Mudança de vida 4

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 2524 palavras
Data: 29/06/2016 14:40:32

— Um jovem veio ao palácio essa manhã. Fazia parte de uma excursão, e um dos guardas a notou por ele se parecer como Príncipe Raj.

Hassan balançou a cabeça para mostrar que estava prestando atenção, mas não mostrou reação alguma, o rei deveria jogar muito bem pôquer. Rafe continuou:

— Conversei com o jovem. — Rafe decidira não mencionar os detalhes do encontro, seria melhor para ele assim. — Recentemente, ele descobriu algumas cartas que pertenciam à sua mãe. Ele acha que foram escritas pelo senhor.

Hassan franziu as sobrancelhas.

— Quem é esse jovem? Quantos anos ele tem?

— Seu nome é Zane Paxton, e ele tem vinte e oito anos.

Hassan estremeceu como se houvesse levado um tiro. Estendeu as mãos para pegar as cartas e, quando as entregou, Rafe já sabia a resposta.

Hassan abriu cada carta devagar e as leu, as colocando de volta no envelope. Quando terminou, Rafe entregou o anel de diamante. O rei o pegou e fechou a mão ao redor da valiosa jóia.

— Fiona... — ele sussurrou, olhando para Rafe. —O filho de Fiona. Onde ele está?

— Zane está em um hotel na cidade. Sua mãe morreu há alguns anos e aparentemente essas cartas foram guardadas por um advogado. Zane apenas as descobriu alguns meses atrás e acredita que o senhor possa ser pai dele.

Hassan se levantou, e Rafe fez o mesmo.

— E claro que ele é meu filho. Fiona e eu estivemos juntos durante mais de dois anos. Depois de tanto tempo seu filho está aqui.Meu filho... — Ele balançou a cabeça. — Você diz que ele se parece com Raj?

— Eles têm a mesma cor de pele, mas Zane é mais alto e mais magro. E usa óculos.

Hassan sorriu com tristeza, obviamente pensando em algum fato do passado.

— Minha doce Fiona era cega como um morcego, mas nunca usou óculos. Eu costumava conduzi ela a todos os lugares. — Ele olhou para a porta. — Vamos, quero ver Zane imediatamente.

Rafe pegou as cartas, e Hassan manteve o anel.

— Sua Alteza, precisamos falar sobre isso antes.

O rei se virou para encará-lo.

— Por quê?

— O senhor não sabe se ele é realmente seu filho.

— E verdade, mas suspeito que seja, meu coração diz que é.

Ele queria que ele fosse seu filho. Rafe pôde ler isso nos olhos escuros do monarca. E Rafe sentiu que queria e deveria proteger o homem que deixara no hotel.

— Zane está um pouco nervoso com a situação. Não está preparado para encontrar um pai que ele nunca conheceu e que é rei de um país distante de onde ele vive. Há também o problema da mídia. Até saber quem ele é, seria melhor manter isso em segredo.

— Entendo o que quer dizer Rafe, O que sugere?

— Um encontro em um local neutro. Um dos grandes hotéis da cidade, talvez. Podemos reservar uma das suítes, e o pessoal da segurança pode cuidar para que sua Alteza entre no hotel despercebido. Eu levarei Zane para lá.

Hassan olhou para seu relógio.

— Arranje isso para as quatro horas. Não quero esperar muito, já estamos tempo demais separados.

Rafe tinha menos de duas horas para agir, povo impaciente jesus.

— Sim, Sua Alteza, cuidarei de tudo.

Algumas horas depos.

— Vou vomitar ou desmaiar, ainda não decidi —, Zane anunciou, postado no centro da suíte presidencial do Hotel Bahania Resort.

As enormes janelas davam para o deslumbrante oceano. Ele já tentara se concentrar na vista para se acalmar, mas a altura lhe causara tonturas.

A mobília da suíte o deixava inseguro. A sala tinha cinco sofás e um grande piano, Havia também mesinhas de centro e laterais e ainda sobrava espaço para fazer ginástica aeróbica, exagero.

Zane e Cléo haviam se perdido duas vezes dentro da enorme suíte até que desistiram de explorá, temendo que o rei pudesse chegar e encontra ele e Cléu presos em algum closet ou era algum banheiro.

— Não vomite e nem pense em desmaiar, não aguento te segurar— avisou Cléo. — e além disso Isso não causará uma boa impressão.

A brincadeira de Cléo fez Zane se levantar e prender a respiração. Rafe entrou, seguido de um homem que ele reconheceu pela pesquisa que fizera. Um homem que olhava para ele como se fosse a criatura mais admirável do planeta.

A intensidade do seu olhar escuro o deixou desconfortável, O que estava realmente acontecendo? Era aquele homem bonito e de meia-idade o rei Hassan da Bahania? O Seu pai?

— Sua Alteza, apresento-lhe o Sr. Zane Paxton — Rafe disse, apontando para ele.

Zane percebeu que Cléo se afastava e ele teve noção de que havia mais dois homens na sala. Decerto eram os seguranças, ele pensou, sem afastar os olhos do homem que poderia ser seu pai.

Ele era um pouco mais alto do que ele. Usava um terno muito elegante, seus olhos eram do mesmo castanho chocolate que os dele e, quando sorriu, ele reconheceu o formato da sua boca.

— Meu filho.., perdido há tanto tempo — ele sussurrou, se aproximando dele e erguendo os braços. — O filho da minha amada Fiona. Bem-vindo. Bem-vindo ao lar Meu filho.

Antes que ele percebesse o que estava acontecendo, se viu abraçado pelo rei.

Zane tentou retribuir o abraço, mas não conseguiu se mover. Pela segunda vez no mesmo dia, um homem estranho o deixava imobilizado.

Ele olhou ao redor, pensando em escapar. Somente Rafe notou sua angústia. Ele se aproximou do rei e sugeriu:

— Talvez fosse melhor nos sentarmos para discutir o que está acontecendo.

E encaminhou o rei Hassan para um dos sofás.

— Sim, sim — o rei pegou a mão de Zane e se sentou.

Zane se sentou ao lado dele, se sentindo inquieto e sem jeito. Ele era um rei. Olhou para Rafe para obter uma resposta, uma ajuda, mas ele estava ocupado fazendo Cléo se sentar na frente deles. Em seguida pegou o telefone e pediu que trouxessem refrescos.

Zane voltou sua atenção ao rei que não tirara os olhos dele, o que o deixou ainda mais nervoso. Soltou a mão e a colocou sobre o colo.

— Não sei o que dizer — ele admitiu. - Isso tudo é muito estranho. Estou certo de que Rafe falou sobre as cartas. Não quis ser presunçoso e nem impingir minha presença. Estou apenas tentando encontrar alguma informação.

Hassan suspirou.

— Vejo sua mãe em você. Ela era muito linda, a mais gloriosa rosa do meu jardim.

Zane piscou e empurrou os óculos para cima. Fiona fora sempre adorável, mas Zane herdara pouco dos seus traços físicos e nada do seu jeito encantador.

— Sim, sou alto como ela — ele disse, olhando para Cléo. — Oh, o senhor ainda não conhece minha irmã. Esta é Cléo.

Cléo sorriu.

— Irmã adotiva — ela corrigiu. — Não poderei reivindicar parentesco,infelizmente. Cléu disse bem humorada

O rei sorriu. -

— Você é muito bem-vinda ao meu país. E a primeira visita?

— Sim. E um país lindo. Um pouco quente, mas para isso é que foi inventado o ar condicionado não é. — Cléo inclinou-se para frente. — Confesso que o senhor é a primeira pessoa da nobreza que eu conheço. Como devo me dirigir ao senhor?

— Sua Alteza é a forma aceita — Rafe interveio rapidamente, enquanto alguém batia na porta.

Os rapazes da segurança ficaram alerta. Um deles caminhou até a porta, e o segundo lhe deu cobertura. Pouco depois, apareceu um garçom empurrando uma bandeja com refrescos e lanches.

— E isso que acontece quando vou a um drive thru — Cléo murmurou.

Hassan ergueu as sobrancelhas.

— O que é isso?

— Sabe, quando se quer desesperadamente comer um hambúrguer com fritas mas não se quer sair do carro? Você faz seu pedido e paga e depois é só pegar o lanche pela janela do carro. O senhor devia experimentar.

Hassan fez a Cléo mais algumas perguntas. Zane admirou a habilidade da irmã de iniciar uma conversação quase normal. Rafe e os homens da segurança, puseram a bandeja com os refrescos e lanches sobre a mesinha de centro. Zane pegou uma garrafa de refrigerante, mas suas mãos tremiam tanto que ele não conseguiu abrir a garrafa.

Rafe pegou a garrafa de plástico de suas mãos e a abriu, servindo um copo para ele.

— Você está se saindo muito bem — ele sussurrou, ao entregar a bebida para ele.

Ele esperava que ele estivesse dizendo a verdade. A vontade de vomitar ainda não tinha desaparecido.

Hassan tirou o anel de diamante de Fiona do bolso do paletó e o segurou.

— Dei este anel para a sua mãe no nosso primeiro aniversário. Eu queria ter certeza de que ela nunca se esqueceria de mim.

— Sua Alteza, tudo isto é muito estranho. Acho que antes de continuarmos, devemos ter certeza de que, de fato, sou seu filho.

— Eu sei que você é meu filho. Você se parece muito com Rafael.

— Quem?

—O Príncipe Raf. Ele prefere a versão americana do nome.

Zane se lembrou do guarda do palácio.

— Bem... ser parecido com ele não prova nada.

— Você tem isto! — Ele colocou o anel na mão de Zane e fechou os dedos dele sobre ele.

— Eu sei, Zane... Aqui. — Ele apontou o coração.

— E isso que importa.

Rafe se sentou perto de Cléo e se serviu de soda.

Hassan tocou o rosto de Zane.

— Sua mãe era mais jovem que você quando nos conhecemos. Eu também era jovem, muito orgulhoso e autoconfiante. Eu estava visitando Nova York e quis ver um show na Broadway. Depois, em uma festa, conheci o elenco. Sua mãe havia despertado minha atenção no primeiro momento em que pisou no palco. Consegui que fossemos apresentados em particular. Ela era encantadora e bonita. Creio que me apaixonei à primeira vista.

Zane tentava manter seu autocontrole, mas ouvir falar do passado de sua mãe o emocionava muito. Fiona raramente falara sobre sua vida e nunca dissera nada sobre o homem que amara e que era o pai de Zane.

— Eu vi algumas fotos dela do tempo em que era artista — Zane admitiu. — Ela era adorável.

— Muito mais do que isso. Ela tinha muitos admiradores, mas desde o início soubemos que havia alguma coisa especial entre nós. Ficávamos juntos toda vez que eu podia. Eu a pedi em casamento, mas ela recusou.

— Você está brincando! — Cléo quase gritou, para em seguida cobrir a boca com a mão. — Oh, desculpe.

Hassan deu de ombros.

— Também fiquei aturdido. Eu já tinha uma esposa, disse a Fiona que me divorciaria, mas ela recusou, argumentando que não queria causar problemas e que não se acostumaria viver em um único lugar, mesmo sendo um lugar incrível como a Bahania.

— Minha mãe gostava de conhecer lugares — Zane disse, um pouco surpreso com o que acabara de ouvir.

Um rei pedira sua mãe em casamento, e ela dissera não? Loucura era de família.

Hassan olhava fixamente para Zane.

— Fiona... Bem... Sempre quis saber com quem Fiona tinha se casado.

— Ela não se casou — Zane disse rapidamente. — Nós nos mudávamos constantemente, e ela tinha muitos amigos, mas nenhum especial. Costumava me dizer que se apaixonara uma vez e não planejava se apaixonar novamente.

Hassan fechou os olhos por um instante.

— Sim, eu lhe dei meu coração e, quando se foi, ela o levou consigo. Gosto de saber que experimentou o mesmo sentimento maravilhoso que eu. — Ele voltou a atenção para Zane. — Naquela ocasião, não pude entender por que ela desaparecera da minha vida, mas agora sei. Deve ter se afastado assim que soube da gravidez. Ela sabia que eu insistiria no casamento e temeu pela sua segurança.

Tudo estava acontecendo rápido demais.

—. Por quê? Ela temia que alguma coisa acontecesse a mim?

— A lei da Bahania exige que as crianças sejam criadas no palácio. Suspeito de Fiona temeu que, se eu soubesse do bebê, exigiria que ele fosse criado aqui, e ela a perderia. — Ele suspirou.

— Gosto de pensar que eu não teria insistido, mas não sei se isso é verdade. — Ele tocou a mão de Zane. — E agora, você está aqui.

Zane sorriu timidamente.

— Sim... Mas isto tudo é estranho.

— Como você me encontrou?

Zane explicou sobre as cartas e os documentos que o advogado lhe enviara.

— Quando li as cartas, comecei a considerar o impossível.

— Zane insistiu que fizéssemos a excursão pelo palácio — Cléo anunciou alegremente. — Eu sugeri que batêssemos na porta da frente, mas ele disse que os guardas não nos deixariam entrar.

O rei sorriu.

— Mesmo sendo adorável como você é, Cléo, creio que seria difícil que os guardas os deixassem entrar. Mas vejo que você tem jeito com os homens. Preciso avisar meus filhos.

Zane se levantou e caminhou até a sacada, sendo seguida por Rafe.

— Você está bem? — ele perguntou.

Zane negou com a cabeça.

— Você estaria, diante dessas circunstâncias Rafe?

— Provavelmente não.

— Tudo é muito confuso.

— Não há nada confuso — Hassan anunciou, se levantando. — Depois de vinte e oito anos, meu filho voltou para mim.

— O senhor faz tudo parecer simples, mas eu mal posso respirar.

O rei meneou a Cabeça, concordando.

— E um fato novo para nós dois. Talvez devêssemos nos dar algum tempo para nós acostumarmos com a situação. Gostaria de te mostrar meu mundo. Bahania é um país abençoado, com grandes recursos econômicos e um povo muito bom. Você precisa conhecer suas belezas. Começaremos com você e Cléo se mudando para o palácio.

— Ótimo! — Cléo bateu palmas. — Acho que vou gostar de ter você na família — ela disse ao rei.

Zane não estava tão certo disso.

— Nosso hotel é muito confortável — ele disse timidamente.

Cléo e Hassan olharam para Zane como se ele fosse louco.

— Você é meu filho — Hassan o lembrou. — Desse modo, o palácio é o seu lar. Você será bem-vindo e teremos tempo para nos conhecermos melhor.

— Sua Alteza precisa pensar mais a esse respeito — Zane afirmou. — O que quero dizer é que pareço com seu filho, Fiona é minha mãe e o senhor teve um relacionamento com ela, mas tem que ter certeza sobre isso. Não deveríamos fazer um exame de sangue?

— Eu sei o que é certo e sei quem você é.

Ele caminhou até ele para o abraçar.

— Depois de tantos anos, você está no lugar onde sempre deveria ter estado. É isso que interessa. Vamos pegar suas coisas e seguir para o palácio imediatamente.

Zane olhou ao redor procurando um meio de escapar daquela situação, e seu olhar encontrou o de Rafe. Por alguma razão, ele parecia a única pessoa sã naquele aposento.

— Você vai estar lá? — ele perguntou em um impulso. — No palácio? Você mora lá?

— Sim, por algumas semanas apenas.

Hassan olhou para ele.

´- Certo. Você ficará no palácio, Rafe. Encontrou meu tesouro e o trouxe para mim. Portanto, confiarei Zane a você.

Zane se afastou do abraço de Hassan.

— Não estou entendendo.

Rafe estava aturdido.

— Sua Alteza, eu não...

Hassan o interrompeu, balançando a cabeça.

— Minha decisão está tomada. Confio a segurança de Zane a você. Será uma função provisória até que volte para seus deveres regulares.

— Mas, confiar a ele.., o quê?

— Rafe será seu guarda-costas. Ele o protegerá com sua própria vida.

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Prontinho, agora vamos entrar mais no romance. Eu estava aqui escrevendo e escrevi muito para um capitulo só, então hoje terá 3 capítulos. Eeeeeeh. kk Obg por lerem. Bjss Até daqui a pouquinho

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Comentários

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gente muito bom. Essa Cléo é uma figura sera que roubara o coraçao de algum dos principes?

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