Destino (?) - Cap 3

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 3490 palavras
Data: 25/05/2016 00:23:38

(Bocejos de sono)...Hello! Muito obrigado pelos comentários e por lerem. Então, eu não estou muito inspirado para terminar o "Eu, puto!", mas vou finalizar (assim que eu tiver coragem...rsrsrs). Eu ando numa Bad lascada e meio desanimado, mas as coisas estão começando a melhor. Grande beijo e boa noite... ;)

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

O resto da semana foi só correria. Trabalhos da faculdade pra entregar, provas surpresas e ainda tinha meu trabalho na Contabilidade que estava me deixando maluco. Meu chefe resolveu me copiar e ficou doente e eu tive que resolver várias pendências e ainda terminar meu serviço. Isso me fez chegar mais cedo ainda no trabalho e quando eu chegava da faculdade, estava morto de sono.

Minha mãe sempre levava a janta a noite, mas eu chegava tão cansado que nem comia e acabava guardando na geladeira.

Era sexta-feira e por Deus, como eu estava acabado. Meus colegas riam das minhas olheiras pois a maioria apenas estudava. Eu estava praticamente dormindo na carteira quando o professor "acidentalmente" me acertou um giz "voador".

— Thiago? Será que o senhor poderia esperar pra dormir em casa?

— foi mal, mas eu realmente não vejo a hora de chegar em casa. Mas vou prestar atenção, prometo.

— obrigado pela consideração. — ele riu.

Ele sabia que eu trabalhava o dia todo e as vezes relevava minha sonolência; menos quando tinha matéria nova, aí eu sentia o giz pipocando sobre minha cabeça.

Enfim o sinal tocou e eu rapidamente peguei minha mochila e corri para o ponto de ônibus. Eu estava no cruzamento e esperando o sinal fechar. Sinal vermelho e os carros foram parando e quando fui atravessar, vi um carro conhecido na outra faixa. Os vidros estavam fechados, mas o insulfilme não era tão escuro e pude ver que era o Marcos e não meu tio Carlos. Aproveitei o sinal vermelho e bati no vidro do carona e fiz um sinal de positivo. Ele abriu um sorriso imenso e destravou a porta me pedindo pra entrar. Não exitei e entrei. Nos cumprimentamos com um aperto de mão seguido de um abraço apertado e carinhoso. Foi tão espontâneo que parecia nos conhecer há anos.

— você! Não acredito...— ele disse rindo.

— hahaha, pois é. Destino ou coincidência? — ele parou um pouco, pensou e pensou...

— destino, com certeza. Na faculdade?

— sim, não vai me dizer que está chegando agora de viajem?

— correto. Peguei um trânsito horrível, mas prometi pra um certo rapaz aí que voltaria hoje...então, cá estou eu. — nos entre olhamos e eu sorri.

— rapaz de sorte. Opa, sinal verde.

Ele acelerou e perguntou se eu não queria comer alguma coisa antes de ir pra casa. Disse que estava morrendo de sono, mas ele insistiu. Não resisti e aceitei o convite e ele me levou a uma pizzaria no centro. Pediu uma gigante. Olhei pra ele e perguntei quem iria comer tudo aquilo e ele deu risada.

— eu ainda não jantei. Nem parei pra poder chegar logo e digamos que eu como razoável...

— razoável? Hahah, não seja modesto...você tem cara de quem come muito.

— tenho? Poxa, não queria que tivesse essa impressão horrível...

— hahaha, que isso... eu sou bom de garfo também, reconheço. Você deve fazer academia...pra manter a boa forma.

— sim, faço. Pelo menos três vezes por semana, só pra manter.

— está dando certo... — eu e minha boca.

— está? Eu tento não engordar, mas a idade chega e já sabe, né?

— sim, sei. Te deixa mais charmoso ainda...Ai, senhor ...eu não disse isso. — fiquei morrendo de vergonha.

— hahaha, tudo bem, vou fingir que não ouvi. Caramba, você precisa dar um tempo...ou vai passar mal de novo.

— eu estou tentando, mas está difícil...

— rsrs, eu imagino. Ainda caminhando sem rumo? Pelo menos te relaxa...

— as vezes. Quer ir caminhar comigo qualquer dia desses? Bom, se você quiser, claro. Nem sei porque te convidei, você deve ter coisa melhor pra fazer do que andar por aí comigo...

— claro que eu aceito. E não, eu não tenho nada melhor pra fazer. Sou uma pessoa livre, sem compromisso, tirando a fábrica.

— hum, sem compromisso? Em todos os sentidos? — ele riu.

— hahaha, sim...sim...em todos os sentidos, sou um homem solitário, mas não me sinto sozinho. Entende? Tenho amigos que saio as vezes e agora, imagine só? Conheci você...por obra do Destino.

— nossos destinos-peraltas.

— não fala assim, eu gosto dos nossos destinos. Pensa, estamos aqui. Eu estou em ótima companhia...

— rsrs, eu também... okay, nossos destinos estão fazendo um otimo trabalho, eu confesso.

— hahaha, você é engraçado e tem um otimo humor.

— que bom que te faço sorrir, Senhor Simpático. — rimos e ele pediu refrigerante.

Disse que não me importaria se ele pedisse um chop, mas ele disse que eu estava com ele e que preferia não beber. O Senhor Simpático, estava me encantando a cada segundo com seu humor impagável e sorriso cativante. O cara emanava boas vibrações e eu estava com medo de falar um monte de bobices e deixar qualquer má impressão atrapalhar aquele momento incrível.

Enfim a pizza chegou e foi o único momento que ficamos de boca fechada. Estava tudo uma delícia e poxa.. eu estava precisando de uma noite agradável. Comecei a reparar mais no Marcos; seu jeito meio moleque, o modo como ele me olhava e sorria. Tudo nele me chamava atenção.

Terminamos de comer e me ofereci em dividir a conta, mas ele não deixou.

Eu estava cansado, exausto pra falar a verdade, mas não queria me despedir. Senti uma imensa necessidade de ficar ao lado dele, conversar e...minha nossa, eu precisava estar perto daquele homem.

Saímos da pizzaria e começamos a caminhar pelo calçadão. A noite estava fria, mas o céu estava estrelado e a lua brilhava tão lindamente que meu cansaço pareceu desaparecer.

Estávamos quase perto da matriz e os quiosques da praça São Cristóvão ainda funcionavam. Ele parou por um segundo e perguntou se eu queria tomar um sorvete.

— depois de tudo que comi? Bom, acho que ainda tenho espaço...

— eu estou te devendo aquele suco, mas vamos de sorvete...ah...olha lá, o banco onde nos conhecemos ainda está vazio...

Compramos o sorvete e nos sentamos. Eu comecei a tremer de frio e ele começou a rir.

— caramba, você está com frio?

— estou. Eu sou muito friorento. — disse e ele se levantou tirando a jaqueta.

— vista, eu estou suando. Só não tirei pra não ficar carregando.

— não precisa...

— por favor...vista.

Me levantei pegando a jaqueta e deixei o copo com o sorvete no banco. Fui pegar a jaqueta e ele pediu para que eu me virasse e vestiu a jaqueta em mim. Me girou em meu próprio eixo de frente pra ele e fechou o ziper até altura do meu pescoço. Meu corpo se arrepiou dos pés à cabeça com o toque sutil de suas mãos em meu rosto. Ele me encarou por segundos e sorri com toda a minha timidez.

— agora não vai mais passar frio.

— obrigado.

Nos sentamos novamente e o cheiro do perfume que estava na jaqueta me fazia viajar com o calor do seu corpo que aquecia o meu. Eu entrei em transe.

— está pensando em quê?

— eu sou gay. — apenas disse, assim...do nada.

— eu sei.

— e você também é. — ele começou a rir.

— sou... e daí?

— meu pai falou de mim?

— não. Ele só diz que você é muito esforçado em tudo que faz. Foi aqui, naquele dia que eu te vi e percebi. Por isso me sentei ao seu lado, eu queria conversar, mas você foi embora rápido.

— eu sou tão óbvio assim? — ele riu.

— não, eu é que sou experiente. Com o tempo seu "gaydar" vai ficar mais aguçado — hahaha, ah tá. Droga.. ru só não esperava te encontrar na casa dos meus pais.

— nem eu, pode acreditar. Embora eu tenha ficado feliz em te ver de novo, como hoje, mas eu preferia que você não fosse filho do Enrique.

— nem me fale. Meu pai é um homem muito bacana, mas ainda tem seus preconceitos. Ele me respeita, mas não aceita que seu filho goste de homens. Se eu pudesse escolher...mas não posso.

— eu seria gay em todas as encarnações. Eu amo seu gay, amo poder tocar o corpo de outro, sem medo, sem reservas.

— eu também... ai...ai...ai, eu não consigo me ver de outra maneira. Não consigo me ver com uma mulher.

— eu já tive uma namorada, mas foi mais pra eu ter certeza do que eu era. Eu tinha dezessete anos e sabe? Ela me fez ter certeza. Sei que não foi legal o que fiz, mas eu precisava saber se não estava louco. Durou pouco mais de três meses e terminei. Depois dela nunca mais me relacionei com mais nenhuma mulher. Já fiz muita bobagem na vida, já fiz coisas as quais eu não faria hoje em dia. Mas sempre tive consciência e cabeça no lugar, nunca coloquei minha saúde em risco por uma aventura de cinco minutos. Eu amo viver.

— que bom que sempre se cuidou. Esse é o maior medo da minha mãe. Vive me enchendo de perguntas.

— ela se preocupa. Com o tempo ela vai perceber que não é nada do outro mundo.

— eu espero. Que papo mais deprê...

— não é deprê...a gente vai saber lidar com tudo isso, você vai ver.

— a gente vai saber lidar? Está falando do quê? — ele se levantou, inspirou e colocou a mão na cintura.

— está de brincadeira? Olha ao redor...o que você acha que está acontecendo com a gente? Eu não parei de pensar em você um dia sequer...

— Marcos...eu não sei. Eu nem sei até aonde você quer ir... — ele se abaixou ficando entre as minhas pernas.

— eu já estou bem crescido pra brincar de casinha e você não tem cara de que gosta de brincar. Você pode ter vinte anos, mas é maduro o suficiente pra encarar essa comigo. Ou não estaria aqui...me olhando desse jeito, preocupado em saber se eu te levo a sério ou não. — ele apoiou a cabeça na minha perna e olhando ao redor, notei que estávamos sozinhos. Não resisti e afaguei seu cabelo.

— você não sabe...melhor, você não imagina como está aqui dentro... — ele levantou a cabeça e sorriu.

— eu posso imaginar...porque sinto o mesmo desde o dia que te vi, aqui, nesse mesmo banco pela primeira vez. Eu quero e preciso te ver de novo...passa o dia comigo, amanhã? Fica comigo? Eu preciso estar contigo longe daqui, só a gente. O quê me diz?

O anjo da minha guarda já estava todo rebolativo em meu ombro esquerdo, sussurrando para eu aceitar. Okay anjinho, o cara é meio doido querendo encarar o Seu Enrique e tal, mas ele também está na minha e perder esse homem seria muita burrice e estúpidez, pensei.

— eu aceito... — disse e ele me abraçou.

— te pego bem cedo... — ele estava feliz.

— bem cedo? Eu estou tão cansado que atravessaria o sábado dormindo. — brinquei e ele ria.

— que isso, você dorme durante o caminho.

— pra onde a gente vai?

— tem um hotel fazenda na cidade vizinha. É de um amigo meu e digamos que ele me deve alguns favores.

— favores? Ai...ai...

— ei, calma aí... não é nada do que essa cabecinha está pensando. Eu montei os moveis da cozinha pra ele e como pagamento, eu troquei em passar alguns fim de semana lá, só pra relaxar. Ainda tenho três que posso aproveitar, mas dessa vez eu prefiro ir acompanhado. O que me diz?

— você está se esquecendo de um detalhe.

— não, não estou. Seu pai um dia vai ter que aceitar...

— eu sei, mas seria mais fácil se fosse um amigo da faculdade...só que é você. Está vendo onde nos metemos?

— nos metemos em uma bela confusão em família e ainda bem que sou eu. Te pego as seis.

— combinado. Maluco.

—. hahaha, agora vamos, estou vendo que está cansado e eu também. Ainda da tempo de dormir um pouco.

— estou morto.

— rsrs, tadinho.

Enquanto ele dirigia eu praticamente adormeci e ele me acordou na porta de casa. Abri os olhos e ele estava virado de frente pra mim, me olhando. Sorri e ele acariciou meu rosto. Fechei meus olhos por alguns segundos e senti novamente sua mão macia tocando a minha face.

— você é lindo. — ele disse.

— você também...e muito charmoso.

— rsrs, obrigado. Posso te dar um beijo de boa noite?

— eu estou esperando por esse beijo há dias...

Ele se aproximou e segurou meu queixo. Tocou seus lábios nos meu e sua língua procurou a minha. Foi um beijo calmo, envolvente e viril ao mesmo tempo. Suas mãos seguravam forte minha nuca e eu me entreguei totalmente. Ele parou o beijo e me encarou.

— entre logo, antes que eu te leve pra minha casa.

— olha que eu vou...

Ele me deu mais um beijo e tirando sua jaqueta nos despedimos.

Fui pro meu quartinho e arrumei rapidamente o que levaria pela manhã e fui me deitar já passava das duas. Apaguei.

Meu celular despertou as seis e eu estava caindo de sono. Me lembrei do beijo do Marcos e comecei a rir feito um idiota. Escovei meus dentes, passei meu Listerine e o joguei na mochila. Hálito puro e corpo banhado, estava tudo perfeito. Coloquei uma boxer branca sem maiores pretenções (hahaha) e ouvi quando o Marcos estacionou no lado de fora. Ninguém na rua, que ótimo.

Peguei minha mochila e assim que sai no portão, ele abriu o vidro e sorriu me dando bom dia. Entrei e ele deu a partida.

— bom dia. Estou caindo de sono meu Deus...

— quer ir dormindo? Tem travesseiro e uma manta no banco de trás. Imaginei que estivesse cansado ainda.

— eu até vou dormindo, mas vou aqui mesmo...nossa, como você está bonito.

— hahaha, pare. Ah, eu te achei um gatinho quando te vi lá na praça, meditando.

— eu não estava só meditando, eu estava ouvindo música em estado de super concentração. E obrigado pelo gatinho... eu sou uma fofura mesmo. Só que não sou peludinho...

— hahaha...ai..ai...ai...mais tarde eu quero ver tudo de perto...

— uia! Agora fiquei com vergonha. — ele começou na rir.

Me levantei para pegar o travesseiro e o cobertor e ele parou no sinal vermelho. Coloquei o cinto e me ajeitei de frente pra ele, ficando de lado. Ele me fez um carinho e beijei sua mão. Ele veio até mim e me beijou. Me senti nas nuvens novamente.

Cochilei e ouvi a porta do carro fechando. Ele tinha comprado uma garrafa de água e tomei um pouco enquanto ele dirigia. Um pouco escorreu pelo meu queixo com o solavanco e aproveitando o sinal fechado, ele veio até mim e com a língua lambeu a água e em seguida me beijou.

— ei, tem água na garrafa. — disse rindo.

— hahaha, poxa, eu não resisti. Foi mal.

— eu adorei...opa...derramei de novo...

— hahaha, malandro. O sinal abriu.

Eu não conseguia pegar no sono, por mais cansado e quebrado que estava. Ele ficava falando comigo a todo momento e como não dar atenção? As vezes eu estava quase cochilando e percebia ele me olhando. Queria tanto lhe encher de beijos e namorar aquele cara que pedi pra ele parar no acostamento.

— quer que eu pare?

— quero...por favor.

— tudo bem. Mais ali adiante tem uma entrada... aí não ficamos na rodovia. Se não me engano é um sítio.

Ele deu seta pra entrar e parou o carro. Eu tirei o cinto e joguei a manta e o travesseiro no banco de trás e também tirei os tênis. Ele ficou me olhando e passei por cima do cambio e me sentei no colo dele ficando de frente.

— pensei que você queria fazer xixi. — ele disse beijando meu pescoço.

— não...só quero te namorar um pouquinho. — ele massageava minhas costas.

— você está com frio? — ele apertou minha bunda.

— não... nem um pouco.

Ele sorriu e foi tirando minha camisa devagar a jogando no banco do carona. Suas mãos percorriam meu tórax deslizando desde a barriga até meu pescoço. Ele encostou a boca no meu peito e mordia de leve, eu delirava com sua língua em meu mamilo de vez em quando que dei um leve gemido. Ele me beijou, abafando qualquer som que saia da minha boca. Seu beijo me levou à quinta dimensão, me tirando todos os sentidos. Eu poderia ter feito amor com ele ali mesmo, pois qualquer lugar seria perfeito. Fomos parando o beijo devagar e suas carícias deu lugar a um abraço apertado. Repousei meu corpo sobre o dele e senti seu membro duro. Apertei minha bunda devagar e ele começou a rir baixinho...

— você é bem malvadinho, né? — ele disse no meu ouvido.

— rsrsrs, tua pica ta dura..

— uhum...a tua também. Ta cutucando minha barriga. Deixa eu ver ela?

— só a cabecinha... — ele mordeu meu queixo e eu não parava de rir.

— ai..ai...tá bom, só a cabecinha...Sacanagem!

Abri meu ziper e ele mordeu meu ombro quando viu minha boxer branca. Tirei minha pica pra fora e puxei a pele mostrando a cabecinha. Ele mordeu os lábios e disse que estava molhada.

— é pré-gozo...

— to vendo...deixa eu sentir só o gosto?

— deixa eu pensar...

— hahaha...cara...que maldade. Isso é tortura, sabia?

— me chama de "garoto."

— vai, garoto...deixa eu sentir o gosto da tua pica...

Apertei minha pica e quando escorreu passei o dedo e levei até sua boca passando em seus lábios. Ele fechou os olhos e passava a língua saboreando.

— ta gostoso? — disse beijando seu pescoço.

— uma delicia...quero mais. Me dá mais...

Me levantei e abaixei um pouco mais meu jeans e bati uma leve punheta com ele apertando minha bunda.

Meu tesão aumentou quando senti um dedo acariciar meu cu. Apertei forte minha pica e com os dedos lambusei de pré-gozo. Me sentei, e ele sorriu me dando um selinho.

— você ta me deixando doido...

— é essa a minha intensão... te deixar doido. Agora fecha o olho... — e lambusei seus lábios novamente.

— hummm...que gostoso...você é gostoso. — eu to loco pra sentir o gosto da tua pica, mas quando chegarmos lá...

— ahhh...então pula ali pro teu banco, antes que eu enlouqueça. Melhor a gente ir antes que passe a policia rodoviaria e nos enche de perguntas.

— melhor. Ei, tem melzinho aqui... — passei o dedo no canto da boca dele e limpei.

Lambi meu dedo e ele me ajudou a sair de cima dele. Voltei a me sentar e ajustei meu banco o erguendo e fui sentado. Perdi o sono. Fomos conversando coisas do cotidiano e trabalho. Ele era atencioso e sempre queria saber mais sobre minha vida e minhas aspirações e ele disse que era formado em Engenharia Mecânica, mas que preferiu cuidar dos negócios da família a pedido do pai.

— você se arrepende? Digo, por não ter podido fazer o quê você queria?

— não. Eu gosto da minha profissão, mas ter voltado pra ajudar meu pai com a fábrica está sendo um aprendizado. Quando eu comecei na filial, descobri muitas falhas administrativas e olha, eu praticamente salvei meu pai da falência. Isso me fez crescer como empresário também. Patrão tem estar a par de tudo que acontece, não só delegar. Meu pai estava sendo roubado e nem sabia. Enfim, passei o comando da filial para um dos nossos melhores funcionários para administrar a matriz, mas estou de olho em tudo; cada movimento eu estou, como dizem por aí: ligadão. E se o senhor não sabe, eu também sou projetista de móveis.

— não sabia mesmo. Se quiser, pode projetar uns modulados la pro meu quartinho.

— hahaha...posso tentar...

— falando sério...seu pai deve estar muito feliz com você assumindo os negócios, não está? Afinal, ele ergueu aquela fábrica do zero e você vai continuar com o legado dele.

— ele está sim e eu também. Depois que voltei, só tem me acontecido coisas boas. — ele voltou a atenção pra estrada.

— que bom...como o quê?

— você por exemplo foi uma delas. — fiquei vermelho de vergonha.

— imagina...quem sou eu?

— você? Você é o rapaz do banco da praça São Cristóvão que chamou minha atenção simplesmente por existir. E não faz essa cara, como se estivesse pensando que eu falo isso pra todo mundo...

— eu não pensei isso, sério. Só que não sou tudo isso que você está pensando..

— você é mais, pode ter certeza.

Ele fez um carinho no meu rosto e continuou dirigindo. Eu poderia achar muito bonito o que ele disse e simplesmente discartar, mas vi que estava sendo sincero e me senti lisongeado. Acabei pegando no sono e quando ele me acordou já tínhamos chegado. Desci do carro e tive a impressão de estar no paraíso. Era o lugar mais lindo que eu já tinha conhecido. Ele se pós atrás de mim e me abraçou.

— gostou?

— é lindo demais.

— fico feliz que tenha gostado. Eu pedi um quarto de casal... tem problema?

— rsrs, não. É perfeito...

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive LuCley a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

E agora o que vai acontece? Será que o pai de Thiago vai permitir isso ao filho kkkkk

0 0
Foto de perfil genérica

Adorei esse capítulo, principalmente o final do capítulo hehe!

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

que cap lindo*-*, qual será a reação do pai de Thiago qdo souber??? que venha o próximo cap...

0 0