Louco Amor TP2 CP7 - Ele é meu filho!

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 4063 palavras
Data: 14/05/2016 21:01:00

LOUCO AMOR TP2 CP7 – Ele é meu filho!

Narrado por Caio:

Me encaminhei para a sala com as pernas totalmente bambas e com o coração a mil, Edgar e seu filho estavam um pouco mais a frente e me guiavam, Keverson ainda sustentando o mesmo sorriso, vinha logo atrás acompanhado de dona Anna e seu advogado. A mesa era longa, típica de sala de reuniões, nós sentamos em lados opostos e esperamos o Juiz que lia algo atentamente começar a audiência e dá fim a minha apreensão.

Ele começou com um típico blá blá blá inicial, onde explicou toda a situação antes de ir ao que realmente interessava:

(O Juiz era moreno, alto, cabeça raspada e usava uns óculos que deixavam seus olhos estranhamente pequenos).

_ Senhores Winchesters porque acham que devem ficar com a guarda do menor e porque acham que o pai aqui presente; Caio Henrique, não deve ficar? – perguntou o Juiz que obteve a resposta imediata de Keverson.

_ Temos claras evidencias que ele, apesar de ter dezenove anos é uma pessoa despreparada e imatura senhor Juiz, ele não vai saber educar o meu neto como se deve.

A cada palavra dita por ele, só aumentava minha vontade de socar a cara dele e acabar com aquele velho metido a religioso ali mesmo.

_ Que evidências seriam essas? – perguntou o juiz.

“Vamos lá desgraçado, prova que eu sou despreparado e imaturo” – pensei confiante enquanto o encarava com olhos fuzilantes e punhos cerrados por sobre a mesa.

_ Temos uma testemunha senhor Juiz que pode deixar bem claro o que o meu cliente falou. – disse o advogado de Keverson me fazendo perder toda a confiança e recuar. Como assim, testemunha?

_ Mandem entrar então.

Com o coração na mão olhei para Edgar ao meu lado que apenas fez um gesto para que eu ficasse calmo, de uma porta diferente pela qual entramos vi uma loira de 1,60 de altura, corpo esculpido, olhos verdes e cabelos grandes entrar pela porta. Era uma grande amiga de Teresa desde o ensino fundamental que por algum motivo teve que mudar de escola antes de concluir o segundo ano do e. médio, foi inclusive na casa dela que Teresa ficou quando deu aquele sumiço ainda gravida. Débora era o seu nome, ela se sentou no final da mesa de frente para o Juiz que a informou sobre algumas coisas referentes a falso testemunho antes de permitir que ela começasse a falar.

_ Eu conhecia a ex-namorada dele, ela era minha amiga e me contava tudo. Inclusive das traições do mesmo que não eram poucas, ela, coitada, o amava mais que tudo e sempre deixava passar esses “deslizes”, fingia que não sabia e acreditava que um dia essas traições acabariam e que ele a amaria de verdade... Até engravidou para poder prendê-lo a ela caso ele quisesse terminar tudo. – Nesse momento, do Juiz ela passou a olhar pra mim, um olhar decidido, um olhar acusador – Claro, Ele nunca a mereceu, é um verdadeiro canalha e covarde que até em mulheres gravidas bate.

Senti meu rosto queimar enquanto cada parte das lembranças daquele dia horrível voltava a minha mente como um filme, só Deus sabia como eu me arrependia, mas só isso infelizmente não era o suficiente para apagar o que já estava feito, era péssimo não ter moral para gritar que aquilo não passava de uma mentira.

_ Senhor Juiz, qual é a prova que eles têm para validar essa acusação absurda? Peço que não seja considerado na hora do veredito. – disse seu Edgar tomando a frente da situação.

_ Eu tenho sim provas, meu celular estar repleto de mensagens trocadas entre ela e eu. – Debora retrucou para o meu desespero.

O Advogado de Keverson por fim tomou a palavra:

_ Inclusive já comprovamos a autenticidade das mensagens e entregamos ao fórum, os mesmo devem estar na sua mesa Excelentíssimo.

O juiz por sua vez revirou algumas folhas em sua mesa até aparentar encontrar a correta e ler tudo mentalmente até o final.

_ Vai ficar tudo bem. – Ítalo sussurrou me fazendo lembrar de sua presença ali. – não se preocupe, você vai ter seu filho pra você.

Uma atitude admirável e sem segundas intenções se não fosse o fato de sua mão repousar sobre a minha mão fechada em cima da mesa ao final do discurso. Incapaz de fazer cara de bravo por causa de toda aquela tensão que eu estava sentindo, optei por apenas retirar a sua mão de cima da minha, em seguida voltei à atenção ao juiz que naquele momento terminava de ler a folha e a colocava de volta no meio das outras. Sua cara não era das melhores.

_ É verdade? – me perguntou fazendo meu sangue gelar.

Nada melhor do que um ultimato – pensei de forma sarcástica. Mas o que eu iria falar? Mentir ou dizer a verdade? Olhei para seu Edgar e praticamente implorei sua ajuda só com uma expressão sofrida que fiz, o mesmo apenas balançou a cabeça me deixando ainda mais perdido.

Olhei para meu outro lado em busca da pessoa que saberia o que fazer naquelas situações; Lucas, a minha vida, mas era obvio que ele não estava ali. Ao invés estava Ítalo que em nada ajudava em minha situação, muito pelo contrário.

_ Caio? – chamou o Juiz a minha atenção.

Fechei os olhos por poucos segundos e então inspirei e expirei um pouco de ar pra poder falar:

_ Eu era sim um verdadeiro canalha, sempre a trai mesmo gostando muito dela, não sei ao certo, mas parecia que trair estava em meu DNA, era uma coisa inevitável. Em uma dessas traições eu me envolvi com um rapaz, com o amigo dela na qual me apaixonei, queria ficar com ele, namorar, casar e ter uma família, mas para isso precisava acabar o meu namoro com a minha atual, foi o que fiz dias depois, abri o jogo com ela que ficou furiosa e me disse várias coisas que me fizeram perder a cabeça. Me arrependo amargamente disso senhor Juiz, não sou de bater em mulher, acredite em mim, me sinto muito mais maduro agora, preciso do meu filho comigo, sei que vou saber cuidar dele como se deve.

Ele me olhou por meio segundo em silêncio até perguntar ao seu Edgar se ele queria fazer alguma pergunta a testemunha.

_ Sim, eu quero. Debora é o seu nome não é? – ela afirmou com a cabeça. – Bem, em todo momento em que o meu cliente estava com a sua amiga, já foi lhe relatado por Teresa que por ventura ele era um cara violento?

Ela ponderou um pouco, mas acabou respondendo:

_ Não.

_ O que ela lhe falava sobre a relação que tinha com meu cliente? Deixando de lado as traições.

_ Que ele era um sonho na vida dela, um exemplo de homem. – respondeu visivelmente a contra gosto.

_ Sem mais perguntas.

Debora foi dispensada pelo Juiz e a audiência continuou normalmente seguindo um mesmo ciclo: o lado de Keverson me acusava quase sempre apertando na mesma tecla e seu Edgar tentava me defender sempre como podia, seja com sacadas brilhantes ou não. Dadas as circunstancias, eu sabia que a situação estava ruim pra mim, pois em minha mente eu já me via bolando um plano para leva-lo para fora do país, Argentina, México ou até mesmo Japão, não importava, contanto que eu pudesse cuidar do meu pequeno em paz. No final toda nossa confiança em cima da guarda deixada por Teresa e já analisada pelo Juiz pareceu perder toda a importância diante do que era falado ali dentro.

Dona Anna permanecia em silêncio, havia entrado calada e provavelmente sairia muda, mas ela parecia inquieta agora na reta final da audiência, olhava de um lado a outro, as vezes me olhava com certa pena e desviava, batia de leve os dedos da mão na mesa e fechava os olhos como se aquela atitude lhe ajudasse a pensar mais claramente em algo.

_ Bem, acho que já temos tudo para poder jugar esse caso. – anunciou o Juiz fazendo meu coração bater mais rápido. – Com base em tudo que vimos aqui, acho por bem do menor conceder a guarda provisória por cinco anos aos avôs maternos...

Ele continuou falando, mas eu não consegui ouvi mais nada além de um zumbido em meu ouvido, minha cabeça girou e minha garganta pareceu se fechar. Mais na frente vi com a visão um pouco turva Keverson comemorando de forma discreta com o seu advogado enquanto Dona Anna parecia me olhar preocupada.

_ Vamos recorrer filho. – disse Edgar para me confortar.

Isso não podia está acontecendo.

É meu filho, é meu filho! – queria gritar, mas me faltou voz.

A primeira lágrima escorreu dos meu olhos, e para mim aquilo foi o estopim, me derrotaram, mas não me verão cair. Me levantei abruptamente da cadeira quase a derrubando, já estava pronto para sair dali com ou sem permissão, com ou não consentimento do Ítalo que me parou se pondo em minha frente.

Narrado por Lucas:

O tempo parecia não passar, nunca pensei que fosse demorar tanto, já fazia mais de duas horas e nada, já estava a ponto de morrer de curiosidade sem saber o que se passava lá dentro quando a porta foi aberta e Caio saiu a passos largos e de cabeça baixa, pareceu desolado quando me abraçou.

Isso só significava que o pior havia acontecido.

Rapidamente meus pais se aproximaram de nós e pelo olhar deles já estavam prontos para prestar solidariedade.

_ E aí? – perguntei, mesmo estando com medo da resposta, muito medo.

Narrado por Caio:

... Já estava pronto para sair dali com ou sem permissão, com ou não o consentimento do Ítalo que me parou se pondo em minha frente quando ouvi uma voz:

_ Espera!

Era dona Anna que agora se encontrava em pé.

_ O que está fazendo? – Keverson vociferou.

_ Senhor juiz, o que aconteceria se eu abrisse mão da guarda?

_ O quê? – Keverson perguntou de imediato exteriorizando o mesmo que eu havia pensando.

_ O que acontece senhor Juiz? – voltou a perguntar ao Juiz que segurava a folha do veredito boquiaberto.

_ Bem...

_ Ele é o pai, a criança precisa dele, a minha época de mãe já passou, eu confio nele pra cuidar dessa criança senhor Juiz. Depois que passou a namorar aquele rapaz ele mudou muito...

_ O que você está fazendo? – disse Keverson explodindo de uma vez ao se levantar e segurar no braço da esposa de forma bruta.

_ Estou fazendo o certo. – disse em um tom alto ao se desvencilhar das mãos de Keverson. – Ele ama de verdade aquela criança Juiz, não cometa essa injustiça, ele errou, mas hoje tenta acertar. Eu abro mão, eu abro mão dessa guarda!

Com aquelas palavras, minha pose orgulhosa de macho alfa que não deixa ninguém me ver chorar foi por água a baixo. Ali eu chorava sem vergonha, chorava porque via naquele discurso um estimulo a mais pra montar a minha família, a família com as pessoas mais importantes da minha vida.

O silêncio se seguiu no ambiente por alguns segundos após dona Anna ter se calado, ninguém estava acreditando no que acontecia, nem mesmo o juiz que parecia perdido e sem saber o que fazer.

_ Dê um tempo a ele de experiência pra ver como ele se sair senhor Juiz. – Dona Anna insistiu.

_ Nada disso, se ela quer sair que seja, eu não saí, ainda tenho direito. – Keverson protestou.

_ Desculpe, mas o pedido foi feito pelos dois. O senhor terá que fazer outro pedido, só que de forma individual. Sinto muito.

_ O quê? Como assim?

_ Darei um voto de confiança a você Caio, a parti de agora ganhará a guarda provisória da criança, sabendo-se que durante os meses, será visitado por assistentes sócias para saber se está se saindo bem como pai e aos avós maternos, terão direito ao fim de semana com o neto – disse por fim batendo a martelo na mesa. Aquilo soou como música para meus ouvidos. Abracei forte seu Edgar e quase o tirei do chão e de tão eufórico que eu estava teve abraço apertado até para o Ítalo por iniciativa minha – Lucas com certeza me mataria se soubesse disso.

Do outro lado da mesa o clima era bem diferente, Keverson estava espumando pela boca e gritando até com alguns policias que não tinham nada a ver com o acontecido.

Narrado por Lucas:

_ E aí? – perguntei, mesmo estando com medo da resposta, muito medo.

Mas sem mais, nem menos, fui erguido a alguns palmos do chão.

_ Conseguimos meu amor. – disse eufórico enquanto pulava comigo em seus braços. Estava morrendo de medo de cair, mas era menor do que a felicidade em que estava sentindo em vê-lo tão feliz.

_ Aaaaah eu sabia. – disse dobrando a espinha para beija-lo, mas em seguida bati com certa força em seu braço em repreensão por ter me assustado. – filho da mãe, e então pra quê a cara de cachorro abandonado?

Ele me pôs no chão e sorrindo disse:

_ Desculpa, não resisti.

_ Assustou a todos nós seu ordinário. – meu pai disse em tom de brincadeira ao puxa-lo para um abraço.

Um pouco mais a frente vi Keverson saindo da sala bufando e pisando fundo no chão, seu advogado e dona Anna que inclusive acenou gentilmente pra mim iam atrás dele, tentando o acalmar. Seria uma grande mentira minha se eu dissesse que não estava satisfeito em vê-lo assim, derrotado pela sua própria arrogância, só sentia muito pela mãe de Teresa que é uma pessoa extraordinária e que com certeza não merecia passar por aquela situação. Foi por isso que sem pensar muito e sem falar com ninguém apressei os passos e a chamei.

_ Como está? – perguntei.

_ Bem, na medida do possível. – ela disse dando um meio sorriso.

_ Olha, ainda não sei sobre tudo que aconteceu lá dentro, se vocês vão poder vê a criança...

_ Finais de semanal. – disse sem esperar eu terminar a frase.

Senti alguém se aproximando por atrás e naturalmente me virei na direção, vi que era Caio, ele passou a mão pelo meu ombro, sorriu pra mim e então dirigiu o olhar a ela.

_ Foi espetacular o que você fez lá dentro.

Nem preciso dizer que fiquei sem entender nada não é? Mas não falei nada afim de não atrapalhar, depois com certeza ele me contaria.

_ Só fiz o que era certo, você é o pai.

_ Sei que o Juiz falou apenas em finais de semana, mas queiro que saiba que poderá nós visitar sempre quando quiser, será sempre bem vinda, não é amor?

_ Sim, claro.

_ Obrigada gente. Sei nem o que falar. – disse visivelmente emocionada.

_ Um abraço coletivo já serve. – disse dando a ideia. Ela deixou uma lágrima escorrer e então entre sorrisos, nos abraçamos. Ela ficou praticamente perdida no meio de nós dois já que erámos bem maiores que ela. Foi até um pouco engraçado.

Por fim ela teve que ir embora atrás do descontrolado do marido, e com Caio ainda com o braço por sobre meu ombro voltamos para onde estavam meus pais que agora conversavam com seu Edgar e a bicha oferecida do Ítalo que quando nos viu juntos fez cara de nojo. Eu nem dei importância, pois era um dia feliz e também porque eu aprendi vivendo a vida que fruta podre geralmente cai sozinha.

Assim que saímos decidimos dá uma passada rápida na maternidade para poder comemorar com o motivo de nossa alegria, o pequeno Aquiles, que a cada dia parecia ainda mais saudável e independente de fios e máquinas. A noite minha mãe preparou um jantar especial onde fez questão de convidar seu Edgar e Ítalo, Caio também chamou alguns amigos da escola e do handebol e eu com a ajuda do skipe pude confirmar a presença de Caique e de Fagner que ficaram tão feliz quanto nós ao saberem da novidade.

Falatório, muitas brincadeiras e risadas marcaram o nosso jantar de comemoração que varou a madrugada. No dia seguinte ainda sem perder o espirito da coisa, saímos às compras para escolher roupas, acessórios, brinquedos e até mesmo o berço que decidimos que colocaríamos na casa de meus pais onde minha mãe estaria mais perto caso algo acontecesse, já que eu e nem ele tínhamos experiências com recém-nascidos.

_ Não mãe... Não... Não precisa, vamos cuidar bem dele. – Falava Caio por telefone com sua mãe. – Não precisamos de babá mãe... – ele mal conseguia falar sem ser interrompido, ele franzia a esfregava a testa sempre que isso acontecia demostrando impaciência com a situação. – Não estou dizendo que não pode vir... Tá, tá certo, lhe esperarei... Tchau.

Ao desligar o celular, ele suspirou e se jogou de costas na cama, eu fui por cima dele, lhe beijei e deitei minha cabeça em seu peito.

_ Não sei por que esconde tantas coisas dos seus pais.

_ Ah amor, minha mãe é meio controladora, agora há pouco já queria que eu fosse pra lá pra ela poder cuidar do Aquiles, disse que contraria um monte de babá e blá blá blá, eu nunca que iria consegui tocar no meu filho com ela e sua trupe de babás por perto. Tenho certeza. – apesar de o assunto sugerir irritação na sua voz, ele sorria enquanto falava.

_ Mas ao que eu entendi ela vem pra cá né.

_ Vem sim, mas creio que vai ser mais tranquilo aqui do que lá.

_ Quando?

_ Talvez quando ele poder vir pra casa.

Os dias foram se passando quase que na mesma rotina, de manhã ele ia trabalhar no supermercado onde meu pai era gerente, à tarde íamos visitar o pequeno Aquiles e em quase todas as noites falávamos com Caique e Fagner via skipe.

Era uma sexta-feira à noite quando ocorreu a tão esperada cirurgia de Fagner que lhe daria de uma vez por todas um futuro, eu particularmente me sentia bem e muito confiante, e tanto eu e Caio como meus pais, passamos todo o procedimento em que Fagner foi submetido, acordados, ora falando com Caique via skipe ora apenas em silêncio quando faltava assunto, isso até as duas horas da madrugada quando recebemos com muita alegria a noticia positiva; sim, havia dado tudo certo, tanto para Fagner quando para o seu padrasto/pai, o doador. Por razões obvias, apenas no dia seguinte, também a noite, conseguimos falar com Fagner e com seu pai que ainda estavam no hospital em observação, ambos se encontravam fracos pelo tanto de medicação que estavam tomando e também pela cirurgia delicada que haviam feito e por isso não puderam falar muito, mas a recuperação ao longo dos dias já era mais do que certa.

Dez dias após, recebemos uma ótima noticia da maternidade onde o pequeno Aquiles se encontrava, ele finalmente iria sair da UTI e iria para um quarto normal, depois disso, foi questão de poucos dias para podermos finalmente trazê-lo para casa onde ele foi paparicado e disputado por todos aqueles que o amavam. Ao longo do dia Caio foi se mostrando um verdadeiro pai coruja e meus pais que já se sentiam avós não escondiam a felicidade de ter novamente uma criança em casa.

A primeira frauda que tanto Caio como eu, fizemos questão de tentar trocar, o primeiro choro, o primeiro sorriso, a primeira alimentação e a imagem do pequenino sorrindo enquanto dormia no peito de Caio no final da tarde enquanto o mesmo segurava a emoção, foram no mínimo; momentos mágicos, iriam sem sombras de dúvidas ficar para sempre nas nossas memorias.

_ O amo tanto Lucas. – ele sussurrou para mim para não incomodar o enquanto acariciava de leve os poucos cabelos do filho.

_ Teresa estaria muito feliz. – disse segurando em sua mão que estava livre.

_ Onde quer que ela esteja, sei que ela está.

***

***

Já se passava das cinco horas da manhã quando Aquiles voltou a chorar pela decima vez, até pensei que Caio se levantaria, pois ele fez questão de acalma-lo das outras vezes, mas ele estava tão cansando que nem se mexeu, então tive que eu mesmo levantar para pô-lo de volta para dormir, o fiz feliz e de boa vontade mesmo estando com muito sono e louco para voltar para a cama.

_ Vagarinho, vagarinho, fecha o olho, no céu ninho e o sono vai chegar... – cantava para ele enquanto percorria quase todo meu quarto com ele em meus braços, a música veio na minha mente depois de muitos anos, nem pensei que iria saber cantar toda, foi muito nostálgico pra mim ao mesmo tempo em que foi acolhedor para ele, pois minha mãe sempre cantava para mim quando eu tinha pesadelos. No final o coloquei de volta no berço e já me encaminhava de volta para a cama quando meu celular em cima da escrivaninha começou a vibrar, meu coração logo bateu forte, pois para alguém ligar aquela hora, só podia ser algo grave. Assim que o peguei vi o nome de Fagner piscando na tela.

“Ele estava se recuperando tão bem, não é possível ter acontecido algo” – pensei temeroso antes de atender.

_ Fagner?

_ Oi amigo. – era ele mesmo e não outra pessoa. Ufa, menos mal.

_ Aconteceu algo?

_ Sei nem como te falar.

_ Ah cara não faz suspense. – disse enquanto me sentava na beirada da cama.

_ Caio tá do teu lado?

_ Tá, mas tá dormindo. Por quê?

_ Meu Deus... É... Por acaso os pais dele estavam indo para ir?

_ Es.. Estavam. – gaguejei. – Eles saíram de madrugada para poderem chegar aqui cedo, mas o que isso tem haver Fagner? Pelo amor de Deus. – perguntei de forma impaciente e nervosa.

_ Eu não sei direito... Estou morrendo de dor de cabeça com essa situação. Ligaram para o número de Caique e uma moça daquele hospital aí da cidade que eu não me lembro o nome agora, mas que você deve saber qual é, disse que eles sofreram um acidente aí na BR, Caique está desolado, não passa muita informação pra nós, mas tenho quase certeza que alguém morreu cara.

... Mal consegui falar, abria a boca mais não saia som algum, era muita informação forte pra uma mente fraca, estava no mínimo estarrecido com o que acabara de ouvir.

_ Tá aí?

_ Mas Fagner... Cara, Aquiles veio hoje pra casa, estávamos felizes, ainda estamos, principalmente Caio, se isso for verdade... Como.... Meu Deus.

_ Se me permite um conselho, não conta nada pra ele sem saber ao certo o que aconteceu, checa essa história e se puder liga pra mim, por favor. Eu tenho que desligar agora (suspiro) Caique precisa de mim.

Ele desligou telefone e eu fiquei lá paralisado sem saber o que fazer ou no que pensar. Estava tudo muito bom, tudo muito perfeito pra ser verdade. Primeiro Teresa e agora essa?

Olhei para o relógio e já eram cinco e vinte, isso significava que dentro de cinquenta e cinco minutos ele se levantaria pra ir trabalhar, se eu quisesse confirmar aquela história sem fazer muito alarde, eu deveria agir agora e rápido.

Me levantei de cama, escovei os dentes e me troquei, tudo muito rápido e com cautela para não acordar os meus dois anjos. Inicialmente pensei em ir sozinho de ônibus até o hospital que imaginei que eles pudessem estar, mas iria demorar muito, então fui até o quarto de meu pai e com cuidado para não acordar minha mãe, pedi que ele me levasse no seu carro, não expliquei muita coisa a ele no inicio, apenas no caminho, onde também fiz um desabafo e expliquei que não saberia o que fazer se fosse verdade.

_ Pode contar comigo, iremos enfrentar isso, juntos. – ele disse quando enfim paramos em frente ao hospital.

_ Quando foi que isso virou uma novela pai?

Continua...

Oi meus amores tudo bem? Comigo mais ou menos, não sei o que tá acontecendo comigo, mas a língua portuguesa está me fugindo a cabeça ultimamente rs não sei se está ficando bom, faz um tempão que estou com essa serie, quase um ano, estou achando meio degastada, queria saber de vocês o que estão achando, pois tem mais alguns capítulos pela frente e muita água ainda vai correr debaixo dessa ponte até o fim. Não se retenham, podem opinar. Bjs, até a próxima.

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Comentários

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nao acho q ta desgastada, ta sensacinal... Por favor n para baby!

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amore, fica calmo, a série não tá nem um pouco desgastada, pelo contrário tá maravilhosa, já te falei e falaria qnts vezes preciso q vc escreve mt bem e essa série é maravilhosa, é uma das poucas q acompanho pq n tenho mt saco pra serie mas vc me cativou com essa e gosto mt dela, mas se quiser parar por um tempo ou sl pode parar, afinal é vc quem escreve e tem q ver se está satisfeito com ela ok ?! bjs e n demore mt

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Oiiii, leio seu conto desde o começo só ñ comentava, pois ñ tinha conta ainda aki na ksa. Seu conto ñ tà desgastado, ruim, nem nada, ele està muito bom, só tem um problema è q vc demora a postar e acaba nos deixando morrendo de sdds, então ñ demora e posta logo o próximo capítulo q eu to louca pra ler.

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Nao sinto a série desgastada. Por favor continue com essa história Maravilhosa. Que triste mas tenho certeza que. eles vao superar mas esse revez

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Não me canso desse conto! Esses dois não tem paz nenhuma...

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Perfeito como sempre, foi o primeiro conto que realmente me interessei aqui na casa.

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