Ele é Bobo Cap.2

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1119 palavras
Data: 22/05/2016 06:21:00

Cap.2

Nos conhecemos ainda na infância. Lá aonde nascemos, em Sorocaba.

FLASHBACK

Eu e minha família morávamos em um condomínio fechado já há um bom tempo. Eu cresci ali, e sempre fui muito feliz lá. Me relacionava bem com todas as crianças do condomínio, e por isso sempre tinha companhia para brincar.

-Passa pra mim ! - dizia eu, enquanto jogava futebol com eles. A bola era passada, e perna de pau como eu sou, acabava chutando para fora.

-Tu é muito ruim William !

-Vem chutar aqui para ver se tu acerta... - e continuávamos jogando. Porém, naquele dia algo diferente aconteceu. De repente vimos um incomum caminhão virar a rua e parar em frente a casa ao lado da minha. Seguido de perto por um carro, que estacionou logo a frente. Paramos o que faziamos para olhar e saber quem eram aqueles desconhecidos. Um casal desceu, e logo em seguida uma criança. Um garotinho moreno e ligeiramente grande parou ao lado deles, olhando a casa. Eles falaram alguma coisa inintendível, até que o garoto virou o olhar e nos viu. Falou alguma coisa para os pais e veio em nossa direção.

-Posso jogar com vocês ?

-Claro, entra aí no meu lugar...

-É bom mesmo, quem sabe você acerta mais que ele... - e assim nos conhecemos. Naquela época não havia maldade nenhuma, eu nem sabia que era gay. Ele era mais um amiguinho de bairro.

MINUTOS DEPOIS

-William ! - ouvia a voz da minha mãe.

-Sim mãe... - desci as escadaas e vi que haviam visitas na sala.

-Esse é o meu filho William... - a mesma senhora que havia chegado hoje estava sentada no sofá, e ao lado dela o garoto que havia jogado futebol comigo.

-Ah, que garoto lindinho... Acho que você e o Raul podem ser amigos... - dizia ela, olhando para ele.

-Leva ele pra jogar videogame com você filho...

-Tá bom... - alguns segundos depois, estávamos dentro do meu quarto, de olhos vidrados na TV jogando jogo de corrida. -então você se chama Raul, não é ?

-É...

-Vai estudar aonde...

-Ainda não sei... Mas a minha mãe perguntou da sua mãe qual escola eu estudava, pode ser que eu estude lá.

-Sério ?

-Sim...

ANOS DEPOIS

E a nossa amizade seguiu por muito tempo. Mesmo na adolescência, não nos distanciamos...

-Eu vou ganhar de você ! - ele gritava, enquanto jogavamos um jogo de luta no meu quarto.

-Não vai mesmo ! Você não conhece o meu golpe fatal... - falei, logo em seguida vencendo a batalha.

-Que merda ! - aqui, já estavámos com 15 anos. Ele continuava moreno, porém incrivelmente mais bonito e malhado – você vai ver ! - dizia ele, se jogando em cima de mim. Ele conseguia me imobilizar, mas não era fácil. A vantagem que ele tinha é que ele era mais alto que eu.

-Vou ver o quê ? - dizia, virando o jogo e o imobilizando entre as minhas pernas – se eu quisesse poderia fazer o que eu quisesse com você... - dizia, olhando firmemente naqueles olhos castanhos. Sempre que fazia aquilo meu coração acelerava. Eu estava começando a entender o porquê. E tinha medo na época. Muito medo de ser gay. Eu sabia como era a vida de um. Porém, muito mais medo de estar apaixonado por ele e perder a sua amizade.

-Sai de cima de mim ! - falou, fingindo raiva. Mas não deu dois segundos de eu ter soltado , ele veio pra cima de mim novamente. E me imobilizou de novo.

-O que será que eu faço com você assim ? - perguntava a si mesmo, enquanto eu ria. Mas não conseguia. Cada olhar em seu rosto e meu coração disparava.

DIAS DEPOIS

Ali, com 15 anos eu já começava a perceber tudo. A perceber a minha homossexualidade, sempre que reparava nos garotos e não nas meninas. E a perceber que era apaixonado por ele, por cada vez mais ele e os seus olhos tomarem conta do meu pensamento. Me olhava no espelho do quarto. Procurava ver se tinha algo errado comigo. Não tinha. Aquilo simplesmente era o meu eu interior se manifestando, eu não podia fazer nada.

-William, você precisa ver isso – ele falou, praticamente invadindo o meu quarto com um DVD. Assim que entrou, trancou a porta.

-O que é isso ?

-É um negócio que uns meninos me deram... - ele ligou o aparelho rapidamente, e logo aquele CD estava girando e as imagens saindo. Logo percebi do que se tratava. Era um filme pornô.

-Meu Deus... Como você conseguiu isso ?

-Eu pedi e eles me deram... - sentei-me na cama e fiquei olhando aquilo. Naquela época não existia essa facilidade de hoje em dia, os filmes pornográficos eram muito mais raros. Fiquei olhando para ele, enquanto via aquilo. Aquele filme não me interessa, aquela atriz não me atraia em nada. Ele olhava para aquilo atraído. Foi então que eu percebi. Com certeza nunca teria chance nenhuma com ele. Ele olhava para aquela mulher com muito desejo. Quase babava. Aquilo me entristeceu.

-Vou no banheiro... - falei, me levantando e indo em direção ao banheiro em seguida. Fui ao banheiro, olhei o meu rosto novamente. E fiquei olhando ele por lá, através de uma fresta na porta. Vi quando ele começou a massagear o pênis dele dentro do short. E alguns segundos depois ele começou a se masturbar ali. E não se acanhou depois que eu sai do banheiro – o que você tá fazendo ?

-Vai dizer que você não faz ? - eu fazia, qual adolescente não faz ? Mas não na frente dos outros. Mas me mantive quieto. Ver ele daquele jeito me excitou. E eu acabei fazendo o mesmo que ele. Para aliviar a minha tristeza.

DIAS DEPOIS

A nossa amizade se fortalecia a cada dia que passava, assim como a minha paixão aumentava. Porém, como eu já esperava. Ele nem percebia. E nem retribuia... Estávamos sentados numa mesa durante o lanche na escola, quando ele fala.

-William ?

-O que foi ?

-Não tem aquela sua amiga ?

-Qual ?

-A Rita...

-Sim...

-Não tem como você descobrir se ela gostaria de namorar comigo ?

-Eu ?

-Sim, você fala mais com ela. Vê isso para mim, vai ? - e aquele sorriso branco e lindo mais uma vez me convencia...

ANOS DEPOIS

Durante muito tempo foi daquele jeito. Eu o ajudava a conseguir namoradas, mas ele nunca reparou que enquanto ele namorava, eu estava sempre solteiro. Pelo menos era isso que eu imaginava. Até aquele dia.

-William ?

-O que ? - perguntava eu, enquanto jogavamos videogame.

-Me diz uma coisa... Porquê eu nunca vejo você com ninguém ?

-Como assim ? Eu quase nunca estou sozinho...

-Estou falando de namoro. Nunca vi você namorando...

-Ah... É que ninguém me interessa mesmo... - a aquela altura já estava vermelho.

-Tem certeza ?

-Não... É que... Eu não gosto de mulheres Raul...

Continua

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Comentários

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perfeito. posto 3 capitulo ainda hj favor 🙌🙌🙌.

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Mas um conto maravilhoso Guh :) Amei.

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Nossa, muito gostoso de ler, boa escrita, nada contubardo nem confuso, simples e interessante!!!

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