabeça na minha perna.

- Hum, ele é adorável... “Como o dono”. Bom a conversa está boa... Tenho que ir. Amanhã a rotina de novo.

- Fala não, só pensar em ir na Base já bate uma preguiça.

- Pode deixar que de manhã ajudo você levantar!

Olhares maliciosos foram trocados entre os dois, com a seguinte frase percebi ser minha deixa e me mandar. Me despedi deles. Segui o caminho de casa. Estava completamente chateado. Um bolo no peito. Que louco isso, nem conhecia o cara direito.

- Menos mal, agora sei que é hétero... Namora... E mesmo assim ainda acho esse cara incrível...

Sim, fui para casa falando sozinho. Aliás tenho esse costume. Cheguei em casa, tomei um banho demorado para assimilar tudo que aconteceu. Jantei e fui para cama.

Meus pensamento rodopiavam em minha cabeça. Não conseguia esquecer o cara. No encontro na rua não havia reparado com tanta clareza... O cara vestia um shortinho de dormir... Uma regata coladinha... Marcava seu peito... Cabelo bagunçado... Provável que não tivesse disfarçado os olhares. Só de pensar meu pau já dava sinal de vida.

Não teve jeito. Tranquei a porta do meu quarto. Peguei meu celular, e comecei a buscar um pornô bem safado. Encontrei um vídeo que o cara lembrava o “MG”, corrigindo Rafael. Me masturbei. Gozei bastante... Até que ouço algo incomum...

- Alô? Alô? Cara você está aí? O que está havendo? Cara, você estava gemendo?

De imediato não entendi nada. Quando me concentrei no celular. Que merda, sem querer havia ligado para Tiago. Tiago é uma carinha do cursinho que eu suspeitava está dando em cima de mim.

- Oi, Tiago?

- Isso cara – Gargalhadas do outro lado – Cara você estava se masturbando, né?

- Não cara, nada a ver – Se fosse uma vídeo chamada estava perdido tamanho era minha vergonha.

- Relaxa. Se tivesse falado até teria ajudado a gozar mais rápido.

Definitivamente ele estava dando em cima de mim.

- Não estava me masturbando... É sério.

- Ok, beleza. Então, já que me ligou. Vai fazer o que sábado?

- Nada de especial. Revisar matéria, sei lá...

- Posso passar a noite na sua casa?...

Como assim? Fiquei mudo na hora.

- ...Reviso a matéria contigo, o que acha? Você está aí?

- Claro, claro... Pode sim!

- Pensou outra coisa, né? – Mais uma risadinha de fundo – Bom então fechado. Até amanhã no curso Jotha. Ah, e vai se limpar.

- Até amanhã. Vou me limpar sim.

Desliguei. Merda, vou me limpar? Acabará de admitir a masturbação. Me limpei e tentei dormir. Não teria cara para falar com Tiago no dia seguinte. Acho que aceitei ele passar a noite na minha casa pelo choque da pergunta. Precisava dormir. Emoções demais para um dia. Enquanto adormecia, meu último pensamento foi... RAFAEL!

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Bom, quero agradecer e muito a todos os comentários. A pedidos tentei escrever um conto maior. Acho essa troca essencial e gratificante para o desenvolver do conto. Espero que divirta-se com a leitura na mesma proporção que eu ao escrever... Então comente, opine, vote... E até sexta-feira que vem. Aquele abraço!

Jotha ;-)

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Comentários

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Aff dá pena desse cara, qualquer brecha q aparecer ele vai se humilhar pro Rafael. ficou confuso e sem sentido essa ligação, cm ele tá vendo um video e sem querer vai na lista de contatos, seleciona um, liga. tudo sem perceber .

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