Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 139

Um conto erótico de Antoine G.
Categoria: Homossexual
Contém 3408 palavras
Data: 25/05/2016 21:54:14

Oiiiiiiiiiiiiiii, meus amores! Chegando mooooorto da universidade, mas vim cumprir o que prometi. Eu já fiquei muito tempo sem postar, não é? Bom, por hoje é isso. Boa leitura a todos!

Um supeeeeeeeeeeeeeeeeeer beijo em todos!

Boa noite! Até sexta!

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Após meu aniversário, nós tivemos as festas de final de ano. Naquele ano, nós todos passamos as festas juntos, sem brigas, sem confusões, sem nada negativo. Era noite de ano novo, nós tínhamos ido todos para o terreno de Ferreira Gomes, o mesmo onde eu descobri o que o Thi fazia escondido com os amiguinhos.

Naquele ano foi tudo diferente, a atmosfera estava tão diferente, tão leve. Ninguém estava brigado com ninguém, todos estávamos felizes. Até o Jean, que estava ensaiando um namoro com a Jujuba, (mas eu não sabia se realmente daria certo, afinal ele morava em outro país) e a Chris vieram passar as festas conosco. Minha tia maluca tinha se entendido com o Pi e também estava conosco. Maman, Tata e tia Joana prepararam uma mega festa, como sempre! Estava tudo lindo, haviam flores enfeitando toda o sitio, flores da mata mesmo, nada muito chique, tudo muito rustico, mas tudo extremamente bonito.

Eram as nossas primeiras festas em família, ou seja, Bruno, Sophie e eu. Eu estava radiante, nunca estive tão feliz em toda a minha vida. Eu estava realizado. Estava em paz. Eu havia superado o câncer, ganhado minha filha, meu casamento era perfeito, meu marido era perfeito. Eu o amava, amava mais que a mim mesmo. Ele era tudo para mim e eu sabia que eu era tudo para ele. Eu tinha amado o Thi, mas nada tão forte quanto o que eu sentia pelo Bruno. O que eu sentia por ele transcendia esse plano material, era algo espiritual. Era algo que só nós entendíamos.

Sempre me perguntavam o que eu fazia para ter um casamento tão “perfeito”. Eu sempre respondi: nada. Por que eu realmente não fazia nada. Bruno e eu nos entendíamos, só isso. Nos entendíamos sem mesmo trocar uma palavra. Se nós brigávamos? É claro que sim! Se ficávamos com raiva? Com toda certeza! Mas, acima de qualquer coisa, nós nos amávamos e isso fazia com que nós superássemos tudo.

Eu estava na beira do rio, que tinha no sitio, com a Sophie no colo. Ela queria por que queria ir para o chão, mas eu ainda não deixava ela ficar no chão de terra, ela poderia se machucar.

- Tá tudo bem? – Bruno perguntou sentando e nos abraçando por trás.

- Tá, sim amor!

- Por que tu estás aqui quietinho?

- Estou só pensando...

- Em quê?

- Em nós! Na nossa família...

- Tu tens pensado nisso com frequência, né? Sempre que eu te pego sozinho, tu estás pensando em nós.

- É que eu estou tão feliz que às vezes nem parece verdade, eu tenho a impressão que a qualquer momento eu vou acordar desse sonho.

- Deixa de ser bobo, mozão! – Ele me beijou no pescoço

- É sério, amor...

- Isso é a nossa vida, somos felizes. Ponto!

- Esse ano vai ser diferente, né?

- Por que?

- Não sei, tô sentindo isso. Olha só para a festa, tá todo mundo sorridente, feliz... Isso atrai coisas boas para o ano que está chegando.

- Eu acredito nisso também! Vem, vamos voltar pra lá com o pessoal...

- Vamos! Essa coisinha aqui só quer saber de chão, agora.

- Lá no salão ela pode ficar no chão. Vamos!

Nós nos levantamos e fomos para o grande salão, que era o espaço onde fazíamos churrasco quando íamos para lá nos finais de semana. Lá, todo mundo bebia e se divertia. As conversas rolavam soltas pelo salão, sempre acompanhadas de várias gargalhadas. Nós ficamos lá...

Meia noite foi se aproximando, Papa tinha comprado alguns fogos para soltar à 0h. O ano novo foi chegando e nós fomos fazendo a contagem regressiva. Quando enfim o ano novo chegou, Papa soltou os fogos, o que foi bem bonito. Todos nós nos abraçamos e desejamos as melhores coisas uns aos outros.

Após esse momento, todos nós nos deliciamos com as comidas que a Maman, a Tata, a tia Joana, a Mamie, a Dona Cacilda, e a Jojo prepararam. Nós tínhamos chamado dona Cacilda e suas crianças para passarem as festas conosco, como ela era sozinha, ela aceitou. A Jojo já era costume passar as festas conosco, ela sempre vinha com a filha e o esposo que trabalhava com o Papa.

Eu comi demais, é claro. Mas, quem comeu mais do que eu, foi o Dudu. Aquele menino parecia um buraco negro sugando tudo o que via pela frente. O Pi ainda tentou controla-lo, mas não deu certo. Aquele, foi um ano novo inesquecível... às vezes, eu desejo com todas as forças voltar o tempo e viver mais um pouco aquele dia...

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Passadas as festas, a vida real chamava. O ano de 2012 iniciava e eu tinha que arranjar um emprego, já não aguentava mais ficar em casa. Por um lado, eu amava, é claro, pois eu cuidava da minha filha, mas eu sentia muita falta de estar na ativa, na minha sala de aula. E por isso, no final de janeiro eu já estava assinando o contrato com a escola onde o Thi trabalhava. Eu seria professor de português junto com ele. Seriamos somente nós dois como professores de LP. Eu prefiro dar aulas de francês, mas eu não estava podendo escolher muito o emprego. Aquela era uma escola particular, então, eles só ensinavam inglês e espanhol, o que eu achava ridículo.

Em fevereiro eu comecei a trabalhar, eu dava aula para o ensino fundamental e médio, assim como o Thi. Nós passamos a nos ver com mais frequência, já que nós tínhamos que planejar juntos. As idas dele até a minha casa se tornaram mais frequentes, e por incrível que pareça, a amizade entre Bruno e ele foi crescendo também, e isso me deixava muito feliz. É incrível como às vezes a gente acha que as coisas são para sempre. Por exemplo, logo quando eu terminei com o Thi e comecei a namorar o Bruno, eu tinha a impressão que nunca mais falaria com o Thi, voltei a falar com ele em Paris. Após ter reatado a amizade com ele, Bruno e ele viviam brigando, e eu achava que nunca eles iriam se entender. Eles se entenderam enquanto eu estava com câncer. A vida dá cada volta que a gente até se assusta...

A vida tinha voltado a ser aquela correria gostosa, eu me dividia em pai, professor e marido. Não deixava minha família de lado de jeito nenhum. Se eu não desse conta, eu largaria o emprego e cuidaria da minha família sem pensar duas vezes, mas graças a Deus, eu nunca tive medo de trabalho e dei conta de cuidar de tudo e de todos ao mesmo tempo.

Os primeiros meses foram bem difíceis, pois a Sophie, como era esperado, não aceitava ficar com ninguém. Ela não comia se eu não desse. Eu tive que ir acostumando-a aos poucos. Nós até tivemos uma babá, mas a Sophie não suportava a mulher. Três babás passaram por nós naquele período, mas a Sophie não aceitava nenhuma. Minha solução foi a Maman que se propôs a ficar com a Sophie enquanto eu trabalhava. Papa e Maman amaram ficar com a Sophie, por que nós passávamos todos os dias para pegar a Sophie lá com eles e quase sempre ficávamos para jantar, já que a Maman não deixava a gente sair de lá sem jantar. Eram raras as vezes que a gente ia jantar em casa.

Bruno e eu não nos víamos o dia inteiro, o que fazia a saudade apertar. Nós matávamos a saudade durante a noite, nossa vida sexual estava mais ativa do que nunca. Ele estava cada vez mais carinhoso, mais dengoso e carente. Ele não perdia uma oportunidade para me dizer que me amava, eu sempre retribuía o amor que ele me dava.

- Amor, o aniversário da Sophie tá chegando... – Ele disse enquanto estávamos na cama, tínhamos acabado de transar.

- É verdade! Vamos fazer algo?

- Algo? Não, claro que não! Nós vamos fazer uma big festa! É o primeiro ano da minha filha, tem que ser algo para ela lembrar daqui há vinte anos.

- Não exagera, Brunô! – Eu disse rindo

- Tu estás rindo de mim? É isso?

- Claro!

- Ah, é?! – Ele começou a fazer cócegas em mim, eu sempre sofria com isso

- Para, amor!

- Tu não querias rir de mim?

- Tá bom, tá bom... não vou mais rir – Eu disse rindo

- Promete?

- Prometo!

Ele já estava sentado em cima de mim, ele parou com as cócegas e me beijou.

- Eu te amo!

- Eu também te amo! – Ele me beijou ainda mais

Ele colou a testa na minha e ficou me olhando nos olhos.

- Eu te amo e sempre vou te amar, tá? Por mais que nos separemos, meu coração sempre vai estar conectado ao teu.

- Eu te amo também, amor! – Eu o beijei – Mas, não gosto quando tu ficas falando que vamos nos separar.

- Nós nunca sabemos o dia de amanhã...

- Eu sei! Amanhã, eu vou estar em casa, por que é sábado, vou cuidar da minha filha e do meu marido. E esse dia vai se repetir milhares de vezes durantes os milhares de anos que continuaremos juntos.

Ele me beijou.

- Só guarda o que eu te falei, tá?

- Por que?

- Por nada, ué!

- Tu estás estranho... O que tu tens?

- Nada, bobo!

- Bruno, eu te conheço...

- Amor, estou te falando a verdade, não tenho nada.

- Hum...

- Bobo! – Ele fazia carinho no meu rosto – Mas voltando a festa da Sophie, vamos logo falar com a dona Yolanda.

- Tu sabes que vai sair caro, né?

- Sei!

- Tu sabes que se tu reclamares eu vou te bater, não sabes?

- Não sabia, mas é bom saber! – Ele apertou meu nariz

- Como tu queres a festa dela?

- Ela ama a Minie, vamos fazer da Minie, então... É bom que ela já tem a fantasia dela...

- Vai te iludindo, vai... Ela cresceu, amor. Já era aquela fantasia. – Eu ri

- Mas teu aniversário foi ontem, praticamente.

- Amor, meu aniversário foi em dezembro, nós já estamos em março.

- Mesmo assim...

- Ela é criança, e criança cresce rápido, ainda mais bebê.

- E se desse um jeitinho na fantasia?

- Bruno....

- Ok! Ok! Tens carta branca!

- Carta branca? – Eu disse rindo e com cara de malandro

- Isso! Que Deus me proteja! Ou melhor, que ele proteja nossa conta bancária.

- Para de drama! Eu tenho certeza que a Maman vai querer ajudar...

- Não, dessa vez a Ange não vai gastar. Ela já gastou com teu aniversário. Esse é o aniversário da nossa filha, o gasto é todo nosso.

- Tudo bem... Eu não vejo problema nisso, mas tu já estás avisado, uma reclamação e tu apanhas e nada de sexo até ela completar 3 anos.

- Até parece que tu aguentas...

- Tu ainda duvidas de mim???

Ele ficou me olhando por um tempinho e logo respondeu:

- Não, não! Não duvido! Não vou reclamar!

- Bom menino! – Eu disse bocejando

- Chegou o sono?

- Chegou!

- Vem pra cá, então, vem!

Ele me abraçou. Nós ainda conversamos sobre mais algumas coisas, mas logo eu dormi. Na manhã seguinte, eu acordei e ele estava dormindo lindamente ao meu lado. Eu sempre ficava admirando meu amor dormir, eu me sentia tão feliz, tão feliz que aquela felicidade toda não cabia dentro de mim. Acho que eu nunca havia me sentido tão feliz e tão em paz como naquela época.

Depois de ficar um bom tempo o admirando dormir, eu fui ver se a Sophie já estava acordada, e para a minha surpresa, ela ainda dormia como um anjinho. Eu resolvi descer e preparar um bom café para minha família. A partir daquele dia, dona Cacilda estava de férias, então eu teria que fazer o café de qualquer jeito.

Eu preparei tudo o que o Bruno gostava, ele amava as tapiocas que eu fazia. Fiz um bolo de milho que cheirou na casa inteira acordando o esfomeado do Dudu que insistia em dormir em casa, ele já tinha praticamente se mudado para lá. Bruno e eu já tínhamos conversado com os meninos e explicamos direitinho o que pensávamos, eles entenderam e concordaram conosco. Eles só pediram um tempo para conseguirem comprar uma casa ou um apartamento. Nós todos estávamos procurando, acabamos virando uma pequena família dentro da minha família. Nós quatro contávamos com nós quatro para tudo. Estávamos de olho em uma casa que ficava quase ao lado da minha casa, tudo indicava que iriamos conseguir comprar.

Nosso restaurante já estava pronto e a data de inauguração se aproximava. Esse foi mais um motivo deles ficarem mais um tempinho em casa. Dudu tinha contado aos país que ele era gay e que namorava o Pi, os pais dele não aceitaram muito bem, como já esperávamos. O pai parou de falar com ele e deu um prazo para ele sair de casa. Como ele tinha me falado um tempo atrás, ele esperava por isso e não tinha medo. Ele não dependia dos pais há um bom tempo. Ele já queria morar com o Pi, na verdade, eles já moravam juntos na minha casa, a situação com os pais só fez as coisas se acelerarem.

- Que cheiro bom é esse? – Dudu apareceu só de short na cozinha

- Bolo de milho!

- Tu que fizeste?

- Claro, né Dudu? Quem mais faria?

- Dona Cacilda, ué!

- Se ela não estivesse de férias, ela faria mesmo.

- Ah, é verdade... Por que meu marido não cozinha assim pra mim?

- Por que a dona Cacilda não deixa ele chegar perto das panelas dela.

- Mas ele cozinha pra ti!

- Eu sou eu, meu bem!

- Sou mais eu!

- Mas ele é mais eu, tá! – Eu adorava provocar meu irmão

- Vai te catar! Esse bolo vai demorar?

- Um pouco!

- Esse cheiro tá me matando de fome...

- Come uma fruta antes.

- Ai, não! Obrigado! Ainda tem pão?

- Deve ter... olha lá na dispensa.

Ele foi até a dispensa e a revirou de cabeça para baixo.

- Dona Cacilda vai bater em ti por isso...

- Em mim?

- Ela bate até em mim se eu fizer isso, acredite...

- Achei!!!

- O pão?

- Não, não tem pão!

- O que tu achaste?

- Biscoito recheado!

- Lá vai tu comer essas besteiras... Não sei nem como isso tá aí.

- Eu comprei, por que se depender de vocês eu viro natureba...

- Já era para ter virado!

- Não, obrigado! Adoro biscoito recheado, me deixa!

- Morre pela boca, então! Não te dou meu bolo, também.

- Não começa, Antoine, não começa...

- O que adianta comer bolo se já se empanturrou de besteira? Parece criança, Dudu.

- Me deixa, mano! – Ele me abraçou – Tu fizeste só bolo?

- Por enquanto, sim... Vou fazer tapiocas e sanduiches...

- Mas não tem pão!

- Pra ti não tem, mas para mim e para o Bruno tem!

- Credo, aquele pão preto sem graça?

- É pão integral, mano.

- É, é esse mesmo! Ai, não sei como vocês comem isso!

- Ele é saudável, tem fibras, é carboidrato do bem...

- Lá vem tu com esse teu papo natureba. – Ele disse mastigando o biscoito recheado

- Desisto de ti...

- Desisti, não, maninho! – Ele me abraçou apertado dessa vez

- Que isso? Abraçando meu marido assim, debaixo da minha barba? – Bruno disse aparecendo na cozinha

- Eu posso, Brunete!

- Quem disse?

- Tu!

- Ah, é mesmo! Espera, eu vou ali abraçar o Pi também!

- Já soltei! – Dudu disse me soltando e me fazendo cair na gargalhada

- Tu já gelas? – Eu disse

- Não pode mais nem brincar com o irmão nessa casa...

- Palhaço! – Bruno disse vindo me abraçar – Bom dia, amor! – Ele me beijou

- Bom dia, vida! Eu pensava que tu ias dormir um pouquinho mais...

- E ia, mas esse cheiro maravilhoso chegou lá em cima e me acordou. É bolo de milho, né?

- É, sim!

- Aaaaaaaah é por isso que eu te amo!!!

- Ninguém cozinha pra mim! – o bebezão disse choramingando

- Quem manda só comer porcaria?

- Tu não perdes uma oportunidade, viu?

- Não mesmo! – Eu sorri

- Quer ajuda, amor? – Bruno disse

- Quero, sim! Tu podes ver a Sophie?

- Já vi! Ela está dormindo.

- Ainda? Que milagre!!!

- Quer alguma ajuda, aqui?

- Quero! Me ajuda com as tapiocas?

- Ajudo, sim! O que eu tenho que fazer?

- Tem que passar na peneira!

- Ok!

Ele pegou a goma, a peneira e mais uma vasilha e começou a trabalhar.

- Vocês são tão lindos juntos! Parece que um completa o outro.

- É isso mesmo! – Bruno disso

- Tu e o Pi não é diferente, Dudu.

- Mas também não é igual a vocês.

- E nem poderia, né cabeção?!

- O que posso fazer pra ajudar também?

- Arruma a mesa, mano?

- Beleza!

Com a ajuda dos meninos, rapidinho nós terminamos o café. Mas, antes de sentarmos eu fui acordar a Sophie e pegá-la para tomar café conosco. Dudu foi acordar o Pi, mas ele já estava no banho. Às 10h, nós todos estávamos sentados à mesa. Nossa família... eu sempre acho muito engraçado como as coisas aconteceram. Como nossa família foi sendo formada, eu primeiro fui para França com o Bruno, ele conheceu meu primo e os dois viraram amigos, eu estreitei ainda mais o laço que eu já tinha com o Pi. Eu voltei para o Brasil e o Pi veio junto, parece que nós só fomos em Paris busca-lo. Aqui, ele conhece o Dudu que já era meu irmão, mas que depois que passou a morar, praticamente, em casa, nós nos aproximamos ainda mais. Minha amizade com ele chega a ser mais forte do que com a Jujuba, por mais que ela morra dizendo o contrário.

Sophie estava sentadinha ao meu lado e ao do Bruno, ela já estava começando a mastigar, com os dentinhos nascendo. Nós tomamos nosso café e enquanto isso íamos discutindo sobre assuntos banais do nosso dia a dia. Pi estava super ansioso e animado com a chegada da inauguração do nosso bistrô, eu também estava, mas ele como chef estava muuuuuuuito mais, é claro.

- Papa!

Todos nós viramos para a Sophie. Ela disse a primeira palavrinha tentando chamar a minha atenção. Eu me desmanchei em choro.

- Amor, tu ouviste isso? – Bruno disse

- Ouvi! – Eu disse chorando. – Amor, tu estás chamando o papai?

- Papa!

- Aaaaaaaah, coisa linda do papai! – Eu a peguei no colo

- Essa menina já começou falando francês, é isso?

- Claro que sim, né amor?

- Era para ela falar português primeiro!

- Não liga para o teu pai, filha, ele tá com ciúmes por que tu falaste “papa” para mim e não para ele.

- Eu não tô com ciúmes! – Ele disse emburrado

- Tá sim, amor, eu te conheço!

- Não estou! – Ele disse sentando e voltando a tomar o café dele.

- Me dá ela, aqui! – Dudu pegou a Sophie no colo que ia com ele tranquilamente, já que ele passava a maior parte do tempo em casa. – Fala dindo, fala filha.

- Amor, não fica chateado! – Eu disse dando um beijinho no rosto dele

- Eu não estou chateado, Antoine!

- Amorzinho, eu sei que estás, mas tudo bem. Não falo mais nada! – Eu sentei para terminar de tomar café.

- Fala dindo, Sophie... – Dudu ainda tentava fazer a Sophie falar, mas não saiu mais nenhuma palavrinha

- Me dá ela aqui, Dudu. Ela não vai falar essa palavra difícil!

Ele me deu a Sophie e eu a coloquei novamente na cadeirinha dela. A menina era tão inteligente que ela ficou olhando para o Bruno que estava chateado. Ela começou a bater os pedacinhos de maçã, que eu tinha dado a ela, na mesinha da cadeirinha dela. Do nada ela fala:

- Papa! – E taca um pedaço de maçã no Bruno

Eu me controlei para não rir, até a Sophie sabia quando ele estava chateado. Mas aquele pedaço de maçã na cabeça foi o suficiente para amolecer o coração do Bruno.

- Amor, ela falou “papa” pra mim, agora... tu viste? – Ele disse todo bobo

- Eu vi, sim!

- Aaaah, que lindo, que lindo, que lindo! Vou ligar pra Ange pra contar! – Ele saiu correndo para ligar para a Maman.

- Isso por que ele não estava chateado, né? Ela falou “papa” para ti e ele não moveu um musculo para falar pra Tata! – Pi disse rindo

- Pois é... Vocês sabem como ele é todo bobão, nem ligo para esses estresses dele. Eu sei que é passageiro.

- Amor, amor, a Ange tá vindo aí.

- Mas gente, foi só a primeira palavrinha da Sophie... se vocês fizerem esse carnaval todo, ela vai ficar é assustada.

- Poxa, era para eu ter filmado ela falando... Que droga!

Eu só fazia rir dele, não iria adiantar eu falar nada naquele momento.

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Comentários

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Oii Antoine! Como vai? Parece que nos ausentamos juntos kkkkk a meses que não leio seu conto, adorei como sempre. Concordo com os outros comentários de que o tom da narrativa mudou, há um tom nostálgica nas introduções, verbos no passado descrevendo o Bruno, meu core não tá aguentando desse jeito. Abraços e até logo

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Sophie lindaaaaaa 😍😍

Dudu é muito carente mds ! KKKK

adorei o cap

Bjbj Antoine

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Ai gente q isso eu também to comendo o Bruno falando essas coisas da mendo gente, mais eu n vo fala nisso n vo deixa a historia rola mais to comendo kkk. To amando ta seu conto bjs lindo.

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Oi Antoine, tudo bem? Estava com saudades e sei também que estava em falta nos meus comentários, mas tenho em minha defesa que o meu celular antigo, minha princesa quebrou e a senha que já estava salva, no novo aparelho dava erro, agora situação contornada e já posso comentar. Senti nos últimos capítulos um gosto de despedida do Bruno, como aqueles dias maravilhosos que antecedem ao sofrimento. Mudando de assunto tenho uma amiga do trabalho que viajou para Macapá para ministrar um treinamento da empresa, pena que não fui eu, poderia dar a sorte de te encontrar. Ela me mostrou as fotos da cidade e ficou encantada com tudo, desde a beleza da cidade as pessoas. Beijos em você e nessa família linda.

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Antoine, meu lindo, mais um ótimo capítulo! Mas não sei prq tô sentindo uma vibe meio triste, nostálgica nesses últimos capítulos. E o Bruno falando aquelas coisas... Não vou nem pensar em nada, se não vai me faltar estrutura pra ver a continuação dessa história. Bjao

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