SURPRESAS DO CORAÇÃO - PARTE XIV

Um conto erótico de Grey
Categoria: Homossexual
Contém 2453 palavras
Data: 15/06/2016 00:58:45

XIV

A ereção dele era visível, extrema, violenta.

- Então, tá. – Olhou no relógio no seu pulso. – também já são meio dia, natural você ta com fome moço.

Soltou minha mão, porém, antes, deixou claro:

- Depois do almoço terminaremos. – Disse Mauricio em expectativas maliciosas.

- Tarei ansioso.

- Vamos almoçar aqui no Janauba mesmo. Há um restaurante que vem acalhar para aqueles que no fim de semana nadam aqui na cachoeira. Fica perto daqui. –Informou obsequioso.

Janauba era um das cidades que compunha Mariana. A cachoeira localizava-se em Januaba.

- Ok.

Mauricio assim que confirmou que realmente estava com fome colocou a excitação de lado, surpreendentemente assumiu a condição de preocupado, sinalizou inquietação. E me deu uma bronca.

- Eu disse pra você tomar um café reforçado moço.

Reclamou vestindo a cueca e ajeitando a rola ereta do lado esquerdo na cueca.

- Não gosto muito de comer pela manhã.

- Não é gostar, é ter. – Vestindo a bermuda. – a partir de hoje eu vou me assegurar que todo santo dia você, moço, vai tomar um bom café da manhã reforçado. – Prometeu.

A sensação de bem estar, esperança tomou conta de mim. Eu me sentir bem como há muito não gozava desta sensação aprazível, rir com o nada, e esse sentimento decorria da preocupação de Mauricio para comigo. O sermão de Mauricio era musica aos pés do ouvido meu; musica que massageou meu ego, afagou meu coração cujo resultado foi uma explosão de alegria, maravilhamento que me relaxou em demasia.

Fiquei feliz.

Por quê? Simples a resposta. Se havia preocupação, então era porque ele se importava comigo. Consequentemente havia, para justificar o fato dele se importar comigo, certo valor. Eu tinha certo valor para o grandão.

Fiquei maravilhado.

- Vou fiscalizar teu prato hoje. Comigo vai ter que comer bem moço. – Vestindo a camisa. – Cuida em te vestir.

Olhei para o grandão lancei-lhe um riso e havendo me aproximado baguncei o cabelo dele. Fiz isso repleto de alegria.

Ele rosnou tentando demonstrar braveza, mas não convenceu, por isso revirando os olhos se impôs:

- Não tá levando a serio o que to dizendo?

- Jamais. – Neguei veementemente.

E o beijei com vontade. Coloquei no beijo o turbilhão de felicidade que estava sentindo.

- Vamos parar, vamos parar, porque assim você não vai almoçar tão cedo. E o nosso dia só ta começando. – Deu uma palmada na minha bunda enquanto criava distancia.

Não deu dez minutos e adentramos o restaurante cujo nome também era janauba, ou seja, “Restaurante Janauba”. No estabelecimento todos conheciam o grandão, bem como já haviam escutado com curiosidade a respeito da minha pessoa. Diante disto, não é preciso dizer o quão bem servidos fomos.

Optei por almoçar peixe, por sinal muito bom. Evidentemente o grandão cumpriu a promessa de fiscalizar meu prato. O que mais uma vez me deixou completamente feliz.

De barriga cheia, farto, graças á Deus, imaginei que regressaríamos a Nova Correia, contudo, não foi assim, recebi a noticia que seguiríamos viagem para Pinheiro, outro Município da baixada maranhense.

Não protestei tampouco reclamei. Achei foi bom, estar na companhia do grandão era tudo que eu queria. Deste modo, sem perda de tempo pegamos estrada. E lá pelas três da tarde entramos na cidade de Pinheiro.

Na pousada maranhense alugamos um quarto com duas camas. Sim, a pousada era cognominada “ Maranhense”, pousada maranhense.

O grandão escolheu uma suíte, ampla, decorada todo de branco e na frente das camas uma TV de 32 polegadas também branca.

- Enfim, estamos em Pinheiro. – Asseverou o grandão jogando sobre a cama nossas mochilas.

Notei que ele detinha uma alegria um tanto quanto suspeita pelo fato de estar em Pinheiro, como se não tivesse sido uma viagem formada em cima da hora.

Continuou o grandão.

- hoje vamos pirar muito.

- Por quê?

Quis saber já desconfiando da nossa viagem supostamente não planejada.

- Porque hoje tem na cidade Wesley Safadão.

Como ele sabia que tinha Wesley Safadão? Acabamos de chegar à cidade, a não ser que fosse uma viagem planejada. Sendo assim, nossa viagem não foi planejada em cima da hora, quer dizer, a minha vinda sim foi planejada em cima da hora. A viagem, não.

Perguntei o obvio:

- Então, quer dizer que nossa viagem foi planejada?

- Nossa viagem não foi planejada. – Respondeu fitando-me. – Quanto a vir para o Show de Safadão, sim foi planejado. Mas estava planejado eu vir. – Fazendo cara de quem não estava entendendo meu questionamento.

Continuou:

- A idéia de tu vires nasceu pela madrugada. Porque não gostou?

- Não gosto de estar por fora de planos que me envolve. – Disparei fuzilando Mauricio com os olhos.

- Não planejei pelas tuas costas moço. O que ocorreu foi o seguinte, a principio eu veria sozinho, contudo esse primeiro plano foi alterado dado às circunstâncias da noite anterior, portanto, te trouxe, porque jamais te deixaria sozinho em Nova correia em quanto eu aqui, em Pinheiro me divertiria.

E concluiu:

- Acho que fiz o certo.

Com efeito, o grandão mais uma vez estava coberto de razão. O meu principio de zanga não tinha fundamento, não tinha nem um apoio. O grandão, diga-se de passagem, heterossexual, de uma hora para outra assumiu uma posição de cumplicidade, envolvimento e audácia tão grande que parecia mentira. Audácia tal que se eu contasse para alguém até parecia mentira. Sem exageros, eu que já tinha desejos homossexuais (embora reprimidos dado a circunstâncias da adolescência), não tinha a mesma audácia, a mesma desenvoltura, enfim, a mesma coragem.

E a explicação de tanta audácia consistia no fato que Mauricio era louco por sexo somado a sua liberdade, que era plena. Em outras palavras, Maurício não ligava para os que os outros pensavam, assim sendo, ele não era paranóico, reprimido, medroso, pois seus atos não eram medidos pelo sensor de terceiros, não era aferido pelo que poderiam pensar, ou se iam aceitar. E como não havia essa aferição, ele simplesmente vivia.

Pesei o fato e imediatamente decidi pedi desculpas ao grandão. Não poderia, por besteira, deixar que fosse gerado entre nós um mal estar cujas conseqüências radicalmente poderia me arrepender futuramente.

“Deixa de paranóia Caio”. Recriminei a mim mesmo. Depois virei paro o grandão e tratei de remediar a situação evitando que o clima de negativo se instalasse entre nós.

- Desculpa grandão. – Pedi desculpas.

- Sabe moço, eu entendo que tudo quanto fizermos a partir de agora tem que ser em comum acordo. Não é por isso que tá protestando?

Balancei com a cabeça positivamente.

Ele reparou minha confirmação e prosseguiu:

- Eu entendo e concordo. – Sério fixo nos meus olhos. – Agora, eu acho que não podemos perder tempo com paranóias, saca? Caio, ti permita a viver. Hoje mais cedo na cachoeira disse que ti ajudaria, mas não conseguirei caso não se permita. Eu tô me permitindo. Siga meu exemplo, permita-se.

Permiti-me? Não é fácil quando entranhado em nós há insegurança, há medo. Medo de perder a qualquer momento a historia que estamos vivendo; medo de não ser real, de hora ou outra cair à ficha que não passou de brincadeira. E isso tudo porque a vida implacável me azucrinou emocionalmente. Por tanto querer, tanto esperar e nada acontecer passamos a desconfiar das coisas quando acontece. Tudo porque na carne estamos marcados, feridos e a razão é porque um dia sonhamos.

Ah, como dói à falta de um abraço. Como dói querer beijar ou apenas ficar ao celular hora a fios e não ter ninguém. Ah, como é triste, tão triste que chega a ferir o coração, o sonho não realizado de escutar pelo menos uma vez: “tudo bem contigo?”. Ou: “você tá bem?” de um eventual amor. Espera-se um ano, dois anos, três anos e não ocorre simplesmente, porque não há quem te ame. Com o tempo a esperança murcha, desvanece. Consequentemente a duras penas vem à constatação que não passa de ilusão.

Eu sei parece besteira, principalmente para quem sempre gozou essas coisas naturalmente, para quem que sem muito as usufruiu dentro da normalidade. Acho até que é por isso que não valorizam com se deve, o costume fez perder o significado, além do fato que na hipótese de eventual perda aparecerá outro que a suprirá, ou seja, não há qualquer hipótese que ficarão sem. Isso explica porque esse tipo de trato já não significa grande coisa, já não é não tão valorizado. Agora, para aqueles que nunca tiveram, nunca ouviram, nunca sentiram, há um peso relevante, há significado. Eles anseiam, valorizam.

Apesar dos pesares Mauricio tinha razão. O tempo era chegado para eu me desprender dessas amarras; era tempo de me permitir. Não poderia mais remoer o passado, deveria sim parar de ser condescendente com os fantasmas que me afligiam, e assim sepultá-los de vez por toda. Lembrei que o momento era tão propicio que os pesadelos cessaram desde quando adentrei a casa de Dona Maria. Por certo era um sinal para seguir em frente.

Os olhos de Mauricio penetraram os meus. De repente era como ele tivesse mergulhado na minha alma, fiquei nu, vulnerável num sentido que não gostei, por que me constrangeu; afável, ele percebeu o meu jeito quase que implorando por afeto, por segurança, por proteção e na mesma hora com o mesmo olhar que me desnudou assegurou que estava ali, comigo, me protegendo, estava disposto a me oferecer o que, até então, jamais tive: a felicidade.

Hábil, não querendo que a atmosfera de melancolia reinasse, mudou a feição. Transformou-se num tarado muito do sensual e lentamente seguiu na minha direção. O olhar, agora era de menino pidão, os trejeitos eram sensuais e repleto de malicia.

- Moço tu já almoçou, tá de barriga cheia, - Enumerou nos dedos da mão pausadamente. - descansou antes de sair de Janauba, enfim, agora tá pronto para me pagar o novo e o velho. Temos assuntos inacabados.

Neste instante eu estava sentado à beirada da cama que coube a mim.

O grandão sem reservas estendeu a mão e eu prontamente estendi a minha para pegar a dele. Foi ele tá com a minha mão na sua, puxou-me num ato ligeiro para junto de si. Ao tocar o corpo dele alvejei uma parede dado o monte de músculos rígido. Meu corpo inevitavelmente sentiu o impacto.

O homem estava com fome. Beijou meu queixo concomitante botou minha mão na sua ereção que só faltava sair pela bermuda jeans azul. Falou respirando forte contra a minha boca, bradou com exigência:

- Amassa meu pau.

Apossou-se da minha boca chupando meus lábios, a priori apenas utilizando os lábios numa cadencia desproporcional e lascívia. Abocanhou-me e irremediavelmente ficou impossível de meus lábios não ficarem babados, o que serviu de néctar para embalar a cena de luxuria, onde eu era o protagonista desejado. Logo depois, passou a usar a língua que numa dança bruta encontrou a minha, e no compasso se enfrentaram, se enroscaram, se confrontaram uma querendo prevalecer sobre a outra, furiosas, raivosas, levadas por impetuosidade, agindo sem decência na ânsia de obter prazer uma sobre a outra, por isso a fúria, o frenesi quase que selvagem cujo resultado do confronto foi proporcionarem um prazer descomunal, visceral.

Quase gozei sem me precisar me tocar.

Com agilidade me virou de costas. Fatalmente contra minha bunda sua rola era perceptível em toda sua extensão, o volume tangível aguçou minha libido, tive graças a isso pensamentos ordinários. Quanto é magnífico uma rola dura em fúria roçar a bunda da gente, ou meramente encostar testemunhando todo desejo, toda vontade empregada para nos ter a seu bel prazer. É fascinante, principalmente pelo fato que a causa, o motivo de toda rigidez justamente é a volição de poder me ver rendido em “ais” delirantes provocados pelas estocadas fortes e agressivas totalmente a mercê ao seu capricho sexual.

Esfregou-se no meu rabo e eu fui a mil. A fundou a mão nos meus cabelos e me puxou para trás na intenção de investir no meu pescoço. Assim executou seus intentos de me deixar doido de excitação, por ele perder a noção.

Com o seu corpo colado ao meu me conduziu a porta de saída do quarto de hotel. Á porta me fez parar. O seu pau, sob a calça, estava colado ao meu rabo provocando-me em demasia.

Meu Deus minha cabeça foi a mil.

Minha bermuda caiu pelos meus pés após Mauricio folgar o cinturão e descer o zíper da minha braguilha. Por conseguinte, desceu minha cueca deixando exposto meu bumbum. De frente para porta e tendo Mauricio trás de mim trabalhando no fim de me proporcionar prazer trouxe a memória filmes, novelas onde havia visto a cena que agora se desenrolava comigo.

Jeitoso ele á medida que beijava meu pescoço por trás com o joelho separou minhas pernas para penetrar um dedo dentro de mim, arfei. Sentir meu ânus relaxar entorno do dedo dele e a abertura expandiu simultaneamente me sentir invadido; e quando estava acostumando com a sensação, ele tirou o dedo invasor e quando penetrou novamente já não era mais apenas um dedo, eram dois.

O vai e vem começou: tirando e botando. Tirando e botando.

O grandão manipulava os dedos com maestria. Veja bem estou falando de dedos de um homem de um metro e noventa centímetros, ou seja, os dedos não eram pequenos, como nada o era no corpo dele. Vez ou outra ele girava o dedo dentro de mim fazendo que eu sentisse a pressão instigante dentro de mim, contrair o a musculatura ao redor dos dedos de Mauricio cuja intenção era nitidamente amplificar o ardor misturado de prazer que me dominava irascível.

Ele acintosamente tirou os dois dedos de mim. Feito isso, cuspiu nos dedos e meteu de novo com certa força, por obvio, sentir o choque. Movimentos de vai-e-vem retomaram. Tira e mete. Tira e mete. Tira e mete. Humm... Arfo.

O grandão tira os dois dedos do meu ânus, e os dois dedos que outrora fodia-me, ele mete na minha boca.

- Sinta o teu gosto.

Eu sentir o meu gosto. Pela primeira vez.

Observei que a bermuda dele caiu sobre seus pés. No dente ele rompeu um invólucro, não vi, mas, na hora sabia que era o preservativo. Ele com o joelho separou minhas pernas. Ação que já tinha feito quando me penetrou usando os dedos.

- Te apóia na porta. – O grandão advertiu levantando minha perna esquerda para sem demora sentir os 24 cm se alojarem no meu cu. É digno de nota que ele me penetrou com cuidado e que em algumas feitas aumentou a velocidade, só para testar a minha resistência.

Quando ele me penetrou, sentir-me preenchido ao mesmo tempo que arquejei , dei um pulinho de leve dado à pressão surtido pela dimensão do tamanho do pau de Mauricio, que é bom que seja ressaltado, principalmente por esse pormenor lhe dei o apelido de grandão. Mordi o lábio inferior.

E desta maneira, com o rosto encostado a porta, o grandão me comeu.

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