Renato & Elias Cap.13

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1188 palavras
Data: 22/06/2016 03:07:57

Cap.13

NARRADO POR RENATO

Quando entrei pela porta, a fechei e mais uma vez me escorei na mesma. Não parava de pensar e devanear sobre o que tinha acontecido. Os olhares dele, as feições dele, as perguntas dele não saiam da minha cabeça de forma alguma.

-Porquê esta cara ? - André me assustou, fazendo eu quase pular quando ouvi a voz.

-André, seu corno ! Como me assusta desse jeito ? - ele quase rola de rir ao ver minha reação – não ri não ! Deveria te dar uma vassourada pra aprender a não me assustar.

-Você sabe que eu sempre amei te dar sustos, não é irmãozinho ? - revirei os olhos com aquela criancinha- mas vamos lá, aonde você estava que não veio jantar comigo ?

-Você não avisou que vinha aqui em casa... Então eu marquei um compromisso.

-É... Tens razão, eu devia ter avisado. Mas com quem marcou um compromisso ?

-Com o Elias – ele arregalou os olhos naquela hora.

-Tá de brincadeira né ?

-Não... - falei eu, sentando no sofá. Ele logo sentou ao meu lado.

-Mas com o Elias ? Explica aí como foi essa façanha ?

-Na verdade foi ele que me chamou pra sair.

-Ele ?

-É... Disse que tinha repensado o que fez, que queria se desculpar...

-É... Eu sempre soube que o Elias não era um inconsequente apesar do jeito de viver. E você aceitou ?

-Sim, eu aceitei... Você sabe que eu não guardo rancor normalmente... O que ele fez não é nada certo, mas eu achei que era algo passível de desculpa. De qualquer forma você sabe o quanto a amizade dele é importante pra mim, eu não queria realmente ficar de mal com ele. Então eu aceitei...

-E como foi ?

-Estranho – ele riu

-Porquê ?

-Ele ficou fazendo um monte de perguntas a respeito da minha sexualidade.

-Sério ?

-Sim... Tipo, como eu me descobri gay, como é se apaixonar por um homem, coisas desse estilo... E acabou ficando sabendo que eu sou apaixonado por ele.

-Meu Deus ! E ele não fez nada...

-Não... Ficou bem calmo até e... Meio envergonhado, sei lá... Eu só queria entender o porquê todas aquelas perguntas... Parecia que ele estava interessado, sei lá... - durante alguns segundos fiquei pensando naquilo, até que ouvi a voz dele.

-Você já pensou na hipótese de ele estar mudando ?

-Mudando ? Como assim ? - olhei nos olhos dele, e pensei numa coisa que me fez arregalar os olhos – você quer dizer que...

-E se ele tiver se trancado no armário todo esse tempo ? Ou sei lá... Apenas reprimido esse desejo... -Não... Ele sempre se disse hétero convicto...

-Mas a gente sabe que existem muitos enrustidos por aí que não tem coragem de assumir a verdade... - parei para pensar naquilo por alguns segundos.

-Você acredita mesmo que ele possa ser gay, ou ao menos sentir alguma atração por homens ?

-Sinceramente... Ele não teria transado com você por engano meu irmão... Esse tipo de engano homem nenhum comete, mesmo bêbado – fiquei a olhar a TV naquele momento, tentando ligar a teoria dele a algum fato.

NARRADO POR ELIAS

Quando cheguei no meu apartamento, tranquei a porta e me deparei com minha mãe lá.

-Mãe ? Não foi pra casa ?

-Não... Decidi ficar aqui com você esta noite... Sei lá, matar a saudade do meu filho...

-Ok então... - falei, sentando ao lado dela no sofá...

-E então, como foi a noite ?

-Boa...

-Só boa...

-Não sei explicar...

-Me conta desde o começo...

-Eu pedi desculpas do Renato e... Ele pareceu aceitar do coração...

-E depois...

-De repente me veio uma enorme curiosidade de saber diversas coisas sobre ele e a sexualidade dele...

-Que tipo de coisas ?

-Como começou... Como é se apaixonar por um homem... Coisas desse tipo... Eu não sei o que me deu... Eu apenas queria saber... E... Acabei descobrindo que ele é apaixonado por mim...

-O que pra mim não é novidade nenhuma...

-O quê ? Você sabia ?

-Meu filho... Eu não sou cega... O olhar que eu sempre via nos olhos do Renato não eram de um simples amigo. Eram olhares de amor, de carinho, de cuidado, de preocupação... Tava na cara que ele era apaixonado por você... - fiquei a olhar tudo ao redor, envergonhado.

-Será se só eu nunca percebi ?

-É... Pelo jeito sim...

-Ele me disse algo que me deixou pensativo...

-O quê ?

-Que se sentia estranho e confuso quando descobriu o que era... Eu estou me sentindo assim mamãe...

-Mas você acha que pode ser gay ?

-Não... Eu sempre fiquei com mulheres, nunca reparei em homens...

-Você tem certeza Elias ? - eu demorei alguns segundos, tentando buscar episódios na minha mente... E pra meu azar alguns vieram...

“Era dia de Educação Física. Eu e os outros garotos estávamos no vestiário da quadra, a tomar banho após o jogo. Normalmente os chuveiros são coletivos, e na minha escola não era diferente. Enquanto tomava o meu banho, por curiosidade acabava reparando no corpo dos garotos ao redor. E de repente parei fascinando em um deles. Era de um garoto alto, malhado, com diversos músculos. Durante alguns segundos não parei de olhar, mas meu eu me fez virar o olhar. Eu não queria mais reparar nos homens”

-Meu filho... Se você não me dá uma resposta na hora, quer dizer que você tem dúvidas. Esclareça... Se você for gay ou sentir algo por homens, não vai mudar em nada o que eu sinto por você... Só vai fazer você se sentir melhor... Eu tenho certeza – ouvir e pensar naquela possibilidade me perturbou.

-Não... Não mãe... Sem chances ! Eu não sou gay ! Eu... Eu não sou...

NO DIA SEGUINTE

Fui trabalhar ligeiramente desnorteado aquele dia. O meu plantão era o da tarde, e ia até umas 22h da noite. Foi ligeiramente cheio, normalmente nesse horário existem diversas consultas marcadas, ao contrário da madrugada que o hospital parece mais um cemitério de tão vazio. E após o plantão, enquanto arrumava as minhas coisas, algo caiu no chão. Quando me abaixei para pegar, vi que se tratava do cartão que o Renato havia me dado. Aquele mesmo que eu havia achado na gaveta um dia desses e que passava a andar comigo. Aquelas sensações todas voltaram, e então eu tomei uma decisão. Decidi procurar um psicológo.

MINUTOS DEPOIS

Fui até o consultório do psicologo que eu mais confiava dentro daquele hospital, e que eu sabia que não abriria a boca.

-Doutor Jorge, posso entrar ? - ele sorriu ao me ver

-Doutor Elias... Claro que pode... Tudo bem com você...

-Nem tanto... Você tá ocupado agora ?

-Não... Porquê...

-Queria uma consulta... - ele olhou para mim de cima a baixo.

-Claro, sente-se então... - eu sentei, e ele olhou para mim- antes de tudo, quero que você saiba que nada do que você me disser vai sair deste consultório... Afinal, é pra isso que serve o meu trabalho...

-Sim, eu acredito em você...

-Então... Diga-me o que anda aflingindo você... - respirei fundo...

-Jorge... Eu estou com medo de ser gay...

-Gay ? Mas... Porquê ?

-Bem... Eu transei com um amigo e... Desde então não consigo ter paz na minha mente. Me sinto confuso e desorganizado... Jorge, será se eu sou gay ?

Continua

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Comentários

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nossa q duvida em elias ..

entre ser ou nao ser.

.bora ver oq acontece

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Não acredito que transar com uma pessoa do mesmo sexo torne o outro gay . Mas, pensar constantemente e querer se relacionar somente com o mesmo sexo sim. Principalmente se, se apaixonar, aí não há dúvidas kkkkk. Vamos ver se é o caso de Elias.

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asuhaushaushau ir a um psicologo pra saber se é foi a melhor... Seu conto é legal

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kkk...será Elias?!!gente esse conto ta muito bom.

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Continuaaaa, bom demais... ansioso pelos dia que eles ficarão juntos.

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ele ainda tem dúvidas??? o dósinha... qdo resolveu deixar uma senhora mancha roxa no rosto de Renato, ele era a convicção em pessoa...

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