Sangue e rosas.

Um conto erótico de E. Munhóz.
Categoria: Homossexual
Contém 1224 palavras
Data: 20/04/2016 19:56:22

Sangue e rosas.

A noite estava realmente fria. Era final de outono e a paisagem já trabalhava em sua metamorfose para o inverno. Estava cuidando de minha roseira enquanto aguardava por ele. Rosas brancas sempre foram minhas favoritas. Já havia anoitecido há cerca de uma hora, então ele não demoraria. Cortei algumas rosas que já estavam murchas, reguei e quando tudo estava pronto sentei-me na beira da fonte apreciando-as. Ele sempre me comparava a elas. Fazia isso apenas para me seduzir aposto.

- Isso não é verdade. – Era ele.

- Ethan! Já lhe disse para não surgir assim do nada. E pare de ler minha mente!

- Desculpe. Não tive intenção de assusta-lo nem de ser invasivo.

Ethan e eu somos absurdamente diferentes em tantos aspectos que já nem me dava ao trabalho de contar. Ele era forte e alto, tinha um corpo atlético e mesmo que sua pele fosse pálida, seu cabelo era de um negro intenso e brilhoso, e, além disso, era uma criatura da noite. Tão charmoso quanto perigoso. Eu não era tão forte quando ele, nem mesmo em aparência. Sou um rapaz magro de pele branca quase rosada e cabelos castanhos claros ondulados que chegam a tocar os ombros. Eu era apenas um mortal que havia caído nas “garras” daquele ser. Como vim parar aqui é uma longa história, a questão é que agora eu pertencia totalmente a ele.

- Às vezes penso que você passa mais tempo perdido em seus pensamentos do que no mundo real.

- Talvez esteja certo – ele aproximou-se até abraçar-me por trás. – Mas não faço de propósito.

- Entendo. – Ele segurou meu queixo entre seus dedos e virou meu rosto para trás beijando-me.

Era um beijo intenso, do tipo que aprendi a identificar muito bem. Estava faminto, sedento. Ergui o braço direito afundando meus dedos em seu cabelo negro. Senti que sua mão escorregou em minha cintura indo para baixo. Desabotoou minha causa e enfiou a mão dentro de minhas roupas tocando em minha parte. Deixei escapar um suspiro mais intenso. Ele adorava quando eu gemia e não fazia a menor questão de esconder isso. Quando lhe convinha era incrivelmente depravado. Virei-me para ele e passei meus braços em volta de seu pescoço beijando-o. Ele me ergueu no colo e ajoelhou deitando-me no chão. Ergueu minha blusa vagarosamente beijando a pele que se revelava conforme me despia. Eu odiava quando ele fazia esses jogos, odiava, pois não conseguia resistir e entregava-me a ele completamente. Ele não estava tão sereno como antes, parecia agitado. Despiu-me por completo e voltou a beijar-me. Havia tanta ansiedade naquele beijo que já estava me contagiando. Retribuí o beijo segurando em sua face. Sua mão percorreu meu corpo até estar entre minhas pernas e tocar com as pontas dos dedos minha entradinha. Naquele momento meu corpo arrepiou-se por completo. Ele mordeu meu lábio e beijou meu pescoço em seguida, senti medo naquele exato momento, pensei que me morderia, mas não o fez. Lambeu meus mamilos e espalhou mais alguns beijos pelo meu corpo até que começou a acariciar meu membro até que esse respondeu enrijecendo-se. Senti ele segurar em minhas coxas e afastar minhas pernas. Ele abaixou-se e engoliu-me por completo. Naquele momento não pude mais me conter e deixei escapar um gemido. Notei que ele sorriu com aquilo. Demorou-se um pouco em meu membro e depois começou a provocar minha entradinha, primeiro com as pontas dos dedos, depois com a língua. Ele não tinha dificuldades em convencer meu corpo a ceder para ele. Fui à loucura quando ele penetrou-me com a língua. Gemi alto e mais de uma vez. Era o que ele queria. Deu uns chupões em minha coxa e ficou ajoelhado sobre mim. Aquele olhar estava cheio de malicia, eu sabia disso, pois quando seus olhos brilhavam só podia significar isso. Beijou-me novamente, enquanto me distrai com o beijo ele empurrou o dedo para dentro de mim. Interrompi o beijo soltando mais um gemido. Dessa vez ele riu baixo, mas alto o suficiente para que eu pudesse ouvir.

- Maldito...

- Não finja que não gosta Lucas, não quando está ficando tão molhado somente com meu dedo dentro de você. – Ele escolhia ardilosamente as palavras só para me provocar.

Novamente ele riu e depois mordiscou meu mamilo e retirou o dedo, enfiando-o novamente e depois fez isso com dois, dessa vez movendo-os como no movimento do sexo. Meu corpo arqueava-se e tremia toda vez que ele tocava meu ponto propositalmente. Já não tentava mais conter meus gemidos e ele deliciava-se com aquilo. Finalmente ele tirou a jaqueta e a blusa, Desabotoou a calça, abaixo-a até quase os joelhos e posicionou-se entre minhas pernas. Raramente ele me deixava toca-lo, creio que seu real prazer estava em ser o dominante, em brincar com meu corpo e ter-me em suas mãos. Mesmo sem tê-lo estimulado senti que estava ereto quando se deitou sobre mim. Novamente beijou meu pescoço e deu uns chupões, sei bem o que ele realmente queria, mas não o fazia. Por que não? Será que aguardava minha permissão ou simplesmente fazia parte do jogo?

Sentia meu corpo ferver, realmente o queria dentro de mim, precisava senti-lo dentro quase desesperadamente. Ele sabia provocar como ninguém. Talvez tenha lido minha mente novamente, ou nossos desejos apenas se completavam, o fato é que ele atendeu meus pedidos e empurrou aquele membro enorme e duro para dentro de mim. Gritei de prazer. Não era mais virgem, mas todas às vezes com ele eram tão intensas que me faziam perder a razão. Agarrei-me nele puxando-o para mim enquanto ele estocava avidamente num ritmo incansável. Eu estava trasbordando e queria mais, notei que ele fitava-me com um olhar de cobiça, aquilo não era o bastante para ele, seu desejo era quase insaciável. Ele parou e afastou-se um pouco, virou-me de bruços e puxou minha cintura para cima deixando-me de quatro. A forma como ele movia meu corpo, era como se meu peso fosse equivalente ao de uma pena. Penetrou-me novamente invadindo-me por completo. Doía um pouco quando me pegava por trás, ele costumava pegar mais pesado quando fazia isso, mesmo nunca tendo me machucado isso me deixava um pouco receoso. Ficamos ali por algum tempo, trocávamos caricias e beijos enquanto ele me invadia, até que me lancei ao chão, estava exausto, mas ele não. Novamente virou-me de frente para ele abriu minhas pernas penetrando-me novamente. Senti que estava quase lá. Nossos corpos estavam colados, o ouvi dizer meu nome ao pé de meu ouvido, soou como um pedido, apenas assenti positivamente com a cabeça. Então ele o fez. Pousou seus lábios sob a pele de meu pescoço e rasgou a carne com as presas. Soltei um gritinho abafado e meu corpo estremeceu por completo. Senti meu sangue ser sugado e isso misturado à sensação do sexo levou-me ao limite e a ele também. Senti sua essência preencher-me por dentro e também me liberei. Ele se deixou cair ao meu lado e ficamos ali por alguns segundos tentando nos recuperar.

Eu não conseguia definir o quanto estava envolvido e o quanto queria soca-lo por manipular-me daquela maneira. O fato é que estava preso a ele, talvez o amasse. De qualquer forma, como presa ou como amante permaneceria ali enquanto pudesseOlá! Bem, esse é o primeiro conto que posto nesse site, espero que tenham gostado. Deixem comentários, caso tenha agradado postarei outros.

Abraço!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive E. Munhóz a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários