Destino (?) - Cap 2

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 2007 palavras
Data: 23/05/2016 15:26:59

Pessoal, que bom que vocês gostaram. Agradeço de coração pelos comentários e a todos que lêem. Ah...(Amo muito tudo isso também...) adoro escrever pra vocês e adoro quando vocês comentam. Beijão... <3

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Os dias foram se arrastando e eu cada vez mais enrolado com meu trabalho e a faculdade. Comecei a entender quando me falavam que estudar e trabalhar não era fácil e sério? Não era mesmo. Na verdade quando chegava em casa eu só queria dormir e mais nada. As vezes ficava de madrugada terminando meus trabalhos ou estudando para as provas e as sete já tinha que estar no escritório pois abria às oito. Minha fonte de energia era o café que sempre me mantinha acordado além das minhas reais forças.

Minha rotina estava acabando comigo. Numa terça-feira, assim que saí do trabalho, fui direto pra casa da minha mãe. Eu estava passando mal e assim que entrei na sala, desmaiei. Acordei na cama do hospital com meu pai sentado numa cadeira e minha mãe acariciando meus cabelos. Vi que ela sorriu aliviada. Percebi que era de manhã e caramba, fiquei meio confuso.Eu ainda estava meio "grogue", mas conseguia falar.

— o que eu estou fazendo aqui?

— você desmaiou assim que entrou em casa ontem. Minha nossa, você quer me matar do coração?

— não, mãe... não era essa a minha intensão... longe disso.

— a gente precisa conversar, filho. — meu pai estava meio assustado.

— ai senhor, o quê eu tenho?

— calma, não é nada que não possa ser resolvido com boas noites de sono. Eles te deram um calmante. Você está exausto, se alimentando mal e é teimoso que nem uma mula. — ele disse e se levantou.

— a parte do teimoso como uma mula não é diagnóstico médico, é?

— Tito, pára de fazer piada. Eu quero que você larga essa sua ideia de morar naquele quartinho e volta pra casa. Vai ser melhor pra você e pode trabalhar só meio período. Você não precisa trabalhar o dia todo, pelo menos até terminar a faculdade. Escuta o teu pai, eu só quero o teu bem.

— eu sei pai, mas eu só quero minha privacidade. Eu gosto de poder sair voltar a hora que eu quero. Eu não vou poder algumas coisas se continuar a morar lá em casa...

— você quer o quê? Levar algum namorado em casa, é isso? Pois leve, eu sei lá, tomo uma caixa de cerveja antes do candidato a genro chegar e tudo bem...mas não quero ter que levar outro susto de novo.

— bela tentativa em me fazer rir com sua piada sem graça, mas eu não quero te impor e não quero que me imponha nada. Quero expor pra você que se eu chegar, um dia, a levar alguém que eu goste de verdade em casa, vocês possam o tratar com o mesmo respeito que me trata, independente se ele me beija ou não. Poxa, será que é tão difícil isso? Eu mesmo tive a maturidade de contar a vocês o que eu era aos catorze anos de idade...poxa, aceite que um dia eu vou encontrar alguém e tentar pelo menos ser feliz com essa pessoa.

— eu prometo te ouvir mais e aceitar que... senhor...você vai namorar e levar o tal pretendente em casa um dia, se você voltar agora mesmo com sua mãe e eu pra casa.

— sem chances, pai. Na primeira oportunidade você vai dar um xilique e eu não estou disposto a discutir com o senhor. Vamos deixar as coisas como estão. Eu estou bem.

— eu não posso te arrastar de volta pra casa, mas a proposta está feita.

Minha mãe me abraçou e eu sabia que ela tentaria ao máximo aceitar, mas meu pai? Impossível. Nos quarenta minutos do segundo tempo ele iria se arrepender.

A enfermeira foi tirar o acesso do meu braço e disse que eu já estava de alta pois não era nada grave.

Me levantei, troquei de roupa e minha mãe pediu que eu voltasse. Disse que iria pensar.

Meu pai me deixou na kitnet e antes dele sair seu celular tocou. Ele se distanciou um pouco e minutos depois trouxe o celular pra eu atender. Peguei o aparelho arcaico do meu pai e fiquei feliz quando atendi. Era meu tio Carlos. Perguntou o que tinha acontecido e expliquei tudo a ele.

— bom que esteja melhor. Eu andei meio sumido, mas estava viajando à negócios. Passo aí hoje a noite e te levo pra dar uma volta. O quê acha?

— eu tenho aula hoje a noite, esqueceu?

— garoto, dê um tempo pra si mesmo. E é sério, a gente vai sair.

— tudo bem, pode ser. Te espero a noite.

Meus pais me acomodaram e minha mãe me enrolou nas cobertas como se eu fosse um bebezinho. Assim que eles saíram, eu me levantei e fui no pátio ligar pro meu chefe e explicar o porquê de não ter ido trabalhar. Ele me desejou melhoras e que não era pra eu me preocupar.

Eu não tinha nada pra fazer e como disseram que eu precisava dormir, voltei pro meu quarto e apaguei.

Acordei assustado com meu celular tocando em desespero. Já passava das três da tarde e dormi feito uma pedra. Era meu pai que estava preocupado. Ouvi uns barulhos e ele estava na fábrica. Comecei a prestar atenção nas vozes que viam do fundo e ouvi o Marcos conversando com o pessoal. Mantive minha concentração nele e me senti bem ouvindo ele falar. Eu realmente saí fora do ar. Me perdi completamente no tempo e espaço que havia me esquecido completamente do meu pai. Meu transe foi quebrado com meu pai berrando em meu ouvido.

— ei...garoto? Você prestou atenção em alguma coisa que te falei?

— desculpa pai, acho que acabei cochilando de novo. O Marcos não ficou bravo por ter chegado atrasado?

— não, ele sabe que foi por você. Ele disse que vai dar uma passada aí mais tarde. Ele gostou de você. Tem problema?

— não, imagina. — fiquei imensamente feliz.

Assim que ele desligou eu dei uma ajeitada rápida no meu quarto. Tirei pó da minha escrivaninha, coloquei meus livros em ordem, varri e passei um pano no chão, tirei umas comidas velhas de dentro do frigobar, lavei o banheiro e tomei um banho demorado. Eu sempre fui caprichoso com as minhas coisas, mas as últimas semanas eu estava praticamente mais morto do que vivo. Meu corpo estava pedindo descanso, definitivamente.

Já passava das seis e estava assistindo TV quando ouvi alguém bozinar. Corri até o portão e era meu tio Carlos. Fiquei decepcionado por alguns segundos, mas me animei quando ele desceu e veio de braços abertos. Me joguei em seus braços e ele me apertava quase me tirando o fôlego. Meu celular tocou e pedi licença. Era meu pai avisando que o Marcos teve que ir viajar as pressas, mas tinha me deixado um abraço. Murchei na hora meu tio percebeu.

— o que foi?

— nada não.

— como nada? Estava todo animado e agora parece uma uva passa. Terminou com o namorado?

— ha...ha...ha...você sabe que eu não tenho namorado, mas bem que eu queria.

— hahaha, calma Casanova, sua hora vai chegar. Caramba, que saudades que eu tava de você.

— eu também, peludo.

— ei, meus pelos são sedosos, não fala assim.

— hahaha, to ligado que você passa óleo de amêndoas paixão...deixa eu ver...

— hahaha, sai pra lá. Me diz uma coisa...porque ficou chateado?

— uma pessoa ia vim me ver, mas não vai mais.

— uma pessoa... interessante. Tipo, quem? — tipo...o Marcos. — ele ficou intrigado.

— Marcos...Marcos...o único Marcos que eu conheço é o...ai meu Jesus Cristinho...o chefe do seu pai?

— não faça drama. Eu posso explicar.

— como assim, não faça drama? O cara tem a minha idade, garoto. Você está perdendo o juízo?

— calma, a gente não tem nada...droga, Carlos, a gente se conheceu por acaso.

— me conta tudo...

Ele se deitou na minha cama e eu fiquei sentado na porta explicando desde o inicio. Assim que terminei ele começou a rir.

— isso, se divirta com a minha vida.

— não estou rindo de você, seu boboca. Estou rindo da situação. Com tanto homem por aí e você foi se encantar logo pelo chefe do seu pai...que coisa.

— da na mesma coisa. Que droga!

— me desculpe, mas eu não quero que você se machuque. Eu amo você...você sabe disso. Eu estou aqui pro quê você precisar. Qualquer coisa você corre pro meu peitoral felpudo.

— hahaha, pode deixar. Obrigado. Ah, a Daiana penteia seus pêlos antes de vocês dormirem? — comecei a rir e ele me jogou duas almofadas na cara.

— ta certo, agora veste uma roupa bacana que vou te levar pra comer alguma coisa.

— ei, essa roupa tá bem bacana... — começamos a rir.

Ele me levou pra jantar e depois fomos dar uma volta no centro. Por mais feliz que eu estivesse ao lado do meu tio, minha cabeça estava no Marcos. Não sei o que ele fez pra me deixar parecendo um idiota, mas eu estava literalmente de quatro por ele. Se ao menos eu tivesse a certeza de que o Marcos também estaria interessado, tudo ficaria menos difícil. Sim, menos difícil, porque ainda teria a minha família. Na verdade, minha maior preocupação era o meu pai. Ele iria surtar.

Meu tio percebeu que eu estava meio distante e perguntou se eu queria ir pra casa. Disse que sim, mas que tinha adorado vê-lo. Ele me deixou em casa e foi correndo pra casa da namorada-grudenta dele. Só no tempo que estávamos jantando, ela tinha ligado umas três vezes querendo saber se ele ia demorar. Uma chata!

Troquei de roupa e vesti meu pijama. Coloquei um filme do DVD e tinha alguém me ligando. Era um número desconhecido. Antendi meio que a contra-gosto e era o Marcos. Quase tive um treco.

— oi, Tito...

— oi... que surpresa boa.

— desculpe estar te ligando a essa hora, mas só agora consegui sinal. Eu pedi seu número pro seu pai, tem problema?

— claro que não. Eu ainda estava acordado...

— que bom. Como você está?

— agora eu estou melhor... foi só um sustinho de nada.

— seu pai estava preocupado. Eu também fiquei, acredite. Queria ter ido aí, mas tive que sair correndo aqui pra filial. Aconteceu uns problemas aqui e poxa... queria tanto ter ido aí...

— não tem problema...quando você chegar a gente se vê. Você me leva pra tomar um suco na praça e fica tudo certo...

— hahaha, que bom que está bem. Eu prometo que te levo tomar um suco.

— vou cobrar, heim...quando você volta?

— não sei ainda, mas acho que na sexta-feira. Eu estou meio enrolado, mas vou dar um jeito.

— eu vou te esperar...quer dizer...ah... que droga...Eu te espero...é isso.

— hahaha...bom saber que tem alguém me esperando...

— mas é só pelo suco...adoro aquele suco. — ele não conseguia parar de rir.

— sim, claro...somente pelo suco. Eu vou me esforçar pra chegar na sexta somente pelo prazer de te pagar um suco...nada mais.

— poxa...pensei que seria pra ver um certo rapaz aí... — quanta tolice, eu pensei.

— Tito?

— pode falar...oieee...Marcos, está ai? — o silêncio tomou conta por alguns segundos, mas eu ouvia sua respiração atribulada.

— eu prometo voltar na sexta, talvez eu chego a noite, mas no sábado irei te ver. Durma bem, meu rapaz.

— você também, Marcos... tenha uma boa noite.

Meu rapaz? Ele queria me deixar louco, só pode, mas eu queria sim ser o seu rapaz, seu garoto...seu homem; queria poder estar em seus braços lhe fazendo carinho e poder tocar seu corpo. Ah, como eu queria...nem se fosse por alguns segundos elevar meu corpo e alcançar seus lábios em um beijo de tirar o fôlego.

Fui dormir, mas a vontade de estar ao lado daquele homem era maior. Levei devagar minha mão esquerda até minha pica e relaxei meu corpo. Deixei meus pensamentos me levarem até o Meu Homem e o prazer momentâneo me embalou em um sono sereno de sonhos infinitos.

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Continua...

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Comentários

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tb gostaria de saber se o conto EU,PUTO vai continuar mas acho q vamos ficar no vácuo RAQUEL

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oi tem 3 dias que comecei ler seus contos... um leitor de um dos contos que mais gosto comentou que seus contos eram bons e eu comecei a ler, realmente vc escreve d+ cara, são super envolventes suas histórias...ja estou ansiosa pelo próximo cap... uma curiosidade: o ultimo cap postado de "Eu, puto!" foi em 01/04/16, vc irá continuar com a história???

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Cara muito bom, e o melhor é que não tem problema algum que o Marcos seja 20 anos mais velho ou o Tito 20 anos mais novo kkkkkk

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Adorei! Adorei esse tio! Esses 2 formam um casal lindo! Abraços!

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