Ele se vestiu de mecânico

Um conto erótico de Beo
Categoria: Homossexual
Contém 1121 palavras
Data: 18/04/2016 13:30:53
Assuntos: Fetiches, Gay, Homossexual

Sempre tive fantasias e queria muito satisfazê-las com meu namorado. Mas ele é do tipo de cara que se pensa duas vezes antes de sugerir alguma coisa inusitada. O Marcos gosta de futebol, videogame e sempre torce o nariz quando eu coloco minhas músicas no carro. Ele prefere música nacional, gosta de assistir esporte e às vezes me pergunto se realmente ele é gay, de tão hétero que parece.

Mas dizem que os opostos se atraem e acho que é isso que me liga ao Marcos. E apesar dele odiar várias coisas que eu gosto e faço, de uma coisa o Marcos gosta e muito: meu fogo. O Marcos só namorou com garotas antes e já tinha deixado um cara fazer sexo oral nele numa festa. Mas eu fui o primeiro a ter um relacionamento sério com ele. E ele diz que nunca tinha conhecido alguém tão bom de cama quanto eu, o que sempre alimenta meu ego e me instiga a inovar ainda mais no sexo.

Sou do tipo que gosta muito de sexo e faço de tudo. Desde as performances estilo pornô até o sexo mais preguiçoso – quando o Marcos está muito cansado do trabalho –, mas eu sempre gosto de ainda assim me mostrar mais disposto. O Marcos é preguiçoso e eu adoro brincar em cima do corpo dele, me entrelaçar e senti-lo dentro de mim. Gosto de satisfazer meu homem e ele gosta de se deixar satisfazer, adoro isso na nossa relação.

Mas eu nem sempre fui muito aberto com o Marcos e algumas coisas guardava só pra mim, por receio e vergonha da reação dele. Sempre tive essas fantasias, mas elas são um tanto peculiares e não sabia se ele toparia. Quando criava coragem de propor a ele, me lembrava da contrariedade dele quando eu escolhia um filme pra gente assistir ou quando ele suplicava pra que eu mudasse a estação do rádio no carro.

Mas era sexo. Conversando com uma amiga finalmente criei coragem, quando ela me disse que não havia por que eu guardar todos esses desejos quando eu podia saciá-los com meu namorado.

E era verdade.

Uma noite quando o Marcos foi me buscar na faculdade, inspirei fundo e logo entrando no carro, disse:

– Amor, você tem fantasias?

Ele me encara com os olhinhos semicerrados, como ele sempre faz quando ele não me entende – ou seja, sempre.

– Tipo, transar de uma maneira... – ele dirige olhando pra frente e a coragem vai diminuindo – diferente.

– Na praia, elevador, essas coisas? – ele responde enquanto acelera depois que o sinal abre.

– É... tipo isso.

– Tenho.

E ele drige calado. O Marcos é assim, principalmente depois do trabalho, me sinto namorando um senhor de meia idade.

– Tá, mas me fala mais sobre isso.

– Como assim?

– Ai, Marcos, é sempre tão difícil conversar com você – começo a perder a paciência.

– Eu tô cansado. Hoje foi pesado pra mim.

– Deve ser muito pesado ser filho do dono de uma concessionária.

O Marcos odiava quando eu falava isso. Mesmo que fosse verdade eu sabia que o pai do Marcos não aliviava com ele, mas sempre que eu ficava com raiva eu falava aquilo só pra irritá-lo. Agora eu também estava com raiva e agora mais do que nunca minhas fantasias iam ficar só pra mim mesmo.

Seguimos em silêncio até que chegamos na casa do Marcos. Era sexta-feira, um dos dias em que eu dormia na casa dele. Os pais dele eram tranquilos e sempre tiveram certo respeito por ele. Se o Marcos quisesse ser uma drag queen eles não diriam nada.

Subimos as escadas e quando entramos no quarto ele vai ao banheiro. Deito na cama me perguntando se não era melhor eu ter dito pra que ele tivesse me deixado em casa. Na verdade eu nem estava com tanta raiva, estava mais cansado desse jeito do Marcos de ser, sempre meio desligado e desatento comigo. Mas agora estávamos brigados e eu não sabia se daria o primeiro passo pra fazermos as pazes ou se esperava a investida dele.

– Você não vai tomar banho antes de deitar? – pergunto quando Marcos tira a roupa e deita na cama.

– Vai querer dar uma de mãe agora, porra?

O grito dele me faz fechar os olhos de ódio. Bato a porta do banheiro e mesmo quando acabo o banho fico no celular durante o bom tempo.

Na manhã seguinte seguimos frios e sem nos falar.

Marcos sabia o quanto eu odiava os gritos dele, do mesmo jeito que ele odiava quando eu falava que ele não trabalhava tanto quanto dizia. Nosso gelo mútuo tinha começado assim como a largada pra quem se atreveria a quebrá-lo primeiro.

– Eu chego cedo hoje – ele responde quando peço pra ele me deixar em casa. Fico com pena e sinto vontade de abaixar as calças dele e cair de boca ali mesmo, mas meu ego fala mais alto.

– Tenho que estudar. Me deixa em casa.

Marcos sabia que eu não estudava. A não ser que fosse na véspera da prova. Ressentido, ele obedece e desço do carro sem me despedir. Ele arranca o carro e minha mãe me pergunta o que tinha acontecido.

O final de semana segue e me arrependo de ter sido tão orgulhoso. Sinto saudade dele e estou com tesão. É domingo de noite quando minha amiga me manda uma mensagem.

Conversamos um pouco, eu desabafo e é quando ela me pergunta quais eram minhas fantasias. Falo que sempre imaginei coisas relacionadas à fantasia. Roupa mesmo. Ela ri e me pergunta qual era a que mais me excitava. E eu digo que era o macacão de mecânico. Principalmente quando não havia nada por baixo, só o macacão.

De repente ela some por um instante. Dou de ombros e tento dormir, esperando que o domingo enfim acabe.

Passamos o dia sem nos falar. Eu e ele.

Fico irritado o dia todo e me pergunto qual desculpa vou dar pra minha mãe quando ela perguntar por que ela vai ter que me buscar hoje na faculdade. Que saco.

Assisto às aulas sem concentração nenhuma e acabo com quase um saco inteiro de Doritos, só de ansiedade. Na saída, estou prestes a ligar pra minha mãe quando eu vejo a suv preta em frente à faculdade.

Sigo vencido e satisfeito por dentro, mas tento não demonstrar.

Quando entro no carro percebo que Marcos está com uma roupa diferente. Ligo a luz e quase dou um berro quando o vejo.

Ele está com um macacão azul. Aberto, mostrando o peitoral dele. O olho de cima a baixo e ele me encara com uma expressão safada.

– Marcos, como você sabia, que...?

Daí lembro da conversa com minha amiga, aquela safada.

Marcos acelera o carro e eu não consigo parar de sorrir.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Beo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Continua logo cara! Só assim você já me deixou tesudo, imagina na continuação!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Leia meu conto em que eu realizo meu Fetiche com meu funileiro descabaçador.Talvez te inspire bjs na bunda.

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom tambem tenho Fetiche por mecânicos leia a minha primeira fornada de contos com meu Funileiro que é meu Fetiche de momento talvez você possa ter algumas idéias beijos na bunda e boa sorte.

0 0
Foto de perfil genérica

muito engraçado e muito bom kkkk, continua com mais histórias de você e marcos é divertido

0 0