O filho do patrão. ( Penúltimo episodio).

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 2615 palavras
Data: 25/04/2016 02:05:28
Última revisão: 25/04/2016 02:36:07

Pedro - eu gosto de tu cara... Infelizmente eu gosto de tu.

Junior - então aproveita enquanto eu tou por aqui. Por que eu não vou mudar de ideia.

Pedro - e como eu posso aproveitar?

Junior - fica dormindo aqui comigo.

Olhei para os lados, e vi um confortável sofá.

Junior - voce ta tendo varias ideias neh!? - Safado... se eu não estivesse nesse estado, voce iria ver só o que ia te acontecer.

Eu sorri.

Junior - por que ta me olhando assim?

Pedro - por nada pô.

Junior sorriu.

- Voce quer alguma coisa? (disse ele ainda sorrindo).

Pedro - claro que não.

Junior - Voce quer. Sua cara não mente.

Pedro - ah véi. Eu vou embora. Voce ta querendo tirar onda com minha cara.

Junior segurou pelo meu braço. - Fica aqui comigo.

Pedro - Eu não posso. Tenho que ver meu pai, e resolver umas paradas ainda.

Junior - então fazemos assim. Voce ver seu pai, resolve essas paradas, e a noite tu volta.

Pedro - Vou pensar cara, mas não garanto nada.

Junior - Voce não vai pensar nada. Voce vai vir.

- Poxa. Não aguento mais ficar sozinho, voce não sabe o quanto isso é ruim. (disse ele reclamando).

Pedro -e por que tua família não pode vim te ver?

Junior - Porra, mas uma vez essa historia? Caralho cara olha o meu estado. (diz ele irritado).

Pedro - Calma pô. Não quer falar eu não vou insistir.

Junior - É que essa conversa me tira do serio.

Pedro - não ta mais aqui quem tocou nesse assunto.

Junior - tu já vai? (perguntou vendo eu me retirando da sala).

Pedro - claro. Tou fazendo maior esforço por ti, e só levo paulada.

Junior - Cara... Tu é muito frouxo. Fica com raiva por pouca coisa.

Pedro - pouca coisa pra ti. Eu não curto ser tratado assim.

Junior - Ta bem princesinha, me desculpa. Prefere assim? (perguntou ele com ironia).

Junior - ah. Va tomar no cú.

Deixei ele falando sozinho. Saí da sala, mas antes de fechar a porta ainda conseguir ouvir ele gargalhando.

xxxXXXX

Antonio, e eu fomos ate a uti, onde estava meu pai.

Vê-lo naquele estado era de partir o coração.

- Agora é questão de tempo para ele se recuperar. Aqui vai ser bem melhor pra ele. (diz Antonio por trás de mim).

Eu nada respondo.

- Conversei com o medico. (disse Antonio).

- E aí. O que ele disse? (perguntei rapidamente).

Antonio - nada diferente do que ja sabemos. Temos que aguardar pelos estímulos dele.

Pedro - mas ele nao falou se tem uma previsão?

- infelizmente não. (disse Antonio com uma expressão triste no rosto).

Eu derramei uma lágrima.

Antonio me abraça por trás, tentando me consolar.

Antonio - fé patrãozinho. Tenha fé.

Terminamos a visita a meu pai, e resolvemos sair para comer alguma coisa.

xxxXXXX

Pedro - Antonio. Eu andei pensando. (disse assim que fizemos nossos pedidos)

Antonio - o que patrãozinho?

Pedro - mês que vem eu faço dezoito anos.

Antonio - verdade. Com essa correria toda eu nem estava lembrando.

Pedro - Nem eu. A Naná que me fez lembrar.

- Eu pretendo tirar minha habilitação. Creio que não vou mais precisar de segurança. O perigo ja passou.

Antonio - o perigo nunca passa. Sempre existirão pessoas querendo fazer o mal.

Pedro - mas agora nao tem mais um perigo diretamente

Antonio - voce fala com tanta propriedade. Como voce sabe disso?

Eu fico sem reação. Perco as palavras.

Pedro - eu suponho que vão pegar os agressores do meu pai. Por isso estou falando que não vou mais precisar de motorista e também por que eu ja vou estar de maior.

Antonio - E o que tem haver Pedrinho? - eu não me importo. Posso o acompanhar ate na velhice.

Eu ri.

Pedro - Acontece que o tempo passa Antonio, e chega uma idade que a pessoa quer ser mais independente.

Antonio - Mas voce pode ser independente. A unica diferença é que terá um motorista particular. Olha só a idade do seu pai, e ele ainda tem motorista particular. Qual é o problema nisso?

Pedro - Não é problema Antonio. Isso varia de pessoa pra pessoa.

Antonio - e voce não me quer mais? (Antonio falava serio).

Pedro - Também não é assim Antonio. Voce vai continuar trabalhando conosco, só que não mais sendo meu motorista.

Antonio - tudo bem Pedrinho. Como voce preferir.

Nossos pratos chegaram e ficou um silencio estranho. Antonio e eu sempre fomos de conversar bastante.

Fizemos nossa refeição e quando ja estava quase acabando eu resolvi puxar assunto.

xxxxXXXX

- Antonio. O que tu acha de levar teu filho e tua esposa ao parque ,hoje a noite?

Antonio - Não seria uma má ideia, mas hoje estou de serviço na sua casa. (disse Antonio limpando a boca).

Pedro - eu te dou folga.

Antonio - nem pensar. E quem vai ficar contigo?

Pedro - eu sei me virar Antonio, e no mais la em casa tem muitos seguranças.

Antonio -não confio.

Pedro - Porra Antonio. Tu tem que se divertir cara. Tem que pensar na tua família também.

Antonio - Mas eu penso, por isso mesmo trabalho igual um louco.

Pedro - Meu pai também, e olha aonde ele esta agora?

- Na cama de um hospital.

Eu fiz a pergunta e eu mesmo respondi.

Antonio me olhou serio.

O Garçom passou e eu solicitei a conta.

Antonio e eu saímos do restaurante em silencio, entramos no carro e fomos para casa.

xxxxXXXX

- Voce tem razão Pedrinho. (disse Antonio quando ja estávamos chegando em casa).

Pedro - em que?

Antonio - eu devo me dedicar mais a minha família, devo me divertir mais. Eu sou um cara muito ausente.

Pedro - eu também acho. Porra, o senho é novo, e já e careca de tanto trabalhar.

Falei passando a mão na cabeça de Antonio e sorrindo.

Antonio também sorriu.

Antonio - faz novamente. (disse ele me encarando).

Pedro - o que?

Antonio - passa a mão na minha careca.

Pedro - tu quer? (eu perguntei rindo).

Passei a mão pela cabeça do Antonio, e depois dei um mela.

Antonio - Ai. (Ele gemeu). - Assim não patrãozinho. Com carinho.

(disse ele gemendo).

Eu apenas sorri.

Chegamos a minha casa. Deu apenas tempo de tomar um banho, e tive que sair novamente.

xxxXXX

- Aonde tu já vai, menino? (perguntou a Naná).

Pedro - Vou ter que resolver uma parada.

Naná - É droga é?

Pedro - que droga Naná? - De onde tu tirou isso?

Naná- Pra mim, parada ou é ponto de ônibus publico ou é droga.

Antonio e eu começamos a rir.

Antonio - Não é nada disso, Naná. Parada (disse ele fazendo aspas com os dedos). - É uma expressão usada para dizer que vai resolver um problema.

Naná - é cada coisa que a gente ver. E por que não diz logo que vai resolver um problema?

Eu ri mais ainda.

Pedro - Vou resolver um problema Naná. Melhorou agora?

Naná - logicamente ne Pedrinho!? - Fica ate mais civilizado.

Pedro - também achei Naná. (falei entre risos). - Agora tou saindo, vou resolver um problema, e volto a noite.

Naná - Pedrinho, eu vou visitar seu pai.

Pedro - faz isso mesmo Naná. A noite eu vou ver ele.

Antonio - A noite voce vai ver ele? (Antonio se intrometeu na conversa).

Pedro - sim. (respondi e ja tentei mudar de assunto). - Pede pra alguém te levar e ficar te aguardando lá. (falei me referindo a Naná).

Naná - Vou pedir pra o Vitor fazer isso.

Pedro - isso. Pode ser o Vitor. Agora tenho que ir Naná. Ta ficando tarde.

Naná - ta bom. Qualquer coisa me liga.

xxxxXXX

- Voce nao me falou que iria ver o seu pai. (disse Antonio quando estávamos colocando o cinto de segurança).

Pedro - decidi de ultima hora. ( Menti).

Antonio - então o parque esta cancelado?

Pedro - Não Antonio. Tu pode ir. O Vitor me leva e depois me trás.

Antonio - hum. (foi só o que o Antonio falou. Tipico de quando ele estava chateado com alguma coisa).

Pedro - faz essa cara não Antonio. Poxa cara. Você é o primeiro funcionario que eu vejo recusando folga.

Antonio continuou serio.

- Vou dar uma melada na careca do senhor. (falei tentando quebrar o gelo).

Antonio riu. - mela nao, mas carinho pode fazer. O ruim é eu dormir e bater o carro.

Pedro - então é melhor eu nem fazer.

Antonio - Faz. Tou precisando relaxar.

Fiquei com vergonha.

Levantei minha mão e passeei com ela pela cabeça do Antonio.

Antonio parecia relaxar.

Antonio - Voce nem falou pra onde estamos indo.

Pedro - rodoviária.

Antonio - fazer o que na rodoviária?

Pedro - Vou falar com um amigo que esta chegando de viagem.

Antonio - vamos busca-lo?

Pedro - Não. Apenas conversar com ele.

Antonio achou estranho, mas não fez mais perguntas.

Chegamos ate a rodoviária, e eu pedi para Antonio me esperar no carro.

xxxXXX

- Por que no carro? (questionou ele).

Pedro - eu não vou demorar.

Antonio - mas eu posso acompanhar voce. Não faz sentido ficar aqui dentro do carro, a não ser que tu esteja me escondendo alguma coisa.

Pedro - claro que não Antonio.

Antonio - então nao vejo problema nenhum em dar uma circulada.

Pedro - ta bem Antonio. Só não fica muito em cima pro cara não achar estranho.

Antonio - Pode deixar Pedrinho. Eu fico de longe.

E assim foi combinado.

Antonio, e eu saímos do carro.

De imediato passei uma mensagem para o Kevin, indicando que eu ja havia chegado. O cara ainda demorou uns vinte minutos, e depois apareceu usando uma capa de frio com capuz.

xxxXXX

- E aí. trouxe a grana? (disse ele olhando para todos os lados. Parecia neurótico).

Pedro - não tão rápido. Primeiro quero saber toda a historia.

Kevin - não sei muita coisa.

Pedro - quero saber o que tu sabe.

Kevin - me procuraram. Me fizeram uma proposta pra armar uma cilada pra ti cair, mas eu não topei, juro que não topei.

Pedro - continua.

Kevin - eles me ofereceram uma grana. Grana alta. Eu vi que a coisa parecia seria.

Pedro - e aí voce topou?

Kevin - não. Só que eles começaram a me ameaçar. Falaram que iriam matar meus pais.

Pedro - quero nomes. Quem procurou por voce?

Kevin - eu não sei, não lembro. Eu tava assustado.

Pedro - então não tem grana.

Kevin - Eu não posso falar, amor.

Pedro - que mané amor pô? Ta louco?

Kevin - foi mal, é o costume.

Pedro - Eu vou embora Kevin. Queria te ajudar, mas tu ta dificultando as coisas demais. Infelismente vou ter que chamar a policia e dizer tudo o que aconteceu.

Kevin - Eu tou com medo Pedrinho. Eu não tenho segurança nenhuma.

Pedro - então me fala a verdade pô. Eu te ajudo.

Kevin - não sei.

Pedro - quer saber Kevin, não vou perder tempo com voce.

Virei as costas, e Kevin me chamou.

- espera. Eu vou falar o que eu sei.

Retornei e sentei ao lado do Kevin.

Kevin - quem me procurou foi um tal de Raulino, mas tem outros na jogada.

Pedro - Tu lembra de algum Junior?

Kevin - nunca o vi. Mas sempre eu ouvia os caras falando com ele por telefone. Ele e a Madalena são os chefões.

Pedro - chefões?

Kevin - sim. Eles que davam as ordens. Eles que passavam a grana.

Pedro - e qual a ligação deles dois, digo Junior e Madalena?

Kevin - isso eu não sei.

Pedro - aonde essa Madalena mora?

Kevin - também não sei.

Pedro - porra Kevin, tu não sabe de nada cara. Que merda. (falei irritado).

Kevin - desculpa Pedrinho, os caras são muito espertos.

Pedro - Tu ainda tem contato com eles?

Kevin - eles me ligam todo dia, mas eu não atendo, eles estão querendo me apagar.

Pedro - quem te liga?

Kevin - O Raulino.

Pedro - da próxima vez que ele ligar voce vai atender.

Kevin - não posso.

Pedro - pode sim. Ve só o que tu vai fazer. Eu vou te dar toda a cobertura.

Comecei a explicar para Kevin o que eu queria que ele fizesse.

Kevin não concordou muito, mas eu ofereci uma grana e proteção, e ele aceitou.

xxxXXXX

Retornei para casa com Antonio, e lhe entreguei três cortesias para o parque.

Antonio - tem certeza que vai ficar bem se eu for?

Pedro- sim Antonio. Pode ficar tranquilo.

Antonio - que horas voce vai ver seu pai?

Pedro - Depois do jantar.

Antonio - vou ficar com o celular. Qualquer coisa voce me liga.

Pedro - ligo sim.

Antonio foi embora, a contragosto, mas foi.

Eu iria passar a noite com meu pai.

Tomei um banho, jantei, e depois pedi que Vitor me levasse ate o hospital.

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- Não sabia que seu pai estava aqui. (Disse Vitor assim que estacionamos o carro).

Pedro - pois é. Nós o transferimos pra cá.

Vitor - ah sim. Entendi.

Eu saí do carro, e Vitor me acompanhou.

Pedro - Vitor, vou passar a noite por aqui, se voce quiser ir dar uma volta.

Vitor - Não. Vou passar a noite aqui com voce.

Vitor ficou na sala de espera.

Após ver meu pai, eu me dirigi ao quarto do Junior.

Entrei sem fazer barulho, e ele estava assistindo.

xxxxXXX

Pedro - pensei que estava dormindo.

Junior - me deram um remédio, que me fez dormir a tarde toda.

Pedro - agora ta sem sono?

Junior - exatamente.

Pedro - advinha o que eu trouxe?

Junior - roupa! (exclamou o Junior).

Pedro - Não. Tu ta precisando de roupa é?

Junior - Sim, não tenho roupa nenhuma.

Levantei um pouco o lençol, e vi que Junior usava aqueles vestidos de hospital.

Eu comecei a a rir.

Junior ficou serio, como se não tivesse gostado da brincadeira.

Junior - ja que não é roupa o que foi que tu trouxe então?

Pedro - sorvete. (falei dando enfase na parte final do sorvete).

Junior - serve. (respondeu ele rindo).

Dessa vez eu quem fiquei serio.

Pedro - pega. (falei oferecendo o pote de sorvete ao Junior).

Junior me olhou ironicamente. Eu entendi que ele queria ser servido.

Peguei uma colher de plastico, e comecei a dar o sorvete na boca de Junior.

Naquele momento não trocávamos uma palavra, apenas nossos olhos se encontravam.

Junior acabou com o sorvete, em seguida uma enfermeira veio lhe aplicar uma medicação com o que fez com que ele dormisse.

Assisti um pouco de tv, e depois peguei no sono também.

Em algum momento da madrugada, ouvi barulhos e acordei de imediato.

Junior tentava levantar.

Pedro - eu te ajudo. (falei levantando do sofá onde estava deitado).

Junior - não precisa.

Pedro - mas voce não pode fazer força. (falei chegando perto de Junior).

Junior - ja disse que não precisa porra. (Junior tirou o soro que estava preso a seu corpo, e depois trancou a porta).

Junior se aproximou de mim, e começou a tirar o vestido que trajava.

Pedro - que tu ta fazendo, Junior?

Junior- tu ainda quer me ajudar?

Pedro - se tu quiser.

Junior caiu por cima de mim no sofá.

Junior - então me ajuda a dar uma aliviada. Tou quase pirando aqui nesse hospital, já.

Eu fiquei parado.

- Me ajuda Pedrinho? (disse ele todo manhoso).

Pedro - ajudo. (respondi quase gemendo com aquele cara me encochando).

Junior parou com sua boca na minha, e eu senti sua respiração quente, e ofegante.

Pedro - me beija.

Junior - claro, mas primeiro pede com jeitinho.

Pedro - me beija Junior.

Junior - Voce quer que eu te beije? (Junior estava mais manhoso que gato).

Pedro - ahan.

Junior não perdeu mais tempo, e me deu um beijo me fazendo se contorcer naquele sofá.

xxxXXX

Acordei pela manhã me espreguiçando, e senti a ausência de Junior no sofá. Olhei para cama, e la ele também não estava. Levantei-me e percebi que eu estava apenas de cueca.

Procurei minha roupa por todos os lados, mas não a encontrei, o ultimo lugar que resolvi procurar foi o banheiro. Ao abrir a porta, tinha um papel com uma escrita de caneta.

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Não conseguiria ficar preso. Nasci para ser livre. Estou indo embora, mas antes vou resolver tudo. Te dou minha palavra que todo mundo que fez mal a sua família ira pagar. Eu vou embora pra não ser enjaulado, mas um dia eu volto.

... Ah, e a roupa eu peguei emprestada. (risos)

Bjão princesinha.

Junior.

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Eu sorri lembrando da noite anterior.

Continua...

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Comentários

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Porra que não consigo gostar desse Junior, nem que ele mate meio mundo pelo Pedro, ainda prefiro o Antônio.

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Nossa cade os detalhes esperei tanto pra isso aff.

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Pena que já vai acabar (emoji triste). Abracos man...

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Que pena que já vai acabar :( gosto muito dos seus contos! Volta com orfão por favor!

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Pena que está acabando... vc poderia ter caprichado mais na cena de amor entre os dois...

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