Paulo Cabral Cap.6

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1266 palavras
Data: 12/05/2016 23:27:14

Cap.6

Ele me olhou, meio que incrédulo. E em seguida sorriu...

-Será ?

MINUTOS DEPOIS

Ele estacionou o carro. Em seguida, entramos no elevador...

-O que a gente vai pedir ?

-Não sei... Qualquer coisa... Você gosta de comida japonesa ?

-Gosto...

-Então está resolvido. Pediremos comida japonesa – alguns minutos depois, o elevador parou no nosso andar.

-E então ? Pra que lado fica o seu apartamento.

-Para aquele – falei apontando para o lado esquerdo...

-O meu também...

SEGUNDOS DEPOIS

-É, somos vizinhos mesmo – ele falou, assim que eu parei na frente do meu apartamento.

-Aonde você mora ?

-Aqui na frente – falou, abrindo a porta do apartamento dele.

-Já vou pedir a comida. Não demore muito...

-Tudo bem... - abri a porta, entrei em casa, e imediatamente a fechei. Parei alguns segundos para pensar em tudo o que aconteceu, no beijo dele, nos toques que eu dei no corpo dele. Era a primeira vez que eu me sentia daquela forma. Isso me deixava confuso.

-Já posso ir Paulo ? - o meu amigo falava, me tirando daqueles pensamentos.

-Claro... - falei, dando a ele o dinheiro que dava cada vez que ele ficava com o Gabriel – e o Gabriel ?

-Está fazendo o dever de casa. Já ia botar ele para dormir.

-Tudo bem, deixa que eu faço isso. Até mais...

-Até... - logo ele saiu... - Gabriel ! - gritei, o chamando – você quer comer comida japonesa ? - não deu nem dois segundos e ele apareceu.

-Você pediu ? Cadê ? Cadê ? - ri

-Calma... Ainda vou pedir... - falei, pegando o telefone para ligar – ah, o nosso vizinho aqui da frente vai vir aqui ok ?

-O seu Marcos ? - cerrei os olhos naquele momento.

-Você conhece ele ?

-Claro... Ele é pai da Leandra...

-Quem é Leandra ?

-Minha amiguinha do colégio... Ele vai todo dia no colégio buscar ela...

-Ah é ? - ri... Quer dizer que só eu não sabia que aquele lindo homem era meu vizinho ?

MINUTOS DEPOIS

Logo ouvi batidas na porta. Fui abrir, e como esperava, era ele.

-Já desistiu de comer comigo ? - ele perguntou, assim que eu abri.

-Lógico que não... - falei, deixando que ele passasse.

-Você já pediu ?

-Já sim... Logo vai chegar... - de repente então Gabriel veio andando, com o caderno na mão.

-Paulo, me explica isso aqui que eu não estou entendendo... - ele ergueu o olhar, e então viu Marcos.

-Gabriel ? O que você faz aqui ?

-Ele é o meu irmão Marcos... - falei, sorrindo – aquele que me motivou a melhorar de vida – ele entendeu logo o que eu quis dizer...

-Mas porquê eu nunca vi vocês na escola ?

-Porquê eu acho que você vai buscar a sua filha mais cedo na escola...

MINUTOS DEPOIS

A comida japonesa chegou, estavamos comendo na sala...

-Tem certeza que é assim ? - Gabriel me perguntava.

-Absoluta... Faça assim que estará certo – e então ele continuava escrevendo, enquanto eu observava – ah, vai ter reunião amanhã na escola.

-Mas vai ter aula ?

-Vai sim... Mas a gente vai sair mais cedo por isso.

-Tudo bem... Pode deixar que eu vou... - não demorou muito e ele foi em direção ao quarto, deixando eu e Marcos sozinhos de novo.

-Você não parece um garoto de programa...

-Como assim ? - fiquei intrigado.

-Não fique chateado comigo, mas a imagem que a gente tem de garotos de programa normalmente não é muito boa. Você não preenche essa imagem. Você é um homem de família, tem um filho-irmão e parece criá-lo muito bem. Isso que você faz, com certeza não é para você...

-Eu sei disso... Não fico chateado, eu não gosto do que faço, acho vergonhoso. Mas eu vou parar de fazer isso. Já vou me formar, e quando eu me formar vou procurar um emprego para ganhar experiência. Montar uma clínica minha, e então não precisarei mais fazer isso...

-Se você quisesse, eu poderia te tirar dessa vida já...

-Como assim ?

-Existem bons cargos na empresa, que pagam bem...

-Mas para alguém quase sem experiência ?

-Sim... A empresa capacita os seus funcionários, não exige deles experiência. Até porquê, quase nunca você vai fazer a mesma coisa que faz em uma empresa, em outra... - ele abriu a carteira, tirou um cartão – se você quiser saber mais, é esse o endereço. Preciso que você vá até lá, porquê precisa assinar alguns papéis que eu não posso trazer para casa... Mas você não precisa estar nessa vida... Você pode trazer a sua dignidade de volta...

TEMPO DEPOIS

Algum tempo depois, ele foi embora. Quando eu vi ele sair, e fechei a porta em seguida, me escorei novamente na porta. Respirei fundo. Ele não parava de explodir dentro da minha mente. Fui dormir pensando nele, e em como ele dominou a minha mente durante vários minutos.

NARRADO POR MARCOS

Quando entrei em casa, respirei fundo. O que havia sido aquele homem ? Um furacão ? Possivelmente. Um furacão que acelerou o meu coração de uma forma que há muito tempo eu não sentia acelerar. Ele tomou conta do meu pensamento durante muito tempo. Cada toque, cada carinho, parecia que era a primeira vez que eu estava saindo com alguém. Eu não fui para a cama com ele porquê, sei lá, não parecia legal, depois de sentir sensações tão únicas, saciá-las sem nem conhecer ele direito. Se eu só tivesse sentido tesão ao chegar naquele quarto de motel, teria transado com ele. Mas não, senti algo a mais. E foi isso que me deixou confuso.

NARRADO POR PAULO

Fiquei apenas durante a manhã na faculdade. A tarde voltei para casa, tanto para levar Gabriel para o colégio quanto para acompanhar a reunião que haveria nela.

-Você já está pronto Gabriel ?

-Já... Vamos – falou, vindo do quarto correndo... Sai, tranquei a porta. Entrei no elevador. Quando a porta ia fechar, um braço impede.

-Esperaaaaaa – uma voz gritou. E assim que a porta abriu, vi quem era...

-Marcos ! - ele entrou, com uma menininha muito bonita no elevador.

-Oi Paulo... - pareceu que ele ficou ligeiramente inquieto ao me ver, eu não entendi.

MINUTOS DEPOIS

O elevador logo parou no andar da garagem, aonde eu havia deixado o carro. Iria sair, mas estranhei quando ele não fez o mesmo movimento.

-Ué, você não vai sair ?

-Não... O pneu do meu carro furou e eu não tive tempo para consertar. Vou de táxi...

-Vem comigo, eu dou uma carona para você...

-Ah não, eu não quero incomodar...

-Não é incomodo nenhum. Vamos logo !

MINUTOS DEPOIS

A reunião era para falar sobre algumas mudanças que estavam ocorrendo na escola, e também para os professores conversarem com os pais sobre qualquer coisa que interesse sobre os alunos. Como sempre, os professores só falavam bem de Gabriel. Por isso eu tinha certeza que estava criando ele muito bem...

-E como está a Leandra ?

-Bem... Ela piorou um pouco o rendimento, acho que é por causa da separação... Bem Paulo, se eu pedisse um favor mais você iria me ajudar ?

-Claro... O que é ?

-Você pode ir comigo até o lugar aonde deixei o meu carro estacionado...

-Sim, vamos lá... Mas o problema é as crianças...

-Eu posso deixar elas na casa da minha mãe, você concorda ?

-Tudo bem... É por pouco tempo mesmo... - de repente então o meu telefone começa a tocar... - Alô ?

-Oi Paulo... - reconhecia aquela voz de longe. Era um secretário que vivia me pagando para transar.

-Secretário ?

-Sim... Tô esperando você aqui no meu apartamento. E hoje eu quero em dobro ein... - ri. Normalmente eu não negaria aquilo. Mas quando olhei para o lado, lembrei-me que já tinha um compromisso.

-Hoje eu não posso secretário.

-O quê ?

-Já tenho compromisso – falei, desligando. Sim, eu dispensei um programa por causa dele...

Continua

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Comentários

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Será que ele terá algum problema por causa disso? Espero que não,mas do jeito que esse"Secretário" falou,bom vejo problemas a vista!!!!

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ameeeiiii o cap... tomara que ele vá ateh a empresa que Marcos trabalha e consiga um emprega com bom salario la, e saia da sua vida de pg e viva um lindo romance com Marcos...

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