Éden - Capítulo IV

Um conto erótico de Gu Alvarenga
Categoria: Homossexual
Contém 3462 palavras
Data: 26/07/2016 12:28:18

Enfim chegou a sexta-feira e eu realmente estava contente com isso. Trabalhamos uma hora a menos na sexta-feira, embora eu fosse viajar a trabalho no domingo, eu realmente estava contente em saber que logo poderia voltar para casa e descansar um pouco. Antes de sair do meu quarto lembrei que tinha o happy hour da empresa, resolvi pegar uma roupa extra para levar caso decidisse ir. Mas não achei a camiseta que eu queria usar, resolvi perguntar a minha mãe. Encontrei minha mãe na cozinha e beijei sua testa desejando um bom dia.

- Pelo jeito alguém acordou contente hoje – minha mãe me provocou – É por causa desse novo passarinho chamado Fernando?

- Não exagera mãe – falei rindo – Ele é só meu colega de trabalho, muito legal por sinal e me distraiu bastante ontem. – peguei um pouco de água na geladeira e bebi.

- Não estou acreditando muito nessa sua explicação mocinho, mas sabe de uma coisa? Que bom que alguém dentro desta casa está feliz, seu pai só chora e eu fico sem saber o que fazer. Seu irmão você sabe como é, todo desligado da vida. Pode cair o mundo lá fora que ele só vai reagir quando alguma coisa o acertar. – ela disse rindo.

- E os exames, o que deu? – perguntei – O Danilo conseguiu o emprego?

- Graças a Deus conseguiu sim, tem exame marcado para hoje à tarde e se tudo correr bem ele começará na segunda-feira – ela falou – Não vejo a hora dele se ocupar com alguma outra coisa que não seja esse vídeo game.

- Isso é verdade, já está na hora mesmo – falei rindo – E os exames?

- Está tudo bem meu filho, está tudo bem – ela falou.

- Esqueci de perguntar, sabe onde está aquela minha camiseta preta estampada com um índio? Hoje tem happy hour e queria dar pelo menos dar uma passada por lá, só para não perder mesmo. – falei.

- Vai sim filho, se distraia um pouco sim. A camiseta está passada e dobrada lá em cima da mesinha do quarto, vou pegar pra você – minha mãe saiu e pegou a camiseta que eu queria.

Eu iria usar essa camiseta preta que tem a silhueta de um índio do lado esquerdo e marca bastante o peitoral, uma calça slim preta e uma bota preta. Geralmente em dia de happy hour a maioria vai com a roupa que trabalhou o dia inteiro mesmo, mas eu não consigo sair assim, daí sempre tomava banho lá no vestiário da empresa que quase ninguém utilizava. Tomei café da manhã com minha mãe e segui para o trabalho.

O trânsito não estava tão bom assim, talvez devido pelo horário que eu saí. Quando cheguei à empresa foi impossível não notar os olhares curiosos em minha direção, primeiro porquê passei mal e segundo porquê minha avó faleceu. Eu realmente odiava ficar explicando, mas não iria fazer o mal educado com ninguém. Desde a portaria, corredores e até chegar a minha sala eu fui agradecendo pelos pêsames desejados. Avistei a Lilian em um canto, logo ela se levantou e veio me abraçar. Aceitei o seu abraço, respondi algumas perguntas e mais uma vez ela falou para eu não ficar chateado com ela. Entrei na sala e vi o Fernando, mas fiquei com vergonha de chama-lo de Nando no ambiente de trabalho.

- Bom dia – eu disse.

- Bom dia, tudo bem? – ele respondeu com um sorriso no rosto, logo senti o seu perfume espalhado pela sala.

- Tudo ótimo e contigo? – respondi com um sorriso no rosto também.

- Eu estou bem, está animado? Pois a Jéssica trouxe uma papelada de coisas para fazer, disse que se não terminarmos até o fim do dia, podemos esquecer a palavra “happy hour”. – ele disse rindo.

- Bem, eu não tenho certeza ainda se vou, então não fará tanta diferença – eu disse.

- Nem brinca, vim convencido a te arrastar para esse happy hour – ele disse rindo – Vai ser o meu primeiro.

- Até o fim do dia eu decido – falei rindo – Isso é o que tem para fazer?

- Sim, só isso – ele disse rindo.

Havia um monte de processos de importação para finalizar, ficamos o dia quase todo para terminar aqueles processos. Durante o dia todos comentavam sobre o happy hour, Fernando e eu mal tivemos tempo de almoçar sem pensar em trabalho. Jéssica apareceu em nossa sala para ver o andamento e aproveitou para falar sobre a viagem, pediu também que não deixássemos de representar a empresa com muita responsabilidade, pois havia um campo de clientes que estavam visando e durante a viagem seríamos o intermédio entre eles. Lilian também apareceu em minha sala e tentou puxar assunto, mas logo desconversei. Eu realmente estava chateado desde o dia que ela fez o comentário desnecessário, sou realmente genioso.

Conseguimos terminar as nossas atividades e liguei no ramal da Jéssica para avisar, ela pediu que eu e Fernando fossemos a sua sala. Jéssica agradeceu por termos terminado a tempo e mais uma vez nos orientou da importância dessa viagem para a empresa. Eu e Fernando saímos da sala de Jéssica e havia algumas pessoas apenas na empresa ainda, o endereço que nos passaram não era tão distante e eu tinha resolvido que iria no happy hour nem que fosse por pouco tempo.

- Vou descer no vestiário para tomar banho e trocar de roupa – falei.

- Sério que daria para tomar banho aqui? Ainda bem que não estou suado, pois nem roupa eu trouxe. – Fernando falou meio entristecido – Estava até pensando em ir para casa e depois voltar, mas não compensaria.

- Sim, a maioria vai direto também – falei – Vou lá então, qualquer coisa me chama, mas não vou demorar – expliquei em qual lugar ficava o vestiário e peguei minhas coisas para tomar banho.

Não tinha ninguém no vestiário e eu realmente achava isso muito bom, pois morro de vergonha de tomar banho do lado de algum colega de trabalho. Coloquei minhas coisas em cima da pia que havia em frente aos chuveiros e entrei de baixo da água gelada, quando a água bateu em minhas costas soltei um suspiro. Estava tomando banho distraído e ouvi alguém chamando pelo meu nome, virei assustado a procura da toalha para me cobrir, mas estava com shampoo nos olhos e isso dificultou um pouco. Quando consegui, vi que Fernando estava parado logo a frente.

- Calma cara, não precisa ficar nervoso. – ele disse rindo.

- Você quase me matou de susto – falei e senti o gosto de shampoo na boca – Espera aí rapidão, só vou enxugar o cabelo.

- Ok – ele disse e vi que saiu rindo.

Terminei de enxugar o cabelo tão rápido quanto pude, com esperança de que ele não estivesse vendo nada. Peguei minha roupa e vesti ainda meio molhado, encontrei Fernando parado na porta do vestiário e quando me viu soltou uma risada.

- Você parece uma criança – falou rindo.

- Eu tenho vergonha, só isso – falei – Vamos lá então? Não vou demorar muito por lá.

- Vamos – ele disse rindo – Ficou legal essa camiseta em?

- Valeu – respondi.

Chegamos ao bar e o pessoal estava rindo, bebendo e realmente pareciam outras pessoas fora do ambiente do trabalho. Eu e Fernando encontramos lugares bem no canto da mesa, de uma forma que sentamos de frente para o outro. Começamos a beber, mas de forma alguma eu iria exagerar, até porque eu ainda iria dirigir. As horas foram passando e por conta da cerveja eu resolvi ir ao banheiro, não aguentava mais. Levantei e fui em direção ao banheiro, o bar estava lotado e antes de chegar ao banheiro senti uma mão pegando no meu braço, virei para olhar quem era e então percebi que era a Lilian.

- Gustavo, posso falar com você? – ela perguntou.

- Lógico, sobre o que quer falar? – perguntei e arqueei a minha sobrancelha, eu realmente fiquei pé atrás com ela.

- Você não me desculpou por aquele dia, não é? Eu realmente sinto muito – ela disse.

- Vamos esquecer isso Lilian, já passou – falei – hoje é dia de nos distrairmos, falarmos de coisas boas e procurar um mínimo de diversão possível.

- Estou desculpada então? Posso ficar sossegada? – ela perguntou.

- Pode ficar sossegada – eu disse, a desculpa é só o tempo que afirma, pensei comigo.

- Tudo bem então – ela disse e me abraçou, eu correspondi ao abraço.

O banheiro estava lotado, mas fiquei esperando um box desocupar. Um cara saiu e eu logo entrei, o cheiro do banheiro não estava muito agradável, mas me mantive firme. Aproveitei para olhar as mensagens do meu celular, nenhuma mensagem interessante e uma ligação perdida do Otávio apenas. Quando saí do box, percebi que Fernando estava mijando no mictório que ficava em frente aos box, tentei fingir que não estava olhando e quando fui sair ele me chamou.

- Gu, me espera? – ele disse.

- Ok, te espero aqui do lado de fora – eu disse.

Lavei as mãos e fiquei esperando o Fernando, o bar estava bem movimentado e vi que um garçom ficou me encarando. Um cara bonitinho, moreno queimado do sol e um corpo bacana, a roupa social deixava seu corpo marcado e era realmente interessante. Só despertei quando vi o sorriso que ele deu enquanto eu o analisava de longe, fiquei envergonhado e voltei ao banheiro para chamar o Fernando.

- E aí cara, morreu? – falei.

- Calma, aconteceu um imprevisto – ele disse rindo – Pingou um pouco na minha calça, to tentando secar aqui.

Eu tentei segurar a risada, mas não consegui.

- Abre a torneira, deixa respingar um pouco de água pela roupa ao ponto que pareça que você apenas se molhou – eu disse.

- Vou tentar – ele disse.

Mas Fernando fez totalmente diferente do que eu tinha imaginado, ele molhou um pouco mais do que deveria e eu então disse para ele bater com a mão para espalhar um pouco, mas parece que a coordenação motora dele não estava ajudando. Eu mesmo então bati de leve com a mão sobre a sua coxa, abdômen e quase perto da virilha. Foi a primeira vez que eu toquei o corpo dele, minha ereção começou a querer vir e na hora eu desconversei.

- Está ótimo, vamos voltar – falei – Faz um tempo que estamos aqui.

- Beleza – ele disse e reparei que me olhou nos olhos e segurou.

Voltamos à mesa e graças a Deus ninguém ficou perguntando nada, mas percebi que a Lilian nos olhou quando chegamos juntos. Conversa vai, conversa vem e eu resolvi ir embora. Me despedi de todos e mesmo insistindo para que eu ficasse um pouco mais, eu realmente queria ir embora. Como não tinha bebido muito, estava tudo ok para ir para casa. Liguei o som do carro e dirigindo pela noite paulistana me peguei pensando em minhas mãos passando pelo corpo do Fernando, aquilo fez meu pau latejar.

- Para de pensar merda cara, não estraga tudo – falei em voz alta comigo mesmo.

As músicas tocavam e eu nem dava atenção, a verdade é que nem atenção no trânsito eu estava tendo. Graças a Deus cheguei em casa bem, ainda não era nem 21:30. Entrei e meus pais estavam assistindo televisão na sala, meu irmão não estava. Subi para o meu quarto e como não tinha suado, fiquei com a roupa que estava. Liguei a TV e comecei a assistir um seriado antigo, fiquei atento ao que passava e nem vi que meu celular tinha duas chamadas não atendidas. Duas chamadas do Fernando, selecionei o contato e liguei. Chamou, chamou, chamou e quando eu ia desligar, ele atendeu.

- Oi, pensei que já tinha dormido – Fernando disse.

- Meu celular estava no silencioso, só vi agora a chamada – respondi – Queria falar comigo?

- Sim, está na sua casa mesmo? – ele perguntou.

- Sim, estou aqui assistindo TV – eu disse.

- Acabei de sair do bar, posso passar aí para conversar contigo? – ele perguntou.

- Pode sim, aconteceu alguma coisa? – fiquei curioso.

- Bem, quando chegar aí nós conversamos direitinho – ele disse – Vou desligar porque estou no transito, daqui uns minutos estou aí.

- Beleza – falei e desliguei.

Assim que desliguei, fui ao banheiro para escovar os dentes e passei perfume, aproveitei também para ver se meu cabelo estava OK. Sentei e a ansiedade de saber o que ele queria falar comigo era enorme, até acabei roendo as unhas, coisa que eu não fazia há muito tempo. Passou-se eternos minutos e ele mandou mensagem falando que estava em frente da minha casa. Desci e quando abri o portão logo avistei o seu carro, me aproximei e ele falou para eu entrar, não hesitei e entrei.

- O que aconteceu? – perguntei assim que entrei no carro.

- Meu sua amiga é uma otária, uma otária cara – ele disse – Saí do bar morrendo de raiva, tive que sair para não dar um murro na cara dela.

- A Lilian? – perguntei e ele confirmou – O que ela fez?

- Foi só você e a Jéssica irem embora que ela ficou com umas brincadeiras sem graça para o meu lado, tentou me beijar quando estávamos dançando e eu rejeitei e sentei junto aos demais que ainda estavam por lá. – ele disse e respirou fundo – Ela chegou e começou a fazer piadinhas sobre eu e você. Perguntando se era namoro ou amizade, quem comia quem e várias outras brincadeiras. Uma amiga dela a levou para casa, disse que estava alterada e pediu desculpas.

Consegui perceber a raiva no olhar do Fernando e ao mesmo tempo sentia como se uma lamina ultrapassasse o meu corpo também, eu sempre evitei ter amizades com héteros por conta de comentários como esses. Eu odiava ver alguém sendo provocado por conta da minha orientação sexual, mesmo não tendo trejeitos, eu me assumi e não negava isso a ninguém. Várias vezes durante a faculdade passei por isso, várias vezes tive que me afastar de alguém ou alguém se afastou por conta disso... Eu realmente sabia o quanto incomodava.

- Eu sinto muito – falei – Desculpa, eu não queria ter te causado isso.

- Desculpa por que Gabriel? Você não fez nada, a descontrolada da Lilian que causou essa confusão – ele disse – Você não tem porque pedir desculpa.

- Sei lá, talvez por essa aproximação. Talvez outras pessoas podem estar confundindo as coisas também – falei – É melhor evitarmos isso.

- Como assim evitar? Você está louco? – ele disse meio alto – Eu não vou me afastar de você por conta de ninguém não, eu não vou mudar a maneira de te tratar por causa de ninguém não. Quem quiser falar, que fale.

Eu fiquei sem palavras, na hora senti um aperto no peito. Lembrei das pessoas que se afastaram de mim quando descobriram que sou gay, nunca fui alvo de piadinhas, mas o simples fato de me assumir gay me trouxe diversas decepções. Minha única reação com isso foi deixar uma lágrima escorrer do meu olho. Eu sempre fui bem resolvido quanto a minha sexualidade, nunca algo assim havia me afetado tanto quanto ver o Fernando sendo atacado pelo simples fato de manter uma amizade comigo. Olhava em direção a rua, mantendo um olhar fixo em um ponto qualquer e a lágrima escorria, uma lágrima de ódio e de tristeza.

- Ei, você está chorando? – ele perguntou.

Eu nem consegui responder, minha voz não saiu. Fechei os olhos e logo senti as mãos do Fernando me envolvendo em um abraço apertado, tentei soltar e antes que eu conseguisse eu ouvi sua voz dizendo.

- Não precisa ficar assim, eu estou aqui – falou – Não liga pra esse tipo de coisa, não vai te fazer bem. Eu quero te ver bem.

Relaxei e recebi o seu abraço, encostando o meu pescoço no seu ombro e chorei. Afastei o meu corpo do seu e ele me perguntou se estava tudo bem, respondi que sim. Passou o polegar no meu olho, enxugando.

- Você realmente parece uma criança – ele disse sorrindo e eu também ri.

- Você não tem noção do quanto é complicado – eu disse – O quanto dói.

- Xii, não fala nada – ele disse – Esquece isso.

Fernando continuava com sua mão atrás do meu pescoço e me encarava mesmo eu não olhando em sua direção.

- Você é mais do que tudo isso Gu – ele disse – Bem mais.

Olhei em sua direção para respondê-lo e não deu tempo, senti sua mão puxando a minha cabeça em sua direção. Encostou os seus lábios no meu e me beijou, seus lábios estavam gelado e senti o gosto do halls de morango assim que ele puxou minha língua e sugou. Na hora eu não tive outra reação a não ser beija-lo e como Fernando beijava bem, continuava segurando minha cabeça e um beijo sensacional. Afastei minha cabeça da dele e não tive coragem de falar nada, apenas encarei a rua com medo de alguém ter visto.

- Você não tem ideia do quanto eu queria fazer isso – ele disse – Tive mais certeza ainda depois que vi você naquele vestiário, depois que passou a mão pelo meu corpo e desde que te conheci... Você mexe comigo Gustavo – ele disse – Estava meio difícil controlar essa vontade de te agarrar, eu não queira confundir as coisas no trabalho.

Eu realmente não sabia o que falar, a única pergunta que vinha na minha mente era por que ele não tinha me contado antes sobre ele?

- Por que não me contou sobre você? – perguntei.

- É uma história complicada – ele disse – Eu namorei escondido por muito tempo com um rapaz que conheci na época da faculdade, estávamos planejando morar juntos, porém ele faleceu devido a um acidente de moto. Depois disso, passei a frequentar a igreja com minha mãe e eu queria realmente mudar tudo aquilo que eu sentia dentro de mim, me afastei de tudo que pudesse me ligar ao mundo gay e até comecei a namorar com a moça que uma outra vez citei. Desculpa não ter te contado, mas não estava nos meus planos mesmo me envolver com alguém, mas você mexe comigo... Desde o primeiro dia. Faz pouco tempo que saí da igreja, como passei alguns anos lá, tudo na minha cabeça ainda é meio relacionado ao pecado... é difícil voltar ao “mundo” e viver de forma livre sendo que me regrei por tanto tempo, vira uma confusão sem fim.

- Eu nem sei o que te falar – eu disse.

- Eu sei o que quero ouvir – ele falou – Queria ouvir você falando que gostou do meu beijo e que posso repetir. Que vai me dar uma chance de ficar perto de você.

Eu não respondi nada, apenas virei e o beijei. Fernando é um cara muito atencioso, muito educado e era inegável a atração que eu tinha por ele. Nos beijamos por muito tempo dentro daquele carro, ouvindo músicas do U2 ao fundo. Em uma posição desconfortável dentro daquele carro, consegui olhar em seu rosto e ver um sorriso de felicidade.

- Vou considerar com um sim – ele disse e eu apenas ri.

- Eu não quero acordar disso não – falei meio bobo.

- Não tem porque acordar, é real – ele falou e beijou minha testa, apertando minha mão na sua.

Ficamos conversando por várias horas, Fernando acabou confessando que havia olhado minha bunda e por isso comentou que eu parecia uma criança, pois não tem pelos na minha bunda. Também falou que ficou de pau duro só por eu ter passado a mão no seu corpo e que quase não conseguiu esconder e assim foi falando de diversas vezes que imaginava esse momento acontecendo. Fernando foi embora um pouco tarde, quando passei pela sala meus pais ainda estavam acordados e minha mãe me olhou com uma cara engraçada e soltou um risinho.

- Do que está rindo? – perguntei me fingindo de inocente.

- Pelo jeito a fumaça virou incêndio né? – falou – Até o pescoço está vermelho.

- Mãe, não precisa falar assim – falei envergonhado – Não aconteceu nada de mais.

- Não precisa esconder de mim Gustavo, eu te conheço só pelas pisadas que você dá – ela disse – Pelo menos está com uma cara feliz, o mocinho beija bem então?

- Mãeeee – falei envergonhado e meu pai só ria.

Ficaram rindo de mim e subi para o quarto, deitei em minha cama e fiquei repensando em tudo o que tinha acontecido. Fiquei olhando no celular se o Fernando ficava online e fazia um tempo que tinha visualizado, deixei o celular em cima do criado mudo e foi o tempo de chegar uma nova mensagem.

“Acabei de chegar em casa, nem acredito no que aconteceu! Não vou desperdiçar essa oportunidade jamais. Boa noite, dorme bem e sonha comigo. Quero você”

Eu fiquei todo bobo com a mensagem, gostava desse jeito educadinho do Fernando e então respondi:

“ Eu é que não acredito que beijei um cara tão lindo e gostoso como você, eu é que estou tendo uma verdadeira oportunidade.. Durma bem também, até mais” – eu enviei.

“Até mais não, até amanhã. Vou poder te ver né?” – Fernando logo respondeu.

“A gente combina quando acordarmos” – respondi

“Estou ansioso, durma bem.” – ele mandou.

“Você também” – respondi.

Demorei para dormir, não conseguia parar de pensar no que aconteceu. Fiquei assistindo e graças a Deus consegui dormir.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Gu Alvarenga a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Estou amando o conto. Por favor, não demora muito para postar a continuação (sem pressão). Um abraço carinhoso,

Plutão

0 0
Foto de perfil genérica

Que bom que esse conto maravilhoso voltou. ❤ Um lindo romance se iniciando e espero que ninguém atrapalhe esses dois.

0 0